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ADOLFO FERREIRA DE SOUSA

Curso técnico em enfermagem.


Ana Clara Silva Sousa Oliveira, Sharliane Matias da
Silva.

RESUMO

Insuficiência renal crônica, é uma síndrome clínica da lesão renal. Estudos da


Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) indicam alerta nas crianças que são
portadoras da doença. Pois afeta o crescimento, o desenvolvimento cerebral e a
expectativa de vida. É uma doença silenciosa e com poucos sintomas em
crianças, tornando assim, um diagnóstico tardio na maioria dos casos. Dessa
forma, é exigir que os portadores de Insuficiência Renal Crônica na infância
tenham a participação de uma equipe interdisciplinar.

O objetivo desse artigo é falar um pouco da Insuficiência renal crônica na


infância(descrição da doença, sintomas, dados epidemiológicos, fatores de risco,
complicações), e enfatizar a importância de um acompanhamento médico para
as crianças que são portadoras da doença.

Palavras-chave: Insuficiência renal crônica, Insuficiência renal na


infância, Portadores de DRC.

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ESTUDO DE CASO:
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NA INFÂNCIA.

Trabalho de conclusão de curso,


do curso Técnico em enfemagem
da escola Adolfo Ferreira de Sousa,
como requisito parcial para obtenção
do grau técnico em enfermagem.

Orientadora: Professora: Rita

de Cássia Noronha Medeiros.

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SUMÁRIO

1.Introdução .................................................................................... 4
1.1 Descrição da doença .............................................................. 4
1.2 Sintomas ................................................................................ 4
1.3 Dados epidemiológicos .......................................................... 5
1.4 Fatores de risco ...................................................................... 5
1.5 Complicações ........................................................................ 5
2. Caso Clínico ................................................................................ 7
3. Discussão .................................................................................... 9
4. Conclusão ................................................................................. 10
5. Referências ............................................................................... 11

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1. Introdução

1.1 Descrição da doença:

A doença renal crônica (DRC) é uma síndrome clínica decorrente da lesão renal
progressiva, de etiologia diversificada.A doença renal crônica (DRC) é uma
síndrome clínica decorrente da lesão renal progressiva, de etiologia
diversificada. Independente da natureza inicial do insulto, uma vez que a doença
chegue a causar determinado grau de lesão renal, acometendo uma proporção
superior a 50% dos néfrons, a deterioração funcional do órgao é inevitável,
mesmo se retirado o fator agressor inicial. A causa dessa doença pode ser uma
infecção urinária de repetição, um rim que não se formou direito, uma
glomerulopatia que vem de repente ou uma criança que chegue com uma
infecção muito grave e aí fez um choque séptico [infecção que compromete a
maior parte do órgãos].

1.2 Sintomas:

A maioria das pessoas não apresenta sintomas graves até que a insuficiência
renal esteja avançada. Porém,o paciente pode observar que:

– sente-se mais cansado e com menos energia;


– tem dificuldades para se concentrar;
– está com o apetite reduzido;
– sente dificuldade para dormir;
– sente cãibras à noite;
– está com os pés e tornozelos inchados;
– apresenta inchaço ao redor dos olhos, especialmente pela manhã;
– está com a pele seca e irritada;
– urina com mais freqüência, especialmente à noite.

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1.3 Dados epidemiológicos:

No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a


doença. Desses, 90 mil estão em diálise (um processo de estímulo artificial da
função dos rins, geralmente quando os órgãos tem 10% de funcionamento),
número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos.

1.4 Fatores de risco:

• Pessoas com diabetes (quer seja do tipo 1 ou do tipo 2);


• Pessoa hipertensa, definida como valores de pressão arterial acima de 140/90
mmHg em duas medidas com um intervalo de 1 a 2 semanas;
• Idosos;
• Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²);
• Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente
vascular cerebral, doença vascular periférica,
insuficiência cardíaca);
• Histórico de Doença Renal Crônica na família;
• Tabagismo;
• Uso de agentes nefrotóxicos, principalmente medicações que
necessitam de ajustes em pacientes com alteração da função renal.

1.5 Complicações:

As complicações da insuficiência renal são variadas, desde a alterações hídricas


e electrolíticas, como a elevação do potássio sérico, acidose metabolica, hiper-
hidratação (edemas, hipertensão arterial, congestão pulmonar), hipocalcemia e
hiperfosfatemia. Quando a diminuição da função renal é leve ou moderada grave,
os rins não consegue absorver a água da urina para reduzir o volume da urina e
concentrar, a capacidade dos rins de excretar os ácidos normalmente produzidos
pelo corpo diminui e o sangue fica mais ácido, um quadro clínico chamado
acidose, a produção de glóbulos vermelhos diminui, causando assim anemia, os

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rins lesionados produzem hormônios que aumentam a pressão arterial, com isso,
os rins não podem excretar o excesso de sal e água.

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2. Caso clínico

A.C.S.S.O, 17 anos, feminina, mora com mãe, pai e irmão, estudante.


Quando criança a paciente sentia muitas febre e infecção urinária, seus sintomas
não se parecem com a sua atua doença, foi então que começou todo o
acompanhamento para saber o que ela tinha. Acompanhada no Albert Sabin.
Paciente é uma adolescente que descobriu sua doença(Insuficiência renal) aos
4 anos de idade.
Acompanhada desde 2009 pela Doutora Kátia Virgínia, primeiro diagnóstico
infecção urinária, fez o tratamento durante 5 anos com hantina, mais não
resolveu a infecção no trato urinário.
Com isso a Doutora Kátia Virgínia, solicitou alguns exames de rotina como:
Ultrassonografia abdominal, Uretrocistografia miccional, Exame de urina, Estudo
renal dinâmico e Renograma radioisotópico. A ultrassom abdominal que mostrou
dilatação pielocalicial à direita moderada e rim esquerdo com diminuição do
volume. Exame realizado em 05/03/2009.

RD= 7,8 × 3,5 × 5,2cm C= 1,5cm


RE= 4,4 × 2,7 × 3,4cm C= 0,6cm
Uréia= 23
Creatinina= 0,6
Glicose= 70
S.Urina nitrito= (+).

Foi descoberta uma Intensa bactéria nos blocos piocitarios, não fez urinocultura.
Tomou wintomylon durante 7 dias, referiu então um bom controle micconal.
Descobriram então o verdadeiro diagnóstico, Insuficiência renal, foi solicitado
uma cirurgia, pois a paciente era assintomática, paciente foi se internar um dia
antes da realização da cirurgia, após a cirurgia realizada com sucesso, ficou mais

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4 dias internada no hospital, fazendo troca de curativos e em observação durante


esse período. Após os 4 dias de Internação Hospitalar, ela retorna para casa,
mais continua sendo acompanhada pela doutora, após alguns anos apresentou
algumas alterações por ter apenas um rim, umas dessas alterações foi a pressão
arterial elevada, fez o mapa da PA durante 24 horas, Doutora Kátia Virgínia
solicitou que ela tomasse medicação, receitou a paciente com Anlodipino de
5mg, atualmente seu rim direito supre a necessidade dos dois, é um rim
saudável. Paciente segue bem, e sem queixas.

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3. Discussão

A Insuficiência renal pode ser aguda ou crônica caracterizada por alterações no


funcinamentos do rim e das vias urinárias. Conhecida como necrose tubular
aguda, é quando as células de dentro do rim morre, e assim não são capazes de
atuarem como um filtro sanguíneo.

Mesmo em crianças, a doença pode levar a graves consequências, como a


diálise, transplante ou até mesmo a retirada de um rim(o mais prejudicado será
tirado e o menos prejudicado, que se encontra saudável, irá fazer o trabalho dos
dois).

A doença aguda na infância pode ser causada por isquemia ou medicamentos


nefrotóxicos. A doença crônica é uma mais comumente relacionada à má
formação cogênita do sistema urinário (lesões renais).

A prevenção da insuficiência renal em crianças, deve ser focada para evitar as


lesões renais, e ser feita a adoção de hábitos simples, que fazem toda a
diferença na qualidade de vida! As principais orientações devem ser dadas para
os pais, e assim repassar para as crianças, como: a hidratação, consumir muito
líquido (água); evitar tomar medicamentos ou substâncias que danificam os rins.

Logo os pais também são responsáveis por avaliar as crianças, ver se elas
apresentam algum tipo de infecção urinária; se elas têm apresentam edema no
corpo; se a pressão arterial está aumentada; se tem dificuldade em ganhar peso
e crescer; se apresentar anemia; tem presença de sangue na urina, esses e
outros sintomas devem ser observados durante o crescimento das crianças no
geral. Para um melhor acompanhamento médico e assim a criança ter uma ótima
recuperação.

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4. Conclusão
Concluo que, neste estudo ficou evidenciado que as pessoas com doença renal
crônica apresentaram muitas demandas de atenção, em relação ao autocuidado,
tais como: nos aspectos de ensino sobre a doença, ingestão de líquidos,
cuidados com a fistula arteriovenosa (FAV), dietéticos, físicos e emocionais.
Faz-se necessário que essas necessidades individuais sejam trabalhadas
através de programas de educação, utilizando todas as ferramentas
necessárias, contando com uma equipe multidisciplinar e tendo o enfermeiro
como o principal agente facilitador.
Vale ressaltar a importância do papel do (a) enfermeiro (a), visto que este passa
muito tempo em contato com o paciente o que amplia sua capacidade de
observar e detectar expressões verbais e não verbais as quais o auxiliam na
tentativa de atingir o paciente em suas dimensões biológicas, psicológicas e
sociais, amenizando assim o sofrimento relacionado ao processo terapêutico.
Os pacientes em tratamento enfrentam muitas dificuldades, portanto, não
podemos deixar de mencionar a família como colaboradora em potencial para o
bom andamento do tratamento.
Para o paciente, a família é considerada com um bem maior, voltada para a
frequente demonstração de afeto mútuo, em articulação com as preocupações
do dia-a-dia.
Ao mesmo tempo, o paciente precisa lidar com a complexidade de exteriorizar
seus sentimentos como desmotivação, alegria, tristeza e sofrimento, tendo em
vista as transformações que vêm ocorrendo nas relações familiares, devido as
dificuldades de enfrentar o tratamento.
Desta maneira, a enfermagem necessita de caminhos eficazes e técnicas
seguras as quais atenuem o sofrimento do paciente, bem como de sua família.

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5. Referências

Dra. Eliete Colombeli exolica: Sintomas da insuficiência renal em criancas -


UROMED, Publicado em 21/11/2019, Florianópolis SC. Disponível em:
https://uromed.com.br/artigos/dra-eliete-colombeli-explica-sintomas-da-
insuficiencia-renal-em-
criancas/#:~:text=A%20insufici%C3%AAncia%20renal%2C%20ou%20doen%C
3%A7a,sintomas%20para%20o%20diagn%C3%B3stico%20precoce.

RMMG - Revista Médica de Minas Gerais - Doença renal crônica em pediatria -


Programa Interdisciplinar de Abordagem Pré-dialítica - 2023, Belo Horizonte MG.
Disponível em: https://rmmg.org/artigo/detalhes/1406

Dia Mundial do Rim 2019: Saúde dos Rins Para Todos - 14/03/2019 - Biblioteca
Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/14-3-dia-mundial-
do-rim-2019-saude-dos-rins-para-todos/

Insuficiência renal crônica - elaborada em fervereiro de 2011, por biblioteca


virtual em saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-
cronica/

Doenças Renais Crônicas (DRC) - Ministério da saúde. Disponível


em:https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/drc

Doença renal, 17/11/2020, por saúde bem estar - Portugal. Disponível


em:https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/nefrologia/insuficiencia-renal/

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