Este ensaio é uma reflexão sobre o tema do terrorismo e as suas implicações que nos
rodeiam. O texto é concebido como uma tentativa de alargar o debate, argumentando
que estamos perante uma manifestação de um dos mais discutidos dilemas morais, políticos e filosóficos da nossa contemporaneidade. O terrorismo consiste, então, em atos de violência imprevisíveis, perpetrados contraestados, indivíduos, grupos precisos emassas anónimas, de modo a instalar um ambiente de medo generalizado. As ações terroristas podem ser de diversas naturezas desde atentados bombistas, desvio de aviões e navios, atos de sabotagem, sequestros e assassinatos. O terrorismo é, na prática, uma forma de guerra que não conhece regras. É devido a estas e outras inúmeras razões, que é um assunto com extrema importância de ser discutido e refletido. Existe uma quantidade absurda de informação enganosa sobre este problema nas redes sociais e media. É necessário abordar este tipo de temas e problemas que envolvem a sociedade contemporânea, para que possamos ter uma mente clara e uma opinião fundamentada, sobre o que pensar de tal complexo tema e questionar se este está certo ou errado e se é justificável ou não. A nosso ver, sejam qual for os fundamentos por detrás de tal vigoroso e violento ataque e atentado a tantas vidas, não é certo nem justificado. Como sabemos é impossível haver atos de terrorismos sem que haja a morte de inocentes. Segundo a declaração universal dos direitos humanos, no 3º artigo “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”, está claramente expresso que, em qualquer situação, o individuo seja quem for, tem o devido direito a viver sem dor nem sofrimento. Sendo assim, o terrorismo, é algo que contradiz os direitos humanos, e, por isso, não é nunca justificado. Os terroristas são pessoas que se regem apenas por aquilo que lhes foi transmitido desde o início das suas vidas, quer a nível religioso quer a nível educacional social, e, por isso, estão absolutamente convictos da superioridade moral das suas causas e dos seus argumentos. Tendo em conta estas crenças e convicções tal ato de terrorismo é absolutamente justificado, contra quem não respeite as suas opiniões. Apesar deste modo de pensamento, o argumento é inválido, porque põe em causa a integridade e a liberdade pessoal do resto do mundo. Se o argumento em questão fosse válido, seria justificado causar-se sofrimento e morte por apenas um conflito de ideias. Muita das vezes os atos terroristas são considerados atos inconscientes e sem anterior reflexão sobre as consequências dos mesmos. A definição do livre-arbítrio consiste no poder que o ser humano tem para agir como ele considera e escolhe. Isso significa que as pessoas são naturalmente livres para tomar suas próprias decisões, sem estar sujeitas a pressões, necessidades ou limitações ou a uma predeterminação divina. Tendo isto em conta, os atos terroristas são feitos conscientemente e de tomada de decisão livre, sendo os terroristas os verdadeiros e únicos responsáveis por tal violento e desumano ato. Não podendo, assim, ser justificado desta forma. Em objeção a este argumento, sabemos que quem comete os atos de terrorismo são apenas utlizados como meios de atingir a finalidade que os seus chefes terroristas desejam. Desta forma, através destes, os terroristas são manipulados a acreditar que realizando estes atos serão perdoados e que irão ser divinamente recompensados e reconhecidos na vida após a morte. Mesmo estando sujeitos a estas manipulações,