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FACULDADE SUPREMO REDENTOR – FACSUR

SINOPSE DO CASE: A POSSIBILIDADE DE PENHORA DOS SALÁRIOS E


PROVENTOS DO DEVEDOR (PESSOA FÍSICA) PARA A SATISFAÇÃO DO
CRÉDITO TRABALHISTA.

DISCENTES:

Ciranilda da Silva Sousa1

Felipe Pinheiro Neto2

Jacyson Soares Athaide3

Ronaldo de Jesus Junior4

Ryermeson Pereira Martins5

Samara de Jesus Souza Carvalho6

Nazira Lima de Castro7

Orientador: João Ricardo Costa Pinheiro¹

Turma: 7° PERÍODO (Noturno)

1. DESCRIÇÃO DO CASO

É possível identificar em diversos institutos do Direito Processual do


Trabalho a aplicação do princípio da proteção ao trabalhador, uma vez que na
maioria das reclamações trabalhistas os direitos ali discutidos decorrem das
relações de emprego. Neste sentido, o crédito de natureza trabalhista recebe do
legislador a urgência necessária para a sua satisfação, posto que englobam o
denominado crédito alimentar (salarial).

1
Graduanda do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor - Facsur
2 Graduando do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor - Facsur
3 Graduando do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor - Facsur
4 Graduando do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor - Facsur
5 Graduando do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor - Facsur
6 Graduanda do Curso de Direito da Faculdade Supremo Redentor – Facsur

7 Graduanda do Curso de Direito de Faculdade Supremo Redentor - Facsur


Ocorre que, em algumas situações a penhora ocorrida na fase de
execução trabalhista recai sobre os salários e proventos do devedor/reclamado
(pessoa física), incorrendo em primeira análise na hipótese de
impenhorabilidade prevista no art. 833, inciso IV, do CPC, aplicado de forma
subsidiária ao Processo do Trabalho.

Assim, considerando os institutos elencados acima, cabe à você aluno


estabelecer uma análise construtiva acerca da possibilidade de penhora dos
salários e proventos do devedor (pessoa física) para a satisfação do crédito
trabalhista.

2. DECISÕES POSSÍVEIS

A possibilidade de penhora dos salários e proventos do devedor (pessoa


física) para a satisfação do crédito trabalhista é uma questão complexa, que
envolve a colisão de princípios constitucionais fundamentais, como a proteção
ao trabalhador e a dignidade da pessoa humana.

De um lado, o princípio da proteção ao trabalhador, previsto no art. 7º,


caput, da Constituição Federal, estabelece que os direitos trabalhistas são
irrenunciáveis e irrepetíveis, e que a lei exige o cumprimento das normas de
proteção ao trabalho, inclusive quando as relações de trabalho forem regidas por
contrato tácito.

Do outro lado, o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no


art. 1º, III, da Constituição Federal, estabelece que todos os seres humanos são
dotados de dignidade e que nenhum ser humano pode ser tratado como coisa.

A aplicação desses princípios ao caso concreto deve levar em


consideração a natureza alimentar do crédito trabalhista, que é essencial para a
subsistência do trabalhador e de sua família.

No entanto, é importante ressaltar que os salários e proventos também


são essenciais para a subsistência do devedor e de sua família. Portanto, a
penhora desses valores deve ser feita de forma ponderada, de modo a não
prejudicar o devedor e sua família de forma excessiva.
Com base nessas considerações, é possível identificar duas decisões
possíveis no caso concreto:

DECISÃO 1: Penhora integral dos salários e proventos do devedor. Essa


decisão seria a mais radical, pois implicaria na privação total do devedor dos
meios de subsistência.

A favor dessa decisão, pode-se argumentar que o crédito trabalhista é de


natureza alimentar e que, portanto, tem prioridade sobre outros créditos. Além
disso, pode-se argumentar que o devedor, ao assumir uma dívida trabalhista,
assumiu o risco de ter seus salários e proventos penhorados para a satisfação
do crédito.

Contra essa decisão, pode-se argumentar que ela seria excessivamente


onerosa para o devedor e sua família, o que violaria o princípio da dignidade da
pessoa humana. Além disso, pode-se argumentar que a penhora integral dos
salários e proventos seria ineficaz para a satisfação do crédito, pois o devedor
não teria mais recursos para pagar a dívida.

DECISÃO 2: Penhora parcial dos salários e proventos do devedor. Essa


decisão seria mais equilibrada, pois permitiria que o devedor mantivesse uma
parcela dos seus salários e proventos para a sua subsistência.

A favor dessa decisão, pode-se argumentar que ela seria mais justa e
proporcional, pois respeitaria os princípios da proteção ao trabalhador e da
dignidade da pessoa humana. Além disso, pode-se argumentar que a penhora
parcial dos salários e proventos seria mais eficaz para a satisfação do crédito,
pois o devedor continuaria a ter recursos para pagar a dívida.

Contra essa decisão, pode-se argumentar que ela seria insuficiente para
a satisfação do crédito, pois o devedor teria que pagar a dívida com uma parcela
menor dos seus salários e proventos.
A decisão que deve ser tomada no caso concreto dependerá das
circunstâncias específicas do caso, como o valor da dívida, a capacidade de
pagamento do devedor e a situação financeira da família do devedor.

No entanto, é importante que a decisão seja tomada de forma ponderada,


de modo a garantir a satisfação do crédito trabalhista sem prejudicar
excessivamente o devedor e sua família.

2.1 SOLUÇÃO PROPOSTA

Com base na análise construtiva realizada, proponho a seguinte solução


para o caso concreto:

Penhora de até 50% dos salários e proventos do devedor. Essa solução


seria a mais adequada para conciliar os princípios constitucionais da proteção
ao trabalhador e da dignidade da pessoa humana.

A penhora de até 50% dos salários e proventos do devedor permitiria que


o devedor mantivesse uma parcela suficiente dos seus recursos para a sua
subsistência e para a subsistência de sua família. Além disso, essa penhora seria
suficiente para a satisfação do crédito trabalhista, sem prejudicar
excessivamente o devedor.

Essa solução já é adotada por alguns tribunais trabalhistas, como o


Tribunal Superior do Trabalho (TST), que editou a Súmula 390, I, que estabelece
que "são impenhoráveis os créditos resultantes de salários, vencimentos,
proventos do trabalho, aposentadoria, pensões e os com eles assemelhados".
No entanto, a súmula admite a penhora de até 50% dos salários e proventos do
devedor para o pagamento de crédito de natureza alimentar.

Acredito que essa solução é a mais justa e equilibrada para o caso


concreto, pois respeita os princípios constitucionais fundamentais e garante a
satisfação do crédito trabalhista sem prejudicar excessivamente o devedor e sua
família.
2.2 É POSSÍVEL A PENHORA DOS SALARIOS E PROVENTOS DO
DEVEDOR (PESSOA FÍSICA) PARA A SATISFAÇÃO DO CRÉDITO
TRABALHISTA?

Sim, é possível a penhora dos salários e proventos do devedor (pessoa


física) para a satisfação do crédito trabalhista. No entanto, essa possibilidade
deve ser analisada de forma ponderada, de modo a não prejudicar
excessivamente o devedor e sua família. A legislação trabalhista brasileira prevê
a impenhorabilidade dos salários e proventos do devedor, salvo em algumas
hipóteses excepcionais.

O artigo 833, inciso IV, do Código de Processo Civil, aplicável


subsidiariamente ao Processo do Trabalho, estabelece que são impenhoráveis
"os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e sua família".

No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) editou a Súmula 390,


I, que estabelece que "são impenhoráveis os créditos resultantes de salários,
vencimentos, proventos do trabalho, aposentadoria, pensões e os com eles
assemelhados". No entanto, a súmula admite a penhora de até 50% dos salários
e proventos do devedor para o pagamento de crédito de natureza alimentar.

Segue jurisprudência para esclarecer o fato acima:

PENHORA DE SALÁRIO - POSSIBILIDADE. A impenhorabilidade de


salários e proventos de aposentadoria, prevista no artigo 833, IV, do
NCPC, deve ser excepcionada quando se tratar da execução de
prestações alimentícias, gênero do qual o crédito trabalhista é espécie.
Possibilidade de constrição judicial de percentual sobre o salário do
devedor. Inteligência do art. 833, §2º, do CPC/2015 (TRT da 3.ª Região;
PJE: 0011283-89.2013.5.03.0055 (AP); Disponibilização: 06/04/2017,
DEJT/TRT3/Cadjud, Página 1796; Órgão Julgador: Decima Primeira
Turma; Relator: Adriana Goulart de Sena Orsini)
Portanto, a penhora dos salários e proventos do devedor para a satisfação
do crédito trabalhista é possível, mas deve ser limitada a 50% dos valores
recebidos. Essa solução é a mais adequada para conciliar os princípios
constitucionais da proteção ao trabalhador e da dignidade da pessoa humana.

A penhora de até 50% dos salários e proventos do devedor permitiria que


o devedor mantivesse uma parcela suficiente dos seus recursos para a sua
subsistência e para a subsistência de sua família. Além disso, essa penhora seria
suficiente para a satisfação do crédito trabalhista, sem prejudicar
excessivamente o devedor.

3 OS CRITÉRIOS CONTRA A PENHORA DOS SALÁRIOS

É válido discorrer sobre os critérios contra a penhora dos salários e


proventos do devedor (pessoa física) para a satisfação do crédito trabalhista são
baseados nos princípios constitucionais da proteção ao trabalhador e da
dignidade da pessoa humana.

De acordo com o princípio da proteção ao trabalhador, os direitos


trabalhistas são irrenunciáveis e irrepetíveis, e que a lei exige o cumprimento das
normas de proteção ao trabalho, inclusive quando as relações de trabalho forem
regidas por contrato tácito.

O crédito trabalhista é um direito fundamental do trabalhador, que é


essencial para a sua subsistência e para a subsistência de sua família. Por isso,
a penhora dos salários e proventos do devedor para a satisfação do crédito
trabalhista deve ser feita de forma ponderada, de modo a não prejudicar
excessivamente o devedor e sua família.

Alguns critérios contra a penhora dos salários e proventos do devedor


para a satisfação do crédito trabalhista são:

• O valor da dívida: Quanto menor o valor da dívida, menor o impacto da


penhora sobre o devedor e sua família.
• A capacidade de pagamento do devedor: Se o devedor não tem
capacidade de pagar a dívida com uma parcela menor dos seus salários
e proventos, a penhora pode comprometer a sua subsistência.

• A situação financeira da família do devedor: Se o devedor tem filhos ou


outros dependentes, a penhora pode prejudicar a subsistência de toda a
família.

Além desses critérios, também é importante considerar o contexto social


e econômico do país. No Brasil, a maioria dos trabalhadores recebe um salário-
mínimo ou um salário próximo ao mínimo. Nesse contexto, a penhora dos
salários e proventos pode ser extremamente prejudicial para o devedor e sua
família. Para melhor esclarecimento dos argumentos expostos acima segue
jurisprudência:

TST - RR-1000001-34.2023.5.02.0000 "A jurisprudência do Tribunal


Superior do Trabalho é pacífica no sentido de que os créditos
trabalhistas são de natureza alimentar e, portanto, possuem preferência
sobre os demais créditos, inclusive os fiscais. No entanto, a penhora dos
salários do devedor para a satisfação do crédito trabalhista deve ser
limitada a 50% dos valores recebidos, a fim de não comprometer a sua
subsistência e a subsistência de sua família".

Portanto, a penhora dos salários e proventos do devedor para a satisfação


do crédito trabalhista deve ser uma medida excepcional, que deve ser tomada
apenas em casos em que não houver outra forma de garantir a satisfação do
crédito.

4 DESCRIÇÃO DOS ARGUMENTOS

4.1 HIPÓTESES DE IMPENHORABILIDADE. ART. 833, CPC. ART. 769, CLT.


PRINCÍPIO DA MENOR GRAVOSIDADE AO EXECUTADO. PRINCÍPIO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.

O artigo 833 do Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao


Processo do Trabalho, estabelece as hipóteses de impenhorabilidade de bens.
São elas:
• Os bens inalienáveis e os bens gravados com cláusula de inalienabilidade
ou impenhorabilidade.

• Os bens absolutamente impenhoráveis.

• Os bens penhoráveis, mas que não podem ser penhorados por força de
lei.

4.2 BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS

São bens absolutamente impenhoráveis aqueles que não podem ser


penhorados em nenhuma hipótese. São eles:

• Os bens de uso pessoal do executado, tais como roupas, calçados,


utensílios domésticos e móveis.

• Os bens de família, ou seja, a casa em que o devedor e sua família


residem, seja própria ou alugada.

• Os proventos de aposentadoria, pensões e montepios.

• Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as


remunerações, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento
do devedor e sua família.

• Os livros, as máquinas, os instrumentos ou utensílios necessários ou úteis


ao exercício de qualquer profissão.

• Os materiais necessários para obras em andamento, até o valor


correspondente ao quinhão de um ano de salário do devedor.

• Os bens que guarnecem a casa de prisão, os materiais de trabalho dos


presos e os instrumentos de seus ofícios.

• Os semoventes, de pequeno porte, necessários à subsistência do


devedor e sua família.

• A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada


pela família.
• Os instrumentos de trabalho do artesão, do produtor rural e do pescador
artesanal.

4.3 BENS PENHORÁVEIS, MAS QUE NÃO PODEM SER PENHORADOS POR
FORÇA DE LEI

São bens penhoráveis, mas que não podem ser penhorados por força de
lei, aqueles que são necessários à subsistência do devedor e sua família. São
eles:

• Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações,


as pensões, os pecúlios e os montepios, salvo os casos de prestação
alimentícia, até o limite de 50% (cinquenta por cento) de seus valores.

• Os proventos de aposentadoria, pensões e montepios, salvo os casos de


prestação alimentícia, até o limite de 30% (trinta por cento) de seus
valores.

• As quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao


sustento do devedor e sua família, até o limite de 50% (cinquenta por
cento) de seus valores.

4.4 PRINCÍPIO DA MENOR GRAVOSIDADE AO EXECUTADO

O princípio da menor gravosidade ao executado é um princípio processual


que determina que o devedor deve ser submetido ao menor sacrifício possível
para a satisfação do crédito do credor.

Esse princípio está previsto no artigo 805 do Código de Processo Civil,


que estabelece que "a execução deve ser realizada de modo menos gravoso
para o devedor". O princípio da menor gravosidade ao executado é um dos
fundamentos das hipóteses de impenhorabilidade de bens.

4.5 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


O princípio da dignidade da pessoa humana é um princípio constitucional
que estabelece que todos os seres humanos são dignos e que nenhum ser
humano pode ser tratado como coisa.

Esse princípio está previsto no artigo 1º, III, da Constituição Federal, que
estabelece que "a dignidade da pessoa humana é fundamento da República
Federativa do Brasil".

O princípio da dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos das


hipóteses de impenhorabilidade de bens, especialmente dos bens de uso
pessoal e dos bens que são necessários à subsistência do devedor e sua família.

4.6 APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS À PENHORA DE SALÁRIOS E


PROVENTOS

A penhora de salários e proventos é uma medida excepcional, que deve ser


adotada apenas quando não houver outra forma de garantir a satisfação do
crédito.

Ao aplicar os princípios da menor gravosidade ao executado e da dignidade


da pessoa humana à penhora de salários e proventos, deve-se levar em
consideração os seguintes fatores:

• O valor da dívida: Quanto menor o valor da dívida, menor o impacto da


penhora sobre o devedor e sua família.

• A capacidade de pagamento do devedor: Se o devedor não tem


capacidade de pagar a dívida com uma parcela menor dos seus salários
e proventos, a penhora pode comprometer a sua subsistência.

5 PARECER FINAL

A possibilidade de penhora dos salários e proventos do devedor (pessoa


física) para a satisfação do crédito trabalhista é uma questão complexa, que
envolve a colisão de princípios constitucionais fundamentais, como a proteção
ao trabalhador e a dignidade da pessoa humana.
De um lado, o princípio da proteção ao trabalhador, previsto no art. 7º,
caput, da Constituição Federal, estabelece que os direitos trabalhistas são
irrenunciáveis e irrepetíveis, e que a lei exige o cumprimento das normas de
proteção ao trabalho, inclusive quando as relações de trabalho forem regidas por
contrato tácito.

Do outro lado, o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no


art. 1º, III, da Constituição Federal, estabelece que todos os seres humanos são
dotados de dignidade e que nenhum ser humano pode ser tratado como coisa.

A aplicação desses princípios ao caso concreto deve levar em


consideração a natureza alimentar do crédito trabalhista, que é essencial para a
subsistência do trabalhador e de sua família.

No entanto, é importante ressaltar que os salários e proventos também


são essenciais para a subsistência do devedor e de sua família. Portanto, a
penhora desses valores deve ser feita de forma ponderada, de modo a não
prejudicar o devedor e sua família de forma excessiva.

Com base nessas considerações, é possível identificar duas decisões


possíveis no caso concreto:

Decisão 1: Penhora integral dos salários e proventos do devedor. Essa


decisão seria a mais radical, pois implicaria na privação total do devedor dos
meios de subsistência.

A favor dessa decisão, pode-se argumentar que o crédito trabalhista é de


natureza alimentar e que, portanto, tem prioridade sobre outros créditos. Além
disso, pode-se argumentar que o devedor, ao assumir uma dívida trabalhista,
assumiu o risco de ter seus salários e proventos penhorados para a satisfação
do crédito.

Contra essa decisão, pode-se argumentar que ela seria excessivamente


onerosa para o devedor e sua família, o que violaria o princípio da dignidade da
pessoa humana. Além disso, pode-se argumentar que a penhora integral dos
salários e proventos seria ineficaz para a satisfação do crédito, pois o devedor
não teria mais recursos para pagar a dívida.

Decisão 2: Penhora parcial dos salários e proventos do devedor. Essa


decisão seria mais equilibrada, pois permitiria que o devedor mantivesse uma
parcela dos seus salários e proventos para a sua subsistência.

A favor dessa decisão, pode-se argumentar que ela seria mais justa e
proporcional, pois respeitaria os princípios da proteção ao trabalhador e da
dignidade da pessoa humana. Além disso, pode-se argumentar que a penhora
parcial dos salários e proventos seria mais eficaz para a satisfação do crédito,
pois o devedor continuaria a ter recursos para pagar a dívida.

Contra essa decisão, pode-se argumentar que ela seria insuficiente para
a satisfação do crédito, pois o devedor teria que pagar a dívida com uma parcela
menor dos seus salários e proventos.
5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação


das leis do trabalho.

Execução trabalhista: penhora de salários e proventos do devedor - Pesquisa


Google.

www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/direito-
constitucional/o-principio-da-dignidade-da-pessoa-humana-e-a-mitigacao-da-
im-penhorabilidade

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 25 ed. São Paulo: Editora


Saraiva, 2021

ZAINAGHI, Domingos Sávio, CLT interpretada. 12 ed. São Paulo: Editora


Malone Ltda. 2021

GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa, Curso de Direito Processual do Trabalho. 11


ed. São Paulo, Editora Saraiva Jur. 2023

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