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DISCIPLINA: Noções e Características

Empreendedoras e Perfil Empreendedor (30h)

Prof. Dr. Jairo de Carvalho Guimarães


UNIDADE I

➢ Trabalho e a mediação social


➢ A relação e as conexões entre trabalho e educação na modernidade
➢ Empregabilidade: ideologia ou contingência?
➢ Competências exigidas pelo mercado
UNIDADE II
➢ O empreendedor: Origem, conceitos, fundamentos
➢ Noções e características empreendedoras
➢ O processo empreendedor
➢ Tipos de empreendedorismo
➢ Perfil x oportunidades: Como estimular a percepção?
➢ Paixão empreendedora
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
23/10/23 A 05/11/2023

ATIVIDADE DATA/DIA HORÁRIO


AULA SÍNCRONA (UNIDADE I) 25/10/23 – QUARTA-FEIRA 19h às 21h
AULA SÍNCRONA (UNIDADE II) 01/11/23 – QUARTA-FEIRA 19h às 21h
RESENHA ARTIGO (UNIDADE I) – 2 LAUDAS 26/10/23 – 3 DIAS Livre
FÓRUM (UNIDADE II) – 2 QUESTÕES 03/11/2023 – 2 DIAS Livre
PROVA ELETRÔNICA 04/11/2023 – 2 DIAS Livre
FORAM POSTADOS DOIS VÍDEOS
CONTENDO PALESTRAS COM
EMPREENDEDORES BRASILEIROS.

ESTES VÍDEOS FARÃO PARTE DA


AVALIAÇÃO INDIVIDUAL (PROVA).
UNIDADE I
“Se você acha que
educação é cara,
experimente a ignorância”.
Derek Bok – advogado e educador americano
“NÓS SOMOS AQUILO QUE FAZEMOS
REPETIDAMENTE. EXCELÊNCIA,
PORTANTO, NÃO É UM ATO, MAS SIM UM
HÁBITO”.

(ARISTÓTELES)
MUNDO DO TRABALHO X MERCADO DE TRABALHO

Tanto o Mundo do Trabalho quanto o Mercado de


Trabalho contribuem para a formação plena do
sujeito; a ESCOLA é a mediadora entre sujeito e saber
(educação escolar e vida), cujo processo se confere
pelo trabalho; o TRABALHO é o primeiro princípio do
saber e fonte permanente de prática social.
Fonte: Carneiro, 2012.

*** O homem é um ser social.
*** Relações complexas, particulares e abrangentes.
*** Na busca da autonomia, o ser social interage.
*** Surgem as mediações sociais.
*** Mediação com a natureza, com outros indivíduos, com a sociedade, com as
organizações, etc.

O TRABALHO É CONSIDERADO UMA MEDIAÇÃO


SOCIAL UNIVERSAL E VITAL PARA A
SOCIEDADE.
“O TRABALHO FUNDA TODAS AS DETERMINAÇÕES DO
SER SOCIAL” (LUKÁCS, 1981 apud BONFIM, 2003, p. 50).

O TRABALHO É “[…] UMA CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA


DO HOMEM, INDEPENDENTE DE TODAS AS FORMAS DE
SOCIEDADES […]” (MARX, 1996 apud BONFIM, 2003, p.
52).
❑Estes fatores têm conexão com o capitalismo, com as novas
formações societárias, com a produção, com a acumulação do
capital, com a distribuição do excedente, com o trabalho, com a
pobreza, com a falta de oportunidades.

❑Nesta estrutura, as desigualdades sociais se evidenciam.

Intervenções são necessárias por parte do Estado para corrigir as


distorções: distribuição das riquezas, foco na educação, geração de
oportunidades, incentivo ao empreendedorismo e às novas tecnologias
(TIC), criação de cursos de capacitação/aperfeiçoamento, etc.
QUALIFICAÇÃO VERSUS
ESTRATO/ORIGEM SOCIAL:

O QUE CREDENCIA O INDIVÍDUO A


INGRESSAR NO MERCADO DE
TRABALHO????
Na visão de Bonfim (2003, p. 52), “[…] a
“O social
função TRABALHO É Odo
específica ELEMENTO
trabalho é o de
mediatizarESTRUTURADOR DA
o intercâmbio metabólico entre o
ECONOMIA”.
homem e a natureza, para transformar esta
nos bens necessários à reprodução do
(Bonfim, 2003, p. 52)

indivíduo e da sociedade”.
PAUSA PARA A REFLEXÃO!!!!!!!!!!!

A EDUCAÇÃO ESCOLAR PODE DAR


CONTA DE TODOS OS DESAFIOS (saúde,
bem-estar, convivência, capacidade cognitiva,
moral, ética, trabalho, etc.) QUE O MUNDO
CONTEMPORÂNEO ENFRENTA?
“O TRABALHO, ENQUANTO ATIVIDADE PRÁTICO-
MATERIAL, ENQUANTO ATIVIDADE SENSÍVEL,
CONSTITUIRIA A MEDIAÇÃO PRIMORDIAL PELA
QUAL O HOMEM COMO PARTE DA NATUREZA É
CAPAZ DE SUPERÁ-LA, PATENTEANDO-SE COMO
SER UNIVERSAL”.
(Macário, 2003, p. 122)
FONTE: TONET, 2003.
❑Matriz do mundo: Trabalho
Crise na dinâmica e nas relações do trabalho
Campos de forças: Estado x Sociedade
Educação: mediador das novas relações sociais
Função da Educação: provimento do ser social
Riscos: privatização da Educação
Solução: socialização e ampliação da Educação
FONTE: TONET, 2003.
POLÍTICAS PÚBLICAS, CONTEÚDOS, TIC´s,
CURRÍCULOS, MÉTODOS, TÉCNICAS, DIDÁTICA, FUNDO
PÚBLICO

CIDADANIA
INDIVÍDUO EDUCAÇÃO
PLENA
(FONTE) (MEIO)
(FIM)
o Agilidade na Tomada de Decisão
7 o Espírito Empreendedor
o Foco em Resultados
COMPETÊNCIAS o Orientação para Custos
EXIGIDAS PELO o Resiliência, Adaptabilidade
MERCADO o Senso de Urgência
o Visão Sistêmica
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
TIPO FUNÇÃO COMO DESENVOLVER
Conhecimento teórico Entendimento, interpretação Educação formal e continuada
Conhecimento sobre os Saber como proceder Educação formal e experiência
procedimentos profissional
Conhecimento empírico Saber como fazer Experiência profissional
Conhecimento social Saber como comportar Experiência social e profissional
Conhecimento cognitivo Saber como lidar com a Educação formal e continuada, e
informação, saber como experiência social e profissional
aprender
FONTE: Fleury; Fleury, 2010, p. 40
EMPREGABILIDADE: IDEOLOGIA OU CONTINGÊNCIA?
“[…] O SIGNIFICADO
IDEOLOGIA DE UMA
Ideologia IDEOLOGIA
significa o estudo NÃO CONSISTE
de algum protótipo […]
ideal.NO
Seu
conceito
FATO DE ELA filosófico eOS
EXPRESSAR político é bem parecido
INTERESSES OU com
AS a origem
linguística,
NECESSIDADES DE UM designando
GRUPO um conjunto
SOCIAL, de ideias
NEM NA SUA que propõe
uma sociedade
VERIFICABILIDADE EMPÍRICA, ideal.
NEM EM SUA VALIDADE OU
CONTINGÊNCIA 1 Caráter ou
AUSÊNCIA DE VALIDADE qualidade MAS
OBJETIVA, do que é contingente. 2 EM
SIMPLESMENTE Dúvida
quanto à possibilidade
SUA CAPACIDADE DE CONTROLARde uma E coisa acontecer
DIRIGIR O ou não. 3
Fato cuja
COMPORTAMENTO DOSocorrência
HOMENS éEMpossível, porém incerta;
DETERMINADA
eventualidade, imprevisto.
SITUAÇÃO”.
Fontes: Abbagnano, 2012, p. 616 e Google.
UNIDADE II
UNIDADE II
➢ O empreendedor: Origem, conceitos, fundamentos
➢ Noções e características empreendedoras
➢ O processo empreendedor
➢ Tipos de empreendedorismo
➢ Perfil x oportunidades: Como estimular a percepção?
➢ Paixão empreendedora
MAIS DE 45% DOS MICROEMPREENDEDORES
BRASILEIROS SÃO MULHERES
Empreendedores são feitos, não nascem prontos!

“Habilidades podem e devem ser ensinadas. As escolas têm,


portanto, um papel importante a desempenhar ao dotar os
potenciais empreendedores do futuro com as competências e
atitudes adequadas numa fase inicial.

Os decisores políticos precisam de encorajar as escolas a


adotarem uma abordagem mais prática do que as disciplinas
acadêmicas tradicionais”.
FONTE: The EY G20 Entrepreneurship Barometer, 2013, p. 12.
“Ser ou não ser empreendedor não é uma
questão de simples liberdade, de uma
escolha. O perfil do empreendedor deve
conter o jeito adequado ao meio incerto e
desafiador da atualidade”.
Fonte: Pereira, 2001, p. 12.
PERGUNTAS QUE TODO CANDIDATO A
EMPREENDEDOR DEVE FAZER
1) Estou pensando em ser empreendedor!! É trabalho ou
hobby?
2) Há mercado para a minha atividade/ideia/proposta?
3) Disponho de dinheiro para investir no negócio?
4) Disponho de dinheiro para me manter?
5) Disponho de tempo para me dedicar ao negócio?
“Sorte é estar pronto quando
a oportunidade vem”.
OPRAH WINFREY
(apresentadora, jornalista, atriz, psicóloga, empresária, repórter, produtora,
editora e escritora norte-americana)
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDORISMO

❑ Liderança
❑ Assumir riscos
❑ Criar valor
❑ Empreender grupos de trabalho
❑ Criatividade organizacional
❑ Reconhecer oportunidades
❑ Atuar fortemente na inovação
❑ Adaptação às transformações
Fonte: Pereira, 2001, p. 17.
PERFIL DO INDIVÍDUO EMPREENDEDOR I

❑ Dinamismo com a responsabilidade


❑ Vigor
❑ Iniciativa
❑ Persistência
❑ Conhecimento técnico
❑ Habilidade para pensar [intrínseco) e refletir [extrínseco, relacional]
❑ Estabelecer relações humanas, como uma característica de
sociabilidade
❑ Consideração pelo outro (empatia)
Fonte: Pereira, 2001, p. 18.
PERFIL DO INDIVÍDUO EMPREENDEDOR II
❑ Confiança
❑ Perseverança
❑ Determinação
❑ Energia
❑ Capacidade de resolução
AUTOEFICÁCIA
❑ Habilidade para assumir riscos
❑ Versatilidade
❑ Criatividade
❑ Habilidade para influenciar pessoas
❑ Independência e perceptividade
Fonte: Pereira, 2001, p. 18.
Cursos específicos
nas universidades e
escolas de negócios
5%
7% Programas de
coaching para O QUE MELHORARIA A
15% empreendedores
49% Divulgação de
PERCEPÇÃO DO
histórias de sucesso EMPREENDEDORISMO
para estudantes
24% Iniciativas do COMO OPÇÃO DE
Governo que apoiem
o empreendedorismo
CARREIRA?
Outros motivos

FONTE: The EY G20 Entrepreneurship Barometer, 2013.


INOVAÇÃO NO CONTEXTO EMPREENDEDOR
MOTIVOS PARA EMPREENDER

FALTA DE EMPREGOS ATRATIVOS NO MERCADO

APROVEITAR UMA OPORTUNIDADE

INDEPENDÊNCIA PARA ESCOLHER LOCAL E HORÁRIO


DE TRABALHO

MELHOR PERSPECTIVA DE RENDA


FUTURA/OPORTUNIDADE DE GANHAR MAIS

INDEPENDÊNCIA PESSOAL/REALIZAÇÃO

0 10 20 30 40 50 60 70 80

FONTE: The EY G20 Entrepreneurship Barometer, 2013,


O QUE QUEREM OS JOVENS
EMPREENDEDORES DOS PAÍSES DO G20
Gostaria de ter maior acesso ao capital 73%
Dizem que necessitam de aulas específicas de empreendedorismo 66%
Pedem programas do Governo que garantam educação e 51%
investimento
Querem que empreendedores sejam vistos como criadores de 50%
emprego
Apoiam incentivos fiscais para investimentos 41%
Defendem o aumento do número de incubadoras 36%
FONTE: Ernst & Young em parceira com Young Entrepreneurs Alliance, 2013.
Empreendedores iniciais e empreendedores estabelecidos

Os nascentes são
aqueles
empreendedores que
estão envolvidos em
um novo negócio que
ainda NÃO pagou
qualquer remuneração
ao seu proprietário por
mais de três meses

Fonte: Cardozo, 2019.


Empreendedores x escolaridade

Fonte: Cardozo, 2019.


ANTECENDENTES À INTENÇÃO EM EMPREENDER
Quanto um indivíduo acredita ser capaz
AUTOEFICÁCIA de desempenhar os papéis e tarefas de
um empreendedor.

Habilidade individual de gerar soluções


CRIATIVIDADE novas e apropriadas para problemas
existentes.

Sentimento positivo e intenso vivenciado


PAIXÃO ao se dedicar a atividades
empreendedoras que estejam associadas
EMPREENDEDORA à autoidentidade.
Fonte: Bignetti et al., 2021.
REFERÊNCIAS
BIGNETTI, Bernardo; SANTOS, Ana C. M. Z.; HANSEN, Peter B.; HENRIQSON, Eder. A INFLUÊNCIA DA PAIXÃO EMPREENDEDORA E DA CRIATIVIDADE NAS
INTENÇÕES EMPREENDEDORAS.. Revista de Administração Mackenzie, v. 22, n. 2, p. 1–32, 2021.

BONFIM, Antônio C. F. As peculiaridades ontológicas comuns à mediação do trabalho. In.: MENEZES, Ana Maria D.; FIGUEIREDO, Fábio F. Trabalho, Sociabilidade
e Educação: Uma crítica à ordem do Capital. Fortaleza, Editora UFC, 2003.

CARDOZO, Jorge Willian da Silva. Escolaridade dos empreendedores brasileiros: uma análise sobre os proprietários de negócios iniciais e estabelecidos. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, v, 10, n. 10, p. 129-138, out. 2019.

CARNEIRO, Moacir A. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. 20. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

CODA, Roberto. Competências comportamentais: Como mapear e desenvolver competências pessoais no trabalho. São Paulo: Atlas, 2016.

FILION, Louis J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28,
abr./jun., 1999.

FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria Tereza L. Estratégias empresariais e formação de competências: Um quebra-cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.

MACÁRIO, Epitácio. Trabalho e mediação social. In.: MENEZES, Ana Maria D.; FIGUEIREDO, Fábio F. Trabalho, Sociabilidade e Educação: Uma crítica à ordem do
Capital. Fortaleza, Editora UFC, 2003.

PEREIRA, Sonia Maria. A formação do empreendedor. Tese (Tese em Engenharia de Produção). 191 f. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Florianópolis: 2001.

TONET, Ivo. Educação e Concepções de Sociedade. Revista Universidade e Sociedade, v. 19, n. 9, p. 1-12, 1999.

TONET, Ivo. A educação numa encruzilhada. In.: MENEZES, Ana Maria D.; FIGUEIREDO, Fábio F. Trabalho, Sociabilidade e Educação: Uma crítica à ordem do
Capital. Fortaleza, Editora UFC, 2003.
OBRIGADO!!!!
BOA SORTE PARA TODOS!!!!!!!!!!!!!

jairoguimaraes@ufpi.edu.br

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