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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
https://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio CAMPUS DE BARRA DO BUGRES

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografi
/sao-vicente-a-primeira-cidade-brasileira
HISTÓRIA DO URBANISMO
Arquitetura e urbanismo

a/megacidades.htm

Formação das cidades brasileiras coloniais até a construção de Brasília


(1960); O processo de periferização das cidades em desenvolvimento e Aula 12
a formação de Megacidades. (23/11/23)

Prof. José Maria de Andrade – Zé Maria


Calendário das Atividades Avaliativas 2023/02
AGO 03 10 17 24 31
Aula 01 Aula 02 Aula 03 Aula 04
AVALIAÇÃO 1 (N1)

SET 07 14 21 28
FERIADO NACIONAL FERIADO LOCAL Aula 05 Aula 06
INDEP. BRASIL PADROEIRA DA CIDADE

OUT 05 12 19 26
Aula 07 NÃO HAVERÁ AULA Aula 08 Aula 09
AVALIAÇÃO 2 (N2) FERIADO NACIONAL SEMANA DA
PADROEIRA DO BRASIL ARQUITETURA
NOV 02 09 16 23 30
FERIADO NACIONAL Aula 10 Aula 11 Aula 12 Aula 13
FINADOS Hoje AVALIAÇÃO 3 (N3)

DEZ 07 14
Aula 14 Aula 15
EXAME (PF) CONSOLIDAÇÃO FINAL
DAS TURMAS
Atividade Avaliativa 3 (N3)

3º Nota: Terá como referência toda a Unidade didática 3 – Será uma prova objetiva escrita com
10 questões. Para cada questão será atribuido 1,0 pto.. Totalizando 10.0 ptos.

• As questões serão elaboradas tendo como referência todo o conteúdo das aulas
desta Unidade III;

• Durante a realização desta prova não haverá atendimento de qualquer espécie;

• A interpretação das questões faz parte da prova;

• Se por ventura a prova apresentar algum tipo de problema, fica desde já resolvido. Ou
seja, anula-se a questão e a sua pontuação será transferida para as demais.

• Entende-se por problema, uma situação onde não seja possível resolver a questão;

• As vistas de prova vão acontecer a medida em que as mesmas irão sendo entregues.
AULAS CONTEÚDOS METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS

Unidade didática I Recursos


AULA 1
Apresentação geral – Introdução, contextualização e conceitos; audiovisuais de
Aula expositiva e multimídia, lousa e
(1ª Semana)
10/08/23 dialogada material de apoio
postado no SIGAA.

Unidade didática I Recursos


AULA 2 As primeiras cidades: panorama da gênese urbana e das civilizações audiovisuais de
(2ª Semana) ocidentais e orientais (Egito, Mesopotâmia, Índia, China); Aula expositiva e multimídia, lousa e
17/08/2023 Configuração, morfologia, localização, estrutura social, habitacional e dialogada material de apoio
administrativa destas cidades. postado no SIGAA.

Unidade didática I Recursos


As cidades clássicas do Mundo Antigo e os impérios: Grécia e audiovisuais de
AULA 3
de Roma; A arquitetura e urbanismo bizantino; As cidades Aula expositiva e multimídia, lousa e
(3ª Semana)
24/08/2023 dialogada material de apoio
medievais, góticas, renascentistas e barrocas.
postado no SIGAA.

Unidade didática I Recursos


AULA 4 Fim desta unidade Aula expositiva
audiovisuais de
AVALIAÇÃO 1 (N1) multimídia com
(4ª Semana) promovida pelos
postagem no mesmo
31/08/2023 APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE PESQUISA acadêmicos
dia no SIGAA (PDF).
AULAS CONTEÚDOS METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS

(5ª Semana)
FERIADO NACIONAL – DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
07/09/23

(6ª Semana)
14/09/2023 FERIADO LOCAL – DIA DA PADROEIRA DA CIDADE

Unidade didática II Recursos


AULA 5 As cidades e civilizações pré-colombianas; As cidades audiovisuais de
Aula expositiva e
(7ª Semana) coloniais e a evolução urbana nas Américas (modelos de multimídia, lousa e
21/09/2023 dialogada
planejamento urbano espanhol, português e britânico); material de apoio
postado no SIGAA.
Unidade didática II Recursos
AULA 6 A formação das cidades coloniais no Brasil; audiovisuais de
Aula expositiva e
(8ª Semana) multimídia, lousa e
28/09/2023 dialogada
material de apoio
postado no SIGAA.
AVALIAÇÃO 2 (N2) Recursos
AULA 7
(8ª Semana)
APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE PESQUISA Aula expositiva e
audiovisuais de
05/10/2023
multimídia, lousa e
dialogada
material de apoio
postado no SIGAA.
METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS
AULAS CONTEÚDOS

(9ª Semana)
12/10/2023 Feriado Nacional – Dia de Nossa Senhora Aparecida

Unidade didática III Recursos


AULA 8 audiovisuais de
(10ª Semana)
A era industrial e os processos de urbanização dos grandes Aula expositiva e
19/10/2023 centros; multimídia, lousa e
dialogada
material de apoio
postado no SIGAA.

(10ª Semana)
26/10/2023 SEMANA DA ARQUITETURA

(10ª Semana)
02/11/2023 Feriado Nacional – Dia de Finados
METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS
AULAS CONTEÚDOS

Unidade didática III Recursos


AULA 9
Os planos urbanos do século XIX (Paris, Londres, Barcelona): audiovisuais de
a questão habitacional e a salubridade nas cidades Aula expositiva e
(14ª Semana) multimídia, lousa e
09/11/2023 dialogada
industrializadas; material de apoio
postado no SIGAA.
Unidade didática III
As utopias urbanas na história (da Antiguidade aos tempos Recursos
AULA 10 audiovisuais de
atuais); Cidades na era pós-industrial (e os processos urbanos: Aula expositiva e
(15ª Semana) multimídia, lousa e
16/11/2023 metropolização, desmetropolização, periurbanização, redes dialogada
material de apoio
urbanas, cidades globais, dispersão territorial das cidades, postado no SIGAA.
dispersão e compactação urbana);
Unidade didática III Recursos
AULA 11
Formação das cidades brasileiras coloniais até a construção de audiovisuais de
Brasília (1960); O processo de periferização das cidades em Aula expositiva e
(16ª Semana) multimídia, lousa e
23/11/2023 dialogada
desenvolvimento e a formação de Megacidades; material de apoio
Hoje postado no SIGAA.
METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS
AULAS CONTEÚDOS

Unidade didática III Recursos audiovisuais


AULA 13 Atividade Avaliativa 3 – N3 Aula expositiva e de multimídia, lousa e
(17ª Semana)
30/11/2023 dialogada material de apoio
postado no SIGAA.

AULA 14
(18ª Semana) Prova final (Exame) Impresso
07/12/2023

AULA 15
(19ª Semana) Consolidação Final
14/12/2023

Com poucas alterações, consideramos que o plano está sendo concluído


de forma a atender as recomendações do projeto político pedagógico do
curso.
Formação das cidades brasileiras coloniais até a
construção de Brasília em 1960.
Formação das cidades brasileiras coloniais
Considerações iniciais
A formação urbana no Brasil durante o período colonial não foi muito desenvolvida. O interesse
português era explorar as riquezas do território, não havendo uma grande preocupação com o
povoamento da colônia e a construção de espaços urbanos.

A principal área que foi ocupada pelos portugueses durante o período colonial foi a faixa litorânea. O
objetivo era facilitar e acelerar o envio das mercadorias a Portugal para que fossem vendidas no
nascente mercado mundial.

Por essa razão, poucas cidades surgiram nos primeiros dois séculos de exploração colonial,
podendo ser destacadas a capital do governo-geral do Brasil (Salvador) e outras mais ligadas ao
escoamento do açúcar produzido nos engenhos, como Olinda, Recife e São Vicente.

A formação econômica do Brasil se deu com base em ciclos econômicos: começou com a
extração do pau-brasil, depois com o cultivo da cana-de-açúcar, logo seguido pelo ciclo
do ouro, e, por fim, houve o ciclo do café, quando se deu a transição do período colonial à
independência.

https://mapasmentaiscomchirley.com.br/ciclos-economicos-do-brasil-colonial-resumidos-em-mapa-
mental/#:~:text=A%20forma%C3%A7%C3%A3o%20econ%C3%B4mica%20do%20Brasil,do%20per%C3%ADodo%20colonial%20%C3%A0%20independ%C3%AAncia.
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensino_fundamental/historia-tempo-espaco-e-formas-de-registros-a-historia-e-suas-percepcoes-de-tempo/

Cidades coloniais
Salvador foi a capital da colônia
até 1763, data em que foi
transferida para a cidade do Rio
de Janeiro.
Formação das cidades brasileiras coloniais
Considerações iniciais
Houve um tempo, que o território brasileiro foi comparado a um arquipélago. Isso porque havia
uma série de núcleos populacionais espalhados em regiões distintas, mas sem comunicação
uns com os outros.
Muitos desses núcleos começaram a surgir entre os séculos XVII e XVIII, com a interiorização da
ocupação do território brasileiro, a atividade dos bandeirantes e o surgimento do ciclo econômico
do ouro. Cidades como Manaus (no Amazonas), Ouro Preto (em Minas Gerais), Goiás (situada no
estado de mesmo nome), que à época se chamava Vila Boa, e Campinas (em São Paulo) foram
fundadas nesse período.
Brasil Colônia Brasil Império

Ciclos
econômicos
do Brasil

1500 a 1530 1530 a 1700 1700 a 1800 1800 a 1930 1890 a 1920
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/urbanizacao-no-
brasil.htm#:~:text=Concentra%C3%A7%C3%A3o%20espacial%20e%20polariza%C3%A7%C3%A3o%3A%20a,metr%C3%B3poles%20e%20as%20regi%C3%B5es%20met
ropolitanas.
Formação das cidades brasileiras coloniais
Considerações iniciais
Após a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, a cidade do Rio de Janeiro
passou por profundas mudanças, sendo que na segunda metade do século XIX o mesmo
aconteceria com a cidade de São Paulo.

As duas cidades sobressaíam-se sobre as demais em decorrência de a primeira ser a capital do


Império, e a segunda em razão do crescimento da economia cafeeira. Essas mudanças no cenário
urbano iriam também alterar a composição social, modificando a estrutura de classes da
sociedade.

Em 1883, cerca de 400 mil pessoas habitavam a cidade do Rio de Janeiro, contra as 79 mil que
existiam em 1821.

A presença da Família Real portuguesa no Rio de Janeiro promoveu mudanças importantes no


papel das cidades, ao mesmo tempo que novas áreas urbanas foram sendo fundadas no interior
do país, em todas as regiões.

https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/urbanizacao-mudancas-sociais-no-imperio.htm
Formação das cidades brasileiras coloniais
Considerações iniciais
O Brasil Imperial trouxe uma crescente contradição entre a modernização de parte da sociedade
brasileira e a permanência dos traços socioeconômicos e culturais dos séculos anteriores de
colonização.

No Rio de Janeiro, a iluminação pública a gás foi instalada em 1854 e, em São Paulo, em 1872.
Serviços de transporte foram criados, surgindo as carruagens e os bondes puxados por tração
animal nas ruas das cidades. Um incipiente sistema de coleta de esgoto foi instalado na capital, a
partir da década de 1860, para substituir o serviço realizado por escravos, conhecidos como tigres.

Teatros e outras formas de entretenimento, como saraus e festas em casas de pessoas ilustres,
foram se constituindo para atender às demandas da população que crescia. Em 1883, cerca de 400
mil pessoas habitavam a cidade do Rio de Janeiro, contra as 79 mil que existiam em 1821.

Essa nova dinâmica urbana, diferente da do período colonial, criou a necessidade de novos serviços
a serem prestados à população. Serviços como os de carregador, vendedor ambulante, barbeiros,
artesãos, domésticos, aguadeiro, cocheiro, ama de leite, entre outros, passaram a ser procurados.

https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/urbanizacao-mudancas-sociais-no-imperio.htm
Formação das cidades brasileiras coloniais
Contrastando com a imagem dos núcleos urbanos de forma desalinhada, destaca-se que as cidades
desse período aglomeravam as instituições que deveriam garantir o estabelecimento dos interesses
metropolitanos. As igrejas, as fortificações, os centros administrativos e os redutos militares ocupavam
uma posição de destaque, pois reafirmavam a presença e o domínio lusitano.

Os colonizadores as utilizavam para a organização e a defesa do território da metrópole em relação


aos colonizadores de outros países, visto que no Brasil haviam franceses, portugueses, holandeses,
entre outros. Tanto é que a fundação das cidades ocorria por meio de ordem do Rei de Portugal.

As casas coloniais geralmente eram construídas como uma certa fragilidade e, no máximo, cumpriam
bem o papel de proteger a população dos fenômenos climáticos violentos ou dar uma posição
privilegiada caso algum ataque (seja de invasores estrangeiros ou de população nativa) acontecesse.

Contudo, as ameaças externas poderiam ser consideradas menores quando tais vilas eram espaço
propício para o desenvolvimento de epidemias terríveis como a febre amarela, varíola, tuberculose e
sarampo.

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/as-primeiras-cidades.htm
Formação das cidades brasileiras coloniais
Entre as primeiras cidades do Brasil, difundidas (de1500 a
1600) em diversas regiões, algumas destacaram-se na História:
1ª. São Vicente (SP) em 1532
2ª. Porto Seguro (BA) em 1535
3ª. Ilhéus (BA) em 1536
4ª. Igaraçu (Igarassu) em 1536
5ª. Santa Cruz em 1536

https://slideplayer.com.br/slide/67648/
6ª. Olinda (PE) em 1537
7ª. Santos (SP) em 1545
8ª. Salvador (BA) em 1549
9ª. Vitória (ES) em 1551
10ª. Espírito Santo (ES) em 1551
11ª. São Paulo (SP) em 1554
12ª. Itanhaém (SP) em 1561
13ª. Rio de Janeiro (RJ) em 1565
14ª. Filipéia (PB) em 1585
15ª. São Cristóvão (SE) em 1590
16ª. Natal (RN) em 1599
17ª. Cananéia (SP) em 1600
Formação das cidades brasileiras coloniais
As cidades
setecentistas
Do total das vilas criadas
neste período, somente o
atual território da Bahia
recebeu 27, o que equivale a
quase 23% do total. Minas
Gerais recebeu 14, São
Paulo e o Ceará passaram a
contar com 13, cada um,
Pará e o Amazonas com 8,
cada um e Mato Grosso
duas. Em contraposição, a
fraquíssima urbanização de
Pernambuco: uma só vila —
a do Recife.
Em 1758, a cidade de
Oeiras foi designada
capital da província do
Piauí e, em 1761, elevada
à cidade.
Formação das cidades brasileiras coloniais
Durante as primeiras décadas do século
XVIII o desenvolvimento da mineração no
interior do território brasileiro, permitiu a
formação de áreas de colonização com
população expressivamente urbana se
comparada com a do litoral.

O desenvolvimento da mineração trouxe


também um impulso significativo às
atividades de comércio nas vilas e cidades,
vinculados agora não mais aos objetivos da
agricultura agroexportadora.
Formação das cidades brasileiras coloniais
O contexto histórico do bandeirantismo é
marcado por várias mudanças no Brasil
Colônia. O eixo econômico foi deslocado
e isso fez com que a Coroa portuguesa
mudasse a capital colonial de Salvador
para o Rio de Janeiro, facilitando o
controle e a cobrança de impostos das
regiões mineradoras mais próximas da
cidade carioca. As expedições
bandeirantes colaboraram para o
povoamento do interior.

As expedições que saíram de São Paulo em


direção ao sertão brasileiro se dividiram em:

Bandeiras de apresamento
Bandeiras de prospecção
Sertanismo de contrato
Formação das cidades brasileiras coloniais

As entradas e bandeiras foram expedições de desbravamento territorial, que ocorreram no


Brasil Colônia entre os séculos XVII e XVIII.

Diferenças: As entradas eram expedições oficiais (organizadas pelo governo) que saiam do
litoral em direção ao interior do Brasil. As bandeiras eram expedições organizadas e
financiadas por particulares, principalmente paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente
principalmente, rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil.
Cidades planejadas
Cidades planejadas
A existência, a fundação de muitas cidades devem-se a uma ordem ou determinação superior,
um plano anterior, por assim dizer. A fundação do Rio de Janeiro foi “planejada” em Lisboa, mas
isso não faz dela uma “cidade planejada” em sua acepção contemporânea.

A ideia de se criar novas cidades a partir do nada, seguindo diretrizes específicas desde o estilo dos
edifícios até a ordenação de residências e serviços era bastante compatível com noções de
planejamento urbano típicas da segunda metade do século XIX e, em especial, início do século XX.

A melhor forma de se eliminar ou, ao menos, minimizar a desordem típica das cidades que cresciam
incontrolavelmente era reordenar o espaço urbano segundo atividades desempenhadas, facilitando
a circulação (de coisas e pessoas), ao mesmo tempo em que afastava o grosso dos habitantes dos
centros de poder e decisão.

Idealmente, portanto, seria partir do zero e construir cidades novas onde toda a ocupação seria
pré-determinada.

http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html
Cidades planejadas
As cidades planejadas se diferenciam das chamadas cidades “naturais” por partirem de algum
projeto pré-definido. Em geral, são construídas a partir de áreas onde antes não existia nenhum
núcleo urbano significativo.

Elas são essencialmente idealizadas segundo uma teoria norteadora.


Em outras palavras, as cidades planejadas surgem para tentar corrigir os problemas encontrados
no que podemos chamar de cidades naturais, sendo estas soluções parte de uma visão de
urbanidade e civilização.

No Brasil, quando o assunto é cidades planejadas, a primeira coisa que vem à mente é Brasília.
No entanto, além da capital federal, algumas outras capitais também foram concebidas antes
ainda de seus “nascimentos”, ou seja, também se enquadram no conceito de cidades
planejadas.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Salvador – 1549
Salvador foi nossa primeira capital e é também considerada uma cidade planejada. Fundada em
1549, o projeto é do arquiteto Luís Dias.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Teresina – 1852

pesquisadora-conta-historias-da-fundacao-da-primeira-capital-planejada-do-brasil/
https://www.oitomeia.com.br/noticias/2023/08/16/como-surgiu-teresina-
A capital do Estado do Piauí foi a segunda cidade planejada no Brasil. Isso aconteceu durante a
época do Império, já que Teresina foi fundada em 1852.

Assim como Salvador, a principal função de


Teresina era a administrativa e servir de capital
provinciana. O desenho da cidade foi feito por
José Antônio Saraiva e João Isidoro França.

A cidade recebeu esse nome em homenagem à


Imperatriz Teresa Cristina. Foi por seu intermédio
que Dom Pedro II aceitou mudar a capital da
província, que ficava na cidade de Oeiras para
um novo sítio urbano planejado.

Seu desenho não apresenta grande ruptura com


a tradição colonial portuguesa do traçado
ortogonal xadrez, com os edifícios administrativos
e religiosos no centro.
https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Aracaju – 1855
Nessa mesma época de planejamento e fundação de Teresina, outra província do Nordeste teve
sua capital transferida para uma cidade projetada.
https://www.vivadecora.com.br/pro/cidades-planejadas-no-brasil/

O projeto de Aracaju também


aconteceu como uma das
cidades planejadas em traçado
ortogonal estilo xadrez.

O engenheiro Sebastião José


Basílio Pirro, mesmo
encontrando dificuldades
graças ao solo pantanoso
conseguiu erguer a cidade.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Belo Horizonte – 1897
Durante o período colonial, a província das Minas Gerais teve grande importância econômica e
cultural. No conhecido “ciclo do ouro”, inúmeras cidades se formaram na região das minas, que
adquiriu identidade tipicamente urbana.
Foi a primeira cidade brasileira
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Planta_BH.jpg

moderna planejada, foram feitas


avenidas em diagonal e quarteirões
de dimensões regulares.
Belo Horizonte nasceu com grandes
bulevares circulantes.
Entre a paisagem urbana e a natural
previu-se uma área de transição que
articulava os dois setores.
A nova cidade foi encomendada
em 1893 e entregue em 1897.
Aarão Reis, engenheiro urbanista
paraense foi o responsável.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Goiânia – 1942
https://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/goiania-as-varias-faces-de-um-

No século XX, Goiânia foi a primeira cidade brasileira planejada. Assim


como aconteceu em Minas Gerais, os goianos também reivindicavam
uma capital mais moderna e condizente com aquele período brasileiro
e mundial.

Em 1933, o interventor Pedro Ludovico encomendou os trabalhos ao


urbanista Atílio Corrêa Lima. Isso só foi possível graças a uma política
mesmo-rosto-54259/

do governo federal de Getúlio Vargas chamada “marcha para o oeste”,


que previa a interiorização do desenvolvimento do país.

O plano piloto de Goiânia foi fortemente influenciado pelo modelo de


cidade jardim proposto por Ebenezer Howard, onde foram planejados
grandes parques e áreas verdes.

A capital goiana, foi planejada para uma população máxima de 50 mil


habitantes, no entanto, conta com mais de 1,5 milhão de habitantes
atualmente.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Boa Vista – 1944
Boa Vista não surgiu inicialmente de forma planejada na época de sua fundação no século XIX.
Entretanto, na década de 1940, passou por uma grande remodelação inspirada nos ideais
modernistas parisienses do conceito de “cidade jardim”.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.212/6864

O seu traçado de formato radial, como um


leque, foi desenhado pelo engenheiro civil
Darcy Aleixo Derenusson entre 1941 e
1944.

As principais avenidas da cidade convergem


para o Centro Cívico, onde estão a
Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça
e o Palácio do Governo de Roraima.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Maringá – 1947
Não apenas para finalidades administrativas ou capitais de Estados e províncias as cidades foram
planejadas no Brasil.
A cidade de Maringá, por
exemplo, no interior do Estado
do Paraná, foi inaugurada em
https://www.ub.edu/geocrit/-xcol/55.htm

1947. Tudo aconteceu no auge


da cultura do café no norte
paranaense.

Foi aí que o arquiteto e urbanista


Jorge de Macedo Vieira colocou
em uma prancheta os traços da
mais nova cidade modernista. As
características eram de “cidade-
jardim”.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/jbrshopping/afinal-o-desenho-
Cidades planejadas

Brasília – 1960
Quase duas décadas após
Goiânia, foi também no
Centro-Oeste brasileiro que
se deu a nossa mais icônica
de-brasilia-foi-inspirado-em-que/

experiência em cidade
planejada: Brasília, a capital
federal. Mas para
chegarmos até 1960,
quando a nova capital
interiorana foi enfim
inaugurada, precisamos
voltar um pouco mais no
tempo.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
Cidades planejadas
Palmas – 1990
Na saideira no século XX, sob contexto da “nova democracia”, Palmas foi a última das cidades
planejadas no país. O projeto para ser uma cidade-capital, foi devido a criação do novo Estado do
Tocantins, desmembrado de Goiás em 1988.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/21.245/7923

O plano ficou a cargo dos arquitetos


Luiz Fernando Cruvinel Teixeira e
Walfredo Antunes de Oliveira Filho.

Houve, também, forte inspiração em


Le Corbusier e a cidade foi construída
de modo muito semelhante a Brasília.

A arquitetura da cidade foi pensada


buscando a funcionalidade que
oportunizasse liberdade entre as
diferentes funções desenvolvidas em
uma cidade administrativa.

https://planetsmartcity.com.br/blog/quais-cidades-foram-planejadas-no-brasil-conheca-cada-uma-delas/
https://www.cfnews.com.br/portal/2019/05/17/odir-nicolodi-cacula-empresario/
Cidades planejadas no Estado de Mato Grosso
Santiago do Norte está localizada no município de Paranatinga-MT, há 520 km da Capital.

Existente há mais de 30 anos, o


distrito se prepara para se tornar mais
uma cidade mato-grossense.
Cidades planejadas no Estado de Mato Grosso
Santiago do Norte está posicionada estrategicamente no
estado do Mato Grosso entre as principais cidades,
rodovias e ferrovias do estado, que levam a soja e outros
grãos para os portos das regiões sul e sudeste do país.

Em um raio de 300 quilômetros se concentram os


maiores produtores agrícolas, de onde saem 70% de
toda a produção do estado.

Por isso, a futura cidade se torna um cenário promissor para novos empreendimentos – montar um
negócio por ali é sinônimo de mais oportunidades, livre da concorrência das capitais e das grandes
cidades do estados, mas com o mesmo (ou maior) potencial.

O fazendeiro e empresário Odir Nicolodi, que dividiu os mais de sete mil hectares em lotes e participou
da criação do plano diretor, ainda em 2014, é co-idealizador do novo município

https://www.santiagodonortemt.com.br/noticias/no-coracao-de-mato-grosso-santiago-do-norte-e-cenario-de-investimentos-e-desenvolvimento
Cidades planejadas no Estado de mato Grosso
A cidade de Juína nasceu de um programa de colonização gerida pela Companhia de
Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso e no contexto de um programa federal de ocupação
produtiva da Amazônia Brasileira.

Identificadas às terras de maior fertilidade,


definiu-se a área do projeto com
aproximadamente 411 mil há. na região do
Alto ARIPUANÃ e Juína-Mirim, do km180 ao
280 da rodovia AR-1.

O projeto elaborado em 1977, teve sua


aprovação pelo INCRA através da portaria
nº 904, de 19 de setembro de 1878 e o
Município criado pela Lei nº 4.456, de 09
de maio de 1982.

https://docplayer.com.br/4212307-Planejamento-urbano-da-cidade-de-juina-mt-com-foco-no-plano-diretor-da-cidade-obstaculos-avancos-limites-e-
possibilidades.html#google_vignette
Cidades planejadas no Estado de mato Grosso
O projeto que resultou no
surgimento de Juína foi
considerado o maior êxito de
colonização da Codemat.
Em virtude do crescimento
acelerado e acentuado, em
10 de junho de 1979, foi
criado o distrito de Juína,
com território jurisdicionado
ao município de Aripuanã.

O projeto original previa a


divisão da cidade em
módulos. Cada módulo
tinha 35 hectares, incluindo
as ruas. Os lotes mediam
12 m x 40 m. e 15 m x
40 m.
Cidades planejadas no Estado de mato Grosso
Sinop é uma cidade planejada, observando critérios urbanísticos modernos, com traçado regular.
As áreas residenciais são limitadas por avenidas de até 50 metros de largura, com calçadas de
até 7 metros.

As avenidas levam nomes


de árvores, como Acácias,
Sibipirunas, Jequitibás,
Tarumãs e Palmeiras e as
ruas levam nomes de
flores como Orquídeas,
Avencas, Azaléias, Lírios
e Violetas.

https://www.cidades.com.br/cidades-do-brasil/estado-mato-grosso/354-sinop.html
Sinop

https://shcu2014.com.br/representa%C3%A7%C3%B5es/021.html
Raimundo Costa Filho,
em 1973, Seguiu o
picadão do 9º BEC,
acompanhado de
topógrafos e iniciou a
medição da área
inicialmente denominada
de Cafezal.
Era tal a procura de terras
que, em 1974, quase toda
a Gleba Cafezal já havia
sido ocupada.
Programou-se, então, a
cidade.

Colíder foi criada em 18


de dezembro de 1979,
através da lei estadual
4.158. Mas a instalação
aconteceu somente em
2 de julho de 1981.
Cidades planejadas
Ainda sobre a capital Brasília – do projeto a sua concretização
Na época da transferência da capital Salvador para o
Rio de Janeiro, Marquês de Pombal aventara a
possibilidade de se transferir a capital da colônia para
o interior, longe do litoral e seus portos, mais
vulneráveis a ataques estrangeiros.

Em 1823, José Bonifácio defendia a construção de


uma nova capital no interior. A primeira Constituição
Republicana [1891], indicava em seu artigo 3, uma
área de 14 mil Km² no Estado de Goiás para a
construção da nova capital.

Em 1893, o presidente Floriano Peixoto enviou uma


expedição chamada “Missão Cruls” (Comissão
Exploradora do Planalto Central) ao local para
estudar a topografia, a fauna e a flora da região que
décadas depois abrigaria Brasília.

http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html
Cidades planejadas
Sobre a capital Brasília – do projeto a sua concretização
Em 1940, a discussão acerca da mudança
de capital se intensifica, a partir da
Constituição de 1946 que determina: “A
Capital da União será transferida para o
planalto central do Pais;” os parágrafos que
integram o artigo referem-se a medidas
práticas a serem tomadas pelo legislativo e
pelo executivo para que a transferência
fosse concretizada.

Antes da Constituição, ainda durante o


governo Vargas, iniciativas como a criação da
Fundação Brasil Central, que levou a cabo a
Expedição Roncador - Xingu, contribuíram
para um maior conhecimento do interior do
país, em especial a região centro-oeste, onde
a futura capital seria construída.
http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html
Cidades planejadas
Sobre a capital Brasília – do projeto a sua concretização

Em 1956, o governo recém empossado de JK oferecia 1 milhão de cruzeiros para o vencedor do


concurso que escolheria o projeto do plano-piloto da nova capital – Brasília.

O vencedor foi Lucio Costa, que havia relutado em participar da disputa, com o notório plano-
piloto em forma de avião, que de uma ponta a outra media 14 quilômetros e cujo eixo central (eixo
monumental) media cerca de 16 quilômetros.

Seu projeto seguia os princípios da Carta de Atenas de 1933. A concepção da sua cidade
planejada (como aliás, a de muitos outros concorrentes) deixava pouco espaço para qualquer
crescimento espontâneo da mesma.

A percepção do júri, contudo, levou outros fatores em conta: “Tem o espírito do século XX: é
novo; é livre e aberto; é disciplinado sem ser rígido”. Indicava-se, para o crescimento da cidade
para além do planejado, a criação de cidades-satélites em torno do Plano Piloto.

http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html
Cidades planejadas
Sobre a capital Brasília – do projeto a sua concretização
As cidades lineares, organizadas ao longo de
eixos, eram um tema que estava em
discussão no começo do século XX, a
estratégia de dispor cidades em eixos que se
cruzam.

Brasília portanto, vem de formas do repertório


do urbanismo moderno e inspirada nas
cidades lineares.

A cidade linear é um modelo concebido pelo


urbanista espanhol Arturo Soria y Mata no final
do século XIX, construída como bairro
experimental na periferia de Madrí, Espanha, em
1894.

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2019/06/04/aviao-ou-borboleta-entenda-as-inspiracoes-de-lucio-costa-para-o-projeto-de-brasilia.ghtml
Cidades planejadas
A proposta abandona as estruturas tradicionais: quarteirão, praça.
A dimensão simbólica está subordinada à dimensão técnica e o espaço público reduzido aos
traçados de circulação e serviços.
Desconsidera a dimensão estética da cidade, submetendo o desenho urbano à dimensão técnica e
privilegiando apenas um elemento do processo urbano: a CIRCULAÇÃO, determinando a
configuração espacial na forma mais racional: a linha RETA.
Cidades planejadas
Os braços que erguiam a cidade também ergueram assentamentos da NOVACAP para a
moradia sua e de suas famílias, e as cidades satélites acabaram surgido antes mesmo da
inauguração da cidade.

Mas nem todos tinham acesso a estas soluções, e os assentamentos populares acabaram
surgindo da mesma forma que favelas em grandes cidades brasileiras.

Aliás, o crescimento precoce das cidades-satélites marcou a cidade em sua gestação e


nascimento: àqueles que não conseguiam espaço em moradias e assentamentos oficiais,
restava a autoconstrução em terrenos financiados nas cidades satélites ou mesmo em terrenos
invadidos próximos ao Plano, de onde eram paulatinamente removidos para as cidades-satélites
nascentes, que “não passavam de enormes conjuntos habitacionais, sem saneamento básico,
serviços públicos essenciais, abastecimento eficiente ou empregos.

http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html
Cidades planejadas
O Plano Piloto O Distrito Federal

A expressão plano piloto costuma


se referir a qualquer plano
preliminar ou de embasamento a
um empreendimento. Está,
sobretudo, associada ao
urbanismo moderno de matriz
funcionalista do século XX e a
planos urbanísticos de forma
geral.
https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Mapa-de-Localizacao-das-Regioes-Administrativas-do-DF-Fonte-Companhia-de_fig1_303462707
Cidades planejadas
Sobre o Rio de Janeiro
No início do século XX, a Cidade Maravilhosa ainda conservava ares coloniais que não combinavam
mais com a imagem positiva que grandes cidades europeias (principalmente Paris) tinham por aqui.
Além disso, existia uma grande população que se amontoava nessa região do Rio, que era suja e
propensa à propagação de doenças como a febre amarela e a varíola. Essas duas situações levaram
Francisco Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro, a fazer mudanças drásticas. É aberta a Avenida
Central e a criação de espaços públicos e edifícios imponentes

https://diariodorio.com/historia-da-avenida-rio-branco/
Cidades planejadas
Sobre o Rio de Janeiro

https://www.mpmt.mp.br/conteudo/732/84775/planejamento-urbano-e-epidemias-como- https://bndigital.bn.gov.br/dossies/historia-da-ciencia/o-
doencas-do-passado-transformaram-as-cidades papel-da-medicina-e-da-engenharia-nas-transformacoes-
urbanas-do-rio-de-janeiro-no-inicio-do-seculo-xx/
Cidades planejadas
Sobre o Rio de Janeiro
No começo do século passado, o Rio de Janeiro era a capital do país e vivia um período de
transformações. A nova imagem da cidade era planejada pelo prefeito Pereira Passos, que queria
dar ao Brasil características mais modernas, fugindo da visão de atraso, de país escravocrata.

O governante se inspirou
em Paris para fazer as
reformas urbanísticas no
Rio, construindo praças,
ampliando ruas e criando
estruturas de
saneamento básico.
Entre as principais
heranças da sua gestão
estão o Theatro
Municipal, o Museu
Nacional de Belas Artes
e a Biblioteca Nacional.

https://www.appai.org.br/appai-educacao-revista-appai-educar-edicao-143-quando-o-rio-de-janeiro-era-a-paris-tropical/
residencial-Jardim-Oceanico---Local--Barra-da-Tijuca---Rio-de-Janeiro---RJ---Data-022011- A urbanização da Barra da Tijuca teve forte influência
das ideias modernistas de Le Corbusier e
http://tyba.com.br/br/registro/cd217_044.jpg/-Assunto-Vista-aerea-do-bairro-

foram replicadas por Lúcio Costa em 1969,


concebendo esta área da cidade de forma setorizada,
com grandes prédios isolados e implementação de
grandes vias.
Cidades planejadas
Sobre a Carta de Atenas

Em 1933, na cidade de Atenas, Grécia, é realizado o IV Congresso Internacional de Arquitetura


Moderna (CIAM), que resulta em um manifesto urbanístico que expressa o pensamento sobre o
meio urbano na época.

A Carta de Atenas, como é chamado este documento, trata as cidades sob o ponto de vista de
arquitetos, que reunidos, buscam responder aos problemas urbanísticos causados pelo rápido
crescimento das cidades.

A Carta, de modo geral, analisa o estado atual e crítico das cidades, propondo aspectos que
deveriam ser respeitados para a melhoria da estrutura urbana.

https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069
Cidades planejadas
As recomendações da Carta de Atenas
• Com considerações sobre as habitações, o lazer, o trabalho, a circulação e o patrimônio histórico
das cidades, a Carta prega, entre outros pontos, a separação das áreas residenciais, de lazer e
de trabalho, através da setorização das áreas e de um planejamento do uso do solo;

• O grupo internacional de arquitetos então reunidos, reserva aos setores habitacionais as


melhores localidades urbanas e determina que deve haver limites em sua densidade de modo
a evitar problemas futuros.

• A melhoria da qualidade de vida destaca-se como item de grande destaque, de modo que
pregam que cada moradia deve receber insolação mínima, por direito; devem afastar-se do
alinhamento das vias de modo a distanciarem-se da poeira, gases tóxicos e ruídos que ali se
formam e que as construções mais elevadas distem uma das outras, liberando o solo para áreas
verdes.

• Os locais de trabalho e moradia devem ficar próximos e as indústrias devem se concentrar em


vias lineares de modo que os setores industriais e habitacionais sejam separados por zonas
verdes.

https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069
Cidades planejadas
As recomendações da Carta de Atenas
• Ao lazer, o estatuto do solo deve assegurar superfícies verdes satisfatórias a organização de
cada região. As periferias da cidade devem ser organizadas como áreas de lazer semanais de
fácil acesso, oferecendo atividades diversas e saudáveis de entretenimento e novas áreas verdes
devem servir ao embelezamento e ao mesmo tempo abrigar instalações coletivas.
• Quanto a circulação, deverá ser feita uma classificação e separação das vias segundo seu
uso/natureza e velocidades média, sendo então categorizadas (passeio, trânsito...) e
administradas por um regime próprio. Zonas de vegetação devem isolar os leitos de grande
circulação que serão afastados das edificações.
• Trata ainda do patrimônio histórico das cidades, decretando que os valores arquitetônicos devem
ser mantidos, respeitando-se a personalidade e o passado próprios da cidade. Se sua presença
for, entretanto, prejudicial, será destruído e deve dar lugar a áreas verdes, pois mesmo que
destruindo um ambiente secular, bairros vizinhos se beneficiarão desta mudança.
• Se o edifício possuir algum valor, se buscarão outras soluções e sua conservação não deve
acarretar o sacrifício de populações mantidas em condições insalubres. Não se poderão
empregar estilos antigos em novas construções sob hipótese nenhuma, para que se evite uma
reconstituição fictícia, já que a intenção primitiva é a preservação.
https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069
Cidades planejadas
As recomendações da Carta de Atenas
• Ainda na Carta de Atenas, estabeleceu-se que o interesse privado deveria subordinar-se ao
coletivo. A Disponibilidade do solo urbano apresenta-se neste texto ainda como uma dificuldade
básica que se mantêm no planejamento urbano.
• A preservação e defesa dos valores culturais e patrimônio histórico-monumental, de forma mais
ampla, afirma a necessidade de se preservar e conservar tanto o patrimônio histórico
monumental como também o patrimônio cultural, conservando valores que têm um autêntico
significado para a cultura geral.

• A tarefa de conservação, restauração e reciclagem de monumentos deve considerar sua


integração ao processo do desenvolvimento urbano analisando a viabilidade de tais
intervenções, tal como era sugerido na Carta de Atenas.
• A Carta de Atenas consolida-se então como um documento sobre teoria e metodologia de
planejamento. Passaram-se quase 45 anos da elaboração da Carta de Atenas, muitos
fenômenos novos emergiram e exigem uma revisão que a complemente com um documento a
ser analisado interdisciplinarmente em uma discussão internacional que inclua intelectuais e
profissionais, institutos de pesquisas e universidades de todos os países.

https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069
Cidades planejadas
A revisão da Carta de Atenas

• Em dezembro de 1977, no Encontro Internacional de Arquitetos em Machu Picchu, é redigida


a Carta de Machu Picchu, apenas como uma proposta de revisão da Carta de Atenas. Este
documento apresenta-se como um ponto de partida para a sua atualização, onde se
transcrevem complementações a fim de que os processos anteriores se adaptem as condições
atuais, tanto em planejamento como em arquitetura, propondo ao novo documento agora
enfoque e amplitudes mundiais.

• Um dos pontos revisados afirma quatro funções básicas do urbanismo: habitar, trabalhar,
divertir-se e circular e que os planos devem fixar sua estrutura e implantação. Determinaram-se
assim cidades setorizadas em funções, onde o resultado é uma vida urbana amena, onde cada
espaço arquitetônico resulta num objeto isolado. O Conceito de setor para o presente
documento alterou-se e “adquiriu-se consciência de que o processo urbanístico não consiste
em setorizar, mas em criar definitivamente uma integração polifuncional e contextual”.

https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069
O processo de periferização das cidades
em desenvolvimento
A periferização causada pela urbanização desigual
As cidades, como conjuntos complexos, possuem uma história que as faz resultar no que são
hoje. A partir da colonização e da urbanização de um território é possível encontrar as causas da
desigualdade e da segregação existente na maioria delas.

A periferia surge quando ocorre uma alta elevação do valor dos terrenos do centro da cidade,
fazendo com que os moradores com menor poder aquisitivo procurem moradias com valores
acessíveis, porém, em áreas distantes e desprovidas de infra-estrutura.

Esse processo está relacionado a dinâmica das cidades, elas crescem e não agregam todos os
moradores de forma semelhante, sua expansão causa a expulsão dos pobres do centro e os
segrega em regiões pouco desenvolvidas.

http://www.urutagua.uem.br/011/11silva.htm#:~:text=lazer%20nestas%20regi%C3%B5es.-,Periferia,e%20desprovidas%20de%20infra%2Destrutura.
A periferização causada pela urbanização desigual
A periferia vem crescendo mais do que as cidades. Além da alta taxa de natalidade, ela atrai um
grande número de imigrantes, seja de outros bairros ou municípios, graças ao baixo custo de
vida. Quando há um aumento da densidade populacional as reivindicações ganham maior força
e a prefeitura leva para esta região, ao longo de vários anos, infra-estrutura.

As condições precárias do início da ocupação diminuem e muitas transformações ocorrem,


influenciando a valorização dos imóveis, mas isso faz com que surjam outras regiões periféricas,
ainda mais distantes que a primeira, pois, alguns moradores não conseguem arcar com os custos
do imposto, esgoto e outras despesas que acompanham o processo de reformas.

Outros acabam vendendo sua moradia para adquirirem um imóvel de menor valor e poder
investir o que resta em outros bens, como automóvel, móveis, eletrodomésticos ou construir
uma casa maior ou melhor do que a anterior. Isso faz com que enquanto na cidade uma minoria
aumenta sua qualidade de vida, a grande maioria pouco melhora, quando não piora de
condições.

http://www.urutagua.uem.br/011/11silva.htm#:~:text=lazer%20nestas%20regi%C3%B5es.-,Periferia,e%20desprovidas%20de%20infra%2Destrutura.
A formação de Megacidades
A formação de megacidades
Conceito de megacidade
Tóquio
O conceito de
megacidade foi
desenvolvido pela
Organização das
Nações Unidas (ONU)
para fazer referência a
toda e qualquer
aglomeração urbana
com população
superior a dez milhões
de habitantes e um
crescente grau de
urbanização e de
desenvolvimento.

https://br.freepik.com/fotos-premium/vista-aerea-tokyo-cityscape-japao_1464373.htm
A formação de megacidades
O grupo de megacidades hoje, envolve as maiores áreas urbanas habitadas do planeta. A
maioria delas é constituída por municípios de países emergentes e subdesenvolvidos, embora a
maior seja Tóquio, capital do Japão.

A capital japonesa, no entanto, possui excesso populacional por uma série de fatores específicos,
principalmente a questão da área habitável restrita que o país possui para os seus mais de 125
milhões de habitantes.

Tóquio, aliás, já faz parte também de um novo conceito, o de metacidades, porque possui cerca de
37 milhões de pessoas em sua área urbana, que envolve uma série de cidades metropolitanas.

A formação das megacidades e sua proliferação pelo mundo acontecem com base em alguns fatores
principais: a intensa urbanização das sociedades, sobretudo durante o século XX, e a acelerada
metropolização, ou seja, a concentração das populações urbanas nas grandes metrópoles de seus
países.
Esse processo ocorre em razão das maiores oportunidades de emprego e moradia que essas
cidades oferecem, além do processo de êxodo rural que vem ocorrendo em maior intensidade nos
países subdesenvolvidos e emergentes.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/megacidades.htm#:~:text=Portanto%2C%20a%20maior%20parte%20das,pelos%20transportes%20
p%C3%BAblicos%2C%20entre%20outros
A formação de megacidades
Algumas megacidades vêm apresentando elevados índices de crescimento populacional, tanto
pelo aspecto migratório quanto pelas elevadas taxas de natalidade.

O principal desafio dessas e de outras grandes cidades é o provimento de infraestruturas sociais


que permitam uma mínima qualidade de vida a seus habitantes em face de um crescimento
acelerado e geralmente desordenado.

A maior parte das megacidades sofre com problemas relativos à ausência de saneamento básico,
expansão de favelas e ocupações irregulares, elevados índices de violência, segregação
socioespacial, ausência de mobilidade tanto nas vias de trânsito quanto no deslocamento pelos
transportes públicos, entre outros muitos fatores.

Outro aspecto considerado negativo existente nas megacidades abrange os problemas ambientais.
Eles acontecem pelos elevados índices de poluição, remoção da vegetação, degradação de cursos
d'água e outros, gerando problemas ambientais gerais e específicos, tais como as ilhas de calor e a
inversão térmica.

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/megacidades.htm
A formação de megacidades
No contexto brasileiro, as cinco cidades mais populosas do Brasil estão localizadas nas
regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, temos apenas duas megacidades: São
Paulo (20.365.000) e Rio de Janeiro (6.748.000).

Nossas cidades com potencial para se tornarem megacidades:

Segundo o censo de 2022, Brasília (DF) está com 2.817.068 habitantes;

Fortaleza (CE) - 2.428.678;

Salvador (BA) - 2.418.005;

Fortaleza – 2.4 milhões de habitantes;


Belo Horizonte (MG) - 2 315 560.
Em contraponto, o Brasil apresenta cidades com populações absolutas muito pequenas, com poucas
centenas de habitantes. Esse cenário não é diferente de outros países, como a Croácia, que possui a
cidade menos populosa do globo.

https://www.buenasdicas.com/maiores-cidade-do-brasil-20-mais-populosas-11308/
A formação de megacidades
As cidades que possuem o Cidade País População
maior número absoluto de Tóquio* Japão 37.843.000 habitantes
Jacarta* Indonésia 30.539.000 habitantes
habitantes, estão localizadas
Deli Índia 24.998.000 habitantes
em quatro continentes do
Manila Filipinas 24.123.000 habitantes
globo (América, África, Ásia Seul Coréia do Sul 23.480.000 habitantes
e Europa), mas a maioria Xangai China 23.416.000 habitantes
concentra-se na Ásia, Carachi Paquistão 22.123.000 habitantes
continente mais populoso Pequim China 21.009.000 habitantes

do globo e que possui a Lagos Nigéria 21.000.000 habitantes

maior concentração de Nova Iorque Estados Unidos 20.630.000 habitantes


Guangzhou China 20.597.000 habitantes
megacidades.
São Paulo Brasil 20.365.000 habitantes

* Metacidades Cidade do México México 20,063.000 habitantes


Mumbai Índia 17.712.000 habitantes
Esta contagem populacional Osaka Japão 17.444.000 habitantes

é do município e da sua área Moscou Rússia 16.170.000 habitantes


Dhaca Bangladesh 15.669.000 habitantes
metropolitana, em razão da
Cairo Egito 15.600.000 habitantes
alta integração urbana
Los Angeles Estados Unidos 15.068.000 habitantes
nessas regiões. Bangkok Tailândia 14.998.000 habitantes
Calcutá Índia 14.667.000 habitantes

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/cidades-mais-populosas-mundo.htm
É isso!

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