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https://ensina.rtp.pt/explicador/a-revolucao-industrial-expande-se-pela-europa-h73/ https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm
SET 07 14 21 28
FERIADO NACIONAL FERIADO LOCAL Aula 05 Aula 06
INDEP. BRASIL PADROEIRA DA CIDADE
OUT 05 12 19 26
Aula 07 NÃO HAVERÁ AULA Aula 08 Aula 09
AVALIAÇÃO 2 (N2) FERIADO NACIONAL SEMANA DA
PADROEIRA DO BRASIL ARQUITETURA
NOV 02 09 16 23 30
FERIADO NACIONAL Aula 10 Aula 11 Aula 12 Aula 13
FINADOS Hoje AVALIAÇÃO 3 (N3)
DEZ 07 14
Aula 14 Aula 15
EXAME (PF) CONSOLIDAÇÃO FINAL
DAS TURMAS
Atividade Avaliativa 3 (N3)
3º Nota: Terá como referência toda a Unidade didática 3 – Será uma prova objetiva escrita com 10
questões. Para cada questão será atribuido 1,0 pto.. Totalizando 10.0 ptos.
(5ª Semana)
FERIADO NACIONAL – DIA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
07/09/23
(6ª Semana)
14/09/2023 FERIADO LOCAL – DIA DA PADROEIRA DA CIDADE
(9ª Semana)
12/10/2023 Feriado Nacional – Dia de Nossa Senhora Aparecida
(10ª Semana)
26/10/2023 SEMANA DA ARQUITETURA
(10ª Semana)
02/11/2023 Feriado Nacional – Dia de Finados
METODOLOGIAS RECURSOS PREVISTOS
AULAS CONTEÚDOS
AULA 14
(18ª Semana) Prova final (Exame) Impresso
07/12/2023
AULA 15
(19ª Semana) Consolidação Final
14/12/2023
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-
industrial.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial%20foi%20o%20per%C3%ADodo%20de%20grande%20desenvolvimento%20tecnol%C3%B3gico,p
rocesso%20de%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20capitalismo.
O processo de urbanização
O processo de urbanização está relacionado ao aumento da população que vive nas cidades e à
expansão do território dessas cidades para abrigar mais pessoas.
Esse movimento é marcado pela migração da população rural para as regiões urbanas, em busca
de uma melhor qualidade de vida (conhecido como êxodo rural). Suas causas principais são o
aumento da industrialização, que fez surgir novos postos de trabalho nas cidades enquanto
substituiu grande parte do trabalho braçal necessário no meio rural.
Para abrigar o novo contingente de pessoas, no entanto, as cidades precisam expandir seu
território. Em países desenvolvidos, o processo de urbanização e expansão territorial costuma
acontecer de maneira mais lenta e estruturada.
No caso dos emergentes e subdesenvolvidos, por sua vez, ele é rápido e desordenado — o que
traz consequências negativas relacionadas, principalmente, ao descuido com o meio ambiente e
ao aumento da desigualdade social.
https://conexao.amancowavin.com.br/blog/conheca-as-consequencias-da-urbanizacao
O fenômeno da urbanização no século XIX
Europa
No século XIX o continente Europeu apresentou a mais elevada taxa de urbanização e essa
condição aconteceu em decorrência de uma série de fatores, principalmente, a Revolução
Industrial, que proporcionou profundas mudanças de caráter social e econômico.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), em todo o mundo existem 23
megacidades, com uma população absoluta superior a 10 milhões de habitantes. Nesse quesito,
a Europa possui somente uma cidade, Moscou (Rússia), com aproximadamente 12 milhões de
habitantes.
O que mostra que esse continente não possui grandes aglomerações urbanas, se comparado
com a Ásia, detentora de 14 megacidades; e a América, com 6 centros urbanos com tais
aspectos. Em geral, grande parte dos europeus vive em pequenas e médias cidades, muitas
delas com menos de 5 mil habitantes.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-urbanizacao-
europeia.htm#:~:text=A%20Europa%20%C3%A9%20o%20continente,de%20car%C3%A1ter%20social%20e%20econ%C3%B4mico.
O fenômeno da urbanização no século XIX
Europa
A urbanização europeia ganhou impulso com a Revolução Industrial mas esse crescimento
ocorreu até meados do século XX, quando a população urbana começou a declinar, e estabilizou-
se entre 1990 e 2005.
O fenômeno urbano chegou acompanhado por uma série de problemas. As primeiras
aglomerações urbanas da Inglaterra e da França combinavam poluição atmosférica, falta de
saneamento básico e condições precárias de vida para os seus habitantes.
Na segunda metade do século XIX, o planejamento urbano nos países ricos considerou todos
esses problemas, tornando as áreas urbanas mais adequadas às funções econômicas, mas sem
deixar de atender às demandas da sociedade.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-organizacao-espaco-geografico-
europeu.htm#:~:text=A%20urbaniza%C3%A7%C3%A3o%20europeia%20ganhou%20impulso,empregada%20at%C3%A9%20ent%C3%A3o%20na%20ind%C3%BAstria.
O fenômeno da urbanização no século XIX
Europa
Na Inglaterra, berço da revolução industrial, a cidade de Londres, por exemplo, passa de 864.845
habitantes em 1801 a 1.873.676 em 1841 e 4.232.118 em 1891: em menos de um século sua
população praticamente quintuplicou. Paralelamente, o número de cidades inglesas com mais de
cem mil habitantes passou de duas para trinta, entre 1800 e 1895. (CHOAY, 1979)
À medida que aumenta o número de habitantes, muda a sua distribuição no território como efeito
das transformações econômicas. As primeiras transformações dizem sobretudo respeito à
organização do trabalho, criando as premissas para uma mudança completa na técnica produtiva,
acelerando o desenvolvimento e a concentração do novo sistema econômico.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4405055/mod_resource/content/2/urbanismo-historiaedesenvolvimento.pdf
O fenômeno da urbanização no século XIX
Europa
Ao nível das ideias, os primeiros intelectuais a estudar e a propor formas para corrigir os males da
cidade industrial polarizaram-se em dois extremos: ou se defendia a necessidade de recomeçar do
princípio, contrapondo à cidade existente novas formas de convivência ditadas exclusivamente pela
teoria, ou se procurava resolver os problemas singulares e remediar os inconvenientes
isoladamente, sem ter em conta suas conexões e sem ter uma visão global do novo organismo
citadino.
Ao primeiro caso pertencem os chamados utópicos - Owen, Saint-Simon, Fourier, Cabet, Godin -
que não se limitam contudo a descrever a sua cidade ideal, mas se empenham em pô-la em
prática; ao segundo caso pertencem os especialistas e funcionários que introduzem na cidade os
novos regulamentos de higiene e as novas instalações e que, tendo de encontrar os meios técnicos
e jurídicos para levar a cabo estas modificações, dão efetivamente início à moderna legislação
urbanística.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4405055/mod_resource/content/2/urbanismo-historiaedesenvolvimento.pdf
O fenômeno da urbanização no século XIX
Europa
Um dos principais pontos da reforma de Haussmann é a reforma da Ìlle de la Cité em área militar.
Para atingir esse objetivo, todas as edificações existentes são demolidas. Para Haussmann, “a
arquitetura é um problema administrativo” e só deve visar os interesses de Napoleão, interesses
esses, de cunho estritamente militares. A partir daí, é produzido um urbanismo totalmente
racionalista visando apenas à técnica e desconsiderando o aspecto histórico.
O foco principal é a melhoria da circulação, o acesso rápido a toda a cidade como visão
estratégica, estabelecendo uma imagem geral de modernidade. Esta mudança de imagem envolve
também a questão da insalubridade. Para isso são eliminados bairros considerados degradados,
as ruas são arborizadas e recebem sistema de iluminação.
https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/04/08/haussmann-e-a-reforma-de-paris/
A Reforma de Paris e o Plano de Haussmann (1853-1882)
A antiga cidade medieval, com traçado orgânico e ruas estreitas, é cortada por grandes eixos e
contornada por um anel viário. São criadas praças com monumentos que servem como ‘cenário’. São
criados vários boullevard e um novo elemento urbano, o carrefour . Essas intervenções regularizam o
traçado não aproveitando o existente, transfigurando a cidade.
https://citaliarestauro.com/haussmann-paris-conhecemos/
A Reforma de Paris e o Plano de Haussmann (1853-1882)
Uma transformação radical
Georges-Eugène
Haussmann, foi um
administrador público que
transformou Paris em um
enorme canteiro de obras.
https://www.linternaute.fr/actualite/biographie/1776596-baron-haussmann-biographie-courte-dates-citations/
A Reforma de Paris e o Plano de Haussmann (1853-1882)
Uma transformação radical
Nenhuma outra grande cidade, antes ou desde então, sofreu uma transformação tão radical
quanto Paris em tempos de paz. Foram necessários inúmeros trabalhadores – qualificados e não
qualificados.
Ele devolveu a saúde à cidade após anos de cólera e tifo. Deu a parisienses de todas as classes
parques onde brincar e relaxar.
Teoricamente, suas largas avenidas permitiam que tropas do governo se movimentassem livremente
para manter a ordem em um tempo de barricadas, protestos e outros distúrbios.
E, em uma época em que a cidade dobrou seu tamanho e a população triplicou, ela deu a Paris
um senso de unidade com um ar de prosperidade burguesa.
Os planos de Haussmann foram impressionantes pelo fato de ele ter conseguido resultados com
padrões tão altos e uniformes em tão pouco tempo. Haussmann era um homem que se impunha
e, apesar de ser um músico talentoso, não era sentimentalista. Ele demoliu até a própria casa em
que nasceu, apesar de ter boas memórias da infância.
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160203_vert_cul_criador_paris_lab
A Reforma de Paris e o Plano de Haussmann (1853-1882)
Uma transformação radical
Concebido e executado em três fases, o plano incluía a demolição de 19.730 prédios históricos e
a construção de 34 mil novos.
Antigas ruas foram substituídas por grandes e amplas avenidas, caracterizadas por fileiras de
prédios neoclássicos em tons de creme alinhados e proporcionais.
Além das grandes avenidas, Haussmann construiu grandes quarteirões, parques, um sistema de
esgoto abrangente, um novo aqueduto que dava acesso amplo a água doce, uma rede de canos
de gás subterrâneos para iluminar ruas e prédios, banheiros públicos grandiosos e fileiras de
árvores.
Essa infraestrutura urbana foi combinada com novas e ousadas estações de trem, a opulenta
Opera de Paris, novas escolas, igrejas, mais de 20 praças, ambiciosos teatros, o gigante
mercado de comida de Les Halles e uma sensacional rede de avenidas radiais saindo do Arco do
Triunfo.
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160203_vert_cul_criador_paris_lab
Londres
Contextualizando
Reino
Unido
Contextualizando – Reino Unido
Londres
A cidade e seu perímetro urbano
Londres se tornou a maior cidade
do mundo no século XIX. Sua
população passou de 1 milhão de
pessoas em 1800 para 6,7 milhões
no século XX, devido ao processo
das Revoluções Industriais.
Divisão por áreas
1. Londres
A Londres do século XIX
Este crescimento trouxe consigo um
considerável aumento nos problemas
urbanos. A extensa área urbanizada não
tinha uma administração central e era
formada por setenta e oito paróquias ao
redor da antiga Londres.
Desta forma, tanto a cidade, quanto as paróquias, estavam submetidas a diferentes leis e serviços
urbanos e de infra-estrutura que tinham sido outorgados a um grande número de pequenos órgãos
comunitários, cada um deles cobrando taxas de serviços diferenciadas.
file:///C:/Users/Z%C3%A9%20Maria/Downloads/49024-Texto%20do%20artigo-59841-1-10-20121221%20(4).pdf
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Em 1855 os órgãos locais foram abolidos pelo Parlamento Britânico, paróquias agrupadas em
agências distritais se constituíram como administrações locais e também foi criado um órgão
central, a Agência Metropolitana de Obras, com a participação de membros eleitos pela agência
de gestão da City, pelas agências distritais e pelas sedes paroquiais.
A área sob a jurisdição desta Agência foi denominada “Metrópole” e então foram realizadas várias
obras, como a reparação e expansão da infra-estrutura de água e esgoto e construção de
reservatórios de água. Também abriu várias ruas, ergueu pontes sobre o rio Tâmisa, criou parques
públicos e adquiriu terrenos vagos na área metropolitana.
Foram dados à agência alguns poderes de controle edilício (Conjunto de edifícios, prédios ou
construções, que possuem uma área exclusiva e outra de uso comum entre os moradores) e
urbano e de forma ainda incipiente, o poder para derrubar cortiços.
Foram construídas diversas pontes sob o rio Tâmisa, facilitando a passagem entre as suas
margens. Assim, o desenvolvimento comercial foi se expandindo proporcionando uma maior
urbanização ao longo do curso do rio. Londres, começou a ocupar o centro na economia mundial.
file:///C:/Users/Z%C3%A9%20Maria/Downloads/49024-Texto%20do%20artigo-59841-1-10-20121221%20(4).pdf
https://express.adobe.com/page/cm3lOHmAoBznp/
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Até princípios do século XIX, Londres estava reduzida aos limites da cidade romana originária,
mais Westminster e Mayfair, eram rodeada de campos. A industrialização atraiu um crescente
número de pessoas que encheram esses espaços verdes.
Essa rápida expansão provocou graves problemas, como a epidemia de cólera de 1832, ou o
“grande fedor”, em 1858, causado pelo mau cheiro do Tâmisa que obrigou a suspender sessões
parlamentares.
Esse condado foi dividido em 29 zonas eleitorais (a cidade e 28 burgos metropolitanos), mas a
expansão progressiva transbordou rápido para fora dos limites do condado ao se formar uma zona
suburbana de desenvolvimento muito rápido.
https://www.tudosobrelondres.com/historia#:~:text=No%20final%20do%20s%C3%A9culo%20XIX,pelo%20%E2%80%9CLondon%20county%20council%E2%80%9D.
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Logo após a sua criação o LCC passa então a gerir uma série de serviços, como abertura de
novas interligações viárias, reforma e construção de pontes sob o Tamisa, túneis, serviços
de água, esgoto e drenagem.
Também assumiu a operação do transporte público, a denominação das ruas, a criação de áreas
verdes e parques, a criação de um cinturão verde na periferia do Condado, a preservação de
praças e largos, a criação e gestão de corpo de bombeiros, criação de um Código de Obras e
exercício do controle edilício, provisão de habitações sociais, etc.
Para o desenvolvimento da gestão do Condado, aos poucos o Conselho foi instituindo um corpo
técnico para assessorar as decisões políticas e estabelecer programas, projetos e obras.
Mas foi somente no período entre as duas grandes guerras (século XX) que o Conselho começou
a desenvolver ações de planejamento urbano.
file:///C:/Users/user/Downloads/49024-Texto%20do%20artigo-59841-1-10-20121221.pdf
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Em 1850, na Inglaterra, as pessoas mais pobres viviam como podiam. Aglomeravam-se à
margem, em subúrbios, moradias antigas e sem o menor conforto, além de enfrentarem a
insalubridade.
A diferença entre a vida na urbe e a vida no campo era basicamente, que as choupanas saíam
de cena, dando a vez aos ratos, esgoto, ruas esburacadas e falta de água encanada.
Os urbanistas utópicos dão origem a uma posição antiurbana e que se opõe à industrialização,
surgindo então as proposta de cidades-jardim.
Howard estabelece os três princípios fundamentais de sua teoria: eliminação da especulação dos
terrenos (deveriam pertencer à comunidade, que os alugaria); controle do crescimento e limitação
da população (a cidade deveria estar cercada por um cinturão agrícola e a cifra ideal da
população seria em torno de 30.000 habitantes) e deveria existir um equilíbrio funcional entre
cidade e campo, residência, comércio e indústria etc.
O modelo das cidades-jardim foi, então, sugerido como uma solução possível a partir dos anos
1890, oferecendo um modelo de vida mais singular, privado e abrangente. No subúrbio ajardinado
de Hampstead, por exemplo, foi dada atenção à criação de uma sensação comunitária e de
vizinhança entre chalés bem localizados, originalmente destinados a misturar todas as classes
sociais.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4405055/mod_resource/content/2/urbanismo-historiaedesenvolvimento.pdf
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Baseando-se em grande parte na observação das péssimas condições de vida da cidade liberal,
Ebenezer Howard, em livro publicado originalmente em 1898, propôs uma alternativa aos problemas
urbanos e rurais que então se apresentavam.
Características do campo: Características da cidade:
Howard (1996) fez uma síntese
das vantagens e dos problemas •Falta de vida social; •Afastamento da Natureza;
tanto de um ambiente como de •Beleza da natureza; •Oportunidades Sociais;
outro. •Desemprego; •Isolamento das multidões;
•Terra ociosa; •Locais de entretenimento;
•Matas; •Distância do trabalho;
•Bosques, campinas, florestas; •Altos salários monetários;
•Jornada longa/salários baixos; •Aluguéis e preços altos;
Segundo ele, o inchaço das •Ar fresco – aluguéis baixos; •Oportunidades de emprego;
cidades eram provocadas •Falta de drenagem; •Jornada excessiva de trabalho;
sobretudo pela migração •Abundância de água; •Exército de desempregados;
proveniente do campo. Era, •Falta de entretenimento; •Nevoeiros e seca;
portanto, necessário •Sol brilhante; •Drenagem custosa;
•Falta de espírito público; •Ar pestilento e céu sombrio;
equacionar a relação entre a
•Carência de reformas; •Ruas bem iluminadas;
cidade e o campo. •Casas superlotadas; •Cortiços e bares;
•Aldeias desertas; •Edifícios palacianos;
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Em síntese, a cidade era o espaço da socialização, da cooperação e das oportunidades,
especialmente de empregos, mas padecia de graves problemas relacionados ao excesso de
população e à insalubridade do seu espaço.
Por outro lado, o campo era o espaço da natureza, do sol e das águas, bem como da produção
de alimentos, mas também sofria de problemas como a falta de empregos e de infraestrutura,
além de uma carência de oportunidades sociais.
Ele argumentou que havia uma terceira alternativa, além das vidas urbana e rural, que seria o que
ele chamou de Cidade-Campo (Town-Country). Nessa alternativa, os dois imãs fundiriam-se num
só, aproveitando o que há de melhor em cada um deles, e dessa união nasceria “uma nova
esperança, uma nova vida, uma nova civilização”(HOWARD, 1996, p. 110).
https://urbanidades.arq.br/2008/10/13/ebenezer-howard-e-a-cidade-jardim/
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
O esquema feito para a cidade assume uma estrutura radial, sendo composto por 6 bulevares
de 36 metros de largura que cruzam desde o centro até a periferia, dividindo-a em 6 partes
iguais.
No centro, seria prevista uma área de aproximadamente 2,2 ha, com um belo jardim, sendo que
na sua região periférica estariam dispostos os edifícios públicos e culturais (teatro, biblioteca,
museu, galeria de arte) e o hospital.
O restante desse espaço central destinar-se-ia a um parque público de 56 ha com grande áreas
de recreação e fácil acesso.
https://urbanidades.arq.br/2008/10/13/ebenezer-howard-e-a-cidade-jardim/
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
O desenho da Cidade-Jardim
Defronte à Quinta Avenida e ao Palácio de Cristal, existiria um conjunto de casas ocupando lotes
amplos e independentes. Mais adiante, estariam os lotes comuns, de cerca de 6,1 x 40m, em
número de 5.500.
A população estaria próxima de 30.000 habitantes na cidade e 2.000 no setor agrícola. Com isso, a
densidade média seria de 200 a 220 pessoas por hectare, o que, de certa forma, contraria a noção
geralmente aceita de que a Cidade-Jardim defende baixas densidades habitacionais.
Entretanto, utilizando o esquema geral de Howard como base, obteve-se uma área total para a
cidade de 416,83 hectares. Para uma população de 30.000 pessoas, portanto, a densidade média
bruta seria de 71,97 habitantes por hectare, o que é bem inferior ao estimado anteriormente.
Calculando apenas a área dos “setores” residenciais (incluindo a Grande Avenida), ter-se-ia
aproximadamente 251,72 hectares, o que daria uma densidade média de 119,18 habitantes por
hectare, que pode ser considerada uma densidade de baixa a média.
https://urbanidades.arq.br/2008/10/13/ebenezer-howard-e-a-cidade-jardim/
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
O desenho da Cidade-Jardim
Os círculos concêntricos são avenidas numeradas a partir do centro, todas amplas e ajardinadas. A terceira
avenida, maior que as demais, abriga os equipamentos comunitários (escolas, parques infantis, bibliotecas, etc.).
Na periferia ficam as indústrias e entrepostos comerciais, e além deles está o cinturão verde agrícola de
abastecimento. As residências operárias ficam no cerne do espaço urbano, invertendo a lógica do mercado
imobiliário britânico da época.
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
As receitas da Cidade-Jardim
Esse terreno seria comprado por um preço baixo, compatível com o preço de terras rurais, a partir de
um financiamento. O aumento do número de habitantes nessas terras seria capaz de diluir os juros
do financiamento e de constituir um fundo para ir quitando aos poucos o principal.
Aqueles que conseguissem gerar mais renda se estabeleceriam nos arredores da Cidade-Jardim.
A renda, entretanto, não seria apropriada por um único indivíduo, já que a terra teria sido adquirida
coletivamente.
https://urbanidades.arq.br/2008/10/13/ebenezer-howard-e-a-cidade-jardim/
Alternativa ao crescimento urbano de Londres
Mecanismo de crescimento
Howard propôs um sistema de cidades que fosse construído dentro de distâncias não muito
grandes. Assim, tão logo a população da primeira cidade-jardim atingisse seu máximo, outra
cidade seria construída em local próximo, cuidando entretanto para que uma área rural fosse
mantida entre as duas. Estas seriam conectadas por estradas de ferro, que se encarregariam de
possibilitar o intercâmbio de mercadorias.
“Precisamos parar de nos deslocar e sermos muito mais enraizados em nossos bairros”, sentencia
Howard. Poder atuar em sua própria residência dá aos cidadãos mais controle sobre suas vidas,
assim como intensifica o uso de todo o estoque de construções. Com mais pessoas ficando em
seus imóveis, há menos necessidade de escritórios. Dessa forma, prédios industriais e comerciais
não utilizados poderiam ser convertidos em moradias, auxiliando a reverter a falta de unidades.
https://urbanidades.arq.br/2008/10/13/ebenezer-howard-e-a-cidade-jardim/
Barcelona
O caso de Barcelona
https://blog.archtrends.com/plano-cerda/?gad_source=1&gclid=EAIaIQobChMI4oqUzcSqggMVwBCzAB2n6Aj7EAAYASAAEgL3PvD_BwE
O caso de Barcelona
O plano também prevê a canalização viária a partir de uma retícula urbana formada por ruas largas,
onde, em todos os seus cruzamentos, há chanfros, que permitem a homogeneização do sistema
viário e possibilitam a mudança de direção sem quaisquer problemas.
O caso de Barcelona
Sobre o Plano
(a evolução da cidade com o Plano)
https://pt.slideshare.net/ARQ210AN/02-plano-de-expanso-urbana-de-barcelona
O caso de Barcelona
Sua grande sacada para chegar neste resultado foi
desenhar uma malha mantendo a geometria de ruas
paralelas e perpendiculares que unicamente faz
interseção por grandes avenidas principais,
atravessando a cidade de maneira diagonal.
https://inbec.com.br/blog/barcelona-conheca-plano-cerda-tecnologia-subterranea-coleta-lixo
O caso de Barcelona
O projeto inicial permitia que as quadras fossem construídas em apenas dois lados da mesma,
deixando o seu interior de uso público como pequenas praças e parques.
As primeiras intervenções
físicas por parte do Estado em
relação à questão habitacional
caracterizaram-se
principalmente pelas ações de
erradicação dos cortiços e de
outros territórios indesejáveis.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.097/136
A questão habitacional e a salubridade nas cidades industrializadas
Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas
estreitas, sinuosas e sujas, tomada de mendigos, prostitutas e desempregados. Relatos da
época destacam o aspecto esfumaçado dos bairros operários, o cheiro nauseante de sujeira e
alimentos estragados e a miséria que tomava conta das ruas.
A alimentação nas casas dos operários era muito pobre e consistia basicamente em batata,
arenque (tipo de peixe), tripa de animais, orelha de porco e pé de cabrito, acompanhado de
pão. Nessas péssimas condições, diversas doenças, como a cólera e a tuberculose, atingiam
com frequência os trabalhadores e suas famílias.
https://aulasonlinedehistoria.blogspot.com/2015/11/cidades-industriais-e-vida-operaria.html
A questão habitacional e a salubridade nas cidades industrializadas
À medida que a revolução industrial conduzia a um fluxo massivo de população em direção às
cidades e a um número crescente de trabalhadores de classe baixa, tipos de habitação
adicionais estavam sendo criados.
Mas um dos tipos de habitação mais populares eram essa espécie precária de casas geminadas
nas cidades industriais do interior e norte da Inglaterra. O conjunto de casas adjacentes (2 a 3
andares) sugeria um modelo de interiores extremamente pequenos, com quartos individuais
empilhados com menos de 15m².
As casas geminadas da época abrigavam várias famílias em uma única habitação. Como essas
moradias estavam sendo construídas ao lado de indústrias pelos próprios trabalhadores, muitas
tentativas legislativas foram feitas para proibir sua construção sendo finalmente proibidas em 1909.
https://www.archdaily.com.br/br/959529/evolucao-da-planta-residencial-da-revolucao-industrial-ao-periodo-entre-guerras
A questão habitacional e a salubridade nas cidades industrializadas
https://caosplanejado.com/londres-a-historia-economica-de-uma-cidade-duradoura/
A questão habitacional e a salubridade nas cidades industrializadas
As experiências do Plano Haussmann
Apoiando o surgimento de uma nova sociedade civil, cada edifício
reuniria várias famílias de diferentes classes sociais sob o mesmo
teto. O segundo andar tinha uma varanda e era reservado para as
famílias mais ricas.
Os apartamentos do 3º e 4º andar foram destinados à pequena
burguesia, enquanto o 5º foi reservado para as classes
populares, assumindo uma varanda menor, por razões estéticas.
À medida que nos aproximamos do final do século XIX, evoluía a idéia da necessidade
da produção de moradias para a população carente. Mas o desenvolvimento dos
acontecimentos assumiu contextos bastante díspares dependendo do país em questão.
No cenário europeu, a existência de um forte movimento operário aliado a uma burocracia estatal
de tradição intervencionista fizeram com que o movimento pela reforma social e o planejamento
urbano incorporassem a questão habitacional no cerne de suas preocupações. As políticas
públicas no setor da habitação tomaram corpo principalmente por volta da virada do século XIX
para o XX.
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.097/136
É isso!