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CONTROLANDO

AS
EMOÇÕES
Um guia prático para entender e
controlar as emoções

Maria Clara
SUMÁRIO
1 PREFÁCIO..................................................................2

2 INTRODUÇÃO - A
IMPORTÂNVIA
........
DE REGULAR
AS EMOÇÕES
..................................................................4

3 ENTENDENDO AS
EMOÇÕES ..........................................................

4 EMOÇÃO X SENTIMENTO

5 DESREGULAÇÃO
EMOCIONAL

6 ESTRATÉGIAS PARA
REGULAR AS EMOÇÕES

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PREFÁCIO
O ser humano é capaz de sentir centenas de emoções
diferentes, em intensidades diferentes e em situações
diferentes. Uma mesma emoção pode ter uma
intensidade para cada pessoa ou para a mesma pessoa.
Por exemplo: a mesma emoção pode ser sentida pela
mesma pessoa com intensidade diferente em diferentes
momentos da vida. Ou seja, existem muitas formas de
sentir e nenhuma delas é certa ou errada, apenas
sentimos.
Muitos fatores alteram a forma de sentir a emoção. A
emoção pode ser alterada pelo ambiente externo, pelas
ações que antecederam a emoção, pelo nosso humor,
pelas pessoas que estão envolvidas na situação, etc.
Todos esses fatores e muitos outros influenciam a
intensidade das emoções e como vamos reagir a partir
delas.
Como existem muitas formas de sentir e de reagir às
emoções, até hoje em dia é muito difícil de entrar em um
consenso sobre o significado embrionário da palavra
emoção e isso acontece exatamente por ser a emoção
muito plural em todos os sentidos e em seu significado.
Talvez, pelo fato de ainda ser um assunto bem complexo
e um assunto que vive em constante observação e
estudo, talvez por isso, existam pessoas que não
aprenderam a entender suas próprias emoções,

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conhecer e refletir sobre o significado de cada emoção,
tanto no sentido literal quanto no sentido figurado. Outra
coisa que é singular para cada um no que se diz respeito
às emoções é que cada um tem um limiar diferente para
elas. Existem pessoas que são mais sensoriais às
emoções que as outras. Falando de uma forma mais
vulgar e popular, existem pessoas que se sentem mais
que as outras. E esse ebook é exatamente para você
que acha que sente demais, para você que ainda não
aprendeu a controlar as emoções. Eu escrevi esse ebook
para que você não se sinta sozinho(a), existem muitas
pessoas como você, como eu. E tá tudo bem. Aqui eu
espero que você encontre as respostas que você procura
e eu te prometo uma coisa, você não é errado(a) por
sentir muito.
Primeiramente vou te explicar o que são as emoções e o
que elas podem causar em cada um de nós, depois vou
te mostrar as melhores estratégias para o controle das
emoções, como a técnica Mindfulness, a ação oposta e
muitas outras para que você possa aplicar no seu dia a
dia. Boa leitura e até breve.

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A IMPORTÂNCIA DE REGULAR
AS EMOÇÕES
Controlar as emoções é uma habilidade importante na
vida pessoal e profissional, pois permite lidar de forma
mais eficaz com situações desafiadoras e estressantes.
Quando somos capazes de regular nossas emoções,
podemos tomar decisões mais equilibradas e tomar
medidas eficazes para resolver problemas.

Algumas razões pelas quais é importante controlar as


emoções:

1. Melhor tomada de decisão: Quando estamos


emocionalmente desequilibrados, nossas decisões
podem ser influenciadas pelas emoções em vez da
razão. Controlar as emoções ajuda a tomar decisões
mais ponderadas e lógicas.

2. Comunicação mais eficaz: Emoções intensas podem


levar a comunicações inadequadas ou mal-entendidas.
Quando controlamos nossas emoções, podemos
comunicar com clareza e eficácia.

3. Redução do estresse: Emoções não controladas


podem levar a altos níveis de estresse. Ao aprender a
controlar as emoções, podemos reduzir os níveis de

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estresse e aumentar a resiliência emocional.

4. Melhor relacionamento interpessoal: Quando as


emoções estão sob controle, podemos estabelecer
relacionamentos mais saudáveis ​e duradouros com
amigos, familiares e colegas de trabalho.

5. Autocontrole: A capacidade de controlar as emoções


pode ajudar a desenvolver a habilidade do autocontrole,
tornando-nos mais conscientes de nossas ações e
escolhas.
Em suma, controlar as emoções é fundamental para lidar
com os altos e baixos da vida e nos tornar pessoas mais
equilibradas e bem-sucedidas em nossas vidas pessoais
e profissionais.

POR QUE É TÃO DIFÍCIL CONTROLAR AS


EMOÇÕES?

Controlar as emoções pode ser difícil porque as emoções


são reações automáticas e inconscientes do nosso
cérebro, que ocorrem em resposta a estímulos externos
ou internos. Essas respostas emocionais são
programadas em nossas mentes desde a infância e
muitas vezes são uma parte natural e essencial da nossa
vida.
No entanto, há várias razões pelas quais pode ser difícil
controlar as emoções:

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1. Conflito interno: Às vezes, nossas emoções internas
podem entrar em conflito umas com as outras, tornando
difícil escolher qual emoção expressar ou controlar.

2. Falta de habilidades: Nem todos nós somos ensinados


ou temos as habilidades para controlar nossas emoções
desde a infância. Se não fomos ensinados a reconhecer
e regular nossas emoções, pode ser difícil fazer isso
mais tarde na vida.

3. Traumas passados: Traumas passados ​podem afetar


a maneira como lidamos com nossas emoções. Se uma
pessoa experimentou eventos traumáticos, pode ser
mais difícil controlar suas emoções em situações
semelhantes.

4. Influências culturais: A cultura e a sociedade em que


vivemos podem influenciar como expressamos nossas
emoções. Alguns grupos culturais ou sociais podem
enfatizar a expressão emocional mais do que outros, o
que pode tornar mais difícil controlar as emoções em
certas situações.

5. Estresse: O estresse pode fazer com que as emoções


sejam mais intensas e difíceis de controlar. Quando
estamos estressados, nosso corpo libera hormônios do
estresse, como a adrenalina, que podem tornar difícil
regular nossas emoções.

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Embora possa ser difícil controlar as emoções, isso não
significa que não seja possível aprender a fazê-lo. Com
prática e as habilidades certas, é possível controlar as
emoções de forma mais eficaz e alcançar um equilíbrio
emocional mais saudável.

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ENTENDENDO AS EMOÇÕES -
O QUE SÃO AS EMOÇÕES?
As emoções fazem parte de todos os momentos dos
nossos dias e muitas vezes nem percebemos. A palavra
emoção vem do Latim “emovere” que significa
MOVIMENTO. Sendo assim, podemos dizer que a
emoção nos prepara para a ação. Sentimos a emoção e
depois reagimos a ela, em outras palavras, a emoção é a
reação que desencadeamos através de algum estímulo
emocional competente. O que seria um estímulo
emocional competente? Ora, simples, é algo que
acontece (estímulos) que de alguma forma mexem com a
gente, um abalo positivo ou negativo. Por exemplo:
Quando estamos tranquilos e recebemos uma má
notícia, o estímulo (má notícia), nos causa uma emoção
de tristeza. Ou quando estamos tristes e recebemos uma
boa notícia, a boa notícia age como o estímulo que nos
faz passar da emoção da tristeza para a emoção da
felicidade.
Emoções são reações intensas que podem ser
conscientes ou inconscientes que aparecem em
situações cotidianas que provocam algum estímulo, pode
ser um sentimento ou algum acontecimento. De acordo
com a emoção que está sendo sentida podem acontecer
várias reações físicas como alteração da respiração,
choro, tremores, etc.

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Os estímulos que geram as emoções podem ser
estímulos reais ou imaginados, ou seja, os pensamentos
(imaginados) também podem gerar estímulos para gerar
as emoções.
Até os dias de hoje não existe uma definição exata sobre
o que são as emoções e nem quantas emoções existem.
O que se sabe é que o ser humano é capaz de vivenciar
incontáveis emoções. Também sabemos que emoções
podem gerar sentimentos bons ou ruins.
As principais emoções são: Medo, Alegria, Tristeza,
Nojo, Surpresa, Aversão, Confiança e Raiva. Essas
emoções nascem com a gente. Ou seja, são inatas
(nascemos com elas) e vão aparecendo de acordo com
os estímulos que somos expostos durante a vida.
Existem outras emoções que são as misturas das
emoções principais, ao longo do tempo “aprendemos”
como: Simpatia, Ciúmes, Orgulho, Vergonha, Culpa, etc.
Essas emoções também variam de acordo com a cultura
e o ambiente da pessoa.
As emoções têm como características, sensações físicas
e emocionais que são sentidas pelo ser humano e que
são provocadas por algum estímulo externo ou interno.
É importante lembrar que são as emoções que nos
permitem reagir de uma determinada forma para lidar
com alguma situação. Essa forma de reagir através da
emoção é muito pessoal para cada um e isso acontece
porque as emoções são as mesmas mas podem ser
sentidas de diferentes formas por cada um de nós.

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A forma com que sentimos a emoção é diferente e muito
singular para cada um de nós.
As chamadas emoções primárias são as emoções
identificadas como inatas, é como se a gente já tivesse
literalmente nascido com elas, são elas: Medo, Alegria,
Tristeza, Surpresa, e Raiva. Eu sei que você já sabe e já
sentiu muito essas emoções, mas acho importante falar
sobre cada uma delas, como elas surgem dentro de cada
um de nós e qual a real função delas para nós.

ALEGRIA

A alegria é considerada uma emoção primária pois ela


surge a partir de algum determinado estímulo positivo no
ambiente. Um bebe sorri quando vê a mãe por exemplo.
Ninguém o ensinou que ele precisava sorrir, ele apenas
sorriu porque ficou genuinamente feliz em vê-la.
Essa emoção é vivenciada quando desfrutamos de bons
momentos da vida com prazer, quando acontece alguma
coisa inesperada positivamente, etc.
Os efeitos da alegria são um forte fluxo de energia
emanada que tem como consequência a aproximação
física como toques, abraços, beijos, sorrisos e outros.
A função da felicidade é organizar nossas respostas ao
funcionamento ideal de nós mesmos, daqueles que nos
interessam ou do grupo social que fazemos parte. Alegria
está concentrada nas atividades que aumentam o prazer
e nos valores pessoais sociais.

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TRISTEZA

A tristeza não é nada mais que o oposto da alegria. Ela


provoca sensações completamente diferentes, como
baixa autoestima, depressão, solidão, vazio existencial,
etc.
Geralmente a tristeza tem como seu gatilho a frustração
a algo que se tinha muita expectativa positiva. Um
exemplo simples e prático é quando a criança espera
esperançosa o pai chegar para buscá-lo e o pai
simplesmente não vir.
A forma mais comum de se expressar a tristeza é chorar,
se afastar de um ciclo social em busca de tentar se
recompor como antes.
A tristeza tem a função de organizar nossas respostas
quando perdemos alguém ou algo importante, e quando
metas são perdidas ou não alcançadas. A tristeza tem a
função de concentrar no que é valorizado e na busca de
alcançar metas e objetivos e também comunicar quando
precisamos de ajuda.

MEDO

O medo é uma emoção básica que tem como objetivo


nos manter vivos, sabia? O medo é uma emoção que
gera um impulso negativo que pode impedir alguma ação
que coloque a nossa vida em risco. O medo, na sua
forma inata e saudável, pode nos ensinar a ter respeito e

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limites nas atitudes e também nos motivar a superar
certas limitações.
A emoção do medo serve para organizar nossas
respostas ao que ameaça a nossa vida ou nosso bem
estar. Existe para nos fazer escapar do perigo.

RAIVA

A raiva como uma emoção básica e primária ela tem a


função de ser acionada quando nós, seres humanos,
precisamos de energia para superar algum obstáculo ou
ameaças à nossas condições de vida.
Assim como o medo, ela é uma emoção instintiva que
aparece com algum estímulo externo e pode ter reações
como ataques e defesa.
A raiva pode desencadear sentimentos como ira, revolta,
etc.
Essa emoção organiza nossas respostas ao bloqueio de
importantes objetivos ou atividade ou a um possível
ataque contra nós ou pessoas que amamos. A raiva é
uma autodefesa.

SURPRESA

A surpresa é uma emoção reativa a algum


acontecimento que não estava sendo esperado, seja ela
positiva ou negativa.
Como ela é considerada uma emoção inata, ela pode se

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manifestar a partir de impulsos nervosos que são
originados através da liberação da adrenalina no sangue.

Além das principais emoções e que são sentidas por


todas as pessoas, existem também as emoções
secundárias ou emoções sociais que são aquelas
emoções que são aprendidas e integradas à memória
como por exemplo ciúmes, simpatia, orgulho, admiração,
culpa, vergonha, etc.
As emoções secundárias não são inatas, ou seja, não
são todas as pessoas que as sentem e nem se sentem
em contextos semelhantes. Elas dependem muito da
cultura para serem aprendidas e validadas. Por exemplo:
as mulheres muçulmanas são ensinadas a andar sempre
de burca, caso elas andem pela rua sem burca, apenas
com calça e blusa, muito provavelmente sentirão uma
emoção relacionada a vergonha. Mas no Brasil andar de
calça e blusa não despertam nenhum tipo de emoção
relacionada à vergonha.
As características que definem as emoções secundárias
são: Elas são o resultado de combinações de emoções
primárias; são emoções aprendidas e não inatas; é
necessário um certo nível de consciência para poder
desenvolvê-las, ou seja, não são automáticas e nem
instintivas; Não são universais e nem igual em todas as
culturas; Contribuem para a formação do senso de
identidade, pois elas influem diretamente na forma que
nós percebemos nós mesmos.

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DIFERENÇA EMOÇÃO PRIMÁRIA
X
EMOÇÃO SECUNDÁRIA

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DIFERENÇA DE EMOÇÃO E
SENTIMENTO
A palavra sentimento vem da junção de duas palavras do
Latim “sentimentum” que significa opinião, afeição e de
“sentire” que significa sentir. Sentimentos são mais do
que apenas sentir, possuem uma avaliação e percepção
única e pessoal de cada pessoa, ou seja, o sentir de
cada pessoa é diferente. A forma com que cada pessoa
processa a emoção através do sentir é única e
totalmente singular.
Pessoas podem passar por situações que geram
emoções semelhantes, mas mesmo assim sentem a
situação de forma oposta. Cada um com seu jeito de
sentir e elaborar o sentimento. Podemos dizer também
que o sentimento é a forma que encontramos de sentir a
emoção.
Embora considerados por muitos como iguais, emoções
e sentimentos são sensações distintas. Podemos dizer
que as emoções são reflexos naturais do ser humano
diante de algum acontecimento. São uma resposta física
imediata comandada pelo nosso cérebro.
Os sentimentos vem depois da emoção. São as
consequências das emoções e são sentidas por cada
pessoa de uma forma diferente que varia de acordo com
a singularidade de cada um. Algumas pessoas são mais
sensíveis aos estímulos das emoções que as outras e

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e isso acontece por vários motivos, ou sejam eles
culturais, da personalidade, das experiências únicas
vividas por cada pessoa, etc.
Para existir um sentimento, precisa ter existido uma
emoção antes. Emoção e sentimento se complementam.
A emoção é a resposta rápida e inconsciente da nossa
estrutura psíquica, o sentimento é a racionalização, o
entendimento, a resposta da emoção.
Os sentimentos são os estados variados que nós somos
capazes de expressar diante de acontecimentos de toda
a vida.
Não posso esquecer de mencionar que assim como a
emoção é capaz de despertar um sentimento, um
sentimento também é capaz de despertar uma emoção.
Isso acontece porque situações cotidianas geram de
forma natural ativação de sentimentos e emoções.
Por exemplo: Você tem um encontro na noite de sexta e
está se sentindo ansiosa, a ansiedade do encontro gerou
uma emoção, talvez o medo. Medo de não saber como
vai começar e terminar o encontro de sexta à noite.
Conseguindo distinguir o que é sentimento e o que é
emoção, fica mais fácil de identificar os gatilhos que
geram as emoções e sentimentos e assim a gente
consegue criar um controle maior para racionalizar a
emoção e a situação e passa a questionar, por exemplo,
o motivo de estar ansiosa e com medo do encontro para
sexta à noite.
As emoções e sentimentos são como se fossem

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termômetros para organizar e motivar a nossa forma de
sentir e agir aos estímulos externos. Ter consciência de
como nós reagimos a cada emoção ou sentimento é
fundamental para que a gente consiga regular as
emoções e evitar comportamentos que piorem a
desregulação emocional.
Emoções e sentimentos são conceitos relacionados, mas
distintos. Emoções referem-se a respostas rápidas e
intensas a um estímulo específico, como um evento ou
situação. Elas são geralmente breves e podem ser
descritas como reações instintivas que são automáticas e
incontroláveis. Exemplos de emoções incluem medo,
raiva, alegria e tristeza.
Por outro lado, os sentimentos são mais duradouros e
são uma interpretação consciente das emoções. Eles
podem ser descritos como uma avaliação subjetiva do
que está acontecendo e podem ser influenciados por
crenças, experiências passadas e expectativas futuras.
Sentimentos podem durar mais do que emoções, e são
geralmente descritos em palavras como amor, ódio,
gratidão, inveja, tristeza, entre outros.
Em resumo, enquanto as emoções são respostas
instintivas e automáticas a um estímulo, os sentimentos
são mais duradouros e baseados na interpretação
consciente dessas emoções

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DESREGULAÇÃO EMOCIONAL
A desregulação emocional pode ser definida como um
conjunto de respostas emocionais disfuncionais que faz
com que a pessoa não consiga regular as emoções.
Essa dificuldade de regulação emocional é causada por
uma grande vulnerabilidade emocional presente em
algumas pessoas. Melhor dizendo, todos nós temos em
algum grau alto ou baixo, níveis de vulnerabilidade
emocional o que difere é o limiar presente em cada um
que ativa as emoções.
Pessoas com desregulação emocional possuem um
baixo limiar para a vulnerabilidade emocional o que
acaba levando a estados emocionais muito intensos e
fortes que naturalmente ficam muito mais difíceis de se
regular.
Pessoas com desregulação emocional possuem três
características bem marcantes, que são elas: 1) Alta
sensibilidade aos estímulos emocionais, 2) Resposta
intensa e forte aos estímulos emocionais, 3) Lento
retorno ao estado de calma.
Toda emoção ou ativação emocional possui um começo,
meio e fim e se comparadas com ondas, podemos ver a
intensidade e a duração dessa onda, pessoas com
respostas habituais têm a onda menos afetada pelo
estímulo emocional do que pessoas com desregulação
emocional. Abaixo na figura 1 podemos ver bem a
diferença de intensidade das ondas

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FIGURA 1

O que podemos observar da figura é que a pessoa com


desregulação emocional possui uma sensibilidade
aumentada aos estímulos emocionais. Outro fator
importante que podemos observar é a intensa resposta
emocional aos estímulos. Isso quer dizer que uma vez
que o estímulo emocional for ativado, a tendência é que
a resposta emocional seja muito mais intensa do que
uma pessoa com o limiar mais alto para vulnerabilidade
emocional. Por fim, observamos que a terceira
característica da desregulação emocional é um lento
retorno da pessoa para o estado de calma. Uma
característica que acaba deixando a pessoa mais
vulnerável a novos gatilhos emocionais fazendo com que
haja um ciclo difícil de ser quebrado. Observe na figura 2.

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FIGURA 2

Para que a regulação emocional aconteça existem quatro


princípios bem específicos. O primeiro é a capacidade de
inibir o próprio comportamento impulsivo ou inapropriado
relacionado a emoção intensa que está sentindo. Por
exemplo: Imagine que você está indo para uma reunião
importante e de repente você tropça no escritório e todos
a sua volta começam a olhar para você. Imagine que
você sentiu muita vergonha dessa situação e a sua
vontade era de correr para casa e se esconder, mas, ao
invés disso, você se levantou e continuou andando até a
sala de reuniões. Esse exemplo mostra a capacidade
que temos de inibir o comportamento impulsivo (sair
correndo e ir para casa) frente a uma ativação emocional
(cair no meio do escritório/vergonha).
O segundo princípio da regulação emocional é a
capacidade de se auto organizar para desenvolver ações
direcionadas para objetivos específicos e não

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direcionadas pela ativação emocional. Ou seja, mesmo
sentindo vergonha em uma situação dessas, o
comportamento não foi dependente do impulso que a
vergonha gerou. Mesmo com a ativação emocional que
gerou vergonha você continuou e seguiu com o propósito
inicial que era ir para a sala de reuniões. Isso é auto
organização.
O terceiro envolve conseguir reduzir a ativação fisiológica
quando alguma reação muito intensa for ativada. Aqui
vou dar um belo exemplo, a paixão. Se lembre da
sensação da sua primeira paixão. Consegue se lembrar?
Aquele momento em que você ia conversar com a
pessoa e parecia que o coração ia sair para fora da boca
pois ele batia tão forte, mas tão forte que foi necessário
parar, respirar e tomar coragem de continuar indo até a
pessoa. Essa breve pausa para “tomar coragem”,
significa reduzir brevemente os sintomas físicos
relacionados à intensa ativação emocional, para que
fosse possível voltar e continuar indo até a pessoa.
Por fim, o quarto princípio está relacionado a conseguir
alternar o foco atencional quando estiver em uma
resposta emocional muito intensa. Ou seja, você está em
um bar com seus colegas de trabalho para um Happy
Hour e um dos seus colegas de trabalho é extremamente
infeliz ao fazer uma afirmação xenofóbica e acaba que
você fica muito irritado com a fala do seu colega. A partir
disso, você começa a tentar desfocar a atenção do que a
pessoa está falando para se acalmar e acabar não tendo

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uma atitude agressiva com o seu colega de trabalho
durante o happy hour.
Ao observarmos os princípios que definem a regulação
emocional podemos concluir que a desregulação
emocional envolve a falha desses quatro componentes,
ou ainda, podemos dizer que a desregulação emocional
tem relação com a resposta comportamental direcionada
pela emoção que a pessoa sente no momento.
As pessoas com desregulação emocional normalmente
evidenciam respostas emocionais muito intensas e
instáveis com um padrão de comportamento que
depende muito do estado emocional atual. A principal
consequência da desregulação emocional são
comportamentos intensos, auto destrutivos. É possível
observar que pessoas com desregulação emocional
apresentam muitos problemas interpessoais devido às
reações instáveis e intensas que são marcadas com
muita dificuldade em sustentar projetos de longo prazo,
tendo em vista que projetos de longo prazo necessitam
de ações marcadas por regulação emocional para serem
desenvolvidos. Além disso, a desregulação emocional
trás déficits disfuncionais de identidade pois uma vez que
ela faz com que as pessoas respondam normalmente
baseada na emoção (que já é naturalmente mais
intensa), faz com que elas possuam respostas
constantemente instáveis o que acaba fazendo com que
pessoas com desregulação emocional não consigam
estabelecer uma boa sensação de conexão com os

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outros ou com o ambiente. Ou seja, a identidade de
pessoas com desregulação emocional é caracterizada
sempre pelo momento atual e é reconfigurada a cada
situação de vulnerabilidade emocional, o que torna a
pessoa instável e muitas vezes imprevisível. Dessa
forma, podemos concluir que o padrão de desregulação
emocional é diretamente associado a uma
desregulamentação comportamental, interpessoal,
cognitiva e de identidade.
Para entender a desregulação emocional, antes temos
que entender o que de fato são as emoções e não temos
um conceito universal sobre isso. Dessa forma, podemos
tentar descrever as emoções para que assim sejam
entendidas de acordo com a sensação e experiência de
cada um.
A desregulação emocional pode ser também definida
como a incapacidade, mesmo quando existe muito
esforço, para alterar ou regular sinais emocionais, ações,
experiências, etc.
As características presentes na desregulação emocional
incluem excesso de experiências com emoções
dolorosas, a falta de capacidade de regular a emoção
quando ela está muito intensa, dificuldade em perceber
sinais emocionais que tenham sido gatilhos para aquela
emoção, falta de controle sobre comportamentos
impulsivos, problemas para organizar, planejar e
coordenar atividades e alcançar objetivos a longo prazo
pois o humor conta muito como fator e pode atrapalhar a

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execução das tarefas para alcançar os objetivos e
também, exista um estresse muito elevado pode acabar
gerando uma dissociação ou paralisação.
Em geral, a desregulação emocional é o resultado de
uma disposição biológica, do ambiente que estamos
inseridos e da relação desses dois fatores ao longo do
nosso desenvolvimento.
A falta de regulação emocional pode trazer várias
consequências devido aos comportamentos impulsivos.
Podemos tomar uma decisão definitiva através de uma
emoção temporária e isso pode acabar causando danos
e dificuldade em alcançar objetivos.
A incapacidade de regulação emocional também interfere
no desenvolvimento e manutenção do nosso senso de
identidade. Geralmente o senso de identidade das
pessoas é formado por observações de si mesmo e
sobre a reação dos outros mediante às suas ações.
Podemos concluir com isso que a constância e a
previsibilidade das emoções e o humor são requisitos
para o desenvolvimento do senso de identidade. Se não
temos constância na nossa percepção de nós mesmos e
mudamos de atitude fazendo sempre os outros mudarem
de percepção sobre nós, podemos dizer que fica muito
difícil de sabermos quem nós realmente somos e ter o
senso de identidade formado.
“Por que todo mundo sente as mesmas emoções mas de
formas e intensidades diferentes?” - Essa resposta
parece complexa mas é bem fácil se pararmos para

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analisar bem. As emoções e respostas às emoções são
compostas por cada pessoa de forma diferente porque
temos genética, ambiente, mundo interno e mundo
externo totalmente diferente um dos outros. Nós temos
as mesmas emoções mas fatores genéticos e ambientais
nos fazem únicos, no jeito de ser e também no jeito de
sentir.
E tudo começa na infância. Ou melhor, antes dela.
Fatores biológicos como a genética, danos no cérebro,
problemas na gestação são fatores que contam muito
para entender de onde vem a desregulação emocional.
Qualquer disfunção em um desses fatores biológicos
citados podem fornecer um certo tipo de gatilho para a
desregulação emocional. Quer dizer que biologicamente
nós podemos estar predispostos a ter dificuldades para
regular as emoções. Outro fator que atua diretamente na
desregulação emocional é o ambiente em que a criança
está exposta na infância. Mesmo uma criança que não
tenha predisposição biológica para a desregulação
emocional pode sofrer da mesma se caso ela estiver
inserida em um ambiente que não supre as demandas
necessárias de uma criança. A família que é o primeiro
ambiente social da criança muitas vezes tem a tendência
a invalidar as emoções das crianças e isso cria uma
incapacidade de modelar sentimentos e expressões
adequadas para cada situação. Em outras palavras,
muitas vezes, a família ignora ou repreende as emoções
da criança fazendo com que ela não saiba administrar e

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e nem perceber suas emoções. A família também muitas
vezes tem uma forma de agir que reforça algum tipo de
desregulação para a criança, como por exemplo,
alcoolismo ou alguma doença grave. Quando os adultos
não sabem lidar com algum tipo de situação,
automaticamente não ensinam a criança a lidar com o
mesmo tipo de situação.
O inverso também pode acontecer, que é quando a
criança pode ter uma predisposição biológica para a
desregulação emocional, mas o ambiente que ela vive é
um ambiente validante, resiliente e bem adaptado
fazendo assim com que os fatores biológicos não sofram
gatilho para desencadear uma desregulação emocional.
Pais emocionalmente saudáveis criam filhos
emocionalmente saudáveis.
Não tem como ensinar uma criança como entender,
sentir e regular suas emoções se os pais não sabem
fazer isso. Concorda?
Em um ambiente saudável as crianças têm muito mais
chances de terem todas as suas necessidades atendidas
fazendo assim com que aprendam a entender e regular
suas emoções. A validação das emoções da criança é
primordial para que ela consiga entender e assimilar
cada emoção. Um exemplo básico: A criança diz “estou
com sede” , o adulto responde “não, não está, acabou de
tomar água a pouco tempo”. Isso é uma forma de
invalidar e fazer ela se questionar. Porque ela se sente
com sede mas o adulto fala para ela que ela não está

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com sede. Percebe a confusão? Ela sente uma coisa,
mas dizem que ela está errada na forma de se sentir,
invalidando assim a necessidade da criança. Outro
exemplo que posso dar aqui é quando uma criança está
chorando e o adulto tenta entender o que aconteceu,
acolhe e valida os sentimentos da criança ao invés de
dizer apenas “pare de chorar”.
O ambiente invalidante contribuiu muito para a
desregulação emocional por não ensinar a criança a
nomear e modular as coisas que estão sentindo, não
ensinar a tolerar o mal-estar ou confiar nas respostas
emocionais próprias (o exemplo do “estou com sede”,
“não, não está”).
No geral, então, podemos dizer que a desregulação
emocional é composta por uma predisposição biológica,
do contexto ambiental e social e da transação entre o
biológico e o ambiental social.

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ESTRATÉGIAS PARA REGULAR
AS EMOÇÕES
Sabemos que problemas para regular as emoções
dolorosas são centrais para dificuldades
comportamentais. As emoções dolorosas são
frequentemente “problemas a serem resolvidos rápido” e
isso causa muitas vezes, comportamentos disfuncionais.
Esses comportamentos disfuncionais servem para “tirar o
foco” da emoção dolorosa que está sendo vivenciada,
exemplos de comportamentos disfuncionais são: Uso de
álcool e outras substâncias, comer muito ou parar de
comer, se colocar em situações de risco, resumindo é
fazer coisas prejudiciais a nós mesmos. Essas são
formas disfuncionais de regulação emocional.
Precisamos identificar, entender e nomear as emoções
para que possamos fazer alguma coisa a partir delas.
Identificar a função da emoção e a relação que ela tem
com a dificuldade de ser modificada, entender a natureza
das emoções e também aprender a nomear as emoções
que sentimos durante o dia.
Mudar comportamentos emocionais disfuncionais pode
ser uma ação extremamente difícil e isso acontece
porque muitas vezes esses comportamentos vêm
acompanhados de consequências reforçadoras. Assim,
identificando as funções e os reforçadores da emoção,
fica mais fácil de conseguir regular a emoção.

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Muitos pontos podem servir para dificultar a mudança do
nível das emoções, mesmo quando nós queremos muito,
mas muito mesmo mudarmos. Então calma, tá tudo bem,
viu? Não é sua culpa, é realmente difícil mesmo controlar
as emoções.
Fatores biológicos podem aumentar a sensibilidade das
emoções e o tempo necessário para voltar ao estado de
calma. Todos nós, mesmo aqueles mais felizes, às
vezes, temos reações emocionais muito intensas e
quando isso acontece precisamos de habilidades
emocionais adequadas para modular o comportamento.
Se temos habilidades inadequadas ou insuficientes,
podemos concordar que fica muito mais difícil de regular
as emoções, né?
Imagina como fica mais difícil ainda regular as emoções
quando outras pessoas que convivemos reforçam as
nossas emoções negativas? Então, estou pontuando isso
aqui para você entender que não existe nada de errado
com você. Conjunto de fatores biológicos, sociais e
culturais foram os causadores dessa desregulação e aqui
cabe a mim tentar te ajudar a ter mais qualidade de vida
e emoções controladas.

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ESTRATÉGIA 1
IDENTIFICANDO E ROTULANDO AS EMOÇÕES

Um grande passo importante para regular a emoção,


aprender a identificar e a rotular as emoções que
estamos sentindo no agora. Só o simples fato de
identificar as nossas emoções já podem nos ajudar a
regulá-las. Muitas vezes identificar emoções requer a
capacidade não só de observar as próprias respostas
mas também descrever com precisão o contexto que as
emoções apareceram. Perceber o evento que
desencadeou a emoção, observar como interpretamos o
acontecimento que desencadeou aquela emoção, o que
aconteceu antes do acontecimento, as experiências tanto
físicas como emocionais que sentimos logo após a
emoção, como nos comportamos diante as emoções e
quais efeitos colaterais essa emoção nos gerou é o
principal passo para que consigamos regular as
emoções.
Algumas pessoas sempre conseguem definir qual é a
emoção que estão sentindo. Outras não fazem ideia do
que estão sentindo, na maioria das vezes e isso
acontece geralmente porque algumas pessoas
experimentam várias emoções ao mesmo tempo ou em
rápida sucessão entre elas. É basicamente um nevoeiro
emocional, nessas situações as pessoas sabem que
estão sentindo alguma coisa, mas tem pouca ou
nenhuma ideia do que é que estão sentindo e como

30
descrever em palavras quais emoções estão sentindo.
Aqui vemos que é muito importante observar e descrever
os componentes da emoção e não somente a emoção
generalizada em sí.
Para algumas pessoas, tentar descobrir como se sente é
uma tarefa muito difícil pelo simples fato de que não
foram ensinados na infância qual era o significado de
quando se sentia alguma emoção. Não foram nomeadas
na infância. É muito mais difícil regular as emoções
quando a gente não entende de onde elas vieram ou por
que elas surgiram.
Depois que a gente entende a emoção a gente pode
diminuir a frequência das emoções que não queremos
sentir e podemos fazer isso de várias maneiras, como
por exemplo, impedir o início das emoções indesejadas.
Não podemos acabar com as emoções dolorosas, mas a
partir do momento que conseguimos identificar a emoção
podemos fazer alterações no ambiente de vida para
reduzir a frequência que a emoção negativa ocorre. Em
outras palavras, identificando a emoção, também
podemos identificar os gatilhos que fazem a emoção
aparecer.
Identificando e nomeando as emoções também
percebemos que emoções não são nem boas nem más.
São apenas emoções. Não devemos rotular emoções em
boas ou ruins. Pensar que uma emoção é “ruim”, não vai
nos fazer ficar livre delas e pode tentar nos fazer
“suprimi-la” e isso só piora as coisas.

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Supressão das emoções é uma solução temporária que
causa problemas maiores a longo prazo. Rotular algo
como “ruim” pode deixar a coisa pior do que realmente é.
Um fato importante aqui é que a regulação emocional é
apenas para emoções ineficazes. A intenção não é
acabar com as emoções e sim regular as emoções
disfuncionais.

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ESTRATÉGIA 2
VERIFICANDO OS FATOS

Muitas vezes, as emoções são reações aos


pensamentos e como nós interpretamos algum
acontecimento, em vez de aos fatos reais. Essa
verificação de fatos serve para termos a certeza que
estamos interpretando a situação de forma verdadeira e
não estamos sendo “contaminados” pela emoção
negativa. Por exemplo: “Eu sinto que meu namorado não
gosta mais de mim como antes”, nesse caso se
questione quais são as evidências reais que você tem
que o seu namorado não gosta mais de você como
antes? Sua percepção está sendo influenciada por uma
emoção do momento?
Modificar crenças, suposições e as nossas
interpretações dos eventos para adaptá-las aos fatos
pode alterar positivamente as nossas respostas
emocionais.

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ESTRATÉGIA 3
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Apesar de as percepções de todos nós terem uma


tendência a ficar distorcida quando estamos muito
emocionados, isso não significa que as emoções
resultem em percepções distorcidas. Assim, uma
maneira de controlar as emoções é controlar os eventos
que a desencadeiam.
A solução de problemas para situações emocionais é
extremamente útil. Muitas vezes, uma emoção
indesejada é justificada pela situação, mas a ocasião
pode ser alterada se a pessoa adotar pessoas ativos
para solucionar o problema. Para solucionar o problema
precisamos de uma verificação bem feita dos fatos.
Percebe que todas as estratégias estão interligadas?
Todas as emoções têm algo em comum: Já sentimos
todas elas antes em algum ponto da vida. Ou seja, temos
“experiência” em senti-las. Então quando uma emoção
for ativada, devemos perceber em quais cenários
anteriores essa emoção surgiu e com qual intensidade
ela veio. Quais foram as causas? O que estava
envolvido? O que eu consegui fazer para regular essa
emoção? Fazer essas perguntas para nós mesmos nos
faz perceber que já passamos por isso antes e
definitivamente passou e dessa vez também passará.

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ESTRATÉGIA 4
AÇÃO OPOSTA

Para regular as emoções, precisamos primeiramente


entender o que significa regulação emocional. Regulação
emocional é a capacidade de controlar ou influenciar as
emoções que a gente tem, no momento que temos e a
maneira como as experimentamos e expressamos.
A regulação emocional pode ser automática, além de
existir a forma de conscientemente controlá-las.
Respostas comportamentais expressivas são partes
muito importantes de todas as emoções. Por isso, a ação
oposta pode regular a emoção. Fazemos isso mudando
algum componente comportamental, em outras palavras,
é fazer alguma coisa ao oposto do que você quer fazer
de fato. Ou o oposto da emoção. Exemplo: está com
medo de fazer alguma coisa e fazer mesmo assim. Fazer
isso é uma forma de lidar com a emoção de uma forma
diferente e ir modificando. Em outras palavras, ação
oposta é agir em oposição ao impulso emocional de fazer
ou dizer alguma coisa.
A ação oposta é uma maneira eficaz de alterar ou reduzir
as emoções indesejadas quando a nossa emoção não
está sendo justificada pelos fatos. Aquele lindo trecho de
Raul Seixas pode nos ilustrar aqui: “tente outra vez..”. Se
deu errado, a ação oposta ao impulso é FAZER DE
NOVO. O impulso seria desistir.
A ação oposta também ajuda a regular os impulsos que

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são engatilhados pelas emoções. Se por acaso a
pessoa tem um impulso de comer uma grande
quantidade de chocolates, a ação oposto aqui seria
NÃO comer uma grande quantidade de chocolates.
Parece fácil, né? Mas o controle de impulsos na
ação oposta é muito desafiador. Quando somos
tomados por emoções que desencadeiam impulsos,
fica quase impossível controlar as ações. Mas são as
quebras de padrões e mudanças de hábitos que nos
fazem adquirir novos hábitos e emoções e mais
saudáveis e assertivas.

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ESTRATÉGIA 5
MINDFULNESS

Mindfulness também conhecido como forma de


atenção plena, ou seja, concentrada no momento
atual. Sentir, viver o momento atual sem
julgamentos, apenas senti-lo. É estar em contato
pleno com a vivência do momento sem ser absorvido
por elas. Em outras palavras, Mindfulness é voltar
toda a atenção para o presente. Não estar
envolvidos em lembranças ou envolvidos em
angústias do futuro. Considerando que nós e a
maioria das pessoas vivemos em um tipo de “piloto
automático”, a intenção da atenção plena é
exatamente trazer a mente para o atual momento.
Para estar com a atenção concentrada no momento
atual, os conteúdos dos pensamentos e das
emoções são vivenciados da maneira que eles se
apresentam. Eles não são definidos como emoções
e sentimentos positivos e nem negativos. A ideia
aqui é sentir as emoções sem julgá-las ou sem
tentar alterá-las. Entender que todos os
pensamentos e emoções que sentimos são legítimos
e precisam ser aceitos e entendidos para que
possamos mudá-los.
Na prática devemos estar atentos aos eventos,
emoções e também aos comportamentos.

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Aqui aprendemos a detectar e reconhecer eventos
que desencadeiam emoções desreguladas e
identificando esses eventos conseguimos identificar
os fatores que desregulam as emoções. Fazendo
isso, conseguimos entender que o conteúdo das
emoções e sentimentos são distintos de nós
mesmos. Nós não somos aquela emoção ou
pensamento que estamos sentindo naquele
momento. Aprendemos a distanciar e entender que o
que estamos sentindo naquele momento é legítimo
mas não nos define como um todo; Descrever é o
próximo passo da atenção plena, perceber e
descrever o que está sentindo sem julgamentos,
sem avaliações e sem explicações é muito
importante. Devemos sempre tentar perceber todas
as emoções.
Na prática do Mindfulness fica claro que não
devemos julgar, nem avaliar, nem desqualificar,
racionalizar ou justificar nossas emoções. Todas são
legítimas e estão aparecendo por algum motivo.
Sentir emoções sem julgamentos nos fazem
percebê-las como elas realmente são e não como
parecem ser. Desse modo, a técnica de atenção
plena nos mostra que conseguimos equilibrar a
emoção e senti-las como elas realmente são e não
como parecem ser.
Existem três habilidades de Mindfulness que são

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chamadas de O QUE, porque ensinam o que fazer
quando as emoções tentam nos controlar. A primeira
habilidade é observar. O que significa? Observar é
simplesmente descrever, é prestar atenção às
informações que chegam através dos nossos sentidos no
momento presente. Podemos observar visões, sons,
sabores, toques, cheiros, sensações e emoções.
Observar é apenas perceber a informação sensorial sem
acrescentar palavras ou tentar mudar o que é observado.
Observe quais sensações você está experimentando no
momento. Calor? Frio? Aperto? Pressão? Movimento?
observe sem julgamentos e sem tentar mudar o que
sente. A segunda é descrever. Ela funciona justamente
para descrevermos o que observamos. Colocar palavras
na experiência sem acrescentar julgamentos ou
interpretações ou qualquer coisa diferente do que foi
observado através dos cinco sentidos. A terceira e última
habilidade é participar, participar é se jogar em tudo o
que estamos fazendo nesse momento e se tornar um só
com toda a experiência. É o oposto de ser multitarefas,
envolve abrir mão da auto consciência, das críticas e da
preocupação com o que deveríamos estar fazendo e está
plenamente no momento.Por exemplo, participar de uma
conversa com alguém significa deixar de lado todas as
distrações, como celular, relógio e apenas estar ali para
a outra pessoa e a conversa. Participar envolve superar
a necessidade de fazer qualquer outra coisa e voltar a
focar no momento presente.

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Quando você estiver praticando essas habilidades,
lembre-se: só se pode fazer uma habilidade por vez. As
habilidades são aprendidas com a prática e te ajudarão a
controlar a sua mente e suas emoções.

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ESTRATÉGIA 6
ACEITAÇÃO RADICAL

Aceitação radical é talvez um dos métodos mais difíceis


de serem empregados. Ela consiste em aceitar por
completo, de forma total a emoção e a realidade dessa
emoção. Aceitar a emoção em nossa mente, coração e
corpo. A aceitação radical quer dizer aceitar a emoção
como ela é, mas não quer dizer que devemos aprovar ou
gostar de senti-la. Basicamente, a aceitação radical é
parar de lutar contra alguma emoção.
Quando praticamos a aceitação radical tiramos a nossa
mente da rejeição daquela emoção. Quando dizemos
para nós mesmos que não deveríamos sentir aquela
emoção, isso não traz nenhum alívio ou mudança, pelo
contrário, traz mais sofrimento e frustração.
Aceitar a emoção e a realidade nos faz compreender que
tudo que sentimos e tudo que acontece é causado por
múltiplos fatores que não conseguimos perceber, muitas
vezes não conseguimos identificar porque está além de
nossa compreensão.
Devemos entender que para mudar uma emoção,
precisamos primeiramente aceitá-la da forma que ela se
apresenta para nós. Praticar a aceitação radical, requer
que a gente perceba que estamos tentando rejeitar
aquela emoção. Frases que passam pela nossa cabeça
como “eu não deveria me sentir assim” ou “por quê eu
me sinto assim?” São indicadores que estamos
rejeitando e lutando contra a emoção.

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Uma vez que você entenda que está lutando contra a
emoção, assente de pernas cruzadas, respire fundo e
tente observar o que está acontecendo em sua mente e
em seu corpo. Sentir, sem julgar, todas as sensações
sendo elas confortáveis ou não. E depois aceite as
emoções que está sentindo. Respire fundo, coloque as
palmas da mão viradas para cima em cima das pernas
de modo que seu corpo comunique para sua mente que
você está trabalhando para aceitar.
No momento em que estiver praticando a aceitação,
lembre sempre que todas as emoções surgem por
alguma razão, algum gatilho mesmo que não
consigamos perceber foi o que ativou aquela emoção.
Em outras palavras, uma junção de fatores e
acontecimentos tanto internos quanto externos foram os
responsáveis por despertar aquela emoção. Tenha em
mente que vale a pena viver, mesmo com muitas
emoções dolorosas que possam surgir durante a nossa
jornada.
Vou ser sincera, levará tempo, talvez muito tempo para
que a prática da aceitação consiga transformar a emoção
negativa em uma emoção positiva ou neutra, mas
continue praticando ao longo do tempo. Assim você vai
descobrir que parar de fugir das emoções indesejadas,
se tornará mais efetivo e se tornará mais fácil de
conseguir regular as emoções através da aceitação
radical.

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ESTRATÉGIA 7
TIP - ALTERANDO A FISIOLOGIA CORPORAL
As habilidades chamadas de TIP são habilidades para
serem usadas quando as emoções forem realmente
muito intensas e difíceis de controlar. Sabe quando
somos tomados por uma emoção e não conseguimos
nem pensar direito? Então, é nessa hora que a TIP entra
em cena. Essa estratégia funciona mudando a fisiologia
do nosso corpo para reduzir as emoções extremas o
mais rápido possível.
A TIP se divide em quatro ações que podem ser
executadas para voltar ao controle das emoções e são
elas: reduzir a Temperatura do corpo, exercícios
Intensos, respiração pausada e relaxamento muscular
Progressivo.
O T em TIP significa baixar a temperatura, envolve o uso
de água fria para fazer o corpo reagir como se
estivéssemos nadando embaixo da água fria. Quando
estamos em contato com a água fria, a frequência
cardíaca diminui e por outro lado, quando estamos
sentindo emoções muito intensas a nossa frequência
cardíaca aumenta. Nosso sistema nervoso simpático é
ativado e baixar a temperatura corporal faz com que o
nosso sistema parassimpático se ative e nossa
frequência cardíaca se reduza. O que automaticamente
nos acalma. O modo como baixamos a temperatura
induz o nosso corpo a reagir como se estivéssemos em
água fria. A maneira mais eficaz de conseguir esse

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resultado é pegar uma tigela com água gelada e gelo,
prender a respiração, mergulhar a cabeça na tigela e
permanecer por pelo menos 30 segundos.
O I significa exercícios intensos. A ideia aqui é que
quando estamos sentindo emoções extremas o corpo
fica bastante acelerado. O exercício intenso pode liberar
o estresse das emoções fazendo com que a gente se
sinta mais calmo. No universo ideal, aqui devemos fazer
exercícios intensos por no mínimo 30 minutos. Sair para
correr, subir escadas, pulando, etc. Qualquer coisa que
acelere a frequência cardíaca aqui é muito bem vindo.
O P significa respiração pausada, se a gente conseguir
ritmar a nossa respiração, podemos desacelerar a
frequência cardíaca diminuindo a intensidade emocional.
Como respirar?
Primeiro, respire com o diafragma e não com o peito.
Quando estamos com as emoções desreguladas
costumamos respirar mais pelo peito e essa respiração
não é uma respiração relaxante. Em segundo lugar,
queremos diminuir o nosso ritmo de expiração e
respiração. Devemos pensar em uma respiração a cada
10 a 12 segundos, o que é um ritmo mais lento do que
respiramos quando estamos com desregulação
emocional. A expiração deve ser mais longa do que a
inspiração. Em outras palavras, essa técnica se baseia
em respirar profundamente na área da barriga, certifique-
se que o nível da respiração seja consideravelmente
mais lento e torne a expiração mais longa do que a

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inspiração. Em outras palavras, essa técnica se baseia
em respirar profundamente na área da barriga, certifique-
se que o nível da respiração seja consideravelmente
mais lento e torne a expiração mais longa do que a
expiração.
Tudo isso nos ajudará a nos sentir mais tranquilos do
que quando começou e reduzirá as emoções extremas e
tornará mais fácil agir de forma assertiva.

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ESTRATÉGIA 8
STOP

O STOP é uma habilidade que nos ajuda a tolerar o mal


estar que sentimos quando estamos com as emoções
descontroladas. Tolerar esse mal estar e os impulsos das
emoções é muito importante para que consigamos
enxergar com clareza as nossas próprias habilidades
para sairmos dessas situações.
Essa habilidade é usada em situações de S.O.S, ou seja,
quando estamos no pico de um conflito para controlar
nossas emoções. Aquele momento que perdemos o
contato com todas as nossas habilidades e podemos
explodir a qualquer momento.
Quando usamos o STOP, nós simplesmente… paramos.
STOP assim como o TIP são acrônimos em inglês. O S
significa PARE como um todo. Nesse primeiro momento
devemos parar, congelar e não se mexer. Isso porque as
emoções podem nos fazer agir sem pensar e fazer, falar
coisas que podemos nos arrepender depois, mas aqui a
gente começa a retomar o controle. Quando literalmente
paramos, começamos a voltar a pegar o controle das
emoções.
O T significa DÊ UM PASSO PARA TRÁS, literalmente,
dê um passo para trás e respire fundo. Não deixe que
suas emoções o façam agir impulsivamente.
O O significa OBSERVAR, tomar perspectiva. Aqui, nós
vamos começar a entender o que está acontecendo.
Depois de parar e se afastar conseguimos começar a

43
observar a situação de uma outra perspectiva.
Conseguimos observar o que está acontecendo dentro e
fora do nosso corpo. Quando nos afastamos
conseguimos observar o que está acontecendo de uma
forma mais clara, e também traz clareza das emoções e
dos pensamentos. O que está acontecendo ao seu
redor? tome perspectiva.
o P significa PROSSIGA em Mindfulness, aqui já
estamos conscientes do que está acontecendo com
nossas emoções, então aqui já estamos preparados para
retomar o controle e agir com consciência, decidir o que
fazer levando em conta nossos pensamentos e emoções,
levando em conta os sentimentos das outras pessoas e
retomamos o mecanismo de funcionamento saudável.

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ESTRATÉGIA 9
ATIVANDO A MENTE SÁBIA

A mente sábia se refere a estado de espírito ou um modo


de estar em que somos mais sábios e tomamos decisões
mais efetivas sem agir pelos impulsos das emoções.
A intenção aqui é que a gente consiga reconhecer a
mente sábia e nos conectar com ela mesmo quando as
emoções estiverem descontroladas.
Primeiro, vamos diferenciar a mente sábia dos outros
dois estados que a mente pode estar, a mente emocional
e a mente racional. A mente emocional é o estado da
mente em que as nossas emoções nos controlam. Nesse
estado são as emoções que ditam as regras
independente dos nossos objetivos. Já a mente racional
é o estado da mente que somente a razão controla os
pensamentos, impulsos e comportamentos. Quando
estamos na mente racional, os fatos e a lógica ditam as
respostas, podemos exigir que as coisas ocorreram de
uma maneira particular em que a gente acha que é a
certa de acordo com os fatos. A mente racional é um
perigo, pois a lógica e os fatos desprovidos de emoções
nos levam a perder o senso de valor e empatia.
A mente sábia representa a integração da mente racional
e da mente emocional é conhecer a lógica e os fatos das
situações e ao mesmo tempo entrar em sintonia com as
experiências emocionais e sensoriais. Semelhante a
intuição, a mente sábia é frequentemente descrita como

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uma sensação centrada e visceral experimentada no
corpo. Encontrar a mente sábia exige muita prática e
agora vou ensinar algumas maneiras de praticar e entrar
na mente sábia quando as emoções estiverem no
controle.
A primeira coisa que devemos fazer é prestar atenção na
nossa respiração entrando e saindo do nosso corpo e
focalizando a nossa atenção no centro, na barriga, na
parte inferior da nossa respiração. Vamos aqui adicionar
as palavras MENTE para a nossa inspiração e SÁBIA
para nossa expiração.
Logo depois, devemos fazer uma pergunta à mente
sábia. Inspire e silenciosamente faça uma pergunta à
mente sábia e quando expirar apenas ouça, sem dar a si
mesmo uma resposta, deixa que a mente sábia resposta.
apenas observe a resposta que surge. Perguntar por
exemplo o que devemos fazer diante daquela situação
de descontrole da emoção.
Devemos entender que a mente sábia está dentro de
todos nós. A mente sábia é a junção das melhores
virtudes que temos, pois ela avalia tudo com a
sensibilidade das emoções e o fato da razão. A mente
sábia sempre sabe a resposta certa, a mente sábia está
dentro de nós, então, automaticamente nós sempre
sabemos a resposta certa, só precisamos conseguir
entrar em conexão com a nossa mente sábia.

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ESTRATÉGIA 10
MELHORAR O MOMENTO
Melhorar o momento é um conjunto de sete habilidades
que consistem em fazer algo diante de uma crise e
diminuir o desconforto das emoções exacerbadas.
A primeira habilidade dessa estratégia se refere ao uso
de imagens mentais para criar uma cena mais relaxante,
ou um lugar feliz que podemos acessar em nossa mente
em momentos de crise. Podemos brincar com isso e
desenvolver essa imagem de forma mais completa com o
tempo. Podemos construir um lugar que já conhecemos
ou um lugar totalmente novo. Aqui podemos imaginar
que as coisas estão indo bem, nos imaginar lidando bem
com a situação de crise. Imagine como as próximas
semanas e meses poderiam ser de uma forma tranquila
e sem crises no controle das emoções. Também é muito
útil imaginar a emoção indesejada saindo do nosso corpo
como uma água saindo de um cano, por exemplo.
A segunda habilidade é tentar tirar algo de útil da crise, é
como se fosse uma forma de fazer uma limonada com os
limões. O que posso tirar dessa experiência mesmo que
pareça terrível agora? A famosa frase, “tudo que não me
mata me deixa mais forte”, é na verdade um exemplo
disso. É dizer que existe algo que podemos tirar dessa
crise e vamos encontrar o significado disso. Por exemplo,
podemos dizer, “essa crise é importante pois me ajuda a
reconhecer as coisas que são importantes pra mim, as
pessoas que são importantes, os valores que são

47
importantes para mim’.
A terceira habilidade é a oração, essa habilidade envolve
abrir nosso coração para um ser supremo ou uma
sabedoria maior e pedir forças para superar esse
momento difícil do descontrole das emoções. A oração
pode já ser uma parte vital da sua vida, mas outras
pessoas que são religiosas mas não oram ou outras que
não se identificam como religiosas ainda podem usar
essa habilidade porque pode orar por muitas coisas. Não
precisa ser para Deus, pode ser para o seu próprio senso
de sabedoria. Reserve um minuto para entrar em si
mesmo e orar por forças para superar o descontrole.
A quarta é o relaxamento. O foco aqui é relaxar nesse
momento com uma forma de tornar o momento menos
doloroso. Aqui vamos dedicar alguns minutos apenas
para sentar e relaxar profundamente certificando que a
expiração seja mais longa que a inspiração. é a
expiração que leva a resposta psicofisiológica de
relaxamento. Outras coisas que você pode fazer para
relaxar é tomar um banho relaxante, beber chá ou café
com um livro e em uma cadeira confortável, fazer
alongamento yoga reserve cinco minutos para fazer
qualquer coisa relaxante e que te traga paz.
A quinta habilidade é uma coisa por vez. Quando
estamos em crise ou passamos pelo turbilhão de
emoções, nossas mentes geralmente estão em mil
lugares ao mesmo tempo. Uma coisa de cada vez é
colocar toda a nossa atenção em apenas uma coisa que

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estamos fazendo no momento. Isso pode ser qualquer
coisa, pode ser que eu esteja lavando a louça, então
estarei lavando só lavando a louça nesse momento. Se
estou dirigindo meu carro para o trabalho ou para casa
estarei apenas dirigindo, essa é a única coisa que estou
fazendo, se estou conversando com alguém isso é tudo
que estou fazendo. É dizer com atenção “vou fazer essa
atividade e qualquer que seja essa atividade vou colocar
toda minha atenção nisso”.
A sexta habilidade é férias. Férias é dar para si mesmo
uma pausa física e mental. É ir para cama e puxar as
cobertas por 20 minutos, por exemplo. Para que essa
habilidade seja efetiva precisamos fazê-la de uma forma
que não nos prejudique a longo prazo. Portanto, não
devemos estar de férias quando deveríamos estar
fazendo algo importante. As férias são uma habilidade
que deve ser usada de uma forma limitada no tempo,
apenas para descansar por um momento. Mas quando o
cronômetro desliga, terminamos as férias e voltamos ao
trabalho. É realmente apenas uma pausa para respirar.
A última habilidade é o encorajamento, é literalmente nós
torcendo por nós mesmos é repetir continuamente coisas
que provavelmente diríamos a outras pessoas mas invés
disso estamos dizendo para nós mesmos. exemplos de
encorajamento são: “Eu aguento isso”, “Eu posso fazer
isso” , “Eu posso lidar com isso”, "Tá tudo bem eu me
sentir assim”. Pode ser que a gente não use o
encorajamento de forma natural, nesse caso a gente

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pode se perguntar, “o que eu diria para um amigo?” e
então aplicar para nós mesmos. É aprender a arte de
falar com nós mesmos com o mesmo carinho e
delicadeza que falamos com outras pessoas.

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ESTRATÉGIA 11
PLEASE
As habilidades PLEASE também são um acrônimo em
inglês que se divide em cinco partes. São usadas para
reduzir a vulnerabilidade e emoções dolorosas,
mudanças de humor ou altos níveis de descontrole das
emoções, de forma mais geral são habilidades para
reduzir a vulnerabilidade de ser afetado por muito
estresse e para aumentar a resiliência emocional.
A primeira habilidade do PLEASE é reduzir a
vulnerabilidade ao cuidar de doenças físicas, ou seja
cuidar do nosso corpo, estar doente reduz as nossas
defesas contra emoções disfuncionais enquanto ser
saudável aumenta a nossa capacidade de regular as
emoções. Quando estamos doentes, é necessário cuidar
de nós mesmos, descansando o suficiente, marcando
uma consulta médica, tomando a medicação prescrita e
seguindo as recomendações médicas.
A segunda habilidade diz respeito a equilibrar a nossa
alimentação nos certificando que estamos comendo
consistentemente, não comendo demais e nem comendo
de menos. Comer várias vezes ao dia e comer alimentos
saudáveis também é importante, também devemos evitar
alimentos que nos fazem nos sentir mal ou
excessivamente emocional ou vulnerável como doces,
refrigerantes e chocolates.
A terceira é evitar substâncias que alteram o humor.
álcool e drogas reduzem as nossas defesas contra o

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estresse e emoções negativas intensas. Embora a curto
prazo essas substâncias podem nos fazer sentir mais
relaxados e calmos, a longo prazo podem causar mais
problemas. Lidar com situações difíceis de uma forma
que não envolva recorrer às drogas que alteram o humor
é um bom ponto de partida. Se for usar álcool, faça de
forma moderada para não ficarmos mais vulneráveis.
Conheça a si mesmo e saiba o efeito que as substâncias
têm sob você a longo prazo, inclusive na manhã
seguinte.
A quarta habilidade é o sono equilibrado, novamente não
dormir demais e nem de menos. É saber o que nos
impede de ter uma boa noite de sono e tentar tirar essas
barreiras. É praticar uma bona higiene do sono, por
exemplo, não usar celular antes de dormir, não assistir
TV na cama, evitar café antes de dormir e ir para a cama
e acordar sempre na mesma hora todos os dias. A
maioria das pessoas precisa entre sete e nove horas de
sono para se sentir mais capaz de controlar as emoções,
portanto, se você está tendo problema com isso, pense o
que você pode mudar em sua vida para aumentar a
probabilidade de ter um sono mais equilibrado.
A quinta e última habilidade do PLEASE, é fazer
exercícios. Fazer algum tipo de exercício ou movimento
por no mínimo 20 minutos por dia. Quando a gente
termina de se exercitar , o sistema nervoso

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parassimpático é ativado, o que induz sentimentos de
calma e reduz a vulnerabilidade ao estresse e as
emoções negativas. Pense no que é viável e agradável
para você, caminhar, correr, alongar ou praticar esportes
por exemplo.
Nós não vamos dominar todas as habilidades do
PLEASE em um dia e tá tudo bem. Mas por onde nós
podemos começar? Lembre-se estamos lidando com a
vulnerabilidade emocional por meio do tratamento de
doenças físicas, equilíbrio de alimentação, evitando
substâncias que alteram o humor, equilibrando o sono e
fazendo exercícios, vamos começar pensando sobre o
que desejamos trabalhar mais ativamente e vamos
identificando algumas etapas realistas e estratégias que
já tivemos sucesso no passado para prosseguir.

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ESTRATÉGIA 12
AUTO ACALMAR-SE
A ideia central por trás do auto acalmar-se é realmente
ser gentil consigo mesmo em tempos de crise. Para
algumas pessoas auto acalmar-se é algo natural, embora
para outras pessoas existam alguns obstáculos que
podem atrapalhar. Por exemplo, acreditar que você está
em crise e outras pessoas também estão em crise, você
não merece ser acalmado nesse momento. Outro
obstáculo é quando a gente acredita que outras pessoas
são quem deveriam nos acalmar, pensando “não sou eu
que deveria me acalmar”. Essas duas crenças
atrapalham a prática da habilidade. Faça o seu melhor
para conseguir reconhecer quando esses obstáculos
aparecerem e use a habilidade mesmo com esses
pensamentos e emoções.
Essa habilidade engloba os nossos cinco sentidos.
Visão, audição, olfato, tato e paladar. Encontre coisas
calmantes para fazer em cada domínio.
Visão: Foque em imagens que te acalme. Olhar pela
janela, olhar para o céu, olhar uma foto, dar um passeio
e apenas observar a visão da natureza.
Audição: Foque em músicas que te acalmem, ou cante
uma música relaxante. Também podemos tocar um
instrumento ou ouvir outras pessoas tocando algum
instrumento.
Olfato: Pense em usar aromas que sejam relaxantes
para você. Velas cheirosas, óleos e hidratantes, aroma

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de café ou de uma flor cheirosa.
Paladar: Muitas vezes, acalmar-se com o paladar é o
favorito das pessoas. Aqui vamos comer alguns dos
nossos alimentos preferidos, beber chá ou outras
bebidas, etc. Mas com moderação é claro.
Toque: Podemos tomar um banho quente ou uma ducha,
acariciar um animal, se envolver em um bom cobertor,
fazer uma massagem em si mesmo, abraçar um
travesseiro ou passar uma loção e perceber a sensação
da loção da pele.
Enfim, pensamos nos cinco sentidos como uma forma de
gerar atividades ou usar itens que nos dão uma
sensação de prazer e que promovam a sensação de que
estamos sendo muito gentis conosco.

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O QUE FAZER PARA SE
RECUPERAR DE UMA EXPLOSÃO
EMOCIONAL?
Uma explosão emocional pode deixar você se sentindo
exausto, irritado e emocionalmente vulnerável. Aqui
estão algumas estratégias que podem ajudá-lo a se
recuperar depois de uma explosão emocional:

1. DÊ A SI MESMO TEMPO PARA SE ACALMAR


Se você teve uma explosão emocional, é importante
permitir que seu corpo e mente se acalme. Reserve um
tempo para respirar fundo e relaxar.

2. PRATIQUE AUTOCOMPAIXÃO
É importante ser gentil consigo mesmo depois de uma
explosão emocional. Lembre-se de que é normal ter
emoções intensas e que você não é perfeito. Pratique a
autocompaixão e tente não se culpar ou se julgar.

3. REFLITA SOBRE O QUE ACONTECEU


Depois de se acalmar, reflita sobre o que aconteceu e o
que causou a explosão emocional. Tente entender o que
pode ter desencadeado suas emoções e pense em
maneiras de lidar com esses desencadeadores no futuro.

4. FALE COM ALGUÉM

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alar com um amigo ou profissional de saúde mental pode
ajudar a processar suas emoções a encontrar maneiras
de lidar com elas. Eles podem fornecer um ouvido atento
e apoio emocional.

5. PRATIQUE RESILIÊNCIA EMOCIONAL


A resiliência emocional é a capacidade de lidar com
desafios e se recuperar deles. Pratique habilidades como
a atenção plena, a autocompaixão e a comunicação
eficaz para ajudar a fortalecer sua resiliência emocional.

6. FAÇA ALGO POSITIVO


Depois de se acalmar e refletir, faça algo positivo para si
mesmo. Isso pode ser algo simples, como tomar um
banho quente ou sair para uma caminhada. Fazer algo
positivo pode ajudá-lo a se sentir melhor e a se recuperar
depois de uma explosão emocional.

Lembre-se de que é normal ter explosões emocionais às


vezes e que você não está sozinho. Com o tempo e a
prática, você pode desenvolver habilidades para lidar
com essas emoções de maneira mais eficaz e se
recuperar mais rapidamente depois de uma explosão
emocional.

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MELHORANDO A
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A inteligência emocional é a habilidade de reconhecer,
entender e gerenciar suas próprias emoções, bem como
as emoções dos outros. Melhorar a inteligência
emocional é uma parte importante de controlar as
emoções e construir relacionamentos saudáveis. Neste
capítulo, discutiremos algumas maneiras de melhorar a
inteligência emocional.

1. DESENVOLVENDO EMPATIA E COMPAIXÃO


Empatia é a habilidade de entender e compartilhar os
sentimentos de outra pessoa. Compaixão é a habilidade
de mostrar gentileza e preocupação com o sofrimento
dos outros. Desenvolver empatia e compaixão pode
ajudá-lo a compreender melhor as emoções dos outros e
construir relacionamentos mais fortes. Algumas maneiras
de desenvolver empatia e compaixão incluem:

- Praticar a escuta ativa: ouvir com atenção e tentar


entender os sentimentos da outra pessoa.
- Colocar-se no lugar do outro: imagine como seria sentir
o que a outra pessoa está sentindo.
- Mostrar empatia verbal: use frases como "eu entendo
como você está se sentindo" para demonstrar que você
está ouvindo e se importando.

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2. SE COMUNICANDO DE FORMA EFICAZ
A comunicação é fundamental para a construção de
relacionamentos saudáveis e para o gerenciamento de
conflitos. Aprender a se comunicar de forma eficaz pode
ajudá-lo a expressar suas emoções de maneira clara e a
entender as emoções dos outros. Algumas dicas para
melhorar a comunicação incluem:

- Ser claro e direto: use linguagem simples e evite


ambiguidade.
- Escutar ativamente: preste atenção no que a outra
pessoa está dizendo e faça perguntas para esclarecer
dúvidas.
- Ser respeitoso: mantenha o tom de voz calmo e use
linguagem não violenta e não julgadora.

3. CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS


Relacionamentos saudáveis são importantes para o bem-
estar emocional. Eles fornecem apoio, amizade e um
senso de conexão. Algumas maneiras de construir
relacionamentos saudáveis incluem:
- Praticar a empatia e a compaixão: tente entender os
sentimentos e perspectivas da outra pessoa.
- Manter comunicação aberta: fale abertamente sobre
seus sentimentos e ouça os sentimentos da outra
pessoa.
- Estabelecer limites saudáveis: saiba quando dizer "não"

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e defina limites saudáveis para manter a saúde
emocional.

Melhorar a inteligência emocional é uma jornada


contínua, mas o esforço pode levar a melhorias
significativas no controle emocional e na construção de
relacionamentos saudáveis. Praticar essas habilidades
regularmente pode ajudar a fortalecer a inteligência
emocional e a melhorar a qualidade de vida.

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LIDANDO COM EMOÇÕES
ESPECÍFICAS
Cada emoção tem sua própria natureza e pode ser
experimentada de maneira única por cada pessoa. No
entanto, existem algumas estratégias gerais que podem
ajudar a lidar com emoções específicas de forma eficaz.
Neste capítulo, discutiremos algumas estratégias para
lidar com raiva, frustração, tristeza, depressão,
ansiedade, estresse e medo.

1. LIDANDO COM A RAIVA E FRUSTRAÇÃO


A raiva e a frustração podem ser emoções intensas e
podem levar a comportamentos impulsivos. Algumas
estratégias para lidar com essas emoções incluem:

- Contar até dez: isso pode ajudar a dar tempo para


esfriar a cabeça antes de reagir.
- Encontrar uma saída saudável: exercício, caminhadas
ou qualquer atividade que ajude a dissipar a energia
podem ajudar a lidar com a raiva e a frustração.
- Identificar o que está causando a raiva ou frustração:
identificar a causa pode ajudar a lidar com a emoção de
maneira mais eficaz.

2. LIDANDO COM A TRISTEZA E DEPRESSÃO


A tristeza e a depressão podem ser emoções difíceis de

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lidar e podem afetar a qualidade de vida. Algumas
estratégias para lidar com essas emoções incluem:

- Fazer atividades agradáveis: atividades que sejam


prazerosas podem ajudar a aumentar o humor e aliviar a
tristeza.
- Buscar apoio social: conversar com amigos ou
familiares pode ajudar a lidar com sentimentos de tristeza
e depressão.
- Procurar ajuda profissional: um profissional de saúde
mental pode ajudar a identificar e tratar a depressão.

3. LIDANDO COM ANSIEDADE E ESTRESSE


A ansiedade e o estresse podem ser emoções
debilitantes e podem afetar a saúde física e emocional.
Algumas estratégias para lidar com essas emoções
incluem:

- Praticar a respiração profunda: respirar profundamente


pode ajudar a acalmar o corpo e a mente.
- Identificar os gatilhos de estresse e ansiedade:
identificar o que está causando a ansiedade ou o
estresse pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar
com essas emoções.
- Fazer atividades de relaxamento: meditação, ioga ou
outras atividades de relaxamento podem ajudar a reduzir
o estresse e a ansiedade.

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4. LIDANDO COM O MEDO E FOBIA
O medo e a fobia podem ser emoções debilitantes que
podem limitar a qualidade de vida. Algumas estratégias
para lidar com essas emoções incluem:

- Expor-se gradualmente ao objeto ou situação temida:


exposição gradual pode ajudar a reduzir o medo ou a
fobia ao longo do tempo.
- Aprender técnicas de relaxamento: técnicas como a
respiração profunda ou o relaxamento muscular
progressivo podem ajudar a reduzir a ansiedade
associada ao medo ou à fobia.
- Procurar ajuda profissional: um profissional de saúde
mental pode ajudar a identificar e tratar o medo ou a
fobia.

Lidar com emoções específicas pode ser desafiador, mas


com essas estratégias específicas e com as outras tantas
que exemplifiquei nesse E-book, o desafio se torna
possível. Sem esquecer, é claro, da constância que
precisa existir para alcançar toda inteligência emocional
necessária para controlar as emoções.

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PRÁTICAS DIÁRIAS PARA
MANTER O CONTROLE DAS
EMOÇÕES
Controlar as emoções requer prática e
comprometimento. Neste capítulo, discutiremos algumas
práticas diárias que podem ajudar a controlar as
emoções de forma mais eficaz.

1. MEDITAÇÃO
A meditação é uma prática que pode ajudar a acalmar a
mente e a controlar as emoções. Começar com uma
meditação de cinco a dez minutos por dia pode ser uma
boa maneira de começar. Existem muitos aplicativos de
meditação disponíveis que oferecem sessões guiadas
para iniciantes.

2. EXERCÍCIO FÍSICO
O exercício físico pode ajudar a aliviar o estresse e a
ansiedade, além de melhorar o humor. Fazer exercícios
de forma regular, mesmo que seja apenas uma
caminhada diária, pode ser uma forma eficaz de controlar
as emoções.

3. ATENÇÃO PLENA
A atenção plena, como já mencionado, é uma prática que
envolve a conscientização do momento presente, sem

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sem julgamento. Praticar a atenção plena pode ajudar a
controlar as emoções, reduzir o estresse e melhorar o
bem-estar geral. Uma forma de praticar a atenção plena
é prestar atenção aos sentidos, como o som de um
pássaro ou a sensação do sol na pele.

4. JORNALIZAÇÃO
Escrever os pensamentos e emoções em um diário pode
ajudar a processar as emoções e a compreendê-las
melhor. Além disso, pode ser uma forma de monitorar as
emoções ao longo do tempo e identificar padrões.

5. RELAXAMENTO
Técnicas de relaxamento, como a respiração profunda, a
yoga ou o relaxamento muscular progressivo, podem
ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade. Praticar essas
técnicas regularmente pode ajudar a controlar as
emoções de forma mais eficaz.

6. TEMPO PARA SI MESMO


É importante reservar um tempo para si mesmo todos os
dias. Isso pode incluir atividades que sejam prazerosas e
relaxantes, como ler um livro, tomar um banho ou ouvir
música. Ter tempo para si mesmo pode ajudar a reduzir
o estresse e a ansiedade e a melhorar o bem-estar geral.

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Controlar as emoções requer prática e
comprometimento. Praticar essas técnicas diárias pode
ajudar a controlar as emoções de forma mais eficaz e
melhorar o bem-estar geral.

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BUSCANDO AJUDA
PROFISSIONAL NO CONTROLE
DAS EMOÇÕES
Embora as práticas diárias possam ajudar a controlar as
emoções, em alguns casos, pode ser necessário buscar
ajuda profissional para lidar com emoções intensas e
difíceis de controlar. Neste capítulo, discutiremos quando
procurar ajuda profissional e como escolher um
profissional qualificado.

1. QUANDO PROCURAR AJUDA PROFISSIONAL?


Há momentos em que as práticas diárias não são
suficientes para controlar as emoções, e pode ser
necessário procurar ajuda profissional. Alguns sinais de
que pode ser hora de procurar ajuda incluem:
- Emoções intensas e difíceis de controlar que interferem
na vida cotidiana.
- Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou
desesperança.
- Problemas de relacionamento devido a dificuldades em
controlar as emoções.
- Comportamentos autodestrutivos, como abuso de
substâncias ou comportamento impulsivo.
- Histórico de trauma ou abuso.
Se você está experimentando esses sintomas, pode ser
útil procurar ajuda profissional.

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2.COMO ESCOLHER UM PROFISSIONAL
QUALIFICADO
Ao procurar ajuda profissional, é importante escolher um
profissional qualificado e experiente em lidar com
emoções intensas. Alguns profissionais que podem
ajudar incluem:

- Psicólogos: Os psicólogos são profissionais que


possuem formação em psicologia clínica e estão
habilitados para avaliar e tratar problemas emocionais e
comportamentais. Eles usam várias técnicas de terapia
para ajudar os pacientes a controlar as emoções e
melhorar a qualidade de vida.Existem muitos tipos
diferentes de terapia, incluindo terapia cognitivo-
comportamental (TCC), terapia de aceitação e
comprometimento (ACT) e terapia comportamental
dialética (DBT).
- Psiquiatras: Os psiquiatras são médicos especializados
em saúde mental que podem prescrever medicamentos
para tratar transtornos emocionais, além de fornecer
terapia.
Ao escolher um profissional, é importante considerar sua
experiência e qualificações, além de sua abordagem
terapêutica e filosofia. É importante escolher um
profissional com o qual você se sinta confortável e que
possa fornecer o tipo de ajuda que você precisa.

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Controlar as emoções pode ser um desafio, e pode ser
necessário buscar ajuda profissional em alguns casos.
Ao escolher um profissional qualificado e experiente,
você pode obter a ajuda necessária para controlar as
emoções e melhorar a qualidade de vida.

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