Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
da Qualidade
2
Frequência de
Problema Descrição
ocorrência
Excesso de Camada alta, propiciando um
265
tinta aspecto enrugado na superfície.
Impurezas no momento da
Secagem
secagem, ocasionadas por 56
incorreta
exposição ao calor ou ao vento.
3
1. Verificação de itens defeituosos: utilizado quando se deseja
saber quais são os tipos de defeitos mais frequentes na
produção e o número de vezes que esse defeito ocorre. Por
exemplo: defeitos em peças produzidas por uma confecção
(costuras desalinhadas, barras tortas etc.).
4
A folha de verificação
auxilia a encontrar
a causa ou a origem
de uma situação
crítica. Muitas
vezes, determinados
defeitos são oriundos
de fornecedores,
nem sempre sendo
causados pelos
processos internos da
empresa.
5
Saiba mais
Que tal saber mais da importância
da Folha de verificação? Acesse!
https://www.youtube.com/
watch?v=jOqe542DwkY
https://www.youtube.com/wat-
ch?v=vB4b5yzOEAc&list=TLGGByl-
3FPW0u9YyMzA4MjAyMQ&t=39s
Diagrama de dispersão
O Diagrama de dispersão é uma representação
gráfica cujo objetivo é analisar a relação entre duas
variáveis quantitativas, uma de causa e uma de
efeito. Ele auxilia a identificar possíveis origens para
falhas durante um processo produtivo.
Vieira (2013), diz que “[...] em geral, estuda-se a
relação entre: um característico de qualidade e um
fator que possa ter efeito sobre esse característico,
dois característicos de qualidade e dois fatores que
possam ter efeito sobre o mesmo característico de
qualidade”. Ainda de acordo com Carpinetti (2012) de
modo geral, gráficos de dispersão são usados para
relacionar causa e efeito, como no relacionamento
entre velocidade de corte e rugosidade superficial em
um processo de usinagem, composição de material e
dureza, intensidade de iluminação de um ambiente e
erros em inspeção visual etc.
7
Essa ferramenta é adotada como A sua principal vantagem está
método investigativo quando na possibilidade de comprovar a
existe uma suspeita a respeito relação entre as causas e os efeitos
do que ocasionou determinado dos problemas, além de servir de
problema, auxiliando a comprovar base para a aplicação de demais
as suspeitas, por meio de uma ferramentas da qualidade.
análise aprofundada. Além disso, o Para aplicar o diagrama de
diagrama de dispersão traz números dispersão, é necessário definir a
simultâneos das variáveis medidas, causa e o efeito da qual se deseja
deixando aparente a relação ou a descobrir a relação. Por exemplo:
interferência entre as variáveis. bolha na pintura com tempo de
Ele traz diversos benefícios no que secagem da peça, ou queda no
se refere à melhoria de qualidade faturamento com troca da matéria-
nos processos: é uma ferramenta prima. Após definir as variáveis,
de análise, e portanto, amplamente devemos seguir alguns passos:
utilizada na gestão!
8
1° Passo: coleta de dados em pares
ordenados (x, y) e organização em uma tabela.
9
Para fazer uma correta análise do Gráfico de dispersão, devemos
encaixá-lo em algumas classificações de correlação; são elas: Correlação
Positiva, que ocorre quando há uma tendência crescente entre os pontos
do gráfico: conforme uma variável aumenta, a outra variável também
aumenta; e Correlação Negativa, que ocorre quando os pontos do gráfico se
concentram em uma linha decrescente. Conforme uma variável aumenta, a
outra diminui, veja:
16 16
14 14
12 12
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 14 16
10
Entre as classificações de correlação positiva
ou negativa, devemos ainda classificar os
níveis dessas correlações. São elas:
11
Saiba mais
Quer saber mais da importância
do Diagrama de dispersão?
Separamos um vídeo para você!
Acesse:
https://www.youtube.com/
watch?v=rTcp161k8q4
12
Fluxograma
O fluxograma pode ser definido Como dito, ele é representado
como a representação gráfica por símbolos que ajudam a
e de símbolos das etapas de identificar cada etapa do processo
determinado processo. Ele também e possíveis momentos de tomadas
é comumente chamado de gráfico de decisões durante o andamento
de procedimentos ou gráfico de dos procedimentos. Apesar de
processos. Essa ferramenta tem possuir um layout bastante flexível
como objetivo documentar a (sendo possível adequar conforme
sequência, a interação e as decisões as necessidades de quem está
tomadas durante um procedimento, utilizando), o fluxograma sugere
com o intuito de compreender, de uma metodologia para sua adequada
forma rápida, o funcionamento dele. aplicação: os símbolos! E esses
É possível determinar que o símbolos são padronizados para
fluxograma é também um gráfico que todos consigam entender os
em que se representa o percurso significados, mesmo funcionários
ou o caminho percorrido por que recém entraram na empresa ou
certo elemento (por exemplo, um que falam outro idioma, pois há uma
determinado material), através dos padronização universal.
vários departamentos ou setores da
organização, bem como o tratamento
que em cada um ele vai recebendo.
13
Cada símbolo representado
em um fluxograma possui um
significado e um contexto
Símbolos
específico e não é obrigatório
Início Operação
o uso de todos os símbolos,
devendo-se utilizá-los de
acordo com as necessidades Término de processo
das atividades mapeadas.
Que tal aprender alguns
Documento
desses símbolos?
Inspeção
Decisão
Entrada de
dados
Banco de dados
14
Como ferramenta da qualidade, o
fluxograma é extremamente útil para
as organizações, uma vez que facilita
a visualização analítica dos processos,
possibilitando a identificação de falhas,
retrabalhos ou gargalos na execução de
uma atividade. Além disso, é um grande
aliado na padronização de processos,
o que é de extrema importância para o
controle da qualidade das organizações.
15
Saiba mais
Quer entender mais de
fluxogramas? Acesse!
https://ferramentasdaqualidade.
org/fluxograma/
E conhecer exemplos de
fluxogramas no processo
industrial, interessa a você?
https://www.citisystems.com.br/
fluxograma
Carta de controle
A Carta de controle (também conhecida como gráfico de
controle) é uma ferramenta da qualidade utilizada para
verificar as variáveis do processo sob controle estatístico.
Desse modo, permite verificar as variáveis de qualidade de
diversos fatores, como peso, volume, espessura, resistência,
misturas, concentração de elementos, entre outros.
A criação das Cartas de controle foi atribuída ao engenheiro
e físico Walter A. Shewhart, considerado o pai do controle
estatístico de qualidade. Shewhart elaborou o gráfico a
partir de uma solicitação feita por meio de um memorando
na empresa a qual trabalhava, a Western Electric. Nesse
memorando, havia a solicitação de elaboração de um
relatório de inspeção que pudesse ser modificado de tempos
em tempos e fornecesse a maior quantidade possível de
informações precisas.
17
Esse autor dizia que “Um problemas nos processos,
fenômeno é dito controlado máquinas ou equipamentos.
quando, por meio do uso da Além disso, uma das vantagens
experiência passada, pudermos citadas por Walter et al (2013)
prever, pelo menos dentro de é que “[...] a sinalização mais
limites, como se pode esperar rápida dos processos fora de
que o fenômeno varie no controle estatístico acarreta a
futuro”. (SHEWHART, 1986). É redução de perdas”.
disso que se trata a Carta de O gráfico de controle é formado
controle: ela possibilita prever por três linhas que representam
as variações futuras baseadas as medidas para algumas
na observação presente! características de um processo.
A utilização desta Os dados para o preenchimento
ferramenta traz diversos do gráfico são coletados e
benefícios para as organizações, agrupados pelo período de
entre eles: demonstrar o grau tempo, local ou outras variáveis
de estabilidade de determinado descritivas e a estrutura é
processo; analisar a capacidade bastante visual, possibilitando a
produtiva e identificar compreensão dos dados.
18
O Gráfico contém três estruturas principais, que se
refletem em três linhas de referência. Veja:
7.00
6.99 LC
6.98
6.94
Subgrupos
LIC = Limite Inferior de Controle LSC = Limite Superior de Controle LC = Limite Central
20
Saiba mais
Ficou interessado no assunto?
Acesse!
https://support.minitab.com/pt-br/
minitab/18/help-and-how-to/quality-
and-process-improvement/control-
charts/supporting-topics/basics/
understanding-control-charts/
21
Também conhecido como Um dos nomes dados para
Diagrama espinha de peixe, essa esse diagrama homenageia
ferramenta é utilizada quando seu criador: Kaoru Ishikawa.
se precisa identificar as causas Ele foi um engenheiro japonês
de um determinado problema e considerado por muitos o pai
leva esse nome em razão de sua da qualidade. Em 1943, Kaoru
forma visual. o desenvolveu com o principal
Essa ferramenta possibilita objetivo de fazer com que as
encontrar as causas-raízes pessoas pensem a respeito das
primárias e secundárias de um razões pelas quais um problema
problema para solucioná-lo. ocorre; além disso, seu desejo
Podemos dizer, portanto, que ela era de que ele pudesse ser
é uma ferramenta primária da utilizado por qualquer pessoa,
qualidade que dá suporte para a desde a área operacional até a
aplicação de outras ferramentas. área estratégica da organização.
22
Para realizar a aplicação do Diagrama de
Ishikawa é necessário seguir alguns passos;
acompanhe:
23
A essas causas, damos o nome de Abordagem 6M e são elas:
Causa terciária
CARACTERÍSTICA
Causa terciária
EFEITO
Causa secundária
MEIO AMBIENTE MÉTODO MATÉRIA-PRIMA
CAUSA
https://www.youtube.com/
watch?time_continue=90&v=u-
vcfKWBhGU&feature=emb_logo
https://www.youtube.com/
watch?v=8IMGLe8PUMQ
Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto, também conhecido como princípio
de Pareto ou lei 80/20, é uma importante ferramenta da
qualidade que pode ser aplicada em qualquer empresa e em
muitas outras situações.
A regra 80/20 sugere que 20% das causas principais são
responsáveis por 80% dos problemas em uma organização;
ou seja, se formos capazes de identificar e eliminar esses
20%, acabamos com grande parte dos problemas! Trata-se de
um recurso gráfico usado com o intuito de estabelecer uma
ordem de causas de problemas ou de perdas, que permite
estabelecer relação ação-benefício e priorizar ações que
terão melhor resultado no processo de melhoria da qualidade.
O Diagrama de Pareto originou-se do princípio de Pareto. Ele
leva esse nome em razão de seu criador: Vilvedo Frederico
Damaso Pareto, um economista e filósofo político Italiano
que desenvolveu o método no século XIX, com o intuito de
estudar a distribuição das riquezas no país. Os resultados
dos estudos apontaram que 20% da população do país
concentrava 80% das riquezas produzidas.
27
A outra descoberta de Apesar de ser o economista o
Pareto, aquela que de fato autor do estudo, o Diagrama de
o entusiasmou, foi que esse Pareto não foi inventado por ele;
padrão de desequilíbrio era, o seu criador foi Joseph Juran,
de modo consistente, repetido um dos gurus da qualidade.
onde quer que ele observasse os Ele conseguiu adaptar o
dados, em diferentes períodos princípio descoberto por Pareto,
de tempo e em diferentes transformando-o em uma das
países. Fosse uma observação mais importantes ferramentas da
na Inglaterra dos velhos tempos qualidade.
ou quaisquer épocas, mesmo O princípio de Pareto se aplica
na atualidade, ele encontrava a diversas áreas: você pode
o mesmo padrão repetindo-se utilizá-lo, por exemplo, para
com precisão matemática (KOCH, fazer uma análise de como gasta
2015, p. 15). seu tempo livre pode melhorar
A partir de seu estudo inicial, suas atividades. Aplicando-o
passou-se a perceber que no trânsito, provavelmente
o padrão 80/20 repetia-se chegaremos ao resultado de que
em outros países e nas mais 80% dos acidentes são causados
variadas situações. por 20% dos motoristas, entre
outros.
28
Mas voltando o princípio para as empresas, o
principal foco é conseguir identificar 20% das ações
que causam 80% dos problemas! Atualmente,
com a inconstância do mercado globalizado, as
organizações precisam solucionar seus problemas
com a máxima eficiência e a menor aplicação de
recurso possível. Perda de faturamento, queda nas
vendas e na lucratividade são medos que assombram
diariamente as organizações, e para evitar ou eliminar
esses fantasmas, as empresas buscam por soluções
eficazes, tais como a melhoria de sua produtividade,
por intermédio de lançamentos de novos produtos
ou ainda de processos mais eficientes. Mas muitas
vezes, na tentativa de resolver os problemas, acabam
aplicando ideias sem informações precisas, que no
final das contas não trazem resultados efetivos.
29
35 100%
30
80%
25
60%
20
Defeitos
15
40%
10 Causa 10
Causa 11
Causa 12
Causa 13
20%
Causa 5
Causa 8
Causa 9
Causa 7
Causa 3
Causa 2
Causa 1
Causa 6
Causa 5
Causa 4
Causa 3
Causa 4
0 0%
31
Saiba mais
Quer saber mais do princípio
80/20? Acesse:
https://www.youtube.com/
watch?v=3VZDKi5W9fQ
32
Histograma
O histograma é uma ferramenta da qualidade, também conhecida como
distribuição de frequências. Ele é representado através de um gráfico
cujo objetivo é ilustrar a análise de uma frequência de dados obtidos com
estudo ou pesquisa, como no exemplo a seguir:
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
2003 2004 2005 2006 2007
Figura 6 - Histograma
Fonte: da Autora (2021)
33
A visualização do histograma se Dentre as ferramentas da qualida-
dá pela construção de um gráfico de, ele é o mais comumente visto
de barras, construído a partir da em diversas situações do dia a dia.
divisão das classes dos dados O Histograma foi desenvolvido
coletados. por um advogado e estudioso
Seu principal objetivo é verificar estatístico francês em 1883,
como um processo se comporta chamado André Miguel Guerry. Ele
em relação a suas especificidades, criou a ferramenta para descrever
ou seja, descrever as frequências uma análise estatística sobre
de um conjunto de dados crimes em Paris em seu livro:
previamente tabulados e divididos Ensaio sobre a Estatística Moral
em classes uniformes. na França. Seu objetivo era traçar
Carpinetti (2012) afirma que “[...] uma geografia criminal, por meio
o histograma é um gráfico de da coleta de dados dos crimes
barras no qual o eixo horizontal, cometidos em Paris.
subdividido em vários pequenos A classificação do histograma
intervalos, apresenta os valores acontece de acordo com o posicio-
assumidos por uma variável de namento das barras que represen-
interesse”. tam os dados coletados. Veja:
34
Histograma Simétrico: apresenta a Histograma Platô: apresenta
frequência mais alta no centro, ou frequências equivalentes ou
seja, o pico encontra-se no centro próximas umas das outras durante
do gráfico e suas variações ocorrem todo o gráfico. Ocorre quando
de maneira decrescente em ambos há anormalidade dos dados.
os lados. Também leva o nome de É conhecido, também, como
histograma normal. histograma achatado.
35
Cada barra inserida no gráfico se refere a uma
classe e seu valor correspondente. Os eixos do
gráfico do histograma representam:
36
Referências
CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceitos e técnicas. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
KOCH, R. O Poder 80/20: Os segredos para conseguir mais com menos nos negócios
e na vida. São Paulo: Gutenberg, 2015.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P.; Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2005.
37