Você está na página 1de 10

CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E SUA

APLICAÇÃO- Unidade 01
4 AS VARIÁVEIS DOS INDICADORES E ESTATÍSTICAS
1 TEMPORALIDADE E SAZONALIDADE:
Quando se observam fenômenos como doenças transmissíveis ou de
grande alcance populacional, como ocorreu no passado com as doenças
causadas por deficiência de vitaminas, é muito importante estabelecer
registros temporais. Ou seja, um registro cronológico de indivíduos
atingidos e dos óbitos causados pela doença.

Página 50
CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E SUA
APLICAÇÃO- Unidade 01

Página 51
CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E SUA
APLICAÇÃO- Unidade 01
5 EVENTO SENTINELA – O QUE VEM A SER ISTO
Eventos sentinela são acontecimentos a princípio isolados, mas que servem de alarme
para a possível ocorrência de eventos semelhantes em um mesmo contexto. São aqueles
eventos que requerem uma investigação mais detalhada, pois se ocorreram, podem existir
circunstâncias semelhantes que levem outros casos a aparecer. Um exemplo de evento
sentinela seria o suicídio de um trabalhador de uma determinada empresa, onde estão
ocorrendo mudanças, demissões ou sobrecarga de trabalho. O primeiro caso acionará um
alarme, exatamente como uma sentinela em seu posto faria. Pode ser que este seja um
caso único, mas não é bom arriscar a deixar o assunto sem investigação epidemiológica.

Página 53
CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA E SUA
APLICAÇÃO- Unidade 01
O evento sentinela também se presta à investigação em áreas
onde não exista sistema de saúde bem estruturado e
laboratórios à disposição para confirmar se determinadas
manifestações clínicas e sintomas pertencem àquela doença
específica de que todos tenham medo, pelo risco de se espalhar,
ou sua letalidade ou sua magnitude. Um exemplo para isto é o
ebola, outro é o hantavírus. Ambas são doenças bastante
perigosas e a ocorrência de um único caso suspeito em uma
região vai deixar todos em alerta.

Página 53
UNIDADE 2 DEMOGRAFIA, SAÚDE E
GOVERNABILIDADE
TÓPICO 1 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS Unidade 02
Neste tópico nos deteremos sobre uma ciência chamada demografia,
que estuda a dinâmica e o comportamento das populações. Deter-nos-
emos sobre os aspectos mais relevantes para a saúde, detalhando
alguns fatores como o envelhecimento populacional, a escalada das
causas externas e das condições crônicas em saúde, trazendo estas
considerações para o planejamento dos serviços de saúde a partir da
visão da epidemiologia.

Página 59
TÓPICO 1 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS Unidade 02
2 BANCOS DE DADOS DISPONÍVEIS E SISTEMAS DE DADOS DISPONÍVEIS PARA
CONSULTA ON-LINE
2.1 O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
O IBGE tem como missão a produção, análise, pesquisa, disseminação de
informações de natureza estatística – demográfica, socioeconômica e científica –,
além de informações geográficas, cartográficas, geodésicas e ambientais (BRASIL,
2004). As informações e pesquisas do IBGE são fundamentais para entender a
saúde e a doença no país, e são frequentemente consultadas pelos
epidemiologistas

Página 59
TÓPICO 1 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS Unidade 02
2.2 O DATASUS Um sistema de dados que mencionamos diversas vezes neste caderno é o
DATASUS - Departamento de Informática do SUS -, órgão incumbido de sistematizar,
consolidar e veicular a informação produzida coletivamente na Rede de Atenção à Saúde,
mediante a transferência eletrônica de dados. “O caráter oficial dessa base (DATASUS)
assegura a sua legitimidade perante as instituições produtoras”. (IDB, 2008, p. 17). O
DATASUS também vai se servir dos dados do IBGE, assim como outras publicações na área
da saúde pública e gestão em saúde.
2.3 A OPAS E A RIPSA

Página 60
TÓPICO 1 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS Unidade 02
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E SAÚDE – BRASIL E MUNDO
No item A, que trata dos indicadores demográficos, podemos ver que a população geral do
Brasil envelheceu pelo aumento da expectativa de vida ao nascer: hoje, no nosso país, a
esperança média de vida é de 76,2 anos em geral. No ano de 2000 era de 69,8. Isto
significa que o número de idosos aumentou, entre outras coisas.
3.1 ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER E AOS 60 ANOS DE IDADE
A estatística mostra ainda que as mulheres vivem bem mais do que os homens: a
expectativa de vida para as mulheres em geral é de 78,2 anos de vida, contra 70,9 anos em
média dos homens. São as mulheres que comparecem em maior número nos serviços de
saúde e nos grupos de convivência para idosos. Este fato é uma das hipóteses para explicar
a diferença. Mulheres estabelecem redes de apoio e relacionamento com mais facilidade,
são mais propensas a compartilhar as emoções e sentimentos. E são menos expostas ao
álcool e à violência

Página 64
TÓPICO 1 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS Unidade 02
3.2 ESPERANÇA DE VIDA AOS 60 ANOS DE IDADE
Outra diferenciação notável nas estatísticas é a esperança de vida para os que já
completaram 60 anos. É uma conta diferente da expectativa de vida geral, porque nesta
primeira conta entram no cálculo todas as mortes por violência e outras causas, que
ocorrem em geral, em pessoas mais jovens. Se o indivíduo atinge os 60 anos de idade, seus
riscos serão diferentes, e a conta já é outra. Vejamos o que diz o manual IDB sobre este
indicador:

Página 64

Você também pode gostar