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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

IFCE CAMPUS ACARAÚ


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE REGÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

ABRAÃO JACOB FREITAS MATIAS

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE REGÊNCIA


NO ENSINO FUNDAMENTAL

ACARAÚ
2023
ABRAÃO JACOB FREITAS MATIAS

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE REGÊNCIA


NO ENSINO FUNDAMENTAL

Relatório Final de Estágio Supervisionado


apresentado ao Curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
– IFCE – Campus Acaraú, como parte dos
requisitos para aprovação na Disciplina de
Estágio Supervisionado de Regência no
Ensino Fundamental.

Orientado pelo Professor:


Me. Herikson Araújo de Freitas

Supervisionado pelo(a) Professor(a):


Benedita Sebastiana de Oliveira

ACARAÚ
2023
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, aos meus pais, ao meu irmão, aos alunos e funcionários da
escola Teresa de Jesus Silva, aos meus professores e a todos os amigos que me
ajudaram e que, de alguma forma contribuíram para a minha formação.
Agradecimento especial à minha colega e amiga Karina Rocha, que esteve ao
meu lado nessa primeira jornada de estágio, ao professor Me. Herikson Araújo, e à
professor Benedita Sebastiana, duas pessoas incríveis como profissionais e como
seres humanos, que estiveram sempre me ajudando nesse processo.
“O ideal da educação não é aprender ao
máximo, maximizar os resultados, mas é
antes de tudo aprender a aprender, é
aprender a se desenvolver e aprender a
continuar a se desenvolver depois da
escola.” (PIAGET, 1978).
SUMÁRIO

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….. 05
2 CAPÍTULO I – DIAGNÓSTICO DA ESCOLA CAMPO………………………. 07
2.1 Dados Gerais da Escola Campo………………………………………. 08
2.2 O Processo de Acompanhamento/Supervisão de Estágio…….. 08
2.3 O Ensino de Ciências/Biologia na Escola Campo……………….. 09
3 CAPÍTULO II – DESCRIÇÃO DAS AULAS DE REGÊNCIA E DAS ATIVIDADES
DE COPARTICIPAÇÃO……………………………………….. 10
3.1 Detalhamento das Aulas de Regência…………………………….. 10
3.2 As Atividades de Coparticipação…………………………………… 13
3.3 Principais Dificuldades Enfrentadas no Estágio de Regência…. 13
4 CAPÍTULO III – O PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA……….. 14
4.1 Apresentação……………………………………………………………. 14
4.2.Objetivos…………………………………………………………………. 14
4.2.1 Geral………………………………………………………………. 15
4.2.2 Específicos………………………………………………………. 15
4.3 Metodologia……………………………………………………………… 15
4.3.1 Cenário…………………………………………………………….. 15
4.3.2 Sujeitos……………………………………………………………. 15
4.3.3 Procedimentos…………………………………………………… 15
4.3.4 Resultados da Intervenção…………………………………….. 16
4.3.5 Avaliação/Monitoramento……………………………………… 16
4.3.6 Cronograma………………………………………………………. 16
4.3.7 Recursos Materiais/Orçamento……………………………….. 17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………. 18
REFERÊNCIAS………………………………………………………………….. 19
APÊNDICES……………………………………………………………………… 21
ANEXOS…………………………………………………………………………. 40
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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado é uma etapa imprescindível nos cursos de


licenciatura, incluindo aqueles destinados à formação de professores de
Ciências/Biologia. Ele consiste em uma atividade prática, realizada em uma instituição
de ensino, na qual o aluno vivencia situações reais de sala de aula, sob a supervisão
de um professor supervisor. Essa experiência tem por objetivo promover a articulação
entre a teoria e a prática, permitindo ao futuro professor desenvolver as competências
e habilidades necessárias para a atuação profissional.
Segundo Bianchi et al. (2005) o Estágio Supervisionado é uma experiência em
que o aluno mostra sua criatividade, independência e caráter. Essa etapa lhe
proporciona uma oportunidade para perceber se a sua escolha profissional
corresponde com sua aptidão técnica.
Nesse contexto, a importância do Estágio Curricular Supervisionado,
especialmente o Estágio de regência, está na sua capacidade de possibilitar a
integração entre a teoria e a prática, o que contribui para uma formação mais completa
e significativa dos docentes. Nessa perspectiva, de acordo com Pimenta e Gonçalves
(1992), o estágio pode ser compreendido como um espaço de formação que
possibilita ao acadêmico uma aproximação à realidade em que será desenvolvida a
sua futura prática profissional, permitindo que o mesmo possa refletir as questões ali
percebidas sob a luz das teorias estudadas e apropriadas no decorrer da trajetória
acadêmica.
No âmbito do curso de licenciatura em ciências biológicas, o estágio de
regência possibilita ao graduando adquirir conhecimentos, experiências e estratégias
pedagógicas, e também permite entender de maneira mais próxima a realidade da
educação, e qual a recepção dos alunos aos conteúdos de biologia, possibilitando
traçar estratégias mais eficazes no ensino dessa disciplina.
O Artigo 1º da Lei Nº 11.788/2008 definiu estágio como “o ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular [...]”. Os
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parágrafos 1º e 2º, também do mesmo artigo dizem que “o estágio faz parte do projeto
pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando” e que “visa
ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida
cidadã e para o trabalho”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, em seu artigo 1º, Título I relacionada a educação, diz que “a educação
abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais
e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Importante também
o que se trata no artigo 2º, em seu Título II, dos princípios e fins da educação nacional:
“a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
O artigo 1º, em seu Título I relacionada a educação, da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, diz que “a
educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.
Válido ressaltar também o que trata o artigo 2º, em seu Título II, dos princípios e fins
da educação nacional: “a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
A resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019, em seu artigo 1º “define
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a
Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de
Professores da Educação Básica (BNC-Formação)’’. O artigo 2º dessa resolução,
deixa entendido que “a formação docente pressupõe o desenvolvimento, pelo
licenciando, das competências gerais previstas na BNCC-Educação Básica, bem
como das aprendizagens essenciais a serem garantidas aos estudantes, quanto aos
aspectos intelectual, físico, cultural, social e emocional de sua formação, tendo como
perspectiva o desenvolvimento pleno das pessoas, visando à Educação Integral”.
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Importante destacar também o artigo 6º, que aborda “a política de formação de


professores para a Educação Básica, em consonância com os marcos regulatórios,
em especial com a BNCC” e pode ser evidenciado os incisos: II- a valorização da
profissão docente, que inclui o reconhecimento e o fortalecimento dos saberes e
práticas específicas de tal profissão; IV- a garantia de padrões de qualidade dos
cursos de formação de docentes ofertados pelas instituições formadoras nas
modalidades presencial e a distância; V- a articulação entre a teoria e a prática para
a formação docente, fundada nos conhecimentos científicos e didáticos,
contemplando a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, visando à
garantia do desenvolvimento dos estudantes; VII- a articulação entre a formação inicial
e a formação continuada.
No âmbito do curso de licenciatura em ciências biológicas Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará- Campus Acaraú os estágios
supervisionados possuem uma ordem cronológica de semestre previstos para serem
desenvolvidos, sendo, em teoria, para terem início no 5º semestre, indo até o 8º, e
sendo disciplinas obrigatórias para a conclusão do curso. Os estágios possuem quatro
etapas, sendo duas no ensino fundamental II, um primeiro de observação e o outro de
regência, e mais duas no ensino médio, também um de observação e o último de
regência.
Tendo em consideração as informações acima mencionadas, este relatório
tenciona descrever o processo de observação desenvolvido pelo autor, no decorrer
do Estágio Curricular Supervisionado de regência no Ensino Fundamental II, realizado
na escola EMEF Teresa de Jesus Sousa, na turmas de 6º e 9º ano, pelo turno
matutino, no período de 27/08/2023 a 15/12/2021.
Para uma melhor organização, este documento está estruturado em 3
capítulos, sendo o primeiro uma exposição do Diagnóstico da Escola Campo, no
segundo, descreve-se, minuciosamente todo o processo de Observação das Aulas
vivenciadas, incluindo as Atividades de Coparticipação, e no terceiro são exibidas as
Considerações Finais.

2 CAPÍTULO I – DIAGNÓTICO DA ESCOLA CAMPO


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2.1 Dados Gerais da Escola Campo

A escola onde foi realizado o estágio de regência foi a escola EEIEF Professora
Teresa de Jesus Silva. Ela funciona nos três turnos, manhã, tarde e noite, nos
seguintes horários: de 7 horas a 11 horas, de 13 horas a 17 horas, e de 18 a 21 horas,
respectivamente.
A escola possui 40 professores, dos quais 2 são de ciências, no caso uma
professora para os primeiros anos do fundamental, e outra para os últimos anos do
fundamental. A escola possui 671 alunos atualmente.
Em relação aos condições estruturais para o ensino de ciências, a escola possui
biblioteca, e um bom espaço de convivência, mas não possui laboratório de Ciências,
laboratório de informática, nem quadra de esportes. Nesse caso a escola deixa um
tanto a desejar em estrutura, mas os professores fazem o que podem com a condições
que têm.
Quanto aos recursos didáticos disponíveis para as aulas de Ciências, os alunos
dispõem de livros didáticos, data show, aparelho de som, entre outros.
A Escola não possui Grêmio Estudantil.

2.2 O Processo de Acompanhamento/Supervisão de Estágio

Durante este estágio de regência do ensino fundamental o autor deste relatório foi
acompanhado pelo professor Me. Herikson de Freitas, que orientou o processo de
estágio, estando à frente da disciplina de estágio supervisionado de regência no
ensino fundamental. Na escola campo o estagiário autor deste relatório foi
supervisionado pela professora Benedita Sebastiana de Oliveira, professora da
disciplina de ciências na escola EMEF Teresa de Jesus Sousa. A professora Benedita
Sebastiana de Oliveira é formada em pedagogia em regime especial, com habilitação
em biologia pela UVA, possui três pós-graduações: uma especialização em
Psicopedagogia, outra especialização em Biologia, e uma terceira em Ciências da
Educação.
A relação do estagiário com a professora supervisora foi muito boa, ela conseguiu
orientá-lo e repassar as diretrizes de como exercer a função docente, ainda que
temporariamente, de acordo com a regras que ela mesmo tem que seguir. Ela o
ajudou dando sugestões muito válidas que foram utilizadas nas aulas. Também
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forneceu informações muito necessários e proveitosa a atividade como estagiário.


Sempre foi muito respeitosa e esteve disponível para tirar dúvidas e ajudar das
maneira possíveis.

2.3 O Ensino de Ciências/Biologia na Escola Campo

Em relação ao ensino de Ciências na escola campo, ele ainda é majoritariamente


realizado de uma maneira tradicional de certa forma, com aulas teóricas seguindo a
organização e o conteúdo do livro didático. Isso e deve também à necessidade de
cumprir diretrizes educacionais. Apesar disso o ensino de ciências tem diversos
direcionamentos para projetos ao longo do ano em que são necessárias abordagens
mais práticas, como o projeto de construção de foguetes. Além desses momentos de
projetos, também existem iniciativas por parte dos professores de ciências para tentar
inovar e levar abordagens mais práticas, além disso há sempre esforço de
contextualizar o conteúdo em relação à realidade dos alunos.
Ao se colocar na posição de professor dentro da sala de aula no estágio de
regência, o autor deste relatório seguiu a forma de ensino da escola como ela já vinha
sendo feita, com os conteúdos que já estavam programados, e seguindo as
orientações da professora supervisora.
No geral a relação entre os estagiários e os alunos foi tranquila. Como a escola já
tem certo costume de receber estagiários, eles pareciam acostumados com a
situação, e apesar de algumas vezes se mostrarem um tanto indisciplinados e fazerem
bastante barulho, a maioria dos alunos se mostraram respeitosos. Em relação à
professora, os alunos têm grandes respeito e consideração por ela.
A aprendizagem dos alunos se mostrou regular, no entanto poderia ter sido melhor,
alguns alunos que já tinham mais facilidade com o conteúdo se mostraram com nível
de aprendizagem mais satisfatório, quanto aos que tinham mais dificuldades na
disciplina ainda ficou difícil para eles acompanharem os demais.
Como estagiário, o autor tentou levar mais imagens relacionadas aos conteúdos,
projetadas na lousa, algo que percebeu não serem tão comuns. E no projeto de
intervenção procurou mostrar a possibilidade de construção de modelos didáticos, que
de certa forma são uma inovação para a escola.
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Há um plano para a disciplina de Ciências, que é lançado pela secretaria de


educação mensalmente. Apenas ao final do ano são juntas todas as partes em um
plano único. O estagiário não teve acesso a nenhum desses planos mensais.
As avaliações foram feitas de maneira tradicional, com provas objetivas que
abordaram o conteúdo estudado de forma satisfatória.

3 CAPÍTULO II – DESCRIÇÃO DAS AULAS DE REGÊNCIA E DAS ATIVIDADES


DE COPARTICIPAÇÃO

3.1 Detalhamento das Aulas de Regência

Aulas 1 e 2
08/03/2023 – 9° A Manhã – Terra e universo: Astronomia e sociedade – 2 horas
A aula iniciou com a frequência e a apresentação dos estagiários regentes.
Após isso, depois de uma recapitulação do conteúdo passado, os estagiários
passaram a abordar o conteúdo com uso do livro didático e de um slide, com tópicos
e imagens relacionadas ao conteúdo, projetado na lousa. Os alunos prestaram
atenção ao conteúdo, embora alguns tenham se dispersado e conversado
paralelamente durante a aula. Apesar de prestarem atenção, os alunos participaram
muito pouco da aula, mesmo sendo solicitados. Após a explicação teórica, foi exibido,
ainda projetado na lousa, um vídeo relacionado ao conteúdo abordado. Depois foi
passado um questionário do livro didático, sendo dado tempo para os alunos
terminarem esta atividade em sala. Devido ao fato de um número significativo de
alunos não terem terminado a atividade antes do fim da aula, a atividade ficou para
casa, para ser corrigida em outro momento. Assim terminou a aula.

Aulas 3 e 4
22/03/2023 – 9° A Manhã – Terra e universo: Astrobiologia – 2 horas
A aula iniciou normalmente, com a frequência dos alunos. Em seguida, os
estagiários regentes iniciam o conteúdo teórico do livro, que é Astrobiologia. Essa
parte da aula é expositiva, com o uso do livro didático. Nesse momento os alunos
apresentaram certa resistência em participar da aula, apesar de não fazerem muito
barulho.
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Após esse primeiro momento, a turma foi dividida em quatro equipes, e foi
entregue a cada uma das equipes um material impresso, que consistia em um texto
que abordava o tema de astrobiologia. Foi indicado aos alunos que após a leitura do
texto eles deveriam fazer a atividade de sala, que consistiu em uma produção textual
explorando a possibilidade de vida extraterrestre, um assunto relacionado à
astrobiologia. Os alunos leram o texto, e iniciaram a produção textual. Ao fim da aula,
algumas equipes já tinham terminado, porém algumas não tinham. Por esse motivo,
a apresentação das atividades ficou para a aula seguinte.

Aulas 5 e 6
29/03/2023 – 9° A Manhã – Investigando a matéria: a matéria e seus estados
físicos – 2 horas
A aula iniciou com a frequência dos alunos. Depois disso foi o momento de
apresentação das produções textuais das equipes da atividade passada na aula
anterior. Em seguida, os estagiários regentes iniciam a aula sobre conteúdo teórico
do livro, que foi “a matéria e seus estados físicos”, utilizando o livro didático e a lousa.
Após isso foi passado um questionário do livro didático sobre o conteúdo. E
novamente não foi possível fazer a correção das questões nessa aula.

Aulas 7 e 8
05/04/2023 – 9° A Manhã – Investigando a matéria: a constituição da matéria –
2 horas
A aula iniciou com acolhida e frequência dos alunos. Depois disso foi o
momento de correção da atividade da aula passada. Em seguida, os estagiários
regentes iniciam a aula sobre matéria e sua constituição utilizando o livro didático e a
lousa. Depois a aula passa para a exposição de vídeo sobre o conteúdo. Após isso foi
passada uma atividade para ser feita em sala, mas corrigida na próxima aula, um
questionário do livro didático sobre o conteúdo. E assim termina a aula.

Aulas 9 e 10
18/04/2023 – 9° A Manhã – Modelos atômicos e Astrobiologia – 2 horas
A aula iniciou com frequência e acolhida dos alunos. Nesse primeiro momento
há o momento de roda de cultura com os alunos, momento guiado pelos estagiários
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regentes com intuito de levá-los a pensarem em situações distantes da sala de aula e


tentar focar em situações boas do dia a dia. Em seguida, os estagiários iniciam o
conteúdo teórico revisando o conteúdo de astrobiologia, abordando o ciclo da água e
composição do ecossistema. Após isso eles revisam o conteúdo sobre modelos
atômicos. No momento final da aula há a correção de atividade passada em aula
anterior sobre modelos atômicos.

Aulas 11 e 12
02/05/2023 – 9° A Manhã – Oficina de foguete(MOBFOG) – 2 horas

Nesta aula os estagiários regentes tiveram que dar apoio ao projeto de


construção de foguetes(MOBFOG). Então a aula iniciou com acolhimento e frequência
dos alunos. Depois disso foi o momento das instruções para produção dos modelos
de foguetes. Em seguida, foi o momento de confecção dos foguetes, que se estendeu
até o final da aula.

Aulas 13 e 14
04/05/2023 – 6° A Manhã – Transformações físicas da matéria – 2 horas
A aula iniciou com acolhimento e frequência dos alunos. Depois disso foi o
momento de correção da atividade sobre transformações físicas. A maioria dos alunos
havia feito essa atividade. das produções textuais das equipes da atividade passada
na aula anterior. Em seguida, os estagiários iniciam a aula expositiva sobre o
conteúdo teórico do livro, que foi “transformações químicas”, utilizando o livro didático
e a lousa. No momento de explicação do conteúdo os alunos desta turma prestaram
bastante atenção e foram muito participativos, por vezes competindo para participar.
Por fim foi passada uma atividade para ser feita em sala, mas corrigida na próxima
aula, um questionário do livro didático sobre o conteúdo.

Aulas 15 e 16
09/05/2023 – 9° A Manhã – A tabela periódica – 2 horas
A aula iniciou com frequência e acolhida dos alunos. Nesse primeiro momento
há o momento de roda de cultura guiado pelos estagiários regentes, em que o alunos
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partilham um pouco dos sentimentos e da vida pessoal, como coisas do dia a dia,
levando-os para sala de aula. Após isso é passado aos alunos um fichamento do
conteúdo "tabela periódica" do livro didático. Após os alunos fazerem o fichamento,
há a explicação do conteúdo com o auxílio de slides e do livro didático. Por fim foi
passada uma atividade para ser feita em sala, mas corrigida na próxima aula, um
questionário do livro didático sobre o conteúdo.

3.2 As Atividades de Coparticipação

(25/04/2023) – 9° A/Manhã – Aplicação de prova (2 horas)

A atividade de coparticipação realizada foi a aplicação da prova de ciências.


Esta aplicação se deu no dia 25 de abril de 2023, no mesmo dia que costumeiramente
é ministrada aula de ciências, no caso na terça-feira, e teve o mesmo tempo para
realização da prova que o tempo de uma aula normal, 2 horas. Durante esta prova, os
alunos a fizeram concentrados. A maioria deles pareceu dedicado em terminar sua
prova de forma satisfatória sem fazer barulho, embora alguns tenham feito barulho e
tumultuado um pouco. Por fim todos os alunos entregaram a prova antes do final do
tempo estipulado para fazê-la. Durante todo o tempo o autor deste relatório esteve
presente na sala a supervisionar a realização da prova pelos alunos.

3.3 Principais Dificuldades Enfrentadas no Estágio de Regência

O processo de estágio supervisionado de regência apresentou algumas


dificuldades ao estagiário autor deste relatório, a transposição didática e a disciplina
dos alunos foram as principais. Pois foi difícil lidar inicialmente com os alunos, sem ter
muita intimidade e conhecimento com eles. Isso foi mudando ao longo do tempo, mas
foi difícil às vezes ter domínio de sala, e algumas vezes os alunos se apresentaram
indisciplinados e barulhentos. Quanto à questão de domínio de conteúdo, não foi uma
grande dificuldade, foi relativamente simples entender e dominar o conteúdo das
aulas. No entanto foi muito difícil traçar estratégias para repassar esse conteúdo aos
alunos de forma clara e simplificada. No caso da gestão de tempo de aula, houve
também um pouco de dificuldade, pois adequar a carga horária utilizada a cada etapa
da aula com a carga horária do planejamento às vezes se apresentou um desafio.
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Quanto ao material didático, o estagiário não dispôs de muita coisa, mas conseguiu
utilizar bem o que teve à disposição. A adequação do conteúdo ao nível de
aprendizagem dos alunos não foi uma grande dificuldade, os alunos não mostraram
estar deslocados em relação ao nível do conteúdo. A infraestrutura também não foi
um grande problema para este estagiário apesar de que uma infraestrutura melhor e
mais recursos teriam ajudado muito mais no processo.
Os conhecimentos que este estagiário adquiriu no IFCE foram bem úteis para
ajudar no estágio de regência. O que estudou nas disciplinas pedagógicas,
especialmente o que estudou na disciplina de estágio foram de grande proveito para
esta etapa. Os conhecimentos adquiridos no IFCE o prepararam para ter noção do
que esperar na sala de aula, e também a traçar estratégias para o ensino, e a como
se portar na sala de aula.

4 CAPÍTULO III – O PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

4.1 Apresentação

Durante o período de regência na escola Professora Teresa de Jesus Silva,


nas turmas do 6°A e 9° A, percebeu-se a necessidade de materiais didáticos que
facilitassem a compreensão de diversos conteúdos de Ciências. Tendo em vista a
estrutura da escola, que não possui laboratório de ciências, e a carência de materiais
didáticos e necessidade de mais projetos como feiras de ciências por exemplo, foi
decidido o projeto de construção de modelos didáticos.
Esse projeto foi implementado visando a construção de materiais que facilitem
a compreensão dos conteúdos, especialmente dos conteúdos de ciências, permitindo
uma melhor visualização da morfologia de estruturas microscópicas e também da
posição dos planetas em relação ao sol.
Modelos didáticos são de suma importância porque, não só desenvolvem a
capacidade criativa do aluno, mas também representam uma construção do
conhecimento que pode ser utilizada como referência, uma imagem analógica que
permite materializar uma ideia ou um conceito, tornando-os assim, diretamente
assimiláveis (Giordan & Vecchi, 1996).

4.2 Objetivos
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4.2.1 Geral
Construir e apresentar modelos representativos de estruturas relacionadas
a conteúdos de ciências.

4.2.2 Específicos
Promover a união e o engajamento dos alunos na construção de modelos
didáticos, utilizados na facilitação da aprendizagem de conteúdos, que poderão
ser utilizados por eles mesmos e por outras turmas da escola. Além disso
também é pretendido contribuir com o acervo de materiais didáticos para
ensino de ciências na escola, mais especificamente construindo 4 modelos de
estruturas específicas relacionadas à conteúdos de ciências. O primeiro
modelo é o modelo do sistema solar, que deve mostrar a estrutura do sistema
solar, com a distribuição espacial dos planetas. O segundo modelo é o do
átomo de carbono, que deve demonstrar a forma do átomo e a distribuição dos
elétrons e prótons. O terceiro modelo é o da célula vegetal, que tem como
objetivo facilitar o entendimento da forma da célula vegetal com suas organelas
e algumas funções delas. O quarto e último modelo é o de DNA, que tem como
objetivo replicar em tamanho grande a dupla fita de DNA com suas bases
nitrogenadas.

4.3 Metodologia
4.3.1 Cenário
O projeto foi desenvolvido na escola Professora Teresa de Jesus Silva.

4.3.2 Sujeitos
O projeto foi desenvolvido pelos estagiários regentes da escola, que
receberam apoio dos estagiários de observação e da professora supervisora,
e contando com a participação dos alunos da turma do 6° ano A do turno da
manhã.

4.3.3 Procedimentos
O projeto consistiu na confecção de modelos didáticos, com uso de
materiais simples , como papelão, isopor, tinta, cola, plástico, etc. Foram feitos
4 modelos, confeccionadas pelos próprios alunos do 6° ano A, supervisionados
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e ajudados pelos estagiários e pela professora supervisora. Os quatro modelos


feitos foram: átomo de carbono, célula vegetal, sistema solar, e dupla fita de
DNA. Para a implementação do projeto, a turma escolhida foi dividida em 4
equipes, em que cada uma é responsável por um modelo específico. Os
materiais utilizados foram conseguidos pelos estagiários. A atividade de
confecção dos modelos foi dividida em três momentos principais: de
apresentação e proposição do projeto, de implementação, e por último,
exposição dos modelos.

4.3.4 Resultados da intervenção


Projeto foi bem aceito e incentivado pela professora supervisora e pela
direção de ensino. Além disso, os alunos receberam muito bem a ideia e se
engajaram com bastante dedicação e empolgação. Eles acharam bem
interessante a ideia e os conteúdos abordados. Os alunos que foram
espectadores da exposição dos modelos também demonstraram curiosidade e
interesse por eles e pareceram empolgados com a apresentação.

4.3.5 Avaliação/monitoramento
Em relação aos critérios avaliativos, eles foram utilizados de acordo com
a observação dos próprios estagiários. Tendo em consideração isso, os
critérios principais foram: a recepção dos alunos ao projeto (tanto os que
participaram da confecção, quanto os que foram somente espectadores), e a
compreensão dos alunos dos temas dos modelos. Dessa forma, na
observação, foram constatados que os alunos espectadores demonstraram
bastante curiosidade e interesse e tiveram satisfatória compreensão do assunto
apresentado. Quanto aos alunos que desenvolveram, também tiveram
engajamento e empolgação, e puderam compreender melhor os assuntos dos
modelos ao estudar para apresentá-los, e associá-los às estruturas do modelo.

4.3.6 Cronograma
Atividade Fev/2023 Mar/2023 Abr/2023 Mai/2023
Levantamento das
X X X X
necessidades
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Pesquisa bibliográfica X X
Escrita do projeto X
Implementação do
X
projeto
Socialização dos
X
resultados

4.3.7 Recursos materiais/Orçamento


Descrição Valor unitário (R$) Quantidade Valor total(R$)
Bolas de isopor 1 22 22
Tinta guache 6,5 1 6,5
Palito de churrasco 0,14 10 14
Cartolina 1,5 1 1,5
Cola quente 3 1 3
Cola isopor 4,2 1 4,2
Pincel de tinta 4,5 2 9
Fita adesiva 14 1 14
Tesoura 8 2 16
Estilete 10 1 10
Caixa de papelão 16 3 48
Pistola de cola 18 1 18
quente
Massa de modelar 9 2 18
Papel cartão 15 1 15
Canetas coloridas 4,5 1 4,5
Palito de picolé 8,8 1 8,8

Arame 18 1 18
Garrafa pet 6 1 6
Total geral: 236,5
18

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a conclusão desse período de estágio de regência na referida instituição


escolar, percebe-se o empenho dos educadores em desempenhar suas funções de
maneira exemplar, bem como a indispensabilidade do respaldo e investimento na área
da educação, a fim de proporcionar aos docentes as condições adequadas para
realizarem seu trabalho e promoverem avanços cada vez maiores no processo de
formação dos estudantes. Também são importantes iniciativas dos professores e
funcionários da educação, que visem transformar o espaço educacional e melhorar a
aprendizagem dos alunos, buscando inovações ideias de como melhorar esse
processo.

Essa fase de regência teve um impacto significativo no desenvolvimento do


autor deste relatório, possibilitando-lhe adquirir diversas vivências essenciais para sua
capacitação. Além disso, o permitiu conhecer vários alunos, e como eles se portam
na sala de aula, algumas das formas com as quais aprendem. Foi um processo muito
proveitoso, em que as experiências adquiridas serão úteis na formação do estagiário
e em sua futura atuação profissional.
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REFERÊNCIAS

BIANCHI, A. C. M., et al. Orientações para o Estágio em Licenciatura. São Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2005.

BRASIL. Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de


estudantes dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm> . Acesso
em: 09 de dez. de 2021.

BRASIL. Lei n. nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e


bases educação nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 09 de dez. de 2021.

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PIMENTA, Selma Garrido.; GONÇALVES, C. L. Revendo o Ensino de 2º Grau:


Propondo a Formação de Professores. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1992.
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APÊNDICES

PLANOS DE AULA
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IMAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO


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Imagem 1: Estagiários regentes propondo o projeto de intervenção no 6° ano A.


31

Imagem 2: Alunos do 6° ano A na confecção dos modelos do projeto de


intervenção.
32

Imagem 3: Equipes de alunos do 6° ano A divididas confeccionando os modelos


didático sob supervisão e coordenação dos estagiários.
33

Imagem 4: Modelos didático prontos.


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Imagem 5: Momento de exposição dos modelos didáticos.


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Imagem 6: Momento de exposição dos modelo didáticos.


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Imagem 7: Alunos do 6° ano A e estágiarios com um dos modelos didáticos


37

Imagem 8: Estagiários regentes e a professora supervisora com os modelos


didáticos.
38

Imagem 9: Estagiários regentes e de observação e a professora supervisora com os


modelos didáticos.
39

Imagem 10: Alunos, estagiários e professora, todos os participante diretos do


projeto de intervenção, juntos aos modelos didáticos.
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ANEXOS
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ANEXO II- TERMO DE COMPROMISSO


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ANEXO III- FICHA DE LOTAÇÃO DO ESTAGIÁRIO


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ANEXO VIIl- CONTROLE DE FREQUÊNCIA


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ANEXO IX- AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO REALIZADA PELO PROFESSOR


SUPERVISOR

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