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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE XANXERÊ
ÁREA DAS CIÊNCIAS DA VIDA

ANGÉLICA SIQUEIRA
DAIANE LANDO PERUZZO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


EM LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, NOS NÍVEIS FUNDAMENTAL E
MÉDIO DE ENSINO, REALIZADOS NA ESCOLA
DE EDUCAÇÃO BÁSICA KYRANA LACERDA-VARGEÃO(SC)

Xanxerê
2017
2

ANGÉLICA SIQUEIRA
DAIANE LANDO PERUZZO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


EM LICENCIATURA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, NOS NÍVEIS FUNDAMENTAL E
MÉDIO DE ENSINO, REALIZADOS NA ESCOLA
DE EDUCAÇÃO BÁSICA KYRANA LACERDA-VARGEÃO(SC)

Relatório final de Estágio Curricular Supervisionado


em Ciências Biológicas, apresentada ao Curso de
Ciências Biológicas-Licenciatura da Universidade do
Oeste de Santa Catarina, Campus de Xanxerê.

Orientadora: Elisangela Bini Dorigon

Xanxerê
2017
3

RESUMO

A educação é o início da formação humana, e acontece primeiramente na sala de aula


professor e aluno, pois condiciona o compartilhamento dos saberes passados de geração em
geração, e é esta incorporação de conhecimentos que torna o ser humano apto para viver em
sociedade, assumindo diferentes ramos de trabalho. A educação pode ocorrer em instituições
públicas e privadas, sendo a mesma obrigatória para todos e gratuita no ensino público, um
direito resguardado pela constituição. Pontua-se que a disciplina de ciências e biologia tem
um campo de estudo enorme, além das novas pesquisas que acrescentam e alteram algumas
informações, diante desta conclusiva, se tem uma variedade de práticas. Considera-se o
estágio de suma importância para a formação dos docentes, sendo este um complemento da
formação acadêmica, onde se assume posturas próprias do ser docente. O estágio ocorreu na
E.E.B. Kyrana Lacerda na cidade de Vargeão (SC), iniciou-se com a observação que
possibilitou conhecer mais atentamente os condicionantes da docência, bem como as práticas
pedagógicas da disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, destaca-se pontos positivos e
negativos na educação dentre eles a indisciplina dos alunos, troca de salas, memória em prol
do estudo. A partir destas informações várias formas de ensino foram elaboradas e aplicadas.
O estágio no Ensino Médio na disciplina de biologia, inicia-se com a observação dos
condicionantes na turma. Nesta observação destaca-se a busca por conhecimento da turma,
verifica-se como problematização positiva o professor que zela pelo ensino e as didáticas em
prol do ensino. Destaca-se no estágio de docência as aulas práticas e diversificadas formas de
exposição dos temas trabalhados, agregado com o uso do Datashow, aulas no laboratório e
variados trabalhos. Os planos de aulas foram norteados de acordo com a organização dos
conteúdos da escola, ressalta-se que as didáticas aplicadas seguiam como eixo principal as
problemáticas observadas na turma, desta forma os objetivos almejados durante todo o
período de estagio foram concluídos com êxito, incluindo resultados qualitativos e
quantitativos.

PALAVRAS-CHAVE: Professor. Aluno. Docência. Estágio.


4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7
2 A REALIDADE ESCOLAR OBSERVADA.......................................................................8
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA........................................................................................8
2.1.1 Denominação e endereço...............................................................................................13
2.1.2 Natureza..........................................................................................................................13
2.1.3 Níveis e modalidades de atendimento escolar..............................................................13
2.1.4 Caracterização do corpo discente.................................................................................14
2.2 OS ESPAÇOS FÍSICOSESCOLARES..............................................................................16
2.2.1 Características gerais da escola observada..................................................................16
2.2.2 Os espaços comuns e as condições de acesso................................................................17
2.2.3 A sala de aula..................................................................................................................18
2.3 O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.........................................................................18
2.3.1 Princípios norteadores...................................................................................................19
2.3.2 Finalidades da escola.....................................................................................................20
2.3.3 Principaimetas................................................................................................................20
2.4 A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR........................................................................................21
2.4.1 Organização e desenvolvimento do currículo..............................................................21
2.4.2 Organização do tempo escolar......................................................................................21
2.4.3 O planejamento escolar e a organização do processo de ensino e
aprendizagem..........................................................................................................................23
2.4.4 Propostas metodológicas e de processos de avaliação.................................................23
2.5 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR...........................................................23
2.5.1 Estrutura pedagógica e administrativa: as funções escolares...................................24
2.5.1.1 O corpo docente............................................................................................................24
2.5.1.2 A equipe de apoio pedagógico......................................................................................25
2.5.1.3 O pessoal técnico-administrativo..................................................................................27
2.5.1.4 O pessoal de apoio .......................................................................................................28
2.5.2 As relações de trabalho: o contexto das relações de poder........................................28
2.5.3 Desenvolvimento profissional: a formação continuada..............................................28
2.6 GESTÃO ESCOLAR E OS PROCESSOS DECISÓRIOS................................................29
2.6.1 Âmbitos administrativos, pedagógicos e financeiros..................................................29
2.6.2 O planejamento escolar e a construção do projeto político-
pedagógico................................................................................................................................30
2.6.3 Órgãos colegiados e associações: espaços de participação.........................................30
2.6.4 Representação da estrutura organizacional da escola................................................30
2.7 PRÁTICAPEDAGÓGICA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA: O ENSINO E A
APRENDIZAGEM DOCURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-LICENCIATURA.............31
2.7.1 Caracterização geral das turmas observadas..............................................................31
2.7.1.1 Ensino Fundamental......................................................................................................31
2.7.1.2 Ensino Médio................................................................................................................31
2.7.2 A programação das atividades observadas..................................................................32
2.7.2.1 Ensino Fundamental......................................................................................................32
2.7.2.2 Ensino Médio................................................................................................................34
2.7.2.2.1 1º Dia de observação na matéria de biologia............................................................35
2.7.2.2.2 2º Dia de observação.................................................................................................35
2.7.2.2.3 3º Dia de observação.................................................................................................37
2.7.2.2.4 4º Dia de observação na disciplina de biologia.......................................................39
5

2.7.2.2.5 5º Dia de observação na disciplina de biologia .......................................................39


2.7.3 A caracterização do espaço e das condições didático-pedagógicas de
atendimento.............................................................................................................................39
2.7.3.1 Ensino Fundamental......................................................................................................40
2.7.3.2 Ensino Médio................................................................................................................40
2.7.4 A proposta didático-pedagógica em ação.....................................................................41
2.7.4.1 Ensino Fundamental......................................................................................................41
2.7.4.2 Ensino Médio................................................................................................................41
2.7.5 Evidências do processo de ensino e aprendizagem em curso.....................................41
2.7.5.1 Ensino Fundamental......................................................................................................41
2.7.5.2 Ensino Médio................................................................................................................42
3 PROBLEMATIZAÇÃO......................................................................................................43
3.1 ENSINO FUNDAMENTAL...............................................................................................43
3.2 ENSINO MÉDIO................................................................................................................45
4 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA .....................................................................................50
4.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA...................................................................50
4.1.1 Educação brasileira........................................................................................................52
4.1.1.1 O Ensino Fundamental..................................................................................................53
4.1.1.1.1Breve histórico do ensino de ciências.........................................................................53
4.1.1.1.2 Aprender e ensinar ciências no ensino fundamental.................................................54
4.1.1.2 O Ensino Médio............................................................................................................55
4.1.1.2.1 Breve Histórico do Ensino de Biologia......................................................................57
4.2 DEFINIÇÕES DE EDUCAÇÃO........................................................................................58
4.3 ORGANIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA BÁSICA.................58
4.4 A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA.................................................61
4.5 A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA ESCOLA..................................................................61
4.6 O PAPEL DO DIRETOR E DA EQUIPE DE ESPECIALISTAS.....................................62
4.7 ATRIBUIÇÕES DOS DOCENTES NO CONTEXTO ESCOLAR...................................63
4.8 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS...........................................................63
4.9 O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-
CURRICULAR.........................................................................................................................65
4.10 ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO..................................65
4.11O ESTÁGIO SUPERVISIONADO...................................................................................66
4.11.1 Projeto Político-Pedagógico...........................................................................................66
4.11.2 Plano de aula..................................................................................................................67
4.11.3 Formação contínua do professor....................................................................................68
4.11.4 Motivação ou vontade de aprender................................................................................69
4.11.5 Ética profissional na docência........................................................................................70
4.12 O TRABALHO DO PROFESSOR NA SALA DE AULA: A CONSTRUÇAO DO
CONHECIMENTO...................................................................................................................71
4.13 A DOCÊNCIA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-LICENCIATURA NO ENSINO
MÉDIO NA MATÉRIA DE BIOLOGIA.................................................................................72
4.13.1 A prática de ensino em biologia..................................................................................73
5 REFLEXÃO SOBRE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DO PROCESSO DE
INTERVENÇÃO......................................................................................................................77
5.1 ENSINO FUNDAMENTAL...............................................................................................81
5.2 ENSINO MÉDIO................................................................................................................82
6 O PLANEJAMENTO PARA A DOCÊNCIA E PARA A GESTÃO ESCOLAR..........85
6.1 A DOCÊNCIA EM CIENCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL....................................85
6

6.1.1 A prática de ensino em ciências....................................................................................85


6.1.2 O contexto da sala de aula.............................................................................................86
6.1.3 A ação planejada............................................................................................................87
6.1.4 Relato e análise da prática de ensino............................................................................88
6.1.4.1 1º Dia duas aulas...........................................................................................................88
6.1.4.2 2º Dia duas aulas...........................................................................................................88
6.1.4.3 3º Dia uma aula ............................................................................................................89
6.1.4.4 4º Dia uma aula.............................................................................................................89
6.1.4.5 5º Dia uma aula.............................................................................................................89
6.1.4.6 6º Dia uma aula.............................................................................................................90
6.1.4.7 7º Dia uma aula ............................................................................................................90
6.1.4.8 8º Dia uma aula ............................................................................................................90
6.1.4.9 9º Dia uma aula.............................................................................................................90
6.2 A DOCÊNCIA EM BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO....................................................91
6.2.1 A prática de ensino na matéria de biologia..................................................................91
6.2.2 O contexto da sala de aula.............................................................................................91
6.2.3 A ação planejada............................................................................................................93
6.2.4 Relato e análise da prática de ensino............................................................................93
6.3 A GESTÃO ESCOLAR......................................................................................................94
6.3.1 A prática de gestão escolar............................................................................................94
6.3.2 O contexto das práticas de gestão.................................................................................94
6.3.3 A ação planejada............................................................................................................95
6.3.3.1 Plano de gestão..............................................................................................................96
6.3.4 Relato e análise sobre a prática de gestão escolar.......................................................99
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................100
8 REFERÊNCIAS.................................................................................................................101
9 ANEXO A...........................................................................................................................104
10 APÊNDICE A...................................................................................................................105
11 APÊNDICE B...................................................................................................................106
12 APÊNDICE C...................................................................................................................108
13 APÊNDICE D...................................................................................................................109
14 APÊNDICE E...................................................................................................................110
15 APÊNDICE F...................................................................................................................121
16 APÊNDICE G...................................................................................................................122
17 APÊNDICE H...................................................................................................................130
7

1 INTRODUÇÃO

No que tange o percurso da educação, conforme o tempo histórico o objetivo do


estado perante a educação se alterava, e as mudanças ocorridas refletiam no saber fazer
docente na sala de aula. O ensino já foi muito utilizado para manipulação de interesses
particulares do estado, ou mesmo da burguesia, o tempo passou e atualmente a educação é
vista como uma forma de crescimento pessoal e profissional, uma vez que está sendo grande o
incentivo para a criticidade dos alunos (LIBÂNEO, 2012).
A educação básica é um direito assegurado pela constituição, para todas as pessoas
sem distinções econômicas ou raciais, outrora se faz comparativo com a educação no Brasil
Império que era privilégio somente da elite, hoje todo cidadão tem acesso. A maioria das
profissões exige no mínimo a formação básica que é o Ensino Médio, porém os ensinos
profissionalizantes e o terceiro grau já se tornaram exigência para desenvolver excelentes
profissionais especializados nas mais diversas áreas (ARANHA, 2006).
Ressalta-se que a educação almejada ainda não ocorre em sua total plenitude,
principalmente devido às carências financeiras, cita-se infraestrutura, materiais didáticos, e
falta de suporte dos Estados e Municípios para o aperfeiçoamento docente, no que tange a
cursos e especializações na área docente (ARANHA, 2006).
Haja vista que ocorrem muitos empecilhos para a boa educação dentro das salas de
aula, devido as aulas monótonas, ocorre poucas práticas, e a pouco interesse dos alunos para
aprenderem o conteúdo. Fatores oriundos da escola, como a troca de salas que dispersam os
alunos e perdem um tempo considerável para a organização das turmas. Características dos
alunos, como indisciplina e falta de interesse em estudar e fazer as atividades propostas. Em
detrimento dos pontos negativos existe os pontos positivos também, tais como, os professores
com um grande anseio pela educação, onde prepara-se aulas de excelência e os alunos são
cativados a aprender. De antemão ambas as partes colaborando ocorre êxito na troca de
saberes (HADDAD, 2009).
Objetiva-se apresentar a realização dos quatro estágios, sendo dois de observação e
dois de docência. O estágio I e II de observação seguido de docência, ocorreu no 6°ano e
7ºano vespertinos sucessivamente. Os estágios III e IV foram observados e lecionados no
ensino médio sendo assim 1° e 2° ano matutino sucessivamente.
8

2 A REALIDADE ESCOLAR OBSERVADA


2.1 IDENTIFICAÇÃODA ESCOLA

A referida escola de Educação Básica Kyrana Lacerda tem como localização a rua
Sete de Setembro n°13, do município de Vargeão-SC. O Governo Estadual de SC que a
mantém em todos os setores, se integra a Rede Estadual de Ensino, contém a APP pelo qual
realiza promoções para auxiliar a escola quando necessário (PPP KYRANA LACERDA,
2017).
Alunos matriculados entre os anos de 2015 a 2017, (gráfico 1):

QUADRO DE ALUNOS MATRICULADOS


350
300
250
200
150
100
50
0
2015 2016 2017
2017

Gráfico1: Oscilação de alunos matriculados entre 2015 e 2017.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Quadro funcional de professores, entre os anos de 2015 a 2017, (gráfico 2):

QUADRO FUNCIONAL DE PROFESSORES


30
25
20
15
10
5
0
2015 2016 2017
2017

Gráfico 2: Oscilação funcional de professores entre 2015 e 2017.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)
9

Referente ao benefício bolsa família, (gráfico 3):

ALUNOS QUE RECEBEM BOLSA FAMILIA

Recebem o beneficio 33,3%


Não recebem o beneficio 66,7%

Gráfico 3: Alunos que recebem o benefício bolsa família.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Referente aos alunos que possuem algum acesso à internet, (gráfico 4):

ALUNOS QUE POSSUEM ACESSO A INTERNET

Tem acesso 51%


Não tem acesso 49%

Gráfico 4: Alunos que possuem acesso a internet.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)
10

Referente a residência dos alunos, (gráfico 5):

DOMICILIO DOS ALUNOS

Domicilio Próprio 60% Sem domicilio próprio 40%

Gráfico 5: Domicilio dos alunos, sendo próprio ou sem domicilio próprio.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Quanto às profissões dos pais dos alunos, (gráfico 6):

Profissões dos pais dos alunos

Agricultores 25,5%

Autônomos 21,2%

Funcionários de Empresas
19%
Gráfico 6: Profissão dos pais dos alunos.
Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Uma grande parcela da comunidade escolar tem alguma religião. Sendo uma grande
diversidade religiosa na referida escola E.E.B. Kyrana Lacerda, o que não acarreta em
divergências relacionadas as crenças, uma boa referência de uma comunidade pacifica,
(gráfico 7):
11

RELIGIOES DA COMUNIDADE ESCOLAR

Católica Apostólica Romana


25,5%
Evangélicos 21,2%

Outras religiões 12,6%

Gráfico7: Religiões da comunidade escolar.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Os alunos que frequentam a escola residem na sede do município ou no interior do


município, (gráfico) 8:

LOCALIDADE DA RESIDÊNCIA DOS ALUNOS

Residem na sede do municipio


60,6%
Residem no interior do
municipio 30,4%

Gráfico 8: Alunos que recebem o benefício bolsa família.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)
12

Quanto ao uso do transporte escolar pelos alunos dentro das localidades pertencentes
ao município, (gráfico 9):

USO DO TRANSPORTE ESCOLAR

Utilizam o transporte escolar 39,4% Outros meios de transportes 60,6%

Gráfico 9: Alunos que utilizam o transporte escolar.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Quanto à origem étnica dos alunos, (gráfico 10):

ORIGEM ÉTNICA

Descendentes de italianos 44%


Descendentes de caboclos 35,1%
Origem alemã 14,8%
Outras etnias 6,1%
Gráfico 10:Origem étnica dos alunos.
Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Em meio a tanta diversidade cultural, étnica, econômica, social, religiosa existente na


escola, destaca-se poucos casos de indisciplina, bullyng e violência escolar. Os maiores
desafios citados no PPP Kyrana Lacerda (2017) é a reprovação, evasão escolar e o aumento
da nota do IDEBE- Prova Brasil; Enem e participação na OBMEP, pois em 2009 a nota foi de
4,2 nos resultados da prova Brasil.
Apesar do empenho, os objetivos e metas almejados na comunidade escolar não se
concluíram em todos os pontos, assim é pertinente fazer uma reflexão conjunta para avaliar
13

onde está mais fragilizado e verificar quais as causas do fracasso em algumas áreas (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).

2.1.1 Denominação e endereço

A Escola Estadual Básica Kyrana Lacerda de acordo com PPP Kyrana Lacerda (2017),
teve início em 12/03/1950 com a seguinte denominação de Escola Reunida Ondinha Pinho.
Em 01/06/1958, criou-se o Grupo Escolar Kyrana Lacerda com 1ºgrau, e Ensino Fundamental
com turmas até a 4ª série. O nome da escola Kyrana Lacerda originou-se da homenagem a
esposa do governador Jorge Lacerda.
Na data de 02/04/1965 em referência a uma homenagem, o Grupo Escolar teve como
primeiro nome Ginásio Normal Fioravante Massolini, já com segundo nome e sendo
definitivo no dia 08/02/1971a escola passa a ser conhecida como Escola Básica Kyrana
Lacerda (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Em 01/03/1994 é criado o Ensino Médio, e a escola passa a ter como nome Colégio
Estadual Kyrana Lacerda, atuando com primeiro e segundo grau. No dia 28/03/2000 a escola
passa a denominar-se como Escola de Educação Básica Kyrana Lacerda (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).

2.1.2 Natureza

A Escola de Educação Básica Kyrana Lacerda é uma escola de nível estadual, com
turmas do 6° ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio. Os materiais didáticos
disponíveis na escola para o ensino aprendizagem dos alunos é de responsabilidade do Estado
de SC (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Para Menezes apud Faustini (1998), o Distrito Federal e os demais estados têm a
obrigação de manter, organizar e desenvolver as instituições e órgãos de ensino oficiais. É
ressaltado que além das escolas participarem das redes estaduais de ensino, as secretarias e
departamentos da educação também participam, porque desempenham funções executivas,
além dos conselhos estaduais de educação, que são responsáveis pelas funções normativas.

2.1.3 Níveis e modalidades de atendimento escolar

De acordo com o PPP Kyrana Lacerda (2017), a escola atende Ensino Fundamental de
6° ano a 9° ano Ensino Médio e SAEDE.
14

2.1.4 Caracterização do corpo discente

Tendo como base o ano de 2017 na Escola Estadual Básica Kyrana Lacerda estão
matriculados 298 alunos. Os referidos alunos provem de famílias de diferentes níveis
econômico-sociais, famílias economicamente estáveis, outras de baixo poder aquisitivo. Com
base no PPP Kyrana Lacerda (2017) é apresentado as porcentagens de salários mínimos das
famílias dos alunos, (gráfico 11):

Renda Bruta das Familias dos Alunos

<Salário Minímo 8,6% 1 Salário Mínimo 29,7%


2 a 3 Salários Mínimos 45,2% 3 Salários Mínimos 16,3%

Gráfico11: Renda bruta das famílias dos alunos.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

Conforme a lei 12.796 de abril de 2013, é obrigatório a frequência na escola de


educação básica, a educação infantil passa a ser obrigatório as crianças que tem 5 anos, ou
que fazem 5 anos até a data de 31 de março no ato da matrícula da educação infantil (PPP
KYRANA LACERDA 2017).
Conforme PPP Kyrana Lacerda (2017), visando o bom andamento do ano letivo, o
PPP contém algumas regras a serem observadas por todos os alunos, portanto é solicitado que
os pais também acompanhem e observem juntamente com os alunos.
Deveres do aluno, conforme PPP Kyrana Lacerda (2017): O aluno tem que zelar pelos
horários organizados pela escola pelo qual está matriculado. O aluno deverá trazer para a
escola os materiais didáticos necessários. O aluno não pode sair da sala de aula sem prévia
autorização do docente ou do pessoal da direção. Uso do uniforme obrigatório em todos os
turnos. O aluno fica proibido de usar o celular dentro da sala de aula. O aluno deve zelar pelo
patrimônio escolar, respondendo pelos danos causados conforme o art.116 ECA. É dever do
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aluno, respeitar todas as pessoas envolvidas com a escola. Manter e promover relações
cooperativas, evitando agressões verbais e físicas.
Todos os deveres são importantes, conforme PPP Kyrana Lacerda (2017): Trabalhos
solicitados pelos professores devem ser entregues na data estipulada, após a data marcada
terão uma semana de prazo, tendo peso 7,0. A ausência em dias de prova e entrega de
trabalhos deverá ser justificada à direção e professores mediante atestado médico. Por
determinação da equipe gestora e professores o jogo de baralho fica proibido na escola. Por
motivo de saúde e bons hábitos alimentares, ficam proibidos durante as aulas a ingestão de
salgados, refrigerantes, chicletes balas e outras guloseimas. O aluno que tiver cinco faltas
consecutivas ou sete faltas alternadas no período de 30 dias, sem justificativa, será
encaminhado ao apoio para o Conselho Tutelar.
O aluno que não cumprir as normas acima citadas, de acordo com o PPP Kyrana
Lacerda (2017), aplicar-se-á ás seguintes penalidades: Conversa na escola para resolver a
situação. Comunicação aos pais por escrito sobre o ocorrido, com assinatura dos pais para
devolutiva do comunicado a escola. Chamada dos pais na escola. Caso não seja resolvida a
situação/problema será chamado o Conselho Tutelar. O aluno pode ser direcionado as
autoridades policiais, nos casos de bullyng/ato infracional, e em casos mais extremos são
transferidos de escola.
Direitos do aluno, conforme PPP Kyrana Lacerda (2017): Igualdade de acessibilidade
e permanência na escola. Aprendizagem e apropriação do conhecimento científico e erudito.
Conhecer as propostas do PPP e da Unidade Escolar que se faz presente. Ter acesso aos
diversos serviços oriundos da Unidade Escolar. Ser proativo, organizando e participando de
grêmios, onde pode votar e ser candidato, como os grêmios estudantis, sociais, esportivos,
artísticos e cívicos, esta participação não pode infringir a lei. Usufruir dos serviços e
dependências escolares conforme as normas do PPP.
O aluno tem direito ao acesso de seu rendimento e frequência escolar. O direito a
contestação de itens avaliativos, podendo recorrer a instâncias escolares superiores. Direito a
solicitação das revisões das provas após o conhecimento das notas. O aluno pode reivindicar
transferência ou cancelamento de matrícula, no caso de maioridade, do contrário somente na
presença do pai ou responsável, se for menor de idade (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Existem muitos direitos que os alunos podem se beneficiar, conforme o PPP Kyrana
Lacerda (2017): O aluno pode colocar sua opinião quanto aos conteúdos repassados pelos
docentes, no intuito de melhorar o ensino. O aluno pode verificar o cumprimento da carga
horária das aulas, tendo como base a grade curricular. O aluno pode direcionar a direção
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problemas oriundo de suas dificuldades no ensino, e pode também sugerir soluções para as
dificuldades apontadas. Apontar representantes do Corpo Discente que compõe o Conselho de
Classe/ Conselho Deliberativo Escolar/Grêmio Estudantil. O aluno pode apresentar ao
professor as dificuldades encontradas na elaboração dos trabalhos da respectiva disciplina.

2.2 OS ESPAÇOS FÍSICOS ESCOLARES

2.2.1 Características gerais da escola observada

A dimensão física conforme PPP Kyrana Lacerda (2017): A escola tem uma área de
6.630 m², área construída de 3.815,47m². Possui sala da secretaria, sala dadireção, sala de
professores, sala dos especialistas, oito salas de aulas, sala SAEDE/Projeto Pequeno Grande
Artesão, um laboratório de ciências, um laboratório de informática, uma biblioteca, uma sala
de multimídias, uma sala de Artes/Ed. Física, uma cozinha, um almoxarifado, um ginásio
poliesportivo, uma cozinha para depósito da merenda empresa Nutriplus, uma lavanderia, área
de circulação. A escola conta também com muitos banheiros, em diferentes espaços, a
estrutura física da escola é adequada.
Na observação da escola verificou-se que a mesma possui boas condições, porém
necessita-se organizar um espaço para refeitório, reparo geral da parte elétrica, aquisição de
alguns climatizadores, reconstrução das calçadas, colocar e arrumar corrimões, trocar e repor
as lâmpadas, instalar lâmpadas de emergência e sinalização conforme o laudo do corpo de
bombeiros, cercar o ginásio fazendo ligação com a escola (PPP KYRANA LACERDA,
2017).
A sala de informática contém 17 computadores, sem um profissional para monitorar o
acesso e manter os cuidados de manutenção. Os alunos, professores e demais profissionais da
escola acessam à internet, no propósito de pesquisa e demais atividades escolares (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
No ano de 2017 o técnico de informática foi dispensado, em decorrência a este fato
alguns problemas ocorreram nos computadores, por não ter uma pessoa capacitada, como
exemplo as redes Wi-Fi ficaram com problemas. Devido a este fato somado a falta de
capacitação dos professores em relação a tecnologia, o professor fica limitado ao preparar as
suas aulas com o suporte desta tecnologia (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
No que se refere a biblioteca, a escola não dispõe de um profissional para o
atendimento da mesma. Almeja-se a conquista de um profissional para preencher o espaço e
exercer com excelência a função, por reconhecimento da importância da biblioteca, no que diz
17

respeito ao controle dos livros e materiais didáticos disponíveis na escola, como também para
trabalhar o incentivo à leitura e à contação de histórias (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Conforme as observações, a escola possui um laboratório de ciências, um de artes e
ed. física e um de informática. Os professores das referidas disciplinas é que desenvolvem
efetivamente as atividades, bem como conduzem e orientam os trabalhos junto aos alunos,
(PPP KYRANA LACERDA, 2017).
A sala de informática está à disposição de todas as disciplinas e séries, sendosó uma
sala os professores devem agendar previamente um horário, para um controle interno e prévia
organização das aulas pelos referidos docentes. Cada professor conduz sua turma até o
laboratório e orienta os trabalhos dentro de sua disciplina, realizando assim pesquisas com
maior profundidade e visualização dos temas trabalhados. A sala também fica à disposição
dos alunos para realizarem pesquisas em horários extraclasses e aprofundar seus
conhecimentos (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.2.2 Os espaços comuns e as condições de acesso

A observação permitiu verificar o ambiente escolar, a escola é um ambiente limpo e


muito bem organizado, zela-se pela higiene e bem-estar de todos os alunos (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
A referida escola possui rampa de acesso e corrimãos para todas as pessoas, com foco
para as pessoas que apresentam necessidades especiais, também conta com duas portas de
entrada e saída, sendo que uma delas é bem grande para facilitar e harmonizar a saída dos
alunos em grande quantidade (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O espaço para lazer é bem amplo, com espaço de quiosques, mesas e bancos, que além
de serem usados para conversar e descansar também são usados para lanchar (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
A sala dos professores tem armários para alocação dos materiais particulares. A
referida sala contém um ambiente bem amplo e ventilado, a mesa presente é grande e fornece
espaço para todos os professores se reunirem, sendo um espaço confortável que contém itens
extras, como televisão, revistas, jornais e rádio. Possui um espaço para cozinha, onde os
professores podem fazer um lanche, tomar café ou chimarrão, na cozinha tem micro-ondas,
geladeira, fogão e pia. A sala dos professores ainda possui dois banheiros, um masculino e
outro feminino, o banheiro possui um espaço amplo com espelho grande, lavatório (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
18

2.2.3 A sala de aula

Todas as salas de aulas contêm dois armários para auxílio do professor no


armazenamento dos livros didáticos dos alunos, possui um quadro branco, uma mesa para o
professor e muitas mesas para os alunos, com exceção da sala de artes que contém um quadro
negro, porém já havia sido feito o pedido de um quadro branco e um climatizador para esta
referida sala e em questão de dias chegaria o pedido. As salas são bem ventiladas, janelas de
vidros grandes que fazem a climatização natural, possuem climatizadores que fornecem bem-
estar aos alunos, em dias quentes e frios, e seu uso após a aula de educação física pelos alunos
é primordial, esta forma de utilização somente quando é necessário é para colaborar com a
natureza e evitar desperdícios financeiros (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
A sala de aula 6 das disciplinas de Química, Ciências e Física contém dois armários
para facilitar o acesso e armazenamento de materiais pertinentes a aula, tem um quadro
branco, um lixeiro, e duas janelas de vidros bem grandes, com cortinas, o que mantém a sala
clara e bem ventilada, tem um esqueleto humano exposto em cima do armário para o
aprendizado, nas paredes tem trabalhos dos alunos com dicas para um planeta sustentável. A
sala é organizada em quatro fileiras, duas fileiras frente às outras duas fileiras, assim todos os
alunos podem se ver, uma forma de facilitar a limpeza e manter tudo organizado. Cada
carteira é enumerada, assim cada aluno tem sua carteira e agiliza depois na troca de salas (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
As demais salas estão organizadas de um modo mais tradicional, ou seja, estão
organizadas em fileiras, uma carteira atrás da outra (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.3 O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O projeto político pedagógico da E.E.B. Kyrana Lacerda foi elaborado em conjunto


com todos os profissionais da área docente presentes na escola, é resultado de estudos
contínuos o que favorece novas ideias (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Para tanto os profissionais da E.E.B. Escola Kyrana Lacerda trabalhão em conjunto,
conforme o PPP Kyrana Lacerda (2017), a direção, conselho deliberativo escolar, APP, os
professores, especialistas, assistente técnico pedagógico, assistente de educação, funcionários,
empresas com parceria, entidades com parceria e demais partes integrantes da escola
trabalham em conjunto, quando a decisão envolve a todos, a discussão das questões
normalmente ocorre através de assembleias.
19

A base legal que direciona as ações desenvolvidas na Unidade Escolar, segundo PPP
Kyrana Lacerda (2017) são: Constituição federal no capitulo III- Educação, Cultura e do
Desporto Art.205-217. Constituição Estadual no capitulo III-Educação, Cultura e do Desporto
Art.161-175. Lei n°9394/96 da LDB. Instrução Normativa /SED 2014. Lei Complementar
n°170 do Sistema Educacional de Ensino. Resolução CEE158/2008/ Parecer 279- 11/08/09.
Resolução n°183 de 19/11/2013 que regulamenta a avaliação. Portaria N/20/24/05/2010 que
regulamenta a inserção do sistema de avaliação no processo de ensino da rede pública. Lei
n°14.651/2009 que traz referência ao programa de combate ao Bullyng. Parecer 314/99 que
dá autonomia educacional aos municípios. Parecer271/99 que se trata do cumprimento do
calendário escolar. Parecer 260/98 que trata da reclassificação dos alunos, conforme a Lei n°
9394/96 LDB.
Demais bases legais da Unidade Escolar, segundo PPP Kyrana Lacerda (2017): Parecer
n°134/CEDB/02- Ensino religioso. Parecer CLN n°426- Aprovado em 11/06/2002. Parecer n°
056/2011- Aprovado em 19/04/2011, o Brasil na construção da paz mundial. DDC N° 230/08-
Hasteamento solene das bandeiras. Lei n° 11.645 de 10/03/2008, Educação das relações
étnico raciais. Portaria N/53-06/12/2011, pelo qual regulamenta o ensino fundamental para
nove anos. Resolução n°4 de 13/07/2010, que molda as diretrizes curriculares nacionais para
as modalidades e etapas e da educação básica.

2.3.1 Princípios norteadores

A escola possui como princípios norteadores:


O Aluno é aquele que com entusiasmo aprende e ensina, busca várias formas e fontes
de saber, com capacidade de selecioná-las, construindo seus próprios conceitos (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
Professor é aquele que faz a mediação do conhecimento, que valoriza a construção
mental do sujeito, facilitando que o educando crie métodos próprios para a apropriação do
conhecimento (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Os pais representam um desafio constante para a escola, para que sejam parceiros no
processo ensino-aprendizagem (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
A Aprendizagem é o foco central de uma escola de qualidade, possibilitando o
aprendiz a criar e refazer o que aprendeu, este processo é visto como ativo e dinâmico, assim
os indivíduos são processadores ativos das informações e não somente receptores (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
20

A Avaliação baseia-se na reflexão contínua para a reconstrução da pratica pedagógica


global, onde prevalece o aspecto qualitativo e não quantitativo. A avaliação é bimestral, para
os alunos do 6ª ao 9ºano do Ensino Fundamental e Médio, devendo o professor realizar no
mínimo três avaliações por bimestre, oportunizando ao aluno a recuperação paralela buscando
atingir a média mínima que é seis (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O conselho de classe será bimestral. No primeiro momento será realizado somente
com os professores, quando será discutido tudo a respeito do ensino-aprendizagem com
relação a turma e aos alunos (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Num segundo momento, reúnem-se os professores, pais e alunos com o objetivo de
trocar ideias e opiniões sobre o processo de ensino-aprendizagem, prioridade é o
desenvolvimento e aproveitamento do nível de aprendizagem do aluno. Na E.E.B. Kyrana
Lacerda são realizados dois conselhos de classes participativos, sendo realizados no primeiro
e no terceiro bimestre (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.3.2 Finalidades da escola

A Escola Estadual Kyrana Lacerda tem como finalidades, construir de forma coletiva,
situações significativas de aprendizagem, visualizando o educando como sujeito que aprende
e ensina, que sonha, que ousa, em busca de uma formação baseada na essência humana. (PPP
KYRANA LACERDA, 2017)

2.3.3 Principais metas

Conforme o PPP Kyrana Lacerda (2017) as principais metas seguem: Elevar o IDEB,
os anos finais para 5.0 em dois anos. Elevar a nota do ENEM do ensino médio para 550 da
prova objetiva e 650 na redação em dois anos. Reduzir a taxa de abandono da escola em 90%
no período de dois anos no ensino médio. Reduzir a taxa de reprovação da escola em 80% no
período de dois anos no Ensino Fundamental. Diminuir a taxa de abandono da escola em
80% no período de dois anos no Ensino Fundamental. Reduzir a taxa de reprovação da escola
em 80% no período de dois anos no Ensino fundamental. Elevar os resultados de língua
portuguesa na Prova Brasil para 5 em dois anos nos anos finais do ensino fundamental.
Aumentar os resultados da matéria de Matemática das series finais do Ensino
Fundamental, na Prova Brasil para a nota cinco pelo período de dois anos alcançarem esta
meta. Promover a participação de 100% das Entidades Democráticas (APP, CDE E GE) nas
decisões e ações que serão desenvolvidas na Unidade de Ensino. Promover a integração
21

Escola/Família para melhorar pelo menos 90% da participação dos pais. Promover ações
educativas com estratégias diferenciadas que melhorem o desempenho das turmas com
índices menores, do Ensino Fundamental e Médio para alcançar o resultado de 80%. Buscar
junto a SDR/SED a implantação do Ensino Médio Inovador (PPP KYRANA LACERDA,
2017).

2.4 A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

2.4.1 Organização e desenvolvimento do currículo

De acordo com PPP Kyrana Lacerda (2017) a organização do currículo de cada nível
de ensino obedece à legislação pertinente.
Os currículos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tem base nacional, pelo qual
abrange de forma obrigatória o estudo da Matemática e da Língua Portuguesa, conhecimentos
do mundo físico e natural, além da realidade política e social com ênfase na terra mãe o Brasil
(PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O Espanhol dever ser oferecido obrigatoriamente no currículo regular, de forma
facultativa, assim o aluno escolhe na primeira série do Ensino Médio. A matéria de Artes é
obrigatória com ênfase na educação básica, uma forma de promover a cultura dos alunos. A
Educação Física é acordada conforme as séries e disposição de materiais e locais conforme a
escola. A História do Brasil tem as contribuições das diversas culturas e etnias, com ênfase
nas Matrizes Indígenas, Africanas e Europeias (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
A diversidade do currículo será inclusa de forma obrigatória com início na5ª série, e o
ensino da língua estrangeira fica sob escolha dos agentes escolares (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
No Ensino Médio (3ª série) a parte diversificada deve ser contemplada pelos Estudos
Regionais. Segundo PPP Kyrana Lacerda (2017), quando se pensa no currículo, deve-se
considerar sua totalidade em todas as suas habilidades fundamentais, refletindo sobre todos os
aspectos da cultura no âmbito do desenvolvimento pessoal e social acerca dos indivíduos,
para que se obtenha uma ótima desenvoltura em sociedade (PPP KYRANA LACERDA,
2017).

2.4.2 Organização do tempo escolar

Conforme PPP Kyrana Lacerda (2017), o Calendário Escolar do ano letivo deve ser
organizado em conformidade com a Lei Federal nº 9394/96 e os artigos 23-24 e a Lei
22

Complementar nº 170/98, artigos 25-26, deve conter 200 dias de efetivo trabalho escolar e
carga horária de 800 horas no mínimo. A carga horária do turno diurno deve ser composta de5
aulas de 45 minutos, para propiciar o recreio participativo, já para o turno noturno deve ser
composta por 5 aulas de 40 minutos cada.
De acordo com as diretrizes básicas da Secretária Estadual de Educação (SED), será
acrescentada uma aula semanal para o ensino religioso, perfazendo um total de 26 aulas
semanais. (PPP KYRANA LACERDA, 2017)
Segundo o PPP Kyrana Lacerda (2017), a legislação vigente segue o cumprimento da
Carga Horária/hora atividade é estabelecida, o professor deve cumprir a carga horária em
detrimento de seu cargo efetivo/contratado, fica estabelecido 10 horas é 2 aulas; 20 horas é 4
aulas; 30 horas é 6 aulas e 40 horas é 8 aulas.
O professor deve valorizar sua função, e cumprir sua carga horária na sua totalidade
dentro da escola. No caso do professor não estar em sala de aula, deve realizar atividades
pertinentes ao objetivo da escola, como preparar as aulas nas atividades práticas e teóricas,
corrigir provas e trabalhos, conversar com os pais dos alunos, dar avaliações e recuperações
com os alunos que faltarem as aulas, pesquisas, projeto. As horas atividades serão registradas
para marcar o compromisso com o ensino e seu dever enquanto profissional docente. As aulas
excedentes que os professores assumem não fazem parte desta organização (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
De acordo com PPP Kyrana Lacerda (2017), o professor regente é escolhido por
votação. O professor regente tem a responsabilidade de ajudar sua turma, sejaquanto a
organização de homenagens, gincanas, repasse de avisos, debate em reuniões ou conselhos de
classe, com pertinência e referência a sua turma deve prestar auxílio.
O líder de classe deve ser escolhido por votação entre os próprios alunos da classe. A
função atribuída ao líder é de representar a turma sempre que necessário, expressando os
interesses comuns da turma. Tem o dever de ajudar a turma no que for necessário, seja
organização de homenagens, gincanas e demais propostas da Unidade Escolar (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
De acordo PPP Kyrana Lacerda (2017), a organização escolar compreende os
seguimentos como as seguintes funções; diretora, assessora de direção, assistente de
educação, assistente técnico-pedagógico, corpo docente, serviços gerais, APP,CDE, grêmio
estudantil e o corpo discente.
23

2.4.3 O planejamento escolar e a organização do processo de ensino e


aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem, de acordo com o PPP Kyrana Lacerda (2017), é


realizado de diversificadas formas, tendo como ponto de partida o conhecimento do aluno,
sendo o professor um mediador do conhecimento. Deste modo todos os alunos serão capazes
de aprender, cada um com sua forma de assimilação devido as características próprias. É
preciso que o professor trabalhe um conteúdo significativo, que esteja próximo do dia -dia do
aluno, onde o mesmo construa seu próprio conhecimento.

2.4.4 Propostas metodológicas e de processos de avaliação

De acordo com informações coletadas através de uma conversa com à assistente


pedagógica da escola, as avaliações ocorrem de maneira continua, de forma qualitativa e
processual. O educando também é avaliado nos aspectos formativos: participação,
responsabilidade, pontualidade, organização de materiais e trabalhos realizados. As propostas
metodológicas acontecem das mais diferentes formas, seja em aulas interativas, dialogadas,
expositivas, pelo qual professores e alunos aprendem juntos, há troca de saberes e
socialização das atividades na unidade escolar de forma continua. No final de cada ano letivo,
é realizada a avaliação institucional a fim de verificar todos os segmentos, com base nesta
avaliação é reorganizado o PPP da UE pelo qual orienta todas as atividades (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).

2.5 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR

Na referida escola de educação básica todas as salas possuem amplo espaço, a direção
possui uma sala própria onde recepciona pais e demais pessoas que chegam à escola, ao lado
da direção há sala do setor financeiro e a sala dos professores (PPP KYRANA LACERDA,
2017).
As salas de aulas são organizadas por disciplinas, os alunos deslocam-se a cada troca
de aula, isso ocasiona dispersão dos alunos e é retido muito tempo para a organização dos
mesmos. Cada sala de aula possui um ambiente de qualidade, com características únicas, seja
na organização das carteiras ou na decoração das paredes e murais (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
24

A escola dispõe de sala de orientações pedagógicas, visando um diálogo entre


professores, alunos e pais, para resolução de problemas pertinentes as condutas, que
interferem no ensino aprendizagem dos alunos (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O setor de alimentação é terceirizado pela empresa Nutriplus. A cozinha possui todos
os equipamentos necessários para o bom preparo das refeições, é um ambiente limpo e
organizado, onde os alimentos são bem condicionados, seja na geladeira ou nas prateleiras,
distantes de produtos de limpeza, estes armazenados em outro ambiente (lavanderia). Vale
ressaltar que a merenda é de excelente aceitação, pois nota-se que a maioria dos alunos
consome, o que contribui para um melhor aprendizado (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.5.1 Estrutura pedagógica e administrativa: as funções escolares

2.5.1.1 O corpo docente

De acordo com PPP Kyrana Lacerda (2017), compete ao corpo docente: Ministrar
aulas. Participar, elaborar, executar e avaliar o PPP da escola. Participar da análise e escolha
dos livros e recursos didáticos propostos. Elaborar o cronograma de aula conforme o PPP da
escola, seguindo as Propostas Curriculares do Estado de SC, organizar e apresentar a escola, o
planejamento específico conforme os assuntos a serem ministrados diariamente na sala de
aula. Conforme acordo realizado com os professores, para colaboração com o prêmio de
assiduidade do professor e para o aluno não se prejudicar na aprendizagem, o professor pode
fazer trocas de aulas evitando substituições no caso de precisar se ausentar.
O docente deve pelos diversos conhecimentos, sendo eruditos, científicos e universais,
para que os alunos construam novos saberes, desta forma é respeitado os valores que o aluno
traz consigo. Realizar avaliações continuas, propiciar um trabalho que agregue ao aluno, seja
na compreensão do mundo exterior ou de aspectos interiores do indivíduo (PPP KYRANA
LACERDA, 2017).
Compete diversas atribuições ao corpo docente, segundo PPP Kyrana Lacerda (2017):
As avaliações devem estar de acordo com normas fixadas. Participar dos processos avaliativos
e do planejamento, seja de seu trabalho ou da própria escola, com foco no rendimento do
aluno. Promover a recuperação contínua e paralela de estudos com alunos que, durante o
processo ensino aprendizagem, não dominaram o conteúdo curricular ministrado. Participar
do conselho de classe e ajudar na formulação do calendário escolar. Participar de reuniões de
estudo, cursos, encontros, seminários, atividades culturais, cívicas e recreativas, sendo que
eventos que a escola propicia com referência ao ensino, o professor deve buscar sempre fazer
25

parte em colaboração ao conjunto e objetivos da escola. Auxiliar nas atividades que coloquem
ênfase do conjunto escola-família e comunidade. Ter consciência profissional.
O corpo docente, segundo PPP Kyrana Lacerda (2017) deve: Manter diálogo franco e
aberto entre direção, professores, pais e alunos. A prática pedagógica deve se adequar ao
processo de ensino proposto. Dentro da sala de aula o professor deve agir como um mediador
do conhecimento, considerando as individualidades de seus alunos. Pontualidade no horário
com o ponto e o trabalho. Cada professor é responsável por sua sala de aula, no que se refere a
organização e zelo de seus materiais. Fazer cumprir as regras estabelecidas pela Unidade
Escolar. Procurar fora da escola sempre elevar seu nome, fazendo com que as críticas sejam
feitas sempre em seu interior, contribuindo assim para elevação do nome da mesma.
Incentivar em todas as disciplinas a ordem, capricho, ortografia correta, organização e
trabalhos bem elaborados, para que todos juntos alcancem os objetivos.
Um excelente benefício que o professor recebe como atribuição é a hora -atividade,
que é parte integrante da carga horária, na qual o professor não está ministrando aulas. A
mesma deve ser ocupada com as atividades da escola no que diz respeito a planejamento,
atendimento a alunos, capacitação, participação em grupos de estudos, preparação de aulas,
correção de atividades, participação das reuniões de estudos, caso solicitado pela Escola (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
Conforme acordado na primeira semana letiva de 2017, os dias de conselho de classe
participativo e promoções realizadas aos sábados são considerados como dia de Efetivo
Trabalho Escolar, sendo computado como hora atividade da semana em curso. Participar da
análise dos livros e materiais didáticos propostos. Fazer o planejamento de acordo com o PPP
com o norteador da Proposta Curricular do estado de SC, organizando e apresentando à
Unidade Escolar, um plano de curso (geral) e planejamentos específicos de acordo com os
conteúdos a serem trabalhados cotidianamente (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.5.1.2 A equipe de apoio pedagógico

Conforme dados atualizados do PPP Kyrana Lacerda (2017), pelo qual houve poucas
modificações, mas uma excelente avaliação das informações. No quadro de funcionários
houve poucas alterações, haja vista que somente o técnico de informática se faz ausente em
2017. Quanto a direção houve mudança de profissional, onde a direção foi eleita por voto dos
pais e alunos e a assistente de direção voltou para a sala de aula.
O assessor de direção conforme atribuições do PPP Kyrana Lacerda (2017) deve:
Representar e substituir o Diretor Geral da Escola, quando solicitado. Participar na elaboração
26

do planejamento geral, das reuniões e encontros. Propiciar ambiente harmonioso entre o corpo
administrativo, docente e discente. Cooperar na solução dos problemas oriundos da sala de
aula ou exteriores a sala de aula. Trabalhar em regime de unidade com a Direção Geral e
mantê-la informada de todas as ocorrências necessárias.
O assessor de direção também deve advertir dentro da ética seus subordinados sempre
que necessário. Presidir reuniões pedagógicas e administrativas e conduzir os trabalhos do
Conselho de Classe. Participar das reuniões e ou trabalhos da APP e do Grêmio Estudantil.
Defender e zelar pelo bom nome da Unidade escolar, de seus funcionários, pela ordem e pela
paz. Promover o respeito, a liberdade de ação, a justiça, a responsabilidade, os valores cívicos
e espirituais. Apoiar a iniciativa dos professores e os alunos na prática pedagógica, esportiva,
cultural e organizacional (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O assistente de educação é responsável pela escrituração da escola e correspondências
da de sua unidade escolar, sendo este cargo exercido exclusivamente por servidor pú blico
concursado. O assistente coordena e executar tarefas pertinentes a escola. Manter o protocolo,
arquivo escolar e o registro dos alunos organizados de forma a garantir a verificação da
autenticidade dos documentos dos alunos e de sua regularidade escolar. Escrever e expedir
correspondências oficiais da escola. Organizar as diretrizes, leis, regulamentos, ordens de
serviço, circulares, resoluções e quaisquer documentos de modo a facilitar o acesso as
informações. Participar da elaboração de relatórios (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O profissional assistente de educação deve analisar o expediente do diretor. Levar ao
conhecimento do Diretor, os documentos a serem assinados. Coordenar e fazer a verificação
das matrículas, transferências, adaptações e certificação dos alunos. Auxiliar conjuntamente
com a direção expedição de documentos escolares, como os diplomas e certificados. Propor e
organizar reuniões. Zelar pela utilização de materiais e recursos próprios da secretaria. Avisar
à direção eventuais discrepâncias dentro da secretária. Manter a documentação em dia para o
encaminhamento de processos. Conhecer e viabilizar o espaço físico e funcionamento das
instâncias colegiadas na Unidade Escolar. Registrar e atualizar dados pertinentes ao trabalho
dos servidores. Realizar atividades compatíveis com o cargo, sem necessariamente estar
explicito, mas sim vinculado aos objetivos da escola (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
O Assistente técnico-pedagógico tem como atribuições segundo o PPP Kyrana
Lacerda (2017): Inserir-se na elaboração de estudos e pesquisas sobre administração geral e
especifica. Fazer parte de estudos e propor melhorias na legislação e normas específicas, de
forma a ter métodos e técnicas que auxiliem o trabalho. Fazer a programação do trabalho,
conforme as alterações legais, regulamentos ou recursos que se utilizar. Auxiliar na
27

elaboração de programas, cujo objetivo seja levantar, implementar e controlar as práticas de


pessoal. Organizar, classificar e arquivar documentação. Estar presente em programas e
projetos de cunho educacional. Ajudar no desenvolvimento de atividades da assistência
técnica e dos setores relacionados ao ensino. Realizar atividades pertinentes aos órgãos e a sua
área de atuação. Auxiliar junto com a comunidade escolar na elaboração do PPP.
Tem diversificadas funções o assistente, como ajudar na distribuição dos recursos
físicos, humanos e materiais disponíveis na escola. Participar do processo de planejamento do
currículo escolar. Ajudar na organização e coleta de informações, dados de índices da escola e
documentação, na criação, organização e funcionamento dos setores com vínculos escolares.
Ter responsabilidade com atendimento às reais necessidades escolares. Estar presente nas
reuniões pedagógicas, conselhos de classe e grupos de estudo. Ajudar na execução do
calendário da escola. Prestar auxílio na formulação, execução e desenvolvimento de projetos.
Manter os laboratórios e a biblioteca da escola em condições de uso, organizando e dando
suporte, ou conforme as necessidades da escola (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.5.1.3 O pessoal técnico-administrativo

Os Especialistas participam na elaboração, execução e avaliação do PPP da escola.


São suas atribuições, segundo o PPP Kyrana Lacerda (2017): Definir o Calendário Escolar,
organizar as classes por horário semanal e distribuir as aulas. Averiguar o cumprimento do
Calendário Escolar e das aulas ministradas previstas no horário semanal. Acompanhar a
execução das funções escolares, na função de socializar e construir o conhecimento. Integrar-
se do processo ensino-aprendizagem, juntamente com alunos, pais e professores, propiciando
a aquisição de diversos conhecimentos como o erudito, científico e universal, de forma que o
aluno elabore novos conhecimentos.
Os especialistas devem fazer reuniões sistemáticas para o estudo do conselho de classe
e do trabalho para que o aperfeiçoamento seja constante de todo o pessoal nos serviços de
ensino. Averiguar com os professores o processo didático-pedagógico para assegurar a
execução do currículo e a elaboração de estudos para os alunos desempenharem (PPP
KYRANA LACERDA, 2017).
Fornecer auxilio para os alunos que foram transferidos, para terem um bom resultado
nos estudos. Acompanhar e analisar a escolha de livros didáticos, que acate às diretrizes e
critérios da Secretária de Educação-SC. Autorizar transferências. Manter a articulação entre
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Coordenar, organizar e atualizar a
inserção de dados de índices que possibilitem a averiguação do processo educacional
28

proposto. Coletar e atualizar dados, da legislação de ensino e da administração de pessoal.


Cumprir com a socialização e o Regimento escolar, com base no PPP. Auxiliar na
organização, criação e funcionamento das Entidades Escolares. Incentivar ações que primam a
diminuição dos indicadores de repetência e evasão escolar (PPP KYRANA LACERDA,
2017).

2.5.1.4 O pessoal de apoio

De acordo com informações descritas no PPP da escola Kyrana Lacerda (2017), o


trabalho é realizado em equipe. A equipe pedagógica da escola se disponibiliza para auxiliar
professores e alunos. Os professores nas horas atividades atendem os alunos e planejam suas
aulas, buscam vários materiais que enriquecem e facilitam o processo ensino aprendizagem.

2.5.2 As relações de trabalho: o contexto das relações de poder

A tomada de decisões ocorre em conjunto, com a equipe gestora, equipe pedagógica e


corpo docente, se necessário conta-se com a participação do Conselho Deliberativo Escolar. O
Organograma 1 representa as relações de poder presentes na E.E.B. Kyrana Lacerda, pelo
qual as decisões são tomadas em conjunto (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

Diretora Assessora de direção

Assistente em educação DECISÕES


Assistente técnica
pedagógica

Especialista em educação

Organograma1: Representa as relações de poder presentes na E.E.B. Kyrana Lacerda.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

2.5.3 Desenvolvimento profissional: a formação continuada

Através da Secretaria do Estado é promovida a capacitação descentralizada, na qual os


profissionais da própria unidade escolar desenvolvem a formação. Neste sentido, acontece a
29

valorização e o empoderamento aos profissionais da escola (PPP ESCOLA KYRANA


LACERDA, 2017).
Um passo inicial e importante foi o PNEM-Programa Nacional do Ensino Médio, na
sequência atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina e BNCC-Base Nacional
Comum Curricular (PPP ESCOLA KYRANA LACERDA, 2017).
A escola acredita que o trabalho realizado na própria Unidade Escolar é rico quanto ao
aproveitamento, otimização de tempo e a busca do conhecimento da realidade do cotidiano
escolar (PPP ESCOLA KYRANA LACERDA, 2017).

2.6 GESTÃO ESCOLAR E OS PROCESSOS DECISÓRIOS

2.6.1 Âmbitos administrativos, pedagógicos e financeiros

A escola Kyrana Lacerda mantém-se atualmente com recursos provenientes da


Secretaria do Estado da Educação-SED e da Secretaria de Desenvolvimento Regional-SDR,
de onde provem os materiais pedagógicos, materiais esportivos, materiais de expediente,
materiais de limpeza, móveis, pequenos concertos, pagamentos das faturas de água e energia
elétrica, telefone, manutenção da fotocopiadora e da merenda terceirizada. Da SED é
repassado para a APP mensalmente a subvenção social destinada ao pagamento dos salários e
encargos das serventes (PPP ESCOLA KYRANA LACERDA, 2017).
Os livros didáticos são providos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação-FNDE/MEC através do Programa Nacional do Livro Didático-PNDL. Programa
Nacional das Bibliotecas-PNBE de onde chegam os acervos, materiais para pesquisas, acervos
de literatura e livros específicos para professores, anualmente a escola recebe recursos do
Programa Direto da Escola-PDDE, programa conserva (cartão) R$6.000,00 que é
administrado pela direção da escola junto com a APP e o Conselho Deliberativo, dinheiro este
que é revertido em compras de materiais de consumo, expediente e de capital ou manutenção
da escola, sempre visando a melhora física e pedagógica (PPP ESCOLA KYRANA
LACERDA, 2017).
De acordo com descrições no PPP da E.E.B. Kyrana Lacerda (2017), destaca-se que
no ano de 2014 foi recebido do MEC-PNDE-Acessibilidade, um recurso no valor de
R$10.000,00, que está sendo aplicado de acordo com o projeto cadastrado no SIMEC.
A escola também conta com recursos providos de arrecadações próprias através de
festas e eventos produzidos pela APP, todo o dinheiro é revertido na compra dos mais
diversos materiais, equipamentos, reparos e despesas de contabilidade, pois os recursos
30

recebidos nem sempre são suficientes para suprir a necessidade da escola (PPP ESCOLA
KYRANA LACERDA, 2017).

2.6.2 O planejamento escolar e a construção do projeto político-pedagógico

A execução e a elaboração do PPP girou entorno das mudanças estruturais e


organizacionais da sociedade, que exige da escola uma postura que contemple o almejado por
todos os envolvidos no processo educativo, baseado na resolução n°17/99/CEE/SC (PPP
ESCOLA KYRANA LACERDA, 2017).

2.6.3 Órgãos colegiados e associações: espaços de participação

A Escola conta com o auxílio da Associação de Pais e Professores-APP, Conselho


Deliberativo Escolar, Grêmio Estudantil e parcerias com empresas e/ou entidades (PPP,
ESCOLA KYRANA LACERDA 2017).

2.6.4 Representação da estrutura organizacional da escola

De acordo com o PPP Kyrana Lacerda (2017) da escola, a escola conta com o apoio e
participação dos seguintes grupos: Direção; Grêmio Estudantil; Corpo docente; Aluno; APP;
Conselho Deliberativo e Família, (organograma 2):

Conselho Deliberativo

Direção

Corpo Docente

Grêmio APP Família


Estudantil

Aluno

Organograma 2: Estrutura organizacional da escola.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)
31

2.7 PRÁTICAPEDAGÓGICA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA: O ENSINO E A


APRENDIZAGEM DOCURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-LICENCIATURA

2.7.1 Caracterização geral das turmas observadas

2.7.1.1 Ensino Fundamental

A maioria dos alunos do 6º Ano residem na cidade de Vargeão, e apenas uma pequena
parcela de alunos residemno interior do município, possuíam idades similares, entre 11 e 12
anos. É necessário ressaltar que os alunos que residem no interior do município de Vargeão
dependem de transporte escolar para chegar até a escola, o ônibus era cedido pela prefeitura,
pelo que foi observado todos os ônibus estavam em bom estado de conservação.
A turma tinha 31 alunos, no primeiro dia de estágio de observação estavam presentes
27 alunos, o professor era contratado temporariamente, a turma contava com o auxílio de uma
segunda professora formada em pedagogia que trabalhava a 1 ano e 5 meses na escola, seu
aluno que tem problema de audição estava ausente no dia.
A turma tinha características bem marcantes, existia muita diversidade de alunos, eram
de etnias e classes sociais bem diferentes, cada um se expressava de maneira única. A turma
de maneira geral gostava de uma conversa, perdiam facilmente a concentração por motivos
fúteis, como “- Meu colega me atirou papel, - Esta não é a minha carteira, - A palavra no
quadro não está escrita de maneira certa, falta o acento etc.”, estes fatos são extremamente
normais e passíveis de entendimento, devido à idade tudo chamava a atenção deles, os alunos
estavam em plena formação, muitos ainda não sabiam o que almejavam futuramente nos
estudos ou profissionalmente, assim muitos não visualizavam o valor dos estudos naquele
momento.
Por outro lado, na mesma sala tinha o oposto, alguns alunos eram muito quietos, bem
concentrados, que dificilmente iam chamar a atenção do professor, pela boa educação e
paciência, eram meigos e gentis. Cada característica dos alunos é única, e quando o assunto é
o aprendizado deles, os que por vezes queriam tumultuar a aula, o professor chamava a
atenção dos mesmos, para controlar a turma e dar prosseguimento na aula e não prejudicar os
demais alunos que tinham o interesse de estudar.

2.7.1.2 Ensino Médio

A turma observada foi a do 1º ano do ensino médio, composta por 33 alunos, alunos
estes que residiam no centro e no interior do município de Vargeão, sendo que os alunos do
interior utilizavam transporte escolar para ir a escola. Os alunos eram de classe média e baixa.
32

De modo geral a turma era bem tranquila, os alunos mostravam-se bastante interessados nos
assuntos abordados, eram respeitosos uns com os outros, foi uma turma ótima para se
trabalhar.
A turma era diversificada, com alunos quietos, e alunos que sempre tinham piadas
para fazer, fora os alunos que não conseguiam ficar sentado na carteira e que queriam passear,
mas de certo modo a maioria da turma em algum momento conversava com o colega por
motivos diversos. Todas estas situações ocorreram em passividade, respeitavam a professora,
se necessário ela chamava a atenção dos desordeiros e a aula prosseguia tranquila.
Verificamos que a turma era bem grande para a sala, mas com umas carteiras a mais já era
resolvido, portanto não se tornou um problema, pois a turma colaborava e faziam os trabalhos
e atividades que eram pedidos, é claro que sempre tinha as exceções, mas não interferia na
imagem da turma.

2.7.2 A programação das atividades observadas

2.7.2.1 Ensino Fundamental

A didática apresentada pelo professor em uma aula de 45 minutos foi a continuação da


passagem de conteúdo no quadro, tendo em base o livro didático. O conteúdo foi a
Estratosfera, passou o conteúdo no quadro, dividiu o quadro em dois para facilitar a escrita e a
visualização para assim os alunos copiarem, uma forma de estimular a escrita e a
concentração dos alunos, uma forma de melhorar a caligrafia e aprender a escrever
corretamente. No decorrer da aula os alunos se ajudam, se algum aluno se perde no conteúdo
outro aluno empresta o caderno, emprestam também outros materiais como canetas,
borrachas, desta forma são bem companheiros.
Observou-se a turma durante uma tarde, com duas aulas de ciências ao final, onde
verificamos as atitudes dos alunos mediante as disciplinas e didáticas apresentadas pelos
professores. Tinha-se uma visão melhor dos comportamentos e suas implicações no estudo,
objetivou-se verificar se os alunos gostavam das disciplinas, se conseguiam aprender bem,
todo um conjunto de fatores que implicavam na qualidade do ensino.
Primeira aula de Inglês, a aula era bem dinâmica, a professora primeiramente explicou
sobre as notas, quem deixou de fazer os trabalhos, quem estava com falta de notas, para
estarem cientes de sua condição, porque a entrega dos boletins seria feita na sexta-feira da
mesma semana. Para início da aula a professora recorda os conteúdos da aula anterior, para
assim iniciar um capitulo novo do livro. A professora tinha como base o livro didático, este
33

livro didático é utilizado pelo aluno durante todo o ano letivo, contudo se não é utilizado fica
na sala de aula, guardado num armário.
A didática apresentada pela professora era bem aceita pelos alunos, o conteúdo novo
de inglês foi sobre a escola, ela fazia relações com materiais didáticos e sugeria que
respondessem o nome em inglês, todos queriam participar, foi feito também associação com a
realidade dos alunos (promoções das lojas, férias do aluno), tudo interessava eles, queriam dar
a tradução, sempre participavam da aula. Os alunos colaboravam bastante, pois a didática da
aula era atrativa, e gostavam da disciplina, também por ter se sido a primeira aula do dia os
alunos tinham mais energia. Neste dia o aluno que precisava da segunda professora estava
presente, na aula de inglês recebeu uma atividade diferenciada proposta pelo segundo
professor que tinha uma pasta de atividades, ele fazia e por muitas vezes se interessava pela
aula e pelo que a professora dizia entendia bem pouco, ressalta-se que por ele estar somente
com um aparelho no ouvido, o do outro ouvido tirara porque sentia desconforto, sua audição
ficava mais prejudicada para o entendimento no decorrer das aulas.
Segunda aula de matemática, foi mais expositiva no quadro, a professora explicava o
conteúdo conforme o que estava programado no livro didático, fazia desenhos no quadro, de
fração, divisor, porcentagem, perguntava aos alunos sobre o que escrevia no quadro, para
relembrarem o conteúdo da aula. Os alunos apreciavam pouco esta didática, se comportavam
porque a professora tinha pulso firme, poucos alunos buscavam participar. A professora ao
final da aula escreve questões de tema para serem resolvidas em casa e corrigidas na próxima
aula.
O aluno que tinha auxílio do segundo professor conseguia acompanhar bem a aula de
matemática, ele estudava e fazia as mesmas atividades propostas pela professora com um
pouco de ajuda, foi o caso também das demais matérias Artes e Ciências, é claro que se fosse
necessário o segundo-professor propunha uma atividade similar que mantivesse o mesmo
nível de estudo que os demais alunos.
Terceira aula de artes, foi regida por uma substituta da professora titular. A aula inicia-
se com a contação de história e uma música de fundo como complemento, os alunos ficavam
de cabeça baixa e de olhos fechados para ouvir e dar asas a sua imaginação, nesta história eles
tinham que imaginar o mundo que almejavam. A partir da história os alunos abriram os olhos
e deviam desenhar este mundo ideal. Todos os alunos gostaram da ideia proposta pela
professora, realizaram a tarefa com um pouco de tumulto, mas conseguiram dar
prosseguimento ao objetivo da professora.
34

Quarta e Quinta aula de Ciências, o professor muda um pouco da didática, por ter mais
tempo com duas aulas, nesta aula ele faz desenhos no quadro sobre o tamanho das camadas
estratosfera, mesosfera, pediu sobre a importância, fez perguntas como - Qual a camada em
que vivemos? Os alunos tiram suas curiosidades e realizam questionamentos, o andamento da
aula segue e o interesse dos alunos se mantém.
O professor propôs um trabalho em dupla e sem consulta, como método de avaliação
referente ao conteúdo da atmosfera, permitindo assim uma troca de saberes entre os alunos, e
consequentemente obtém-se resultado qualitativo. Realiza-se a leitura do trabalho e após
ocorre a interpretação de todas as questões e expressões com maior grau de dificuldade.
Realiza-se gráficos no quadro das taxas dos gases na atmosfera para maior entendimento por
parte dos alunos. Verificou-se a dificuldade dos alunos, sendo assim o professor novamente
busca auxiliar lendo um trecho sobre os dados com auxílio do livro didático, o que com
certeza resolveu por si só uma questão com estes dados, também tirou dúvidas com as duplas
e escreveu novamente no quadro pontos do conteúdo.
O trabalho mesmo com muitas dificuldades os alunos terminaram cedo, ficaram com
muito tempo ocioso, o que resultou em tumulto na aula. No final da aula com a entrega de
todos os trabalhos foi feito a leitura e correção oral do trabalho, muitas questões com auxílio
dos próprios alunos.
Verificou-se que para duas aulas de 45 minutos, devia-se ter pensado em uma
atividade após o término do trabalho, ou o trabalho devia ter sido realizado na última aula. O
tempo perdido e as dificuldades dos alunos durante as aulas, fez com que na hora da prova
fizessem muitas perguntas para o professor e para os demais colegas, sem ser o objetivo
principal a realização do trabalho em duplas, mas seria como objetivo exercitar o poder de
raciocínio e relembrarem o conteúdo. O auxílio do professor foi relevante, devido à
dificuldade de grande parte dos alunos.

2.7.2.2 Ensino médio

Na observação das aulas de Biologia, percebe-se que a professora sempre tinha suas
aulas planejadas, não deixava tempo ocioso durante as aulas, sabia coordenar a turma e os
mantinha sempre muito bem ocupados. As aulas iniciavam normalmente com um feedback da
aula anterior, correção de questões, verificação de trabalhos e assim se prosseguia com o
conteúdo, era compartilhado constantemente informações com os alunos a respeito das aulas.
Para manutenção do conteúdo a professora estimulava-os a anotar as informações expostas no
35

caderno, seja ditado ou escrito no quadro, assim eles ficavam focados no conhecimento
apresentado pela professora e tinham como base o caderno para manutenção dos dados.

2.7.2.2.1 1º Dia de observação na matéria de biologia

A disciplina de biologia iniciou-se com a apresentação das acadêmicas pela professora


regente, ela explicou o propósito do estágio de observação, sendo que no ano seguinte o
estágio prosseguia na referida turma, mas na docência, pauta-se brevemente a importância e
organização do estágio sem muita intervenção.
A aula inicia-se com a chamada e organização da turma, como a turma era grande
normalmente os alunos tinham que pegar carteiras em outras turmas, mas a turma era bem
homogênea e organizada.
Antes da explicação dos conteúdos estabelecidos exige-se dos alunos questões do livro
didático, deixadas anteriormente como tema de casa, realizam-se anotações de quem fez o
tema de casa, e alguns alunos iniciam ou finalizam o tema, somente porque está sendo
cobrado. Enquanto a professora tentava dar sua aula alguns alunos tumultuavam, mas a
mesma tinha pulso firme e chamava a atenção deles e eles a respeitavam, assim a aula se
prosseguia. A aula continuou com a correção das questões deixadas de tema, os alunos
participavam lendo suas respectivas respostas e outras questões a professora formulava as
respostas para os alunos corrigirem e os que não o fizeram para que copiassem.
Conteúdo- A origem da Vida e Biologia Celular. Explica-se a experimentação de
Pauster/Abiogênese, que para originar um ser vivo tem que ter um pré-existente, é citado
exemplos do dia-dia deles como a fermentação do leite, onde microrganismos podem diminuir
o tempo útil do alimento, assim é indicado que o leite depois de aberto deve ser consumido
em até 48H. Explicou-se hipóteses do por que a carne entra em processo de decomposição,
como a teoria da decomposição da carne ocasionada pelos ovos das moscas, é feito anotações
no quadro com auxílio dos alunos para copiarem e fixarem o conteúdo, sendo que a
informação fica disponível para eles no caderno.

2.7.2.2.2 2º Dia de observação

Disciplina de Biologia- As salas de aula são sala ambiente, assim a sala é para a
matéria de matemática e biologia, sendo que é a mesma professora nestas duas matérias, se
tem um espelho de classe, assim facilita a organização da sala e manutenção dos alunos
36

desordeiros para distanciá-los. Para início da aula realiza-se a chamada e é utilizado o livro
didático para o término da correção das questões, sendo ditado as respostas, alguns alunos
leram para auxiliar, também foi lido trechos que poderiam explicar no livro didático. Um dos
temas foi elaborar um texto, a professora escreve no quadro para melhor entendimento dos
alunos.
A turma estava mais tranquila, porém quando a professora escrevia no quadro alguns
alunos saiam da carteira para conversar, contudo não atrapalhavam a aula e logo retornavam
para o lugar, isso ocorre porque a professora domina o conteúdo, e desta forma tem o controle
da turma também, no término da escrita no quadro a mesma passa conferir se os alunos estão
copiando. No término da aula alguns alunos fizeram temas de outras matérias, como a cola
permitida para a prova da matéria seguinte de Geografia, ao menos não estavam ociosos, e
toda prova deixava os alunos apreensivos.
Disciplina de Geografia- Os alunos na troca de sala fizeram barulho, a pessoa
responsável da escola visualizou as algazarras e juntamente com a professora exige
colaboração dos alunos.
A professora fez a chamada e iniciou sua aula. O grupo que apresentou trabalho na
aula anterior elaborou uma folha de questões para ser respondida para os demais alunos, é
com consulta em uma cola autorizada de uma folha, enquanto isso o grupo que elaborou fica
de fora da sala para não passar cola, sendo que é o grupo que faz a correção posteriormente,
esta dinâmica segue com todos os grupos nas demais aulas. Alunos que não elaboraram a
cola ficam com muita dificuldade e ficam ociosos, mas não perturbam a aula. Enquanto os
alunos faziam a prova com consulta, a professora tirava dúvidas e cede 2 dicionários de
português para ficar à disposição dos alunos para tirar dúvidas da ortografia e seus
significados, enquanto eles fazem a atividade ela aproveita o tempo para corrigir os trabalhos
da turma. Uma forma de bonificação a professora ao final da aula dispõe de alguns
minutinhos para que os alunos pesquisassem nos seus materiais.
A sala ambiente de geografia encontrava-se bem decorada, com mapas, trabalhos de
alunos, regras da escola, as normas de como fazer trabalhos digitados, mensagens de amizade,
o globo terrestre, assim está sala é bem atrativa para a turma.
Intervalo para o recreio- Primeiro sinal indicava que a terceira aula tinha acabado e
era para os alunos levar os materiais na sala que teriam a quarta aula depois do recreio.
Segundo sinal para o início do recreio.
Disciplina de português, aula Faixa: 1ª aula- Realiza-se a entrega dos trabalhos de
geografia por uma aluna, a turma tumultua no início da aula. A aula iniciou-se com a
37

realização da chamada e entrega de trabalhos pela professora. A aula se procedeu com a


apresentação de um grupo, sendo uma paródia de uma música retirada de um livro, não levam
muito a sério na primeira vez e por isso cantam duas vezes. A professora iniciou a explicação
do conteúdo Trovadorismo, com o auxílio do Datashow, os alunos colaboraram, se teve pouca
dispersão, foi feito uma boa explicação do conteúdo com domínio e dados importantes dos
slides são pontuados.
2ª aula- Continuação da primeira aula, com um ditado sobre o Trovadorismo (poesia
do trovadorismo, gênero lírico, cantigas satíricas, cantiga de amor, cantiga de amigo, cantiga
de escárnio e de maldizer), trecho extraído do livro didático e materiais extras, palavras que os
alunos têm dúvida ou números romanos são escritos no quadro. Alguns alunos não copiaram
na justificativa de somente ganhar presença, mas colaboraram e não atrapalharam a aula. No
final da aula é deixado uma atividade para fazerem em sala, tendo 20 minutos para
elaboração, sendo individual ou em dupla, deviam escolher uma cantiga e fazer um refrão.
A Sala ambiente desta disciplina continha poucos cartazes, a organização da sala
ambiente ficava a critério do professor e algumas salas eram usadas por mais que um
professor. Conforme a disponibilidade ou utilização dos livros nas disciplinas, o mesmo
ficava nos armários ou era levado para casa para realização de estudos ou atividades.

2.7.2.2.3 3º Dia de observação

A aula da disciplina de biologia iniciou-se com a realização da chamada, devido a ser


um dia frio 6 alunos faltaram. A aula se procedeu com o novo capítulo sobre citologia. A
professora primeiramente conversou com a turma, para verificar o que eles já sabiam no seu
conhecimento empírico, fez perguntas e prosseguiu com as explicações, forneceu exemplos e
características, e se utilizou de desenhos no quadro. A professora apresentava domínio do
conteúdo, fazia uso de muitos exemplos que os alunos conheciam, eles participavam bastante
e citavam exemplos.
O conteúdo foi imunidade, vírus, mofo, teve como base o livro didático, que os alunos
acompanharam, além do livro didático da disciplina, se tem outro livro extra de auxilio, é
escrito tópicos no quadro de várias cores, assim ficava destacado os assuntos e parágrafos.
Para manutenção dos canetões, a escola faz a reposição da tinta dos pincéis, se
acontece durante a aula é pedido para um aluno que acompanha a aula se dirigir a direção para
a troca do canetão ou colocação de tinta.
38

Na disciplina de geografia ocorreu o início do filme “Mãos talentosas” com a projeção


no Datashow. O filme se estende até a matéria seguinte de Português, os alunos se comportam
e quando o filme termina a professora faz uma breve explicação a respeito do filme e alguns
alunos participam com colocações. O filme “Mãos talentosas” fala de um neurocirurgião
pediatra, sendo baseado em fatos reais, teve como propósito mostrar o efeito de uma mãe que
acredita no potencial de seu filho, mesmo ele não tendo bom desempenho na escola, tendo
dificuldades por ser de família humilde e negra, além da personalidade difícil por ser
adolescente.
Após a explicação do filme, a professora entregou um livro “Menor que se fez maior”,
baseado em fatos reais, para leitura em voz alta, cada aluno leu um trecho, assim participavam
e prestavam mais atenção. Os livros utilizados devem ser bem cuidados, porque a quantia de
livros é limitada, sendo para uso da escola inteira, considerando que a turma é grande alguns
alunos sentaram em dupla, facilitando o acesso.
O projeto baseado no Livro “Menor que se fez maior”, teve como objetivo geral
aproximar situações cotidianas e reais, através da leitura em grupo é feito a compreensão e é
realizado atividades conforme o contexto do livro. Proporcionado momentos de aprendizagem
e auto avaliação, quanto aos temas abordados, com o intuito de formar melhores cidadãos.
Alguns objetivos específicos, são a promoção de discussões e reflexões sobre ética e
violência, sob o ponto de vista da educação e prevenção, ressaltar a experiência do autor e a
importância da leitura, do estudo e da escola nas escolhas de cada um, criar uma atitude de
empatia e solidariedade para com as pessoas que sofrem de discriminação.
As disciplinas que o projeto abrange são língua portuguesa, filosofia, sociologia,
história e artes. Os conteúdos contemplados são ética, valores, indisciplina, drogas, motivação
para o estudo e leitura, preconceito e violência. Tem como público alvo, diretores, equipe
pedagógica, professores e alunos e comunidade escolar. O tempo previsto para a realização do
projeto é setembro e outubro de 2016.
As etapas do projeto compreendem primeiramente a leitura individual e coletiva do
livro. Segundo a leitura dirigida com intervenções promovendo as primeiras reflexões.
Terceiro as atividades específicas direcionadas para as turmas de Ensino Fundamental-Séries
Finais e Ensino Médio, para o 1º Ano a atividade é a elaboração de um folder de divulgação,
paródias e painel referente à cultura negra.
O projeto visa o aprofundamento da reflexão e discussão do livro, exige vivência e
reflexão coletiva, onde cada membro da comunidade escolar deve fazer sua parte, os
resultados não são imediatos e sim a longo prazo.
39

2.7.2.2.4 4º Dia de observação na disciplina de biologia

A aula inicia-se com a chamada e conferência de notas. Como forma de auxílio para
quem está sem nota e também para não aliviar a falta de comprometimento (peso-7, para fazer
resumo do capítulo inteiro e mais cinco questões para formular com pergunta e resposta,
devem levar o livro didático para a elaboração, tem uma semana para fazer). Esta forma de
complemento de notas, mostra que os alunos devem ter sempre as atividades em dia, porque
para compensar a falta de nota o trabalho é mais árduo ainda.
É realizada a observação das formas das células com base no livro didático. O método
utilizado é uma excelente explicação com desenhos no quadro, pelo qual se formula muitas
comparações, como o funcionamento dos neurônios, luz, exemplos como os tetraplégicos que
tem o comando do cérebro, porém não existem as ligações correspondentes para a execução
do movimento, assim eles não podem se movimentar ou tem redução drástica de seus
movimentos.

2.7.2.2.5 5º Dia de observação na disciplina de biologia

A aula inicia-se com a chamada e é direcionada para o laboratório onde foi feito a
visualização de uma lamina com amostra de sangue, através de duas lentes diferentes. A
primeira visualização da lamina mostrou muitas hemácias, já na segunda visualização
percebem-se além dos glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e plaquetas, devido a
diferença das lentes de aumento. Visualização no microscópio, organização dos alunos, onde
cada aluno deveria identificar o que estava sendo visto, a professora tentava aguçar as
informações, mas poucos identificavam o que estavam vendo, assim ela explicava a
composição do sangue, a forma destes componentes, local do corpo onde eram produzidos,
fornecia exemplos e compartilhava com o conhecimento empírico deles.
O laboratório era um local muito cheio de informações, os alunos ficavam bastante
curiosos com tudo que estava exposto, a prática sempre tinha aceitação maior, eles prestavam
bastante atenção e queriam saber sobre tudo.

2.7.3 A caracterização do espaço e das condições didático-pedagógicas de atendimento

Conforme PPP Kyrana Lacerda (2017), a escola abrange uma área total de 6.630m²,
com um total de área construída de 3.815,47m², com as seguintes dependências:
40

Sala da secretaria, sala da direção, sala dos professores com dois sanitários e uma
copa, sala das especialistas com almoxarifado, oito salas de aula, uma sala SAEDE um
laboratório de ciências, um laboratório informática, uma biblioteca, uma sala de multimídias,
uma sala de artes/educação física, um banheiro feminino com quatro sanitários e um sanitário
para cadeirantes, um banheiro masculino com quatro sanitários e três mictórios, uma cozinha
para agentes de serviços gerais, um almoxarifado para os produtos de limpeza, um ginásio
poliesportivo, com um vestiário feminino, com chuveiros e três sanitários, um vestiário
masculino, com chuveiro e três sanitários, uma cozinha com deposito para a merenda cedida
pela empresa Nutriplus, uma lavanderia, área de circulação que serve também com refeitório
(PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.7.3.1 Ensino Fundamental

A escola apresentava-se em boas condições no ano de 2015, contudo durante o período


de estágio observou-se a necessidade de organizar um espaço para as refeições, além de fazer
um reparo geral da rede elétrica, pois na sala de aula havia tomadas com defeitos, sendo que o
professor fazia uso de uma extensão elétrica (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
Percebe-se também a necessidade de aquisição de climatizadores para as salas que não
possuíam, reconstrução das calçadas, reparos dos corrimãos que estavam danificados e
colocação de corrimões onde havia mais necessidade, assim como trocar ou repor as lâmpadas
de todos os ambientes da escola, instalar lâmpadas de emergência e sinalização conforme
solicitado pelo corpo de bombeiros, cercar o ginásio da escola fazendo ligação com a mesma
para impedir que as pessoas alheias a escola fiquem circulando e atrapalhando no horário do
recreio, bem como nas aulas de educação-física (PPP KYRANA LACERDA, 2017).

2.7.3.2 Ensino Médio

Muitas melhorias foram feitas na escola, contudo é o financeiro que pesa mais no
orçamento da escola, assim o que pode ser feito seja com o dinheiro da escola ou do governo,
foi feito. A escola é um ambiente bem completo seja esteticamente e fisicamente, tem acesso
por duas entradas, muitos banheiros, várias salas, ambiente para lazer, locais para jogos,
espaço para alimentação, tem ambiente aberto dentro da escola com mesas na grama, todo
este conjunto torna o ambiente escolar muito agregador (PPP KYRANA LACERDA, 2017).
41

2.7.4 A proposta didático-pedagógica em ação

2.7.4.1 Ensino Fundamental

Ao observar a disciplina de Ciências, nota-se que o professor sempre planejava suas


aulas, tinha sempre alguma atividade estipulada, o andamento das aulas dependia em grande
parte da colaboração e desempenho dos alunos. Algumas atividades ocupavam a aula inteira
de Ciências e em outras foi possível perceber muito tempo vago, e que se a turma colaborasse
poderiam aprender mais.

2.7.4.2 Ensino Médio

Aos 31 dias do mês de agosto de 2016 iniciou-se o estágio de observação em docência


na E.E.B. Kyrana Lacerda Vargeão-SC pela dupla Angélica Siqueira da cidade de Xanxerê e
Daiane Lando Peruzzo da cidade de Vargeão, a turma observada foi do Ensino Médio-1ºAno
Matutino na matéria de Biologia, com 33 alunos na turma.
A didática apresentada pela professora regente, foi bem diversificada, com aulas
práticas e teóricas, auxilio do livro didático, feedbacks das aulas anteriores, temas, trabalhos,
durante a aula ela buscava verificar o conhecimento dos alunos, numa interação de perguntas
e respostas, foi sempre coerente com suas atitudes perante a turma. É uma professora de
postura com muito conhecimento, era dinâmica, flexível em alguns momentos e rígida quando
era necessário, assim sempre buscava dar valor aos conhecimentos em sala de aula.

2.7.5 Evidências do processo de ensino e aprendizagem em curso

2.7.5.1 Ensino Fundamental

Uma maneira de o professor verificar a aprendizagem dos alunos foi através de um


trabalho em dupla e sem consulta, com auxílio do professor se necessário. Neste trabalho foi
verificado que os alunos ainda tinham muitas dúvidas referente ao conteúdo, pois não
buscavam formular as respostas, desta forma perguntavam as respostas da maioria das
questões.
42

2.7.5.2 Ensino Médio

A professora encontrou várias formas de analisar se os alunos conseguiam alcançar os


objetivos propostos, de forma direta e indireta, conforme as explicações dos conteúdos, na
troca de informações, indagava-se aos alunos conhecimentos empíricos e que outrora já
haviam sido estudados, eles eram bem curiosos com anseio pelas informações, uma vez que
eram leigos perante conteúdo novo, o que despertava muito interesse. Na elaboração dos
trabalhos e temas, a professora analisava o desempenho, e no caso da não execução do
referido trabalho ou tema, poderia ser porque não assimilaram muito bem o conhecimento ou
que por justificativas diversas não o fizera, assim comprova-se que o ensino era sempre
pautado na valorização do aluno, pela troca de saberes.
43

3 PROBLEMATIZAÇÃO

3.1 ENSINO FUNDAMENTAL

A observação é um fator importante para verificar os condicionantes que interferem no


processo de ensino aprendizagem. Menciona-se como condicionantes a Indisciplina em
destaque na turma observada (HADDAD, 2009).
A indisciplina teve destaque na turma observada, visto que é um dos grandes
empecilhos encontrados na maioria das escolas atuais. Esta característica marcante prejudica
o ensino aprendizagem dos alunos, assim como o planejamento do professor.
Os alunos da 6ª2 da E.E.B. Kyrana Lacerda são indisciplinados principalmente na aula
de ciências, devido a formação do professor ser em matemática, distinta pelo qual leciona e
pouco domínio da turma. Os alunos se comportavam e participavam das aulas nas disciplinas
em que as professoras tinham pulso firme e mantinha-os ocupados, sempre dando uma tarefa
e fazendo debate, visando a participação da turma toda.
Considera-se que indiferente do professor ter pulso firme ou deixar a turma mais livre,
a atenção dos alunos deveria ser cativada desde a infância, mostrando que o ensino é para eles
e para o bem deles, a profissão que forma todas as demais profissões precisa de valorização
primeiramente dos alunos em sala de aula, com respeito e execução das atividades propostas
pelo professor (HADDAD, 2009).
Conforme Haddad (2009), tantos problemas que os alunos têm em sala de aula que os
professores têm que enfrentar, poderia ser o resultado de um sistema falido de educação.
Ressaltamos o déficit de atenção, mas tem também o transtorno bipolar, dificuldades de
aprendizagem, pouco empenho nas atividades por parte dos alunos, são tantos os motivos que
demonstram a precariedade educacional que é taxativo julgar somente o professor, é todo um
sistema de ensino.
As crianças precisam de amor e carinho, muitas vezes não recebem incentivos em
casa, Haddad (2009), menciona que o professor deve qualificá-lo e melhorar o desempenho
dos alunos, através de elogios para com o aluno perante a turma, respeito, conversa sobre sua
forma positiva de trabalho, não somente apontar erros, mas elogiá-lo até mesmo na frente dos
demais alunos, não fazer comparações com os demais alunos, buscar ajudá-los na organização
de seus estudos, aprimorar as aulas saindo um pouco da rotina, mas com muita organização.
A educação deve ser trabalhada de forma sensata com equilíbrio, Haddad (2009)
escreve que os pais, professores e todos os demais agentes escolares precisam ser trabalhados
44

na formação do ser humano e não somente na penalização do aluno, no que se refere ao seu
desempenho escolar.
O planejamento fornece uma direção, Menegolla (2012), aponta que os planos de aula
são para ter uma direção, eles estão sempre em constante mudança para adaptação ao
conteúdo e a turma, com foco no que os estudantes precisam saber da disciplina, e os métodos
que vai utilizar durante o processo de ensino-aprendizagem. A falta de interesse ocorre
principalmente devido a se ter pouca aula prática na disciplina de ciências,
Observou-se nas trocas de salas muito tempo desperdiçado, considera-se assim um
fator negativo a aprendizagem dos alunos, haja vista que este tempo poderia ser utilizado para
aprender. O fator positivo da troca de sala, é que o professor pode organizar seu espaço de
trabalho, e a caráter da disciplina, não se perde tempo de deslocamento para o professor, com
facilidade de acesso a todos os materiais que precisa que já pode ter deixado organizado.
Sobre a questão de troca de salas, na maioria das escolas é o professor que troca de
sala, uma questão rotineira, atualmente algumas escolas como a E.E.B. Kyrana Lacerda estão
adotando este novo modo, como uma forma inovadora, que com o tempo também pode ser
alterado.
O novo sempre assusta, talvez em outras turmas possa ocorrer o contrário, que sejam
mais comportados e que não se tenha o mesmo problema, como a observação foi somente em
uma turma não se pode generalizar com as demais, os comportamentos podem ser diferentes,
com resultados que podem vir a ser distintos se fossem observados.
Goldberg apud Sprenger (2008) coloca que a memória em prol do estudo pode ser
praticada, uma vez que é conferida como limiar para o aprendizado, é pela prática que uma
criança pode virar um bom skatista, pode ir bem no xadrez e pode ir bem nos estudos, pode
ser bom no que quiser, caso se mostre interessado e se dedique bastante para isso.
A memorização parte deste pressuposto, para memorizar tem que ter interesse, foco e
muita prática na leitura e nos demais estudos, se for preciso decorar, se for preciso ler em voz
alta, pode ser feito, quando o interesse se sobressai não existe barreira, a maior barreira é a
falta de vontade e persistência, a memória deve virar aliada nos estudos dos alunos. É
realçado que a memória decide ao longo do dia qual informação é útil para ser armazenada,
em detrimento das demais informações que passam no cérebro ao longo do dia (GOLDBERG
apud SPRENGER, 2008).
As habilidades físicas e mentais com muito esforço vão sendo polidas, o cérebro vai
armazenando e retornando as memórias que são mais importantes. Os professores quando
pedem aos alunos para lerem um artigo e grifarem o mais importante e depois responderem
45

questões, na verdade o professor está dizendo aos alunos para terem conhecimento do todo e
para o cérebro assimilar o que é mais importante (SPRENGER, 2008).
Conforme Sprenger (2008), pesquisadores do cérebro da região cognitiva descobriram
fatores que embasam melhor a aprendizagem das tarefas executadas pelos alunos, tal como a
frequência, intensidade, treinamento conectado, adaptabilidade, motivação e atenção, fatores
que levam a repetição e o cérebro retorna a memória que precisa ser utilizada.
A revisão realizada pelos professores nos conteúdos, antes de uma prova, a correção
de questões de tema, trabalho e prova também é uma forma de aprofundar o que já foi
estudado e assegurar os diversos conhecimentos, o que foi comprovado na observação. A
dificuldade apresentada pelos alunos da 6ª2 na E.E.B. Kyrana Lacerda é na realização da
tarefa sozinhos, como no trabalho em dupla e sem consulta. Quando o cérebro for forçado a
retornar informações, ele só vai lembrar do que foi estudado, não vai lembrar o que não foi
lido e o que não foi praticado, deve-se ter um pouco de estudo ou maior aprofundamento
conforme a dificuldade de cada aluno para lembrar quando for preciso, como nas provas
(SPRENGER, 2008).
Um empecilho que os próprios alunos colocam para si e se auto sabotam, é que não
estudam, e pelo pouco que estudam ficam nervosos e indecisos, querem a resposta pronta e
certa, esperando que o professor responda, sendo que nas provas eles devem fazer sozinhos
para o professor identificar se realmente estão aprendendo, e a conversa com o professor
deveria ser somente para esclarecer as dúvidas (SPRENGER, 2008).
Metodologias para aprendizagem que melhoram o retorno das informações da aula, de
acordo com Sprenger (2008), é através de jogos interativos e competições surpresas, assim os
alunos ficam estimulados a competir e precisam estudar para ter boas notas, os alunos tem
aulas normalmente expositivas e dialogadas, e quando se traz algo novo é bem atrativo e
aceito na maioria das vezes.

3.2 ENSINO MÉDIO

O professor pelo qual o aluno pode espelhar-se deve prezar pelo ensino e pelo aluno,
onde se preocupa com a prática educacional que exerce, que procura atingir resultados, agindo
racionalmente com planejamento de suas aulas (LUCKESI, 2011).
Não se coloca todo o peso no professor do desempenho dos alunos, ele faz sim uma
grande diferença, mas tem que partir do aluno a vontade e o interesse de estudar, existem
muitos fatores envolvidos neste interesse, como a participação da família, precariedade
46

financeira, falta de auxilio extraclasse- seja com pessoas instruídas ou materiais impressos e
tecnologias de auxílio. Devido a essas condições ressalta-se a diferença do papel que o
professor e o aluno exercem. (LUCKESI, 2011)
Um bom professor planeja cada aula, e tem objetivos a serem alcançados, Luckesi
(2011), afirma que nenhuma atividade humana é considerada neutra, sem um pressuposto
como norteador, indiferente do nível de consciência de cada indivíduo, o fim pode ser
positivo ou negativo. Diante desta declaração, toda conduta humana tem finalidades, um
direcionamento, que implica valores, assim um posicionamento com planejamento das aulas
deixa o professor consciente dos seus objetivos pretendidos.
Nesta forma de pensamento o ser humano está destinado a escolher, uma liberdade
com consequências, por isso do planejamento, pois é uma escolha fazer boas aulas, ter
didáticas diferenciadas, mas também é uma escolha ser um professor clichê que não se
preocupa com os alunos e não passa do básico e monótono conteúdo, cada atitude mesmo que
sem intenção corresponde a resultados. É de considerável estima o professor que preza por
uma escolha consciente tal como a professora verificada nas observações que é digna desta
pauta de exemplo de professor (LUCKESI, 2011).
O professor deve planejar suas aulas, como pensa Libâneo (2013), o ensino deve ser
organizado porque tem finalidade especifica, onde a aprendizagem é intencional com
determinados conhecimentos, habilidades, e normas de convivência social que são passiveis
de serem assimilados.
As escolhas tidas pelo professor na sua didática conforme Libâneo (2013), envolvem
a conformidade dos objetivos, conteúdos e métodos e a forma como o ensino está organizado,
primeiramente depende de objetivos imediatos como a introdução da matéria nova, conceitos
e a formação de habilidades, além dos objetivos maiores abrangidos nos planos de ensino da
escola e dos docentes. Nesta forma de organização é muito mais completo, mas permite a
criatividade do professor, cito como exemplo as distinções da disciplina de matemática e
ciências, o conteúdo define majoritariamente a didática, mas todas as matérias têm sua
importância e a didática pode ser alterada.
Libâneo (2013), recomenda ao professor, colocar base cientifica na sua disciplina.
Orientar estudo dirigido conforme a dificuldade e forma de assimilação do aluno. Assegurar
que o conhecimento anterior da matéria está sendo aprendido, o chamado feedback, para
assim prosseguir com um novo conteúdo. Buscar manter o foco no plano de ensino, seguindo
as didáticas de conceitos e habilidades. Garantir ao conteúdo, objetivos e métodos. Organizar
as aulas de modo que seja intermultidisciplinar, colocando ênfase no conjunto para se ter um
47

bom discernimento, porque a vida tem todas as disciplinas e algumas misturadas. Assumir o
papel de docente em todos os momentos durante a aula para ampliar a troca de
conhecimentos, aproveitando todo tempo ocioso.
Como princípios básicos para educação, deve-se ter caráter cientifico e sistemático, ser
compreensível de ser assimilado, capaz de assegurar a relação conhecimento-prática e a
solidez do conhecimento, assentar-se na unidade de ensino-aprendizagem, levar a vinculação
do trabalho coletivo as particularidades individuais. Para a validação do ensino o pensamento
e a ação devem ter ligação, ao se fazer a prática se fixa o conhecimento, mas uma boa teoria
organiza e concerne plena exatidão a prática porque a prática e a teoria devem andar junto
(LIBÂNEO, 2013).
Conforme o princípio de teoria e prática, Libâneo (2013) propõe que o professor deve
explicitar seus objetivos perante a aula e a importância dos mesmos, provocando ideias e
contradições, para se ter diferentes analises na busca de um resultado conciso, criando
condições nas quais os alunos possam desenvolver métodos próprios de assimilação,
estimulando os alunos a expressarem seus argumentos, formulando perguntas e tarefas que
exercitem o pensamento e a criatividade, criando situações didáticas como (exercícios,
provas, discussões), contudo com formas variadas de ensino o que já fora incluso neste
âmbito de condições. Desta forma concebe-se uma sintonia no conhecimento prático e
teórico, com múltiplas formas de contribuir em sala de aula e harmonizar o conhecimento.
O planejamento das aulas pode ser diversificado, com várias didáticas como (trilhas,
aula de laboratório, coleta de insetos e amostras de fungos, plantas), principalmente para a
matéria de Biologia que instiga a curiosidade dos alunos, onde existe bastante informação e
dados novos, resultado das crescentes pesquisas em todos os ramos (LIBÂNEO, 2013).
Saber fazer aulas é tão importante quanto saber avaliar o aluno. Na avaliação
normalmente o professor pede que o aluno estude todo o conteúdo, mas no momento da prova
é colocado somente alguns tópicos principais apontados pelo professor, assim o professor
deve ter muito cuidado na escolha, pois está limitando o que é importante que o aluno saiba,
mas ao mesmo tempo está requerendo do aluno um conhecimento do todo, uma
contextualização geral, o porquê de cada conteúdo e sua finalidade deve estar na prova, mas
também no decorrer de todas as aulas (LUCKESI, 2011).
Quando se refere ao estudo para provas, existe o caso de alunos perderem o interesse
nos estudos, porque se sentem cansados de serem enganados, é o fato de estudarem todos os
conteúdos que seriam contemplados e que na avaliação não estavam, contudo vai da
consciência do aluno, porque estudar sempre atinge um resultado melhor, e também vai da
48

atitude do professor de focar no todo ou limitar o estudo, pois cada professor tem seu jeito de
fazer aula, como cada aluno pode conseguir abstrair o conteúdo de forma diferente
(LUCKESI, 2011).
Uma forma de averiguar se o professor preza pelo ensino é ao analisar o desempenho
da turma inteira e não somente de alunos específicos, pois quando se dedica integralmente a
turma inteira e alunos específicos, não existe justificativa para dizer que a responsabilidade
seja somente do professor do aprendizado, existe responsabilidades que professores e alunos
tem e que posteriormente acarretam em um bom ou ruim desempenho (LUCKESI, 2011).
As didáticas de ensino e o bom uso dos recursos disponíveis é uma excelente forma de
deixar as aulas completas. Uma forma de complementar o ensino extraclasse é o tema de casa,
que consiste em tarefas de conteúdos previamente estudados para fixação do conteúdo e
abrangência das informações repassadas na aula, que não permite expor tudo pelo tempo
limitado. Para Libâneo (2013), sua constituição não pode se limitar a apenas exercícios, pode
ser focado em leituras, redações, observações, estudo dirigido, didáticas que permite utilizar o
tempo ocioso do aluno na sua casa para ele próprio na sua formação.
Exercícios em sala de aula permitem ao aluno o acompanhamento pelo professor para
elaboração dos exercícios, com tirada das dúvidas e também ajuda dos demais alunos, pois
trocam informações num benefício mutuo (LIBÂNEO, 2013).
Os artigos são ótimos para leitura em sala de aula ou estudo dirigido extraclasse, o
artigo é mais reconhecido e tem um cunho cientifico e teórico bem importante e os coloca
num patamar de pesquisadores, o teórico pode ser complexo, mas permite um leque maior de
uma gramática mais formal (LIBÂNEO, 2013).
O estudo jornalístico/televisivo pode ser usado para debate em sala de aula ou estudo
extraclasse, pois fornece uma opinião popular forte, atinge uma abrangência maior de pessoas,
e os alunos tem mais interesse em temas atuais e/ou polêmicos (LIBÂNEO, 2013).
Os slides são uma forma de o professor compartilhar seus conhecimentos que pode ser
bem utilizado, sendo bem visuais, com imagens ilustrativas os alunos se interessam bastante,
e uma forma dos alunos também copiarem o que é mais importante, por que é mais nítido a
escrita e maior, pelos slides é utilizado mais bem o tempo onde o professor não precisa ditar
ou escrever no quadro (LIBÂNEO, 2013).
O professor pode utilizar o quadro como um recurso que sempre está disponível, serve
de base para escrever textos, informações, desenhar formas e imagens a respeito do conteúdo,
como forma de auxilio, os alunos também fazem uso, quando contribuem na correção de
questões (LIBÂNEO, 2013).
49

Uma maneira dos alunos saírem da escola e conhecerem lugares novos, visualizando
na prática o conhecimento é através dos passeios escolares, que com o auxílio do professor os
alunos têm um direcionamento de estudo e a curiosidade deles pode ser muito bem utilizada,
além da harmonia com a turma que pode ser edificada e a relação professor aluno aproximada
(LIBÂNEO, 2013).
50

4 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

4.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

De acordo com os pensamentos de Aranha (2006), a educação no Brasil iniciou -se


durante a colonização devido a necessidade na época de expandir Portugal. Durante o período
de instalação dos portugueses o capitalismo ficou muito prejudicado, mas mesmo assim se
mantinha suas tradições, tal como o latim, a filosofia e a literatura cristã, a educação surgiu
como manipulador das almas, inicialmente com os jesuítas.
A educação não era vista como prioridade, pois na agricultura não precisava dessa
exigência, o conhecimento era simplesmente prático. Mesmo nessa situação foram enviados
religiosos em 1549 a chamada Companhia de Jesus, para catequizar os colonosna fé católica,
atitude antecipada para se evitar revoltas, já que Portugal assumia posição de Contrarreforma
e Inquisição. Atividade missionária garantia a submissão a Igreja e assim ao colonizador
(ARANHA, 2006).
O ensino indígena que até então era passado de geração em geração, estava ficando
cada vez mais desmantelado, corrompido, o caráter português estava assumindo seu lugar
juntamente com suas vestimentas e a fé católica. Todo este envolvimento não se dera tão
rápido, durou 210 anos, por meio de revoltas, escravização dos índios, exploração das
riquezas naturais do Brasil, mantido pela submissão do ensino religioso (ARANHA, 2006).
De acordo com Aranha (2006) os Jesuítas promoveram a catequese dos índios, e a
formação dos filhos de colonos, sacerdotes, e a elite intelectual, fora o fato de controlarem a
fé e a moral dos habitantes. Esta missão foi difícil, devido a ensinar um sistema de educação a
um povo tribal, com seus costumes e valores arraigados, além deles havia os colonizadores
que vinham sozinhos, brutos, e para os religiosos não era uma função muito fácil.
Marquês de Pombal expulsou os jesuítas em 1759, com a ausência do trabalho
missionário e catequético ocorre o início da reforma na educação. O estado torna-se
responsável pela educação, o homem fica livre da religião, isso permitiu que o homem
conhecesse melhor as diferentes ciências, porem estava tudo muito bagunçado, sem cursos de
magistério, professores do exterior vieram para lecionar (ARANHA, 2006).
A reforma tinha como objetivo principal modernizar a sociedade, mantendo a
economia portuguesa crescente e o controle absolutista, além de preparar homens capazes de
assumir postos de comando no Estado absolutista (ARANHA, 2006).
51

Xavier et al (1994, p.53) esclarece que em 1772, com as chamadas Aulas Régias,
também conhecidas como aulas avulsas, não tinham sistematização, os professores não eram
qualificados, além de ser um número muito pequeno, não chegavam a suprir as disciplinas de
ensino anterior. O que era ensinado era somente ligado a vida cotidiana, básico do básico, esta
má qualidade de aulas ocorreu até a implantação das aulas pelo vice-rei que foi em 1779 com
o fornecimento das licenças para atuação dos docentes.
Dom João estava envolvido em disputas entre ingleses e franceses, com o intuito de
hegemonizar o mercado europeu, ao se sentir acuado devido ao clima de rivalidade da
ocupação dos franceses no território português, Dom João acaba fugindo para o Brasil. Ao
chegar no Brasil a família real instala a sede do governo, transformando em Reino Unido a
Portugal, decreta o início da Abertura dos Portos em 1808, que provém dos interesses dos
colonos para poderem exportar e importar produtos industriais ingleses. Tal gesto significava
autonomia econômica em relação a Portugal, mas ao chegar em terras brasileiras ocasionou
um choque de diferenças, no Brasil havia atraso com a era colonial e o progresso chegava e
trazia mudança (XAVIER et al, 1994).
Várias mudanças ocorreram devido a criação dos cursos superiores, como por exemplo
a Academia Real da Marinha, Academia Real Militar e cursos de Cirurgia, Anatomia e
Medicina, tudo para melhorar a qualidade de vida com a inserção de oficiais, engenheiros
civis e militares, cirurgiões, médicos, técnicos da economia, técnicos da agricultura e da
indústria. Nesse entorno também construíram o museu Nacional, Jardim Botânico e a
Imprensa Régia, nascendo o jornalismo que repassa todas as informações, naquele tempo
assumiu papel de difusor das ideias políticas da elite (XAVIER et al, 1994).
Xavier et al, (1994) apontou nos seus estudos que em 1932 com o Manifesto dos
Pioneiros da Educação, se consegue um documento legal, que torna a escola pública gratuita e
obrigatória de responsabilidade do estado, sem interferência religiosa.
A educação era prioridade já naquela época para países como o Japão e na Alemanha,
no caso do Brasil tal preocupação é comprovada por índices pequenos de investimento. A
maioria do governo vê na educação uma ferramenta de profissionalização, meados de 1930-
1964 com a crescente industrialização surge a necessidade de capacitação dos funcionários,
SENAI voltado para as indústrias, SENAC voltado para o comércio. Tal visão minimiza o
poder de discernimento e visão crítica do cidadão, um ser pensante que quer mudanças e as
exige quando se provêm de conhecimento (XAVIER et al, 1994).
No período da Ditadura Militar (1964-1985) Marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco assume a presidência e o regime ditatorial começa a ser instalado. Neste mesmo ano, o
52

chamado Mobral parte do Regime Militar, passa a ser considerado a menina dos olhos do
governo, uma atitude de descaso com o ensino, os diplomas eram até produzidos. Uma das
formas de ensino desta época era através da repetição, ou seja, repetia-se várias vezes o que se
desejava que fosse aprendido e isso acabou gerando a falta de interesse pelo ensino, sendo
muito prejudicial para a época, tendo em vista que o foco principal era formar pessoas para
comandar o desenvolvimento econômico (XAVIER et al, 1994).
Em 1968 o ensino superior sofre uma reforma, a tradição universitária teve que
incorporar modelos europeus e norte-americanos, porém esses modelos não ficaram de acordo
com o estabelecido, acabaram deteriorando e se transformando numa precária escola de
ensino superior. Quem tinha condição financeira de cursar o ensino superior, passava por
longas viagens perigosas para frequentar a universidade de Coimbra ou outros centros
europeus, o interesse dos estudos era para depois de formados ocuparem cargos importantes
na chefia da sociedade (XAVIER et al, 1994).
Um exemplo de universidade que fugiu desses paradigmas tradicionalistas foi a
Universidade de Brasília, que durante o regime foi destruída, justamente pelos seus ideais de
luta para o desenvolvimento brasileiro (XAVIER et al, 1994).
A partir de 1971 inicia os cursos secundários profissionalizantes. Criam-se os cursos
de pós-graduação, com centros de pesquisas pelos quais se reuniam os estudiosos. Inclusão da
produção cientifica em reproduções no mercado editorial com publicações de teses e
coletâneas, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990 (XAVIER et al, 1994).
É aprovada então a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de número 9.394/96, onde
fica permitido a educação especial para jovens e adultos. O Plano Nacional da Educação
criado em 2000 estabiliza-se e a atual educação é então organizada (XAVIER et al, 1994).

4.1.1 Educação brasileira

A educação apresenta-se em várias modalidades. Dentro dessas modalidades


destacamos a educação informal, ou seja, recebem influências do meio, seja dos costumes,
religião, política, etnia, grupos de estudo extraclasse, ocorrem de maneira tão diversificada
nas práticas e valores das pessoas, que estão nelas inclusas (LIBÂNEO et al, 2012).
Libâneo et al (2012) refere-se que em contrapartida a prática intencional educacional
existe a prática educacional não-formal que contém práticas educativas de sistematização de
pouca relevância, ainda sim tem muita ligação com a formal, pois carrega alguns objetivos
comuns, que é o aprendizado do que é proposto. A prática intencional educacional formal tem
53

seus objetivos claramente expostos, numa organização e sistema especificamente definidos.


Tais modalidades, seja a educação informal, prática intencional educacional formal e prática
educacional não formal, todas têm considerável relevância na formação dos indivíduos, e
quanto maior os tipos de ensino maior é a abrangência e a assimilação dos indivíduos que
ocorre de forma importante e continua.

4.1.1.1 O Ensino Fundamental

É dever do estado promover o Ensino Fundamental, inicia-se (5-14 anos), tem duração
de 9 anos. Organiza-se por séries anuais, períodos semestrais, ciclos, períodos de estudo,
grupos não seriados, sendo que deve condizer com o processo de ensino-aprendizagem,
contém carga horária de quatro horas diárias, podendo se estender a carga horária a critério do
sistema de ensino no período integral (LIBÂNEO et al, 2012).
Conforme a LDB de 1996, artigo 32, pela Lei nº 11.274, o Ensino Fundamental é a
formação básica do cidadão, onde ocorre o desenvolvimento da capacidade de aprender
(leitura, escrita, cálculo), o entendimento do (ambiente natural e social, sistema político,
tecnologia, artes, valores) que fazem parte de nossa sociedade, o desenvolvimento da
capacidade de aprendizado, para a aquisição de conhecimentos, atitudes, habilidades e
valores, o fortalecimento do vínculo familiar, laços de solidariedade humana, tolerância
recíproca (LIBÂNEO et al, 2012).
Os componentes curriculares do Ensino Fundamental são organizados por áreas de
conhecimento. Linguagens- Língua Portuguesa, língua materna, para populações indígenas,
língua estrangeira moderna, Arte, Educação Física. Matemática. Ciências da Natureza.
Ciências Humanas: História, Geografia. V- Ensino Religioso (LIBÂNEO et al, 2012).
Conforme Piletti (2002), em seu artigo 22, alei n°9394/96 dispõe que a educação
básica, tem por finalidades desenvolver e garantir a formação comum do educando, sendo
esse o ponto principal para que ocorra o exercício da cidadania, além é claro de possibilitar
meios para que o educando obtenha sucesso profissional.

4.1.1.1.1 Breve histórico do ensino de ciências

O ensino das ciências naturais foi elaborado com diferentes propostas pedagógicas, ao
longo do tempo foram sendo incorporadas aulas diferenciadas, como exemplo aulas práticas e
metodologias novas de ensino. Atualmente algumas dessas metodologias ainda vigoram, aulas
54

que consistem em apenas transmitir informações, ou seja, ainda se baseiam no livro didático e
no quadro branco apenas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs (1998) afirmam que devido a
promulgação da lei das diretrizes e bases da educação, as aulas de ciências deveriam ser
ministradas somente nos dois últimos anos do ginasial, mas foi somente em 1971 que o ensino
de ciências passou a ter obrigatoriedade também no ensino fundamental. Durante esse período
a educação era totalmente vista do modo tradicional de ensino, ou seja, somente o professor
tinha a responsabilidade em ensinar o que aprendeu para os alunos.
Conforme orientações dos PCNs (1998), no ambiente escolar o conhecimento
científico era considerado um conhecimento neutro e a verdade científica era inquestionável, a
qualidade do curso era definida pela quantidade de conteúdos trabalhados.
A renovação do ensino de ciências deu-se a partir da necessidade de que os currículos
tinham de acompanhar os avanços dos conhecimentos científicos e as demandas pedagógicas
geradas pela influência de um movimento chamado de Nova Escola. Como está descrito nos
PCNs (1998) as aulas práticas passaram a ter mais importância devido ao fato de ter
participação ativa na efetivação do aprendizado cientifico do aluno.
Daí por diante como afirma os PCNs (1998) os professores começaram a se preocupar
consideravelmente no desenvolvimento das aulas práticas, sendo o objetivo central das
ciências naturais fornecer possibilidades para o método cientifico, através de
questionamentos, observações, testes, numa forma de descobrir novos conhecimentos. Após
trinta anos se passarem a disciplina de ciências ainda é trabalhada do modo tradicional, ou
seja, na sala de aula com aulas expositivas e avaliações.
Conforme descrito nos PCNs (1998), na década de 80 pesquisas referentes ao ensino
das Ciências Naturais destacam que a experimentação sem investigação não garante a
aprendizagem. Sendo assim o ensino de ciências passou a ter papel fundamental para a
compreensão do mundo e das novas pesquisas que possam vir a surgir.

4.1.1.1.2 Aprender e ensinar ciências no ensino fundamental

O ensino de ciências tem sido conduzido de forma muito desagradável e nada


motivador, conforme os PCNs (1998), o ensino de ciências requer muita atenção e seleção de
conteúdos, pois se torna impossível ensinar um emaranhado de assuntos todos acumulados. O
que dificulta aprender o conhecimento científico é a controvérsia com o conhecimento
popular, bases científicas tem um alicerce de métodos e terminologias mais difíceis, que
55

exigem maior compreensão, pois os saberes podem ser os mesmos, só expostos de forma
diferente.
São várias as pesquisas que estão sendo desenvolvidas a respeito da aprendizagem dos
alunos, como está descrito nos PCNs (1998), e na maioria delas os resultados mostram que o
modo de pensar dos jovens e das crianças é diferente do pensamento adulto, principalmente
no que tange o pensamento cientifico. Destaca-se que é bom relacionar os conhecimentos
adquiridos na vivencia do aluno, ao articular com os conteúdos estudados, assim se torna um
pressuposto significativo na aprendizagem e formação dos estudantes, pois sendocolocados de
diferentes métodos como a observação, experimentação, jogos etextosvariados, se obtém a
comparação de diferentes informações e se tornam mais atrativos para os alunos.
Conforme os PCNs (1998), é importante buscar unir os fragmentos das ciências
naturais ao se trabalhar com temas e conteúdos que possam ser articulados com demais
disciplinas, pois as matérias se complementam e não são restritas.

4.1.1.2O Ensino Médio

Conforme Stephanou e Bastos (2011), foi durante o século XX no período do golpe


civil-militar de 1964, que o estudo no ensino médio fica voltado para suprir as demandas
ocorridas pela modificação do sistema econômico, o ensino neste quadro de perspectivas de
mudanças se tornou indispensável.
No ano de 1965 segundo Stephanou e Bastos (2011) surge a Equipe de Planejamento
do Ensino Médio (EPEM) com objetivo principal de auxiliar os estados na elaboração dos
planos para o Ensino Médio, juntamente com o Programa de Incentivo de Formação de Mão
de Obra (PIPMO) criado pelo Ministério do Trabalho, destinava-se a preparação de
trabalhadores.
Esta forma de estudo aumenta consideravelmente a mão de obra qualificada, tornando
alunos técnicos para o mercado de trabalho e alunos mais preparados para quem
eventualmente quiser cursar o Ensino Superior. Para concretizar a proposta em 1971 foi
instituído os Programas de Desenvolvimento do Ensino Médio (PRODEM) com contratos e
empréstimos com o Banco Mundial (STEPHANOU; BASTOS, 2011).
Conforme Stephanou e Bastos (2011), O primeiro projeto intensificou a construção e
equiparação, com recursos humanos e didáticos para os Centros Federais de Educação
Tecnológicas com seis unidades de Engenharia de Operação, a formação de tais técnicos os
situariam entre o técnico de nível médio e os de formação tradicional de Ensino Superior. O
56

segundo projeto objetivou a criação de colégios agrícolas, centros interescolares, colégios


integrados, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (SENAC). 3º Projeto com foco no Norte e Nordeste, com
implemento dos centros interescolares e colégios integrados.
O discurso utilizado para manter o caráter de formar técnicos para o mercado de
trabalho tinha o intuito de não possibilitar aos jovens a entrada na universidade, devido a
grande demanda, era uma forma de diminuir a entrada, assim após a conclusão do Ensino
Médio já teriam uma profissão. Em oposição a este pensamento, pela Lei n. 7.044 de 1982, foi
instituído a extinção da profissionalização obrigatória (STEPHANOU; BASTOS, 2011).
O Ensino Médio como um avanço se tornou a última etapa da educação básica que
abrange desde a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Nesta perspectiva o ensino
recupera o seu caráter de conhecimento, explicitando as diversas técnicas de produção e não
apontando somente uma técnica, que não fornece opção e acaba por isolar as camadas sociais,
este ensino obtém uma boa relação com a prática do trabalho (STEPHANOU; BASTOS,
2011).
Pelo Decreto n.2.208/87 a relação entre educação profissional e Ensino Médio foi
regulamentada, permitindo a Educação Profissional ter regulamento próprio sendo
independente do Ensino Médio. A LDB sendo mais especifica como diz Stephanou e Bastos
(2011), busca dar uma identidade para o Ensino Médio, na função de desenvolver o ser
humano com a preparação tanto para o mercado de trabalho, como para a cidadania, assim
verifica-se no ensino técnico cursos para a formação profissional, sendo regimentada como
modalidade especifica de ensino, mesmo trabalhando em conjunto com a escola.
O Ensino Médio é considerado a última etapa da Educação Básica, inicia-se dos 15-
17anos com 3 anos de duração. Conforme Libâneo et al (2012) a LDB de 1996, artigo 35,
confere finalidades para o ensino médio. Primeiro é a base sólida de conhecimentos no ensino
fundamental, para prosseguir bem no ensino médio. Segundo é o preparo básico para o
trabalho e a cidadania, pela função de adaptação e flexibilidade para seu próprio
aprimoramento. Terceiro é a inserção de valores ao educando, para sua ética, pensamento
crítico e autonomia. Quarta finalidade, é o entendimento das questões científicos tecnológicos
na prática, conforme o andamento de cada disciplina.
Para Stephanou e Bastos (2011), do ponto de vista curricular o Ensino Médio abrange
(Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Humanas, Linguagens e Códigos, incluindo a
dimensão tecnológica).
57

O Ensino Médio possui diferentes concepções, serve tanto para o prosseguimento dos
estudos em cursos técnicos ou ensino superior (concepção propedêutica), como para o
mercado de trabalho (concepção tecnicista). O diploma do curso técnico concomitante com o
ensino médio é de valor nacional, objetivando a qualidade e segurança dos educandos e
profissionais. (LIBÂNEO et al, 2012)
O art. 22 da LDB destaca que a Educação Básica tem como objetivo o
aperfeiçoamento humano, desfocando a mão de obra e relacionando o ser humano as ações
sociais, sendo que os sonhos individuais devem abraçar o coletivo. Este olhar de educação
permite dar voz e inclusão ao ser humano com história e cultura, e não somente vê-lo como
meramente objeto para o mercado de trabalho capitalista. (LIBÂNEO et al, 2012)

4.1.1.2.1Breve histórico do ensino de biologia

Ao longo da história, o homem iniciou as suas observações, notando que as plantas em


determinada época floresciam, em outra época frutificava, em outra época perdia as folhas, e
assim sucessivamente em um tempo determinado pela natureza as mudanças ocorriam. No
começo não existia internet ou livros para pesquisa, era pela experimentação, desta forma
sabiam identificar as plantas, frutos, animais e plantas venenosos, os que eram comestíveis e
os que faziam mal (PCNs, 1998).
Algumas identificações históricas marcam a importância do estudo da natureza, como
no Egito, a forma de mumificação dos cadáveres, já requeria estudo sobre as propriedades
medicinais de plantas e óleos, as pessoas já verificavam os benefícios do conhecimento a
respeito da natureza (PCNs, 1998).
Estudiosos como Aristóteles, já buscavam classificar os animais, como os com sangue
e os sem sangue, órgãos análogos e homólogos, uma forma simples de classificação mais que
já distinguia e auxiliava futuros pesquisadores, também notou nos animais e nas plantas
adaptações evolutivas. Outro pesquisador foi Alberto Magno, da Idade Média que anotou
diversas observações a respeito das plantas e animais, já no séc. XIV a anatomia humana
progrediu com estudiosos que começaram a fazer dissecação de cadáver de seres humanos
(PCNs, 1998).
Fatos históricos como a descoberta do microscópio em 1650 pelo estudioso Antony
Van Leeuwenhoek, em 1735 o sistema taxonômico por Lineu, em 1809 o livro sobre a
evolução das espécies por Lamarck, em 1859 o livro sobre a origem das espécies por Charles
Darwin, em 1866 a descoberta da hereditariedade por Gregor Johan Mendel. Todos estes
58

estudos servem como base para novas pesquisas, e muitos destes conhecimentos são
utilizados, estudiosos posteriores como Watson e Crick se utilizaram da descoberta do
microscópio para suas descobertas, a dupla hélice do DNA e o referido código genético tão
usado hoje, cada informação pode contribuir em novos estudos e cada vez mais a Biologia
tem destaque nos aspectos científicos (PCNs, 1998).

4.2 DEFINIÇÕES DE EDUCAÇÃO

A educação com um olhar mais amplo, segundo informações de Gomez et al Sacristán


(1998), tem como principal função a socialização do homem com o mundo. O autor comenta
que a função da escola vista como instituição é promover a socialização das novas gerações,
mas não é somente ela responsável para que isso ocorra, destaca-se também a família, a
sociedade, a mídia e etc.
De acordo com Libâneo (2008), A educação adquirida na escola possui como tarefa
primordial prezar pela valorização dos saberes, ou seja, o professor deverá colocar aos alunos
as ações e os valores essenciais para se viver em sociedade sempre lembrando que estes
conceitos devem andar unidos com a forma de gestão e organização do ensino na escola
atuante.
Libâneo (2008) destaca que a escola deve manter o desenvolvimento das capacidades
cognitivas, operativas sociais e morais entre outras, nos processos do pensar, na formação da
cidadania participativa e na formação ética. Para isso faz-se necessário ultrapassar as formas
conservadoras de organização e gestão, adotando assim formas diferenciadas, criativas, de
modo que aos objetivos sociais e políticos da escola correspondam aos objetivos propostos
pela forma de gestão atual.
Gomes et al Sacristán (1998) apresenta duas funções principais a escola: A primeira
seria que a escola é importante na vida, por que é ela que prepara o cidadão para o mundo, o
autor também ressalta que essa preparação deve se adequar a realidade do aluno, comenta que
devem ajustar-se as possibilidades e exigências do mercado de trabalho. Segundo que a escola
tem a função da formação de cidadãos sociáveis.

4.3 ORGANIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA BÁSICA

Antes de ser feito comentários sobre a organização da escola e de seus componentes,


primeiramente deve-se saber o que significa o sistema escolar, do que ele é composto, bem
59

como seus objetivos. De acordo com Menezes (1998) o sistema de ensino é um sistema
aberto, que foca principalmente na educação através da escolarização.
A educação que a escola proporciona assume um caráter intencional e sistemático,
principalmente ao desenvolvimento intelectual, sem descuidar dos outros aspectos, tais como
físico, emocionais, morais e sociais. O modo que a sociedade vê a educação exige cada vez
mais da escola, porém a educação é um processo integral e não pode se desenvolver em
espaços isolados, portanto não cabe somente a escola zelar pela formação dos cidadãos, isso
depende de um conjunto, uma união de família, sociedade e escola (MENEZES, 1998).
Ressalta-se que quem deseja trabalhar em uma escola é de suma importância que se
informe sobre os objetivos que a permeia e buscar dentro do possível contribuir para o
aperfeiçoamento das pessoas que fazem parte dela. Menezes (1998) comenta que “a falta de
atenção aos objetivos da escola pode levar a atitudes inúteis e até mesmo contraproducentes.”
Organizar, gerir e administrar são termos aplicados aos processos organizacionais,
com significados bem parecidos. Na opinião de Libâneo (2012), o termo organizar possui
diversos significados: significa prover de forma ordenada, articular partes como um todo,
criar condições necessárias para realizar uma ação, já o termo administrar éa ação de
governar, de pôr em prática um conjunto de normas e funções e o termo gestão de gerir é
administrar, gerenciar, dirigir.
No âmbito da educação a palavra organização escolar é entendida como administração
escolar, Libâneo (2012) comenta que este termo é caracterizado como uma ação de planejar o
trabalho da escola, fazer bom uso dos recursos, zelar pelo bom trabalho de todos as pessoas
que frequentam tal espaço. O mesmo acontece com os termos gestão que muitas vezes são
tomados como sinônimos, o primeiro praticamente se confundindo com administração e o
segundo como um aspecto do processo administrativo.
Até pouco tempo atrás era comum falar em administração escolar, conforme
informações de Dias (2000), administrar envolvia atividades como organização, atividades de
planejamento, coordenação direção e controle do sistema de ensino ou empresa. O autor
declara que “a teoria da administração tem entrado em crise, decorrente aos fatores endógenos
e exógenos.” Pois nunca encontraram uma teoria satisfatória que explicasse o que significa
administrar.
Menezes (1998) comenta que “os teóricos da época estavam conscientes sobre este
fato, mas de certo modo se sentiam incomodados, afinal ninguém gosta de obedecer ordens.”
O autor destaca a gestão como sendo uma “conduto do destino, de um empreendimento, ou
sistema de ensino, levando-o ao rumo pra alcançar os seus objetivos.”
60

Conforme descrições de Libâneo (2012), a administração escolar possui finalidades a


seguir cumprir, organizar, planejar, dirigir e controlar os trabalhos pertinentes ao ensino, desta
forma busca utilizar racionalmente os recursos materiais e humanos disponíveis, sendo vista a
administração escolar como a racionalização do trabalho e a coordenação do esforço humano
coletivo.
Para que as organizações funcionem Libâneo (2012) destaca a importância da tomada
de decisões e que a direção esteja no controle dessas decisões. Este processo é denominado
como “gestão” que juntamente com a organização visam promover condições e recursos,
através da participação e acompanhamento de todos os agentes envolvidos para garantir a
aprendizagem de todos os alunos.
As intenções e sistemas para fazer com que se chegue a uma decisão final eficaz
caracterizam a ação que conforme Libâneo (2012) denomina-se gestão. “Em outras palavras é
a atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para se atingir os objetivos da
organização envolvendo assim aspectos gerenciais técnico-administrativos.”
Segundo Libâneo (2012) a direção é um pilar de sustentação onde pessoas trabalham
em conjunto, rumo a um único objetivo, ou seja, a direção fica de olho para que tudo funcione
corretamente.
Dirigir e coordenar são tarefas que precisam ser trabalhadas em conjunto para então
alcançar os objetivos e metas estabelecidos. Conforme Libâneo (2012) descreve a direção tem
a função de articular, todos os elementos do processo de organização na prática, mobilizando,
liderando e se comunicando entre outras. Sendo que a coordenação uma forma de direção, a
articulação e a convergência de cada integrante, visando atingir os objetivos. Quem coordena
tem a responsabilidade de integrar, reunir esforços, liderar o trabalho de diversas pessoas.
Segundo informações de Libâneo (2012) a tarefa da direção visa dirigir e coordenar,
seja o andamento dos trabalhos, o clima de trabalho, a eficácia na utilização dos recursos e
meios, em função dos objetivos da escola, assegurar o processo participativo de tomada de
decisões, assegurar a execução coordenada e integral das atividades, articular relações
interpessoais na escola e entre a escola e a comunidade.
Mas a tarefa de diretor e coordenador envolve outros fatores a serem levados em
consideração, assim como descreve Libâneo (2012) fatores esses constituídos por: autoridade,
responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa. Ele comenta “que tem sido cada vez mais
comum nas escolas brasileiras diferenciar as funções, diretor e coordenador, ambos recebem a
delegação de coordenar trabalhos coletivos e manutenção das condições de trabalho, do clima
e ambiente formativo.”
61

Para isso Libâneo (2012) ressalta a “importância de reconhecer as duas funções com
interação, ou seja, o seu trabalho está a serviço das pessoas e da organização, requerendo
assim uma formação específica para solucionar os possíveis problemas.”

4.4 A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA

A família exerce um papel importantíssimo na vida escolar do filho e da escola,sendo


assim Libâneo (2012)comenta que o envolvimento dos pais com os profissionais da escola é o
único e mais efetivo meio de conseguir alcançar os objetivos estabelecidos.
Libâneo (2012) afirma que, se faz necessário montar uma equipe de pessoas que
assumam a disposição de construir, de tomar decisões coletivamente, e acima de tudo, de pôr
em pratica tudo o que foi decidido. Em segundo lugar deverão articular de forma conjunta nas
práticas escolares. Em terceiro lugar os atores escolares precisam aprender determinadas
qualificações, como a capacidade de comunicar-se, de trabalhar em grupo, capacidade de
argumentação, capacidade de criatividade e capacidade de criticidade de analisar o todo e
buscar soluções.
Libâneo (2012) destaca as seguintes condições para um trabalho de equipe eficaz:
Inicia-se pela definição conjunta de objetivos e metas, com base sólida de organização e
gestão, com comprometimento dos canais da direção, equipe técnica, com definição concisa
das responsabilidades e funções das lideranças, isso somente funciona com o estabelecimento
de troca das informações, se desenvolvendo habilidades para a excelente execução do trabalho
em equipe, para solidificação desta estrutura, é necessário estabilidade da equipe para não
haver quebras nos trabalhos e falta de entrosamento.
Libâneo (2012) ressalta “a importância da liderança e afirma que ela pode ser
desenvolvida por qualquer pessoa que queria contribuir no desenvolvimento profissional e
pessoal.”
A organização escolar necessária segundo afirmações de Libâneo (2012) “é aquela que
melhor favorece os objetivos e assegura as melhores condições de realização do trabalho
docente.”

4.5 A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA ESCOLA

A participação dos pais na escola representa uma nova visão de sociedade e trabalho.
De acordo com Libâneo (2012) a escola não é uma instituição isolada, ela deve interagir com
as demais instituições e com a sociedade.
62

Mesmo sem consenso entre pesquisadores educadores sobre esta participação, está
claro que a participação dos pais ocorre com destaque no conselho da escola e demais órgãos
existentes. Conforme Libâneo, (2012) os pais deverão ter acesso a qualquer outra ação que
possa surgir envolvendo o bem-estar e aprendizagem dos seus filhos.
Com os pais atuando constantemente em conjunto com a escola o processo de ensino
aprendizagem fica muito mais seguro, além dos próprios alunos se sentirem valorizados por
todos os envolvidos, fazendo assim com que o aluno se sinta como parte integrante no
processo e crescimento da própria aprendizagem e também da própria escola. Os professores
deste modo ficaram mais seguros, pois sabem que terão resultados concretos do que ensinam
na sala de aula, pois terão a certeza de que os pais orientam seus filhos na aprendizagem
(LIBANEO, 2012).

4.6 O PAPEL DO DIRETOR E DA EQUIPE DE ESPECIALISTAS

Há uma imensa diversidade de opiniões referente ao papel do diretor, principalmente


sobre as suas tarefas administrativas e pedagógicas. Libâneo et al (2012) aponta como funções
do diretor, ser o responsável pelo funcionamento administrativo e pedagógico da escola.
O diretor tem um papel significativo para que a escola seja respeitada por todos. A
partir da escolha do diretor se obtém este objetivo, deve-se escolher uma pessoa que tenha
muita responsabilidade pelo sistema de ensino e pela comunidade (LIBÂNEO et al, 2012).
Menezes et al (1998) descreve que o diretor tem um grande conjunto de
responsabilidades, tudo o que acontece no dia a dia da escola é de sua inteira
responsabilidade. O autor comenta sobre a importância do diretor de ter uma dose de
conhecimento referente a atividade técnica realizada pelo grupo escolar do seu comando, pois
ele participa de forma não intencional das atividades fim realizadas na escola. É ressaltado
que o modo que o diretor conduz a vida escolar tem repercussões profundas na formação dos
alunos.
No que tange a classificação e escolha do diretor Libâneo et al (2012) comenta “que
ainda predomina a nomeação arbitrária pelo governador ou prefeito para atender aos
interesses político-partidários, colocando o diretor como representante desses interesses,
inibindo o seu papel de coordenador e articulador da equipe docente.” Descartando a escolha
por nomeação. O autor também destaca outras formas de escolhas, como por exemplo provas
escritas, eleição com a participação da comunidade, avaliação da formação profissional e
63

competências técnicas, o que agrega é a experiência na área educacional, suas competências,


forma de liderança e gestão.

4.7 ATRIBUIÇÕES DOS DOCENTES NO CONTEXTO ESCOLAR

Para ser um bom professor além de possuir um amplo conhecimento é necessário que
o professor conheça a escola onde ele irá trabalhar, ele deverá conhecer os objetivos que a
escola quer alcançar, quais são suas metas, suas dificuldades, sua forma de organização, saber
quais são suas políticas, conhecer os métodos de ensino aplicados para melhorar a relação
aluno-professor, enfim, tudo o que permeia a escola como sendo um processo de ensino-
aprendizagem (LIBANEO et al 2012). Neste processo o trabalho em conjunto é essencial,
juntamente com os professores, diretores, coordenação, funcionários e alunos, a participação
no processo de tomadas de decisões tem aceitação maior e o resultado é satisfatório, com
atribuições de todos os sujeitos escolares.
A função atribuída ao professor vai desde conhecer bem a matéria, como entender os
processos físicos e cognitivos que perpassam nos alunos. O método de repassar o conteúdo é
um dos atributos qualitativos e quantitativo no saber, a forma com que é compartilhado o
conhecimento pode atrair o aluno, ampliar sua imaginação, atribuir força de vontade, os
discentes vão amar a matéria e o professor, mas também pode acontecer o contrário e ser um
fracasso, se o método atribuído for monótono e sem motivação, o interesse no ensino vai ser
perdido (LIBÂNEO et al, 2012).
É fundamental que enquanto escola, gestores, docentes, equipe pedagógica conheçam
o contexto social ao qual a mesma está inserida, suas necessidades, suas potencialidades e
expectativas. O trabalho educacional deve estar adequado a realidade da escola para que então
todas as expectativas sejam almejadas (LIBÂNEO et al, 2012).
A escola não pode ser percebida apenas pelo que se vê, é necessário ir além, captar
aqueles significados, valores, atitudes, formas de agir e de resolver problemas (LIBÂNEO,
2008).

4.8 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

De acordo com descrições de Serbino et al (1998) os Parâmetros Curriculares


nacionais dão ênfase a valorização dos conteúdos da escola, de forma a garantir o acesso aos
saberes elaborados socialmente.
64

Libâneo (2012) comenta que o documento PCN possui quatro níveis de concretização
do planejamento escolar, o primeiro nível seria encontrar meios para discutir e elaborar nos
estados e municípios, o segundo nível é utilizar os PCNs para compor as secretarias
educacionais, o terceiro nível é utilizar na composição dos projetos educacionais nas escolas,
o quarto nível é a participação no currículo escolar da sala de aula.
Libâneo (2012) descreve que os PCNs propõem alguns objetivos bem gerais para o
ensino fundamental, como aptidões afetivas, cognitivas, físico, ético, inserção social e estético
de atuação, elementos que exprimem conteúdos contemplativos para a formação da cidadania.
Este foco é colocado através de quatro ciclos, com orientações didáticas para verificar o
aprendizado em cada ciclo de estudo.
Libâneo (2012) “O processo de elaboração do projeto pode iniciar com um plano
geral, formulado pela comissão de pedagogos e professores. A fase seguinte deve se elaborar
um documento gerador, mais detalhado depois deverá ser discutido e aprovado pela
comissão.”
Libâneo (2012) aponta quesitos para a formulação dos PCNs: Contextualizar e
caracterizar a escola. Concepção da educação e das práticas escolares. Parecer do contexto
atual. Objetivo, organização e gestão. Proposta curricular. Proposta da formação continuada
aos professores. Proposta de trabalho conjuntamente com os pais, comunidade e outras
escolas de uma mesma área geográfica. Formas de avaliação do projeto.
A Concepção de educação e práticas escolares tem como finalidades apresentar uma
síntese do pensamento da equipe de professores e pedagogos sobre educação e currículo, com
base nas exigências e necessidades sociais e nas suas próprias crenças, valores, significados.
(LIBÂNEO, 2012)
O Diagnóstico e analise dos problemas e necessidades corresponde a “caracterização
socioeconômica e cultural do contexto da ação escolar. O diagnóstico, realizado a partir do
levantamento de dados, visa analisar e explicar a situação, articulando o problema e suas
causas internas e externas.” (LIBÂNEO, 2012)
Os Objetivos gerais nesta fase são “propostas as metas mais amplas que se deseja
alcançar, deixando os objetivos específicos para o tópico referente a proposta curricular.”
(LIBÂNEO, 2012)
A Proposta curricular conforme Libâneo (2012) tem por objetivo “definir a forma de
atuação da escola nos processos de ensino aprendizagem, juntamente com o currículo.” A
proposta deverá ser somativa, ou seja, deverá incluir a coleta de dados, analise dos resultados
65

e a redefinição permanente dos objetivos e meios, é ressaltado que a avaliação deverá fornecer
informações necessárias para corrigir a coerência, na sua plena eficiência.

4.9 O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR

Conforme Veiga (2004) o projeto político pedagógico é um processo que está sempre
se renovando, porém assegura os objetivos da escola como um todo. Ao constituir-se em
processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização de
trabalho pedagógico que supere conflitos, buscando eliminar as relações competitivas,
corporativas e autoritárias.
Para Libâneo (2012) o projeto pedagógico-curricular possui várias formas de se
elaborar, haja vista que cada escola tem suas características próprias e o seu modo de planejar
vai ser diferente.
Para Veiga (2004) é considerado o delineador coletivo da escola, o projeto político
pedagógico torna a escola centralizada, passa a ser considerado delineador coletivo. Ao
delinear isso o Projeto Político Pedagógico consolida a escola como lugar central da educação
numa visão descentralizada do sistema. Ao ser discutido, elaborado e assumido
coletivamente, sinaliza o processo educativo como construção coletiva dos envolvidos.
De acordo com afirmações de Veiga (2004) o projeto político pedagógico traz consigo
a exigência de entender e considerar o projeto como processo em construção. Daí a
importância de se estabelecer condições propicias de discussão criativa e crítica em torno do
assunto. Esta é uma habilidade que cada escola deve desenvolver num esforço comum
responsável e aperfeiçoável.

4.10 ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO

O termo currículo possui vários sentidos, segundo Libâneo (2012) etimologicamente o


currículo significa “ato de correr, percurso”.
Comenta Libâneo (2012) que desde os anos 70 novos estudos em relação ao currículo
foram surgindo, originando assim novas tendências, que aos poucos introduziram referencias
de cunho crítico para a investigação do currículo. Afirma que algumas dessas tendências
tornaram-se decisivas para compreender o papel ideológico e político do currículo por
tentarem esclarecer a seguinte tese de Brasil Bernstein.
Libâneo (2012) propõe duas definições bem pontuais que complementam o significado
do currículo. A primeira definição destaca a ideia que o currículo sustenta ações sociais da
66

cultura, na qual dão a teoria e a pratica ao currículo. A segunda definição mostra que o
currículo é a efetivação do posicionamento da escola, frente à cultura da sociedade. Em
síntese, o currículo reflete sonhos e intenções, tornadas realidade pelo trabalho dos
professores e sob condições providas pela organização escolar tendo em vista a qualidade do
ensino e aprendizagem.
Os estudos sobre o currículo a partir dos anos 70 destacam a existência nas escolas de
vários níveis de currículo: formal, real, oculto. Libâneo (2012) comenta a distinção entre esses
vários níveis para mostrar que o que os alunos aprendem na escola ou deixam de aprender
depende de muitos fatores e não apenas nas disciplinas previstas na grade curricular. É
explicado cada um desses níveis: Currículo formal- currículo estabelecido pelos sistemas de
ensino, é o currículo legal das diretrizes curriculares com os objetivos e conteúdos.
Currículo real-currículo que ocorre na sala de aula, sendo a execução de um plano, é a
efetivação do que foi planejado. Currículo oculto- é as influencias que afetam a aprendizagem
dos alunos e o trabalho dos professores.
Libâneo (2012) descreve que ocorre transformações no currículo, ele passa a expressar
a autonomia da escola e os desejos dos agentes escolares.
O currículo também representa o conjunto de aprendizagens que os alunos precisam
internalizar, em resumo Libâneo (2012) destaca que, a construção e a elaboração da proposta
curricular implicam em compreender que o currículo é mais do que os conteúdos escolares, é
um conjunto de vários tipos de aprendizagens, valores, comportamentos e atitudes.

4.11O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

4.11.1 Projeto Político-Pedagógico

O projeto político pedagógico é o ponto chave da instituição. Pode ser entendido como
um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada.
Algumas características do Projeto Político Pedagógico. “Abrangência global, integral. De
longa duração. Participação coletiva e democrática. Concretização processual.”
(Vasconcellos, 2013)
O Projeto Político Pedagógico tem como finalidades básicas as seguintes concepções
de acordo com as descrições de Vasconcellos (2013). “Resgatar a intencionalidade da ação.
Ser um instrumento de transformação da realidade, gerar esperança. Ajudar a construir a
unidade (e não a uniformidade). Propiciar racionalização dos esforços e recursos. Ser um
67

canal de participação efetiva. Diminuir o sofrimento, aumentar o grau de realização.


Fortalecer o grupo escolar. Colaborar na formação dos participantes.”
A construção do projeto político pedagógico, assim como outros processos educativos
exige que os participantes sejam capazes de preencher algumas competências básicas, tais
como descreve Vasconcellos (2013) “conceitual, procedimental e atitudinal.”
Mesmo que o conceito do projeto político pedagógico tenha avançado, Vasconcellos
(2013) destaca que “ainda persistem algumas confusões, como por exemplo, achar que o
projeto é o mesmo que regimento, ou ainda confundir como um mero agrupamento de planos
de ensino ou de planos setoriais da escola.”
Vale ressaltar que na opinião de Vasconcellos (2013) “[...] o PPP sendo o plano global
da instituição, o regimento deve estar a serviço dele, dando suporte formal, legal e jurídico e
não ao contrário.”
Os resultados do projeto vão depender tanto do compromisso dos envolvidos como do
referencial teórico- metodológico adotado. “Ao mesmo tempo em que o PPP define a escola,
ele também favorece certa estabilidade, um comprometimento com a escola”.
(VASCONCELLOS, 2013).
Na opinião de Veiga (2004), O PPP necessita de planejamento o autor declara que
“planejar é prever um futuro diferente do presente buscando sempre melhorar, não é almejar o
impossível, mas buscar formas sempre de melhorar e sempre que possível colocar em prática.
O projeto não fica pronto de uma hora para outra, é uma constante construção, as
modificações de um ano já são planejadas para o ano seguinte. O PPP seria uma forma de dar
uma identidade para a escola, onde é colocado a posição da escola e sua forma de decidir,
todas as pautas têm seu papel importante, onde as escolas devem seguir.

4.11.2 Plano de aula

O plano de aula é o meio mais concreto de um professor encaminhar suas aulas.


Gandin (1994), esclarece que o plano de aula é o guia pelo qual o professor segue, uma forma
de se organizar, deixar mais organizado os conteúdos e ter sempre uma ideia em mente um
plano A, um plano B e assim por diante. Uma maneira de os alunos ficarem sempre ocupados
com o conhecimento, pois principalmente na turma do 1° ano observada, qualquer tempo
ocioso era uma forma para dissipar o trabalho em sala de aula, uma forma de escape dos
alunos, o prosseguimento da aula é um processo a ser trabalho exatamente no plano de aula.
68

O plano de aula é mais abrangente, não é somente pensar no conteúdo de uma forma
mecânica, rotineira, que não seja somente aulas suportáveis, mas aulas assimiláveis com
afeição pelos conteúdos ensinados. Ao se planejar se verifica o porquê de tal assunto qual sua
importância, no que pode ser usado atualmente e para que vai ser utilizado futuramente, uma
forma de semear resultados que se buscam e sempre agregar todos os dias as mudanças
necessárias (GANDIN, 1994).
Conforme Gandin (1994), o professor precisa ter um conhecimento da turma, não é na
primeira aula e sim no decorrer das aulas que se verifica as mudanças que vão ser necessárias
no plano de aula, ele tem que se adequar a turma e não o contrário. Neste diagnóstico da
turma, poderia ser viável o auxílio de outros profissionais como pedagogos e orientadores
pedagógicos, com mais opiniões se garante diferentes formas de coordenar uma turma,
adaptando a forma que mais se encaixa aquele perfil de turma. Na educação continuada é uma
forma também de trocar experiências com outros profissionais, sempre se atualizando e se
adequando a evolução dos alunos.

4.11.3 Formação contínua do professor

A escola fora considerada uma fase em que se passa os melhores anos da vida das
pessoas, e é nela que se aprenderia a resolver os problemas sociais. Serbinoet al (1998) afirma
que a escola cresceu nesta crença. E os professores acreditavam que lhes estava cometida a
missão de arautos do progresso. Contra tudo e contra todos se fosse necessário. Para isso
tiveram num certo sentido de se isolar. Tem-se a necessidade de repensar a escola, verificando
a importância da participação que não se esgota no nível profissional, nem no plano do estado,
deve-se procurar novas respostas para um velho problema.
Serbino et al (1998) deixa em aberto três interrogações a respeito das relações
existentes entre a escola e a sociedade. A primeira interrogação, faz um alerta contra os
perigos das visões extremas da escola, vistas como salvador e também como uma simples
reprodutora da sociedade. Na segunda interrogação é destacado a crise de identidade dos
professores, ressaltando a necessidade de um reforço profissional. Na terceira interrogação é
unido dois argumentos, e passa a priorizar as mudanças no âmbito educativo que por vez este
deverá ocorrer um investimento positivo nas mais diversas áreas do âmbito educativo.
A escola não deve ser um local apenas de trabalho, mas sim propiciar um espaço de
formação. De acordo com Vasconcellos (2013) destaca que “estudos sobre a formação
docente tem revelado que a grande referência para um professor em início de carreira são os
69

colegas de trabalho, pelo qual os saberes são passados informalmente, o problema é que estas
informações ficam sem ser discutidas ou tematizadas.”
Conforme Serbino et al (1998) a real formação docente somente ocorre a partir da
primeira experiência pratica ou seja na sala de aula, no convívio com demais colegas
docentes. Mas se analisarmos as condições de trabalho, nos perguntaremos em que momento
pode haver uma atenção ao desenvolvimento profissional dos professores que estão
sobrecarregados nos centros escolares?
O autor Serbino et al (1998) destaca quatro grandes características próprias de
situações problemáticas. Primeiro: infraestrutura física dos lugares e material de apoio
docente. O autor destaca que este é um dos traços mais conhecidos embora seja encarado
como fatalidade provocada por fatores socioeconômicos externos, é preciso reiterar a sua
importância.
Segundo: Conformação das equipes de trabalho de um lugar em função de políticas
institucionais e sindicais de atribuições de vagas e apoio a mobilidade de professores. O
resultado tem sido a clara segmentação das oportunidades de escolaridade e o surgimento de
centros de trabalho abandonados. Um dado que deve se levar em consideração é o papel
positivo que parecem estar desempenhando os jovens habilitados, sem formação
especializada, na atenção dada aos problemas educacionais concretos nas unidades em que
trabalham (SERBINO et al, 1998).
Terceiro: O tempo em sala de aula. É indispensável insistir que o trabalho docente
requer mais tempo na sala, tempo esse para preparação de aula, correção de tarefas analise dos
problemas vividos dia a dia e forma de os resolver. Quarto: Oferta institucional de capacitação
atualização e aprimoramento (SERBINO et al, 1998).

4.11.4 Motivação ou vontade de aprender

Aprender significa mudar e grande parte dessa mudança necessita de uma pratica
diária para que realmente se efetive, conforme Pozo (2002) “[...] aprender de modo explícito
e deliberado, requer altas doses de motivação, no sentido mais literal o “mover-se para” a
aprendizagem.’’
Aprender de modo explícito costuma ser muito difícil, sendo que gasta muita energia,
tempo e às vezes dinheiro, além de uma boa parte de nossa autoestima, por isso de acordo
com Pozo (2002) “os motivos para aprender devem ser suficientes para superar a inércia de
não aprender.”
70

Existem dois caminhos pelos quais os professores podem trilhar:O primeiro caminho
seria adequar às tarefas as verdadeiras capacidades de aprendizagens dos alunos, reduzindo o
risco de fracasso, e para adequar as tarefas o professor deverá planejar muito bem suas aulas e
atividades avaliativas.O segundo caminho destaca-se para uma avaliação que alcance os
objetivos propostos, que essa avaliação seja algo com significado de mais que um prêmio ou
castigo, mas sim que proporcione informação relevante sobre as causas e erros cometidos,
como sendo uma forma de conduzir os alunos as atribuições baseadas em fatores internos,
instáveis e controláveis.
O professor precisa avaliar o aluno, seja por provas ou trabalhos, sendo que esta
avaliação pode servir para verificar o sucesso das aulas dirigidas pelo próprio professor em
sala de aula, que poderá atribuir também seu sucesso ou referido fracasso a fatores que
auxiliem no melhoramento da avaliação (POZO, 2002).

4.11.5 Ética profissional na docência

A ética é antes de tudo umas das maiores qualidades do ser humano enquanto
profissional, seja na área da docência ou outras profissões. No contexto escolar, as relações
são diversas, se leciona para inúmeros alunos, professores, pais de alunos, são pessoas de
diferentes classes sociais, crenças diferentes, e o objetivo é a aprendizagem e deve ser
concretizada, para isso os valores pessoais inclusos a ética deve ser mantido (SEVERINO et
al, 2011).
De acordo com Severino et al (2011), “O professor deverá ter domínio de conteúdo
além de ter capacidade de relacionar-se e entender o próximo, como sendo um ser sociável e
possuir uma bagagem específica e uma história. Para que tudo isso ocorra o futuro professor
devera saber ouvir, saber relacionar as situações e fatos no mundo.”
Severino et al (2011) concretiza, que os professores precisam ser formados para
construir uma escola que diga algo aos seus alunos nesta perspectiva. A escola não pode mais
ser pensada como sendo algo sendo algo estranho ou um bicho de sete cabeças ou também
como sendo algo que tenha que frequentar por que é regra ou lei, e jamais deve ser vista como
um lugar de acomodação.
Uma sociedade melhor se constrói junto, a responsabilidade da educação é de certa
forma de todos, pois cada parcela de atuação das pessoas no cotidiano do aluno como no
trabalho ou comunidade do bairro entre tantos outros ele recebe influências, contudo o
patamar basilar dos estudos é claro focado na educação nas escolas e instituições de ensino
(SEVERINO et al, 2011).
71

O objetivo que norteia as escolas é o aprendizado e suas especificidades, Severino et al


(2011) comenta dois rumos nos estudos, primeiro que o processo educativo é orientado por
uma intenção histórica e social que faz com que as pessoas sigam os moldes de
comportamento da cultura, segundo que relaciona os estudos a consciência crítica e
autonomia.
Esta dimensão de ética é ambivalente, de um modo pode ser trazidas pela origem do
professor, na sua casa, pelos seus pais, avós ou pela sua fé, e de outra maneira mais concreta e
de maior abrangência que agregue a todas as diferenças de formação a própria formação
continuada, que complementa e sempre agrega novos métodos e valores aos profissionais.
Nestes cursos, palestras entre outros, podem servir de modelo para lecionar, método de como
o profissional deve se manter sempre altruísta, e que também deve pensar em si mesmo, ele
deve estar bem para poder conciliar sua vida e seu trabalho, e ser um excelente profissional
em sala de aula (SEVERINO et al, 2011).

4.12 O TRABALHO DO PROFESSOR NA SALA DE AULA: A CONSTRUÇAO DO


CONHECIMENTO

O trabalho do professor na sala de aula vai depender dos objetivos da escola em


relação a disciplina em que se está ensinando, o que pode e o que não pode fazer ao ensinar
determinado conteúdo, é um norteador que o professor segue, mas pode incrementar com suas
características de ensino (VASCONCELLOS, 2013).
Para se fazer uma boa metodologia de ensino primeiramente o professor deverá estar
ciente sobre a concepção de educação e sociedade. O conhecimento tem por finalidade
colaborar na formação do educando, espera-se que as novas gerações possam participar do
movimento do real no sentido de superar as contradições básicas, para isso é necessário uma
apropriação dos conceitos já elaborados (VASCONCELLOS, 2013).
O autor Vasconcellos (2013) considera que “Para que ocorra a elaboração efetiva do
conhecimento se deve promover o confronto entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa
penetrar no objeto, aprende-lo em suas mais diferentes formas e captar sua essência.”
Conforme Pimenta, (2012), “O ser professor em tempos reais requer muita atenção
pois são inúmeras as limitações frente a sociedade, daí a importância de prezar a qualificação
profissional docente, pois ganha-se um olhar mais avançado dependendo da qualidade da sua
profissionalização.”
Pimenta, (2012), considera que é na docência mais do que em outros trabalhos, que é
utilizado diversos conhecimentos sociais e culturais, e o trabalho que é desenvolvido pelo
72

professor na sala de aula deve expressar a síntese de um saber pedagógico adquirido pelo
professor em partes por cursos, pela formação profissional, saberes esses que se acumulam e
consolidam-se na pratica. Ao se tratar da atividade docente na sala de aula, o professor tem
por obrigação dar explicações adequadas dos conteúdos estudados, deverá despertar o
interesse dos alunos, desenvolver atividades diversificadas, existe outro trabalho muito
importante para todo professor, é o chamado modo de avaliação.
O professor de ciências principalmente pode avaliar o aluno de diversas maneiras,
conforme descrições nos PCNs (1998), o professor da matéria de ciências pode avaliar tanto
de forma “pratica, oral, individual, coletiva, escrita.” Esses instrumentos de avaliação
comportam tanto observações durante o transcorrer das aulas, dos questionamentos dos alunos
do desenvolver das atividades práticas, do modo de pesquisa e referindo-se as provas escritas
ou praticas, sejam elas individuais ou coletivas, devem estar articuladas e embasadas com o
conteúdo estudado, e conforme o aluno vai ampliando o seu conhecimento deve-se ir
adequando o nível das perguntas, das questões que deveram ser respondidas.
Compreende também como trabalho docente o espaço reservado a debates,
questionamentos com os alunos, revisando aulas, conteúdos, assuntos específicos, podem ser
assuntos atuais, fatos reais, ressaltando que deste modo a aprendizagem também se efetiva,
muitas vezes o aluno aprende muito mais em uma roda de conversas do que respondendo
questões (PCNs, 1998).
De acordo com os PCNs (1998), é importante que a atuação do professor em sala de
aula seja participativa, questionando a turma com perguntas e problemas desafiadores,
complementando com materiais variados como a matéria extraída da natureza, tecnologias,
artigos, textos, exemplos. Esta proposta busca verificar o conhecimento prévio que o aluno
tem e formular uma resposta, com debates a fim de buscar a resposta, estabelecendo um
diálogo na sala de aula.

4.13 A DOCÊNCIA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-LICENCIATURANO ENSINO MÉDIO


NA MATÉRIA DE BIOLOGIA

Conforme descrições no artigo de Correa (2016), o ensino da biologia sendo um


componente curricular de Educação Básica, deve contribuir para abrir o olhar de jovens e
adultos para a vida no planeta e a partir desse olhar buscar maneiras de preservar e cuidar dos
recursos disponíveis. A formação do professor de biologia deve ter excelência máxima para
cumprir tal objetivo, pois mesmo não sendo os responsáveis para a formação do cidadão, tem
73

um papel primordial neste processo. Por tanto deve haver excelência na formação profissional
e continuada do professor de biologia.
Apesar de toda essa importância na formação do cidadão consciente, de acordo com o
referido artigo citado acima o professor de biologia encontra muitas lacunas e dificuldades no
meio desse processo. Pontua-se que em situações em que o professor de biologia utiliza-se de
meios bem distanciados da vida e da realidade do aluno, faz uso apenas do livro didático para
mediar o ensino aprendizagem dos seus alunos, apegando-se muito facilmente aos currículos
engessados e inflados, seguindo a risca apenas os conteúdos especificados no livro didático
(CORREA, 2016).
Quando se fala em ensino aprendizagem logo reflete na mente o significado de
conhecimento, -O que significa saber? de acordo com Correa (2016), significa que os saberes
e conhecimentos na nossa cabeça são organizados, por conceitos ou imagens, e quando
tentamos expor isso é trazido a memória para tentarmos dar uma explicação aos
acontecimentos.
Nesta linha de pesquisa o termo saber empregado a didática fica interligado e
exclusivamente de responsabilidade do professor, sendo assim conforme o artigo o professor é
aquele cuja função tem o dever de saber e saber transmitir o que sabe aos alunos. Conforme o
autor Correa (2016), o saber é o resultado de uma interação linguística, e é validado conforme
onde está inserido, sendo o mesmo de valor se for aberto a questionamentos, para assumir
reflexões.
De acordo com fundamentos de Bordenave (2002) o professor tem que buscar um
meio eficiente para chamar a atenção dos alunos, para concretizar a aprendizagem da melhor
forma possível. Uma forma é ao comprometer-se em fazer uso de aulas diversificadas, além é
claro de realizar muitas aulas práticas, pois a disciplina de biologia é uma matéria muito
complexa, onde envolve vários conteúdos diferentes, ligados a vida do planeta em geral
incluindo os meios humanos e ecológicos.

4.13.1 A prática de ensino em biologia

Conforme os PCNs de (1998), a matéria de Biologia estuda com foco a vida e suas
implicações. Como pressuposto para esta ideia, quando se estuda uma pessoa faz ligações
com os sistemas que esta pessoa está conectada.
Este ensino teve seu contexto histórico mitigado por bases cientificas e teológicas,
onde surgiu muitas explicações para o surgimento da vida, algumas argumentações
comprovadas pela ciência como a Teoria do surgimento do homem pelo macaco e
74

argumentações pela fé com inspiração filosófica e/ou religiosa. Os sistemas que buscam
explicar tais argumentações, tem diferenciações, contudo para o estudo da biologia, a ciência
não é uma verdade absoluta porque existe a possibilidade de investigação, onde novos estudos
que aprofundam o tema vão surgindo. A base para os estudos pode contextualizar produção
científica, contexto social, político e econômico, o que possibilita os alunos verificar esta
relação, onde algumas teorias são legitimadas ou descartadas conforme o momento histórico
(PCNs, 1998).
Os conhecimentos da Biologia agregam valores e base cientifica que pode implicar na
resolução de questões de procedência de uso comum, como a utilização dos recursos naturais,
verificação pelo qual implica correlação com os ecossistemas, na sua biota e bioma, como
ocorre as modificações na natureza e os possíveis resultados a pequeno, médio e longo prazo
(PCNs, 1998).
A genética e a biologia molecular contêm tecnologias para a manipulação do DNA,
clonagem, mecanismos de perpetuação da espécie que coloca questões éticas nestes estudos,
ocorre também muitos benefícios, como verificar a vida microscópica, buscando achados para
novas vacinas, cura de doenças, tratamentos paliativos, onde a saúde neste século está em
foco, devido a intensa proliferação de patologias na sociedade sedentária e sedenta de uma
natureza preservada (PCNs, 1998).
Este século é marcado pelas intensas produções científicas, a participação da ciência
com a tecnologia está muito marcada no dia-dia, se fazendo importante neste ciclo que a
educação no Ensino Médio na disciplina de biologia busque objetivar visão de mundo,
práticas e instrumentais, com discernimento para tomadas de decisões, fazendo sua parte
como cidadão. Nesta construção de visão de mundo é como tema a percepção de como ocorre
a vida pelo resultado das permanentes interações que ocorrem ao mesmo tempo em todos os
elementos biológicos e inanimados (PCNs, 1998).
O ensino da Biologia no Ensino Médio propõe uma compreensão melhor, primeiro
explica-se o entendimento do todo, para assim verificar estudos mais afunilados, autentifica-
se assim que a vida ocorre na totalidade e não de maneira separada. Na exposição dos
conteúdos, como exemplo a explicação de uma espécie (pinguim- esta espécie estabelece
relações com o hábitat, ocorre interações com os órgãos, seja no seu sistema circulatório,
excretor entre outros, formado por um conjunto de células, e cada célula tem relações com
suas organelas), num infinito processo de relações que precisa de um foco alçado pelo
professor (PCNs, 1998).
75

De acordo com os PCNs (1998) o objetivo educacional geral é de desenvolver a


curiosidade e o amor pelo aprender, ao praticar questionamentos e pesquisas que pode ser
designado pelo planejamento escolar. Para a promoção de um aprendizado mais conclusivo,
na Biologia, é bom fazer com que assuntos a serem expostos como patologias, seres vivos,
sejam colocados como um problema que exija solução, assim se faz um contexto de várias
informações que predispõem uma resposta.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (1998) colocam que a forma
da colocação dos conteúdos deve ter relações, na forma, na função e no ambiente que
predispõem critérios objetivos. No caso do ensino da matéria de ciências e biologia, ao se
ensinar os seres vivos, deve se aprender sua classificação desde o reino até características
particulares como anatomia, fisiologia e seus comportamentos.
Ao longo do Ensino Médio, é impossível compartilhar todos os conhecimentos
associados a matéria de biologia, por isso a importância da contextualização dos assuntos
abordados, cita-se por exemplo o contexto histórico, utilidade pública, justificativa, onde não
se explica de forma linear, mas se inter-relaciona o conteúdo. É necessário como professor
escolher com coerência a metodologia e forma de se trabalhar para buscar desenvolver no
aluno capacidade e potencial de exercer sua cidadania (PCNs, 1998).
É relevante salientar que o aluno deve saber relacionar questões ambientais, como a
degradação do meio ambiente, e as consequências na saúde humana, entendendo a vida do
ponto de vista biológico, que por sua vez tem diversificadas manifestações, seja no fluxo de
energia, no processo evolutivo das espécies, além é claro dos conceitos científicos da
Biologia, formulando questões para eventuais problemas que ocorram (PCNs, 1998).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (1998), colocam como
essencial na disciplina de Biologia, o desenvolvimento de uma postura com valores, pois na
relação entre os seres humanos e seu meio, o conhecimento ajuda na formação de pessoas
mais solidárias, pessoas que tem consciência de sua participação na sociedade, com tomadas
de atitudes coerentes e humanas.
São muitas as competências e habilidades em biologia:
A representação e a comunicação descrevem os processos e as representações do
ambiente e/ou de seres vivos, observados no microscópio ou até mesmo a olho nu. Perceber e
usar os códigos norteadores da Biologia. Levantar suposições e/ou hipóteses relacionados aos
fenômenos biológicos de estudo. Expor o conhecimento biológico, aprendido de forma clara e
organizada, através de didáticas, como textos, esquemas e tabelas. Conhecer as diferentes
formas de obtenção do conhecimento, sabendo selecionar a adequada para aquele assunto-
76

experimento, leitura de texto, filmes etc. Explanar dúvidas e ideias a respeito dos fenômenos
biológicos (PCNs, 1998).
A investigação e a compreensão devem fazer relação com os acontecimentos e as
ideias em Biologia, elaborando parâmetros. Usar critérios científicos para classificar animais,
vegetais, tema de estudo. Relacionar os conteúdos de Biologia para o entendimento dos
fenômenos. Buscar relacionar a parte do todo dos fenômenos e/ou processos biológicos. Fazer
a de metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso, quando
for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados. Instigar questões,
diagnósticos para propor soluções aos problemas, utilizando critérios e conhecimentos da
Biologia. Utilizar-se de conceitos e situações verídicas em Biologia para o aprendizado.
Buscar relacionar o conhecimento de todas as disciplinas para entender fatos e/ou processos
biológicos (PCNs, 1998).
A Contextualização sociocultural abrange muito a Biologia pois trabalha muito com o
ser humano, portanto ser histórico, fruto dos fatores sociais, políticos, econômicos, culturais,
religiosos e tecnológicos. Identificar mudanças nos aspectos místicos e culturais, relacionados
aos conhecimentos de senso comum sob os aspectos da Biologia. Colocar o ser humano como
agente e paciente das transformações pelo qual ele mesmo produz. Avaliar ações de
intervenção, identificando se visa à preservação do ambiente e a saúde individual e coletiva.
Identificar as relações entre conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico,
salientando a preservação da vida, verificando as condições e ideias para o desenvolvimento
sustentável (PCNs, 1998).
77

5 REFLEXÃO SOBRE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DO PROCESSO DE


INTERVENÇÃO

O presente estágio foi realizado na E.E.B. Kyrana Lacerda de Vargeão, sendo uma
experiência muito importante para a formação docente. O estágio foi um processo de
preparação, realizado em diversas etapas, iniciou-se com a observação da turma da 6ª Série do
Ensino Fundamental vespertino, seguida de docência no ano seguinte, mas na 7ª série, então
ocorreu da mesma forma no Ensino Médio, com a observação em um ano na turma do 1º Ano
do turno matutino e no ano seguinte com a finalização na docência realizado na mesma turma
que se encontrava no 2º Ano.
Na escola estagiada existia vários materiais disponíveis, como microscópios, laminas,
tubo de ensaio, becker, erlenmeyer, esqueleto humano, lâminas para preparo, lamínulas,
lâminas já prontas, materiais físicos para os experimentos, e muitos outros materiais
guardados nos armários do laboratório. Além do laboratório, a escola conta com sala de
informática, canteiros, Datashow, quadro branco, espaços físicos que podem muito bem ser
utilizados pela criatividade, como pesquisas escritas ou aulas práticas.
Como afirma Hamburger e Matos (2000) o professor também pode confeccionar
materiais para tornar as aulas mais interessantes e vir a auxiliar na aprendizagem dos seus
alunos. Alguns podem ter a colaboração dos próprios alunos contribuindo assim com o ensino
aprendizagem dos mesmos.
A didática na disciplina de ciências busca instigar os alunos a serem cientistas,
pesquisadores, e não repetidores das informações, assim Hamburger e Matos (2000) coloca
que as didáticas formuladas conjuntamente com os alunos, deve primar pela interpretação dos
fenômenos, pela busca de uma resposta autentica e não pronta vinda do livro ou do professor,
deve-se criar espaço para formulação e debate das suas ideias.
A parte experimental feita deve alicerçar os questionamentos dos alunos, do por que
ocorre se sempre foi assim, é nestas indagações conforme buscam pesquisar e responder suas
implicações que o professor auxilia, tirando dúvidas, explicando a prática. A ciência é uma
busca constante, movida pelas perguntas, muitas respostas podem ser incoerentes, ou até
mesmo precisas, mas esta verdade não é imutável, pois um novo estudioso pode mostrar outra
tese com outro resultado para a mesma questão.
Uma didática que pode ser utilizada no Ensino Fundamental é a classificação dos seres
vivos, nos reinos. Um método que Hamburger e Matos (2000) aponta é buscar uma forma de
distinguir os seres vivos dos Reinos, como a classificação dos animais vertebrados, seja
78

mamíferos, anfíbios, répteis ou peixes, mas dentro desta classificação tem subclassificações
como a separação por ordens, o autor busca alicerçar estes dados numa montagem de um
álbum (HAMBURGER; MATOS, 2000).
O referido álbum seria construído através de recortes de animais de revistas, jornais,
balas como forma sustentável, e seria realizado em grupo, o que facilita a classificação, e há
maior interação entre os colegas. Também pode ser utilizado como forma avaliativa, os alunos
conhecerem bem as ordens e seus referidos animais que trouxeram de recortes, e haver uma
troca de pastas com os recortes entre os grupos para assim treinarem bem em qual ordem cada
animal pertence, descoberto as ordens devem fazer a classificação (HAMBURGER; MATOS,
2000).
Durante a didática de grupo da classificação dos Reinos os alunos devem ser avaliados
em todos os quesitos continuamente, do início ao fim do trabalho, quanto à colaboração em
grupo, a relação de materiais e recortes que se empenhou em trazer, a organização da colagem
das figuras, o interesse e sua participação de modo geral, o professor deve explicitar alguns
quesitos de avaliação, para estarem cientes do seu comprometimento e avaliação além da
individual, o do trabalho produzido em grupo. (HAMBURGER; MATOS, 2000)
O interesse dos alunos relaciona-se em grande parte com o dia a dia dos mesmos,
acontecimentos familiares, assuntos da comunidade, além de considerar o dia a dia da própria
escola que ele frequenta. Para que esse interesse seja cada dia mais instigado e aumentado o
professor de ciências deverá articular os assuntos estudados com a vida do aluno, assim o
ensino ganha mais concentricidade (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
O autor Otobelli e Vazatta (2014) conduz sua pesquisa para interesses que poderiam
passar despercebidos, como a leitura e a escrita que muitos alunos mostraram ter bastante
interesse, sendo que 50% dos alunos da pesquisa que estes autores fizeram, considerarão ler e
escrever mais atraente que outras didáticas, tais como projetos, passeios, assistir vídeos ou
filmes, praticar esportes, atividades artísticas.
A leitura e a escrita em sala de aula são atrativas, porque através da leitura se descobre
muitas informações que são deixadas de lado, se fosse passado para a oralidade, no escrito
quase nada é passado em branco, muitos dados e informações estão contidos nas palavras. A
leitura leva a outros patamares, a eloquência é um deles, a pessoa se expressa melhor, tem
uma base de dados pelo qual pode nortear debates, textos, conversas, uma pessoa que lê além
de ser mais culta, interpreta melhor e escreve melhor (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
Sobre a questão da leitura, é importante os professores incentivarem a leitura fora da
sala de aula, seja como atividades de estudo avaliativas, temas, como um exercício para
79

explicação nas aulas, sendo um complemento das aulas (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
A desmotivação em grande parte dos alunos por aprender não vem com grande peso
da didática do professor, considerando que as didáticas sejam boas, conforme Otobelli e
Vazatta (2014) que realizaram uma pesquisa a campo numa escola de classe média alta no
ensino médio esclarecem que os empecilhos a motivação se originam de diversos fatores,
abaixo explicitados.
O mercado gira em torno do consumo, os alunos vão para a escola preocupados como
se vestem, como é sua aparência, se estão fora dos padrões da moda e da beleza, ou mesmo
estando dentro dos padrões, pelo excesso da mídia de estereótipos de beleza e da vida ideal de
glamour e sucesso, ficam desmotivados nos estudos (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
Esta desmotivação ocorre em muitas pessoas, seja os alunos ou os professores é toda
uma sociedade girando em torno da futilidade e não do essencial. É nestes termos que o
professor não é bem visto, que a educação tem pouco investimento porque o que afeta a
sociedade para melhor humanização é o ser, o ter seria só um complemento, uma base, não
um motivo de vida que hoje tem se tornado (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
O cansaço se torna um fator de grande relevância para a desmotivação, considerando
os alunos que trabalham na maioria das vezes para auxiliar seus pais em casa. Os professores
também são afetados pela desmotivação pela grande carga horária e troca de escolas para
conseguir fechar as horas de um salário descente. Esta escassez de saúde psíquica e física
afeta na hora de estudar, os alunos estão exaustos, sem tempo ou animo para estudar, seja na
escola ou em casa, onde vão ter menos tempo livre para se dedicar aos estudos (OTOBELLI;
VAZATTA, 2014).
A tecnologia já faz parte da nossa sociedade, e a escola têm que acompanhar os seus
benefícios, como recursos que estimulam o prazer do ensinar e o gosto pelo aprender dos
alunos com aulas incrementadas. Esta forma de avaliar a tecnologia nos mostra que o aluno
pode sim aprender e ter excelente desempenho, pois a tecnologia é um complemento, o
essencial continua sendo o professor fazendo bom uso da didática de suas aulas com uso da
tecnologia ou não, e os alunos tendo empenho pelo estudar, uma ordem natural que educação
precede (GRINSPUN et al, 2009).
A tecnologia vem como uma forma de auxiliar o professor e o aluno, a tecnologia já
não é mais novidade, quase 100% dos alunos tem celular, senão tem ao menos sabem utilizar
o telefone móvel ou fixo dos pais, ou aprenderam nos antigos orelhões presente próximos de
estabelecimentos públicos como a escola referida, sendo que este orelhão tem pouco uso para
ligações pertinentes (GRINSPUN et al, 2009).
80

Na E.E.B. Kyrana Lacerda é terminantemente proibido o uso do celular, pelos alunos


na sala de aula ou nas redondezas do espaço escolar, pois ao se utilizar o celular, o restante
dos acontecimentos perde o foco, e aula em si é perdida, por isso do não uso pelos alunos na
escola, e os professores também buscam não usar na frente dos alunos, como uma forma de
respeito aos alunos que não podem utilizar.
A tecnologia deve ter seu uso consciente, porque ela tem muitos benefícios para
comodidade e pesquisa, mas seu uso deve ser coerente, como tudo na vida, o excesso faz mal,
mas na medida certa, convém muito empenho e conforto para seus usuários. Conforme
Grinspunet et al ( 2009) a tecnologia deve ser aliada no ensino, e não deve ser utilizada como
objeto de alienação ou dominação, pois ela nos trouxe muitas descobertas e avanços
consideráveis.
Muitas tecnologias estão presentes nesta escola, como a sala de multimídia com
televisão e DVD, sala de informática com muitos computadores, impressoras (copiadoras,
scanner) e um aparelho de Datashow. Todas estas tecnologias com uma finalidade em
comum,o auxílio na educação, contudo devido à quantidade desses aparelhos a utilização é
organizada pelos profissionais da Escola que gerencia os horários da sala de Informática e da
sala de multimídia, oferecendo suporte a todas estas tecnologias presentes na escola.
Ressaltamos que no ano de 2017 o técnico de informática não faz mais parte do grupo
de funcionários da escola, agora quem organiza os dias e horários para utilizar os aparelhos
são os próprios professores através de um agendamento de datas.
Ao mesmo tempo em que a tecnologia vem de encontro ao auxílio do estudante,
também pode ser prejudicial, por dispersar o foco dos alunos no aprendizado, com pesquisas
pessoais ou fora do contexto de estudo, isso se aplica principalmente, ao uso do celular e do
computador, já o Datashow que é de uso controlado e restrito para o professor, só vem a
beneficiar. Grinspunet al(2009), esclarece que o uso das tecnologias deve ser racional,
considera que devesse conhecer os perigos, desafios e desconfortos que dela são originados,
pois o homem utiliza-se dela, e transforma o meio a sua volta, deve estar cônscio da boa
utilização dos recursos tecnológicos.
O estudo hoje é um produto, e os clientes são os alunos, então o conteúdo que vai ser
abordado deve ser passado de uma maneira que agrade e chame a atenção dos alunos, então
tudo que pode ser utilizado como recursos e tecnologias devem ser usados, isso é uma forma
de melhorar a educação, portanto vai ser obtido boas aulas que é o que os alunos esperam
(GRISPUN et al, 2009).
A escola segundo Otobelli e Vazatta apud Cury (2014), salienta que muitas vezes é um
81

condicionante negativo, a forma como os conhecimentos são passados pelos professores se


mostrarem inflexíveis, donos da verdade, incoerentes, nesta forma de trabalho o aluno se
sente retraído em mostrar sua opinião, perde a capacidade crítica, se sente desvalorizado e
perde a vontade de estudar.
O professor motivado deve instigar o aluno, para ele mesmo formular respostas,
sentindo-se o agente de sua própria educação, num diálogo, em uma troca de informações sem
ser uma palestra. No caso do professor tomar algumas iniciativas e não dar resultados
satisfatórios, a busca por soluções deve ser encontrada, seja conversar com o aluno, procurar
saber se o aluno teve algum problema, questioná-lo se gosta das suas aulas, ou mesmo no caso
de não gostar, procurar pelo menos o respeito, pois a motivação é uma troca do professor e o
aluno (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
Durante a pesquisa, muitos alunos destacaram a importância da escola, apontando os
benefícios para seu futuro, onde a maioria dos alunos vai cursar o ensino superior, devido a
principalmente terem condições financeiras por serem de classe média alta (OTOBELLI;
VAZATTA, 2014).
Esta situação entra em contraposição com os alunos das escolas públicas, onde uma
minoria vai cursar o ensino superior por não ter condição financeira ou vão conseguir ao
passar numa federal, ou por nota do Enem e outros avaliadores para conseguir 100%
gratuidade. Esta situação verificada nas distinções das classes, para cursar Ensino Superior
está um pouco distante de gostar ou não gostar de estudar, pois atualmente 2017 devido a
crise instalada no Brasil, poucos cursos abrirão nas universidades e faculdades que sejam
100% de gratuidade, os financiamentos estudantis também estão bem mais limitados e com
muitas restrições (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).
Essa questão do acesso ao Ensino Superior, já é bem ampla, pois está quase se
equiparando ao Ensino Médio, pois muitas pessoas estão se formando, assim o mercado de
trabalho está cada vez mais concorrido, e uma formação seja técnica ou terceiro grau viabiliza
com certeza uma vaga melhor, contudo cursos a parte, especializações em áreas mais afins ao
seu objeto de estudo e foco no trabalho se torna excelente para ter uma vaga de qualidade no
mercado de trabalho (OTOBELLI; VAZATTA, 2014).

5.1 ENSINO FUNDAMENTAL

No processo de observação da turma 6ª 2 Vespertino, destacamos como


problematização a indisciplina da turma, troca de salas, memória em prol do estudo. Estes
fatores apresentados pelos alunos acabam por desestimular o docente na sua prática
82

pedagógica, troca de salas é um tempo ocioso perdido, e o estudo dos alunos assim como uma
boa didática apresentado pelo professor auxilia a memória, assim ambas as partes se
beneficiam.
A experiência que foi adquirida na observação apontou que os alunos poderiam
aumentar seu interesse pela aprendizagem, se as aulas de ciências fossem mais diferenciadas,
com auxílio dos recursos disponíveis (laboratório, slides, dinâmicas). A educação sendo um
conjunto dos agentes educacionais com uma única finalidade o ensino-aprendizagem, a forma
de se ministrar uma aula é uma busca constante de renovação, para ser mais agradável.
Toda esta observação mostrou a importância da formação docente, enquanto algumas
profissões são isoladas, esta profissão trabalha muito com crianças, jovens e adultos, se
trabalha toda uma geração, por isso da preocupação da qualidade das aulas, para propiciar o
essencial. O contato com a escola no estágio propicio um choque de realidade, sendo um jogo
de cintura que os professores fazem com os recursos humanos e didáticos para apresentar um
excelente ensino.

5.2 ENSINO MÉDIO

O estágio realizado teve a bagagem de mais experiências e didáticas dos estágios


anteriores. Utilizou-se de diversos recursos presentes na escola para compor os planos e de
forma a atrair a atenção dos alunos para o gosto do aprender.
Houve preparação para a docência, inicialmente tinha-se elaborado oito planos de
aula, onde seria 2 aulas por semana em dias distintos, contudo a escola deu abertura para
agilização dos estágios cedendo a aula de um professor de outra disciplina, assim elaborou-se
4 planos de aula faixa, nesta questão houve bonificação, pela receptividade da direção e
professores da escola, pois o tempo foi menor, seria um mês e pouco aproximadamente de
estágio na docência, o que foi reduzido para apenas 2 semanas.
Buscou-se formular aulas práticas e atividades avaliativas conforme o Apêndice A-
Prática realizada no laboratório e Apêndice B- Atividades e práticas feitas em sala de aula ou
como atividade extraclasse. Verificam-se como ponto positivo no estágio as práticas diversas,
assim obteve-se muitos dados quantitativos e qualitativos, que propiciou mais oportunidades
aos alunos para ter um resultado positivo nas notas, além de valorizar as diferentes formas de
assimilação do conhecimento pelos alunos.
O estágio na docência ocorreu em grande parte contando com o eixo norteador dos
planos de aula, foi conseguido o que foi proposto nas aulas, é claro que houve ajustes durante
83

o estágio para melhor aproveitamento das aulas. O que foi mudado, foi na questão de ordem
prática, a visualização de lâminas no laboratório era de poucas amostras, mas buscamos mais
para o dia. Na questão do trabalho pesquisado, aumentamos de uma doença bacteriana para
três doenças bacterianas, para aumentar o número de dados e assimilação de conhecimentos
pelo próprio aluno.
Como nota de recuperação da prova, foi proposto uma pesquisa sobre as
cianobactérias, contudo somente uma pessoa pegou recuperação, vale ressaltar que essa
mesma atividade foi deixada para todos os alunos terem no caderno, pois seria um conteúdo
complementar.
O estágio finalizou-se com um vídeo explicativo a respeito de como se formam as
superbactérias juntamente com auxílio de imagem reais, conforme o Apêndice C, também
agregou-se uma aula prática onde uma espécie de aranha capturada na residência de uma
estagiária foi solta perto da escola, num espaço próprio para espécie, seu ambiente natural, a
soltura foi acompanhada de uma breve explicação a respeito da espécie e sua importância na
natureza.
A turma era bem diversificada, os alunos mostravam bastante interesse e
acompanhavam a aula. Verificou-se que um aluno especial não tinha segundo professor, ele
tinha laudo-mental moderado, precisava de auxilio durante as aulas, assim a professora
regente que somente deveria observar, o auxiliava quando necessário, contudo também
buscava-se auxiliar e inseri-lo.
O aluno assimilava melhor o que fosse escrito e não ditado, assim sempre que
necessário era escrito no quadro, o livro didático era um norteador, para melhor compreensão
do assunto explicado no dia, no caso dos slides passados eram bem visuais o que facilitava o
ensino. Os trabalhos de ordem prática e escrita que fosse para entregar ou com peso
avaliativo, o aluno sem segundo professor tinha o auxílio de uma profissional da direção
extraclasse um dia por semana no período vespertino, sendo que a profissional não é segunda
professora, contudo tem como objetivo o aprendizado de todos os alunos sem distinção, cada
um do seu jeito.
Os alunos colaboravam bastante, eram responsáveis, porque o que ficava em atraso de
trabalhos e atividades, eles buscavam fazer e entregar. Conforme a explicação do conteúdo
buscava-se a interação com a turma, assim fazia-se perguntas e feedbacks das aulas anteriores,
no decorrer das aulas eles tiravam suas dúvidas e curiosidades com foco no conteúdo. Durante
a realização das atividades eles buscavam saber exatamente as instruções para a boa execução
na prova avaliativa, também buscaram tirar muitas dúvidas para ter certeza nas respostas.
84

No início do estágio elaborou-se juntamente com os alunos a árvore da vida, conforme


o Apêndice D, onde eles responderam duas perguntas: - O que esperam das estagiárias de
biologia? e - O que pretendem aprender sobre o Reino Monera? No último dia de estágio os
alunos foram questionados a respeito, as respostas foram positivas, gostaram das aulas e das
atividades elaboradas, aprenderam vários conhecimentos novos.
A árvore da vida, foi uma forma dos alunos verificarem o quanto que eles assimilaram
de conhecimento, onde sempre dados novos vão sendo agregados, e o que não é utilizado e
revisto dos conteúdos vai sendo esquecido, a árvore da vida está sempre em construção com
novos conhecimentos.
A metodologia utilizada foi eficaz, contudo sempre há o que ser melhorado e também
da teoria à prática, sempre ocorre imprevistos, a turma pode colaborar ou não e assim por
diante, as aulas são um conjunto da preparação do professor e da colaboração da turma. Não
se tinha todas as respostas durante as aulas para fornecer aos alunos, a biologia é um ramo
muito amplo de estudo, com muitas subdivisões e especificações, o que não se tinha clareza
buscava-se compreensão e cada aula era um complemento da anterior, assim o andamento do
conteúdo foi abrangido com pleno êxito.
85

6 O PLANEJAMENTO PARA A DOCÊNCIA E PARA A GESTÃO ESCOLAR

6.1 A DOCÊNCIA EM CIENCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Durante o estágio de intervenção foi possível refletir acerca do papel do professor de


ciências, ele deverá ser o protagonista principal da sua aula, o professor de ciências deverá
promover a curiosidade, o instinto investigativo de cada aluno, o professor de ciências deverá
fazer com que o aluno goste de aprender, de descobrir, de analisar, deverá promover aulas
práticas, para então assim efetivar a aprendizagem almejada.
De acordo com Pilleti (2002) o ensino fundamental deve conter pelo menos oito anos,
com carga horária de 800 horas, nos 200 dias letivos, não levando em consideração os
exames. Esta lei não vale para o caso do ensino noturno e para o ensino a distância que tem
algumas características próprias.
Conforme Piletti (2002) em seu artigo 22, a lei n°9394/96 dispõe que a educação
básica geral, tem por objetivos desenvolver o educando, de forma a assegurar a formação
comum muito importante para a continuação dos estudos no ensino superior, além de preparar
para a sociedade em muitos quesitos.
Piletti (2002) descreve no artigo 3° da lei n° 9394/96 que o ensino fundamental deve
nortear por princípios tais como a igualdade nas condições e acessos, para os alunos se
manterem na escola. Liberdade de escolha nos atributos educacionais. Diversidade das ideias
e conceitos pedagógicos. Respeito à liberdade e valorização da tolerância. Existência tanto de
instituições públicas, como privadas de ensino. Gratuidade ao ensino público. Valorização dos
profissionais da educação. Gestão democrática do ensino público. Garantia da qualidade do
ensino. Valorizar a experiência obtida fora da escola. Vinculação entre educação, trabalho e
as práticas sociais. Esses princípios surgiram para que os alunos tenham acesso e se
mantenham na escola.

6.1.1 A prática de ensino em ciências

Reconhecida a complexidade do ensino de ciências conforme descrições nos PCNs


(1998), “as aulas de ciências deverão aproximar os conteúdos a realidade e compreensão do
aluno, favorecendo o seu processo pessoal de constituição do processo cientifico e de outras
capacidades relacionadas a cidadania.”
86

Conforme os PCNs (1998) os assuntos a serem trabalhados devem valorar a


construção de um pensamento crítico, com vista no campo social, cultural e cientifico que
fornece conceitos, procedimentos, atitudes e valores.
Os conteúdos serão divididos em quatro ciclos e é o professor que escolhe a ordem
para ministrá-los, porém ele deve levar em consideração os objetivos de cada conteúdo
estipulado nos PCNs (1998).
Conforme informações dos PCNs (1998) para o primeiro e segundo ciclo ficam
estabelecidos os conteúdos de (vida e ambiente/ser humano e saúde). A partir do terceiro ou
quarto ciclos (Tecnologia e sociedade/Terra e universo).
Referente aos temas do primeiro e do segundo ciclo conforme está descrito nos PCNs
de (1998),as aulas poderão ser realizadas de forma prática, através de observações através de
aulas expositivas, construção de horta escolar, palestras sobre higiene pessoal, o professor
deverá destacar a importância da boa higienização dos alimentos antes de serem consumidos,
deve enfatizar o não desperdício dos recursos naturais, promover a conscientização ambiental
e principalmente articular os demais conteúdos com as demais ciências, sejam elas físicas,
químicas e biológicas. Pode-se também fazer uso de viagem de estudos a fim de estudar a
erosão do solo, pesquisas na comunidade em geral.
O professor de ciências precisa promover o interesse pelo estudo cientifico fazendo
uso de artigos, revistas, desta maneira despertará a curiosidade e o gosto pela pesquisa, pois a
disciplina de ciências além de ter como objetivo principal a compreensão do mundo como um
todo, ela também tem como segundo objetivo a formação de cientistas, pois é deles que os
mais variados problemas que poderão vir a surgir ao longo do tempo serão solucionados
(PCNs, 1998).
Conforme os PCNs cada período escolar deve se embasar em um eixo temático, mas
deve estar conectado a outros eixos como o de Ciências Naturais ou temas transversais.
Sendo assim a cada dois anos cada eixo terá um foco inicial, pelo menos uma vez em cada
um, sendo que o conjunto dessas escolhas devera acatar os Parâmetros Curriculares Nacionais
em Ciências.

6.1.2 O contexto da sala de aula

O estágio de intervenção ocorreu 7ª 1 série, conforme o estágio de observação esta


turma era muito agitada, alguns alunos foram até trocados de turma. Esta troca teve o intuito
87

de balancear a quantia de alunos por sala de aula, e por outro lado para tentar controlar o
clima da turma, a fim de melhorar o aprendizado e o desempenho dos mesmos.
Para o primeiro dia de estágio havia-se planejado uma dinâmica de interação, como
está descrito no primeiro plano de aula, como a turma era muito agitada a dinâmica não deu
muito certo, eles tumultuaram um pouco e foi difícil controlá-los, mas no final ocorreu tudo
certo.
Os planos de aula foram voltados para manter os alunos o máximo do tempo
ocupados, seja ao escrever ou realizar atividades, do contrário perdia-se o foco da aula. Em
cada início de aula realizava-se um feedback do conteúdo da aula anterior, para melhorar o
aprendizado dos alunos. Durante o desenvolvimento das aulas os alunos demonstravam
interesse nos assuntos explicados e participavam bastante.
(Gráfico 12) representa as notas dos alunos obtidas durante o período de estágio,
comprova-se desta forma resultados quantitativos e qualitativos, com muitas notas boas,
sendo que todos os alunos fizeram o trabalho, a prova e a recuperação para quem precisou.
Isso também mostra que o modo de avaliação foi adequado ao estudo fornecido aos alunos,
pelas questões, temas, aulas expositivas e dialogadas, tudo que avaliamos está dentro do que
foi ensinado e foi passível dos alunos conseguirem sua plena realização.

NOTAS DA TURMA 7ª1 VESPERTINO


10
8
6
4
2
0
Trabalho Prova Recuperação
Recuperação

Gráfico12: Notas da 7ªSérie.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)

6.1.3 A ação planejada

Os Planos de ensino elaborados para o Ensino Fundamental encontram-se no


Apêndice E.
88

6.1.4 Relato e análise da prática de ensino

Todas as aulas foram descritas minuciosamente no posterior de cada aula ministrada,


essa organização possibilitou uma reflexão mais profunda em detrimento das características
específicas de cada aula ministrada.

6.1.4.1 1º Dia duas aulas

Apresentação das acadêmicas, e realização da chamada, de início foi realizado uma


dinâmica com balões, onde todos os alunos jogaram para cima seus balões, o balão não
deveria cair, por aproximadamente 2 minutos fizeram isso, gostaram bastante da dinâmica. Ao
final da dinâmica tumultuaram um pouco, devido a explosão de alguns balões que ocasionou
barulho, isso reflete as análises do ano anterior sobre a hiperatividade da grande maioria dos
alunos, também serviu de base para avaliar as atividades propostas na turma, onde eles devem
sempre estar ocupados, para evitar este tipo de situação.
Explica-se a dinâmica, onde cada balão significava um animal da natureza fator
biótico, ou fatores abióticos como a água, luz, solo, onde cada um tem uma função e tudo
deve estar em equilíbrio na natureza, então a quantidade é essencial, a perda de um elemento
da natureza ou sua escassez em um ambiente, logo acarreta no desequilíbrio ambiental,
porque os fatores bióticos e abióticos têm sua função primordial na natureza.
No término da dinâmica inicia-se o conteúdo sobre “A Classificação dos Seres Vivos”,
realiza-se anotações dos dados mais importantes no caderno, assim prestaram bastante
atenção. No final da aula foi encaminhado uma atividade, escolher um animal de estimação
que tem em casa, se não tem um animal de estimação podem escolher o animal que gostam,
mas que seja de estimação, anotar todas as características possíveis do animal que o aluno
achar pertinente.

5.1.4.2 2º Dia duas aulas

No início da aula realiza-se a chamada e leitura do tema de casa por todos os alunos,
comentou-se brevemente sobre o assunto e logo em seguida a aula se encaminhou para o
Laboratório de Informática. Realiza-se a pesquisa do animal de estimação escolhido para cada
aluno, sobre o Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e espécie pelo qual o animal
pertence, e uma curiosidade, complementando com um desenho ilustrativo, ou imagem
imprimida. A maioria dos alunos fez manualmente o desenho, devido a impressora não estar
89

funcionando, o que aprimorou a criatividade do aluno, e demorou um pouco mais, assim foi
deixado para que entregassem na aula posterior.
Na segunda aula relembrou-se algumas informações relevantes sobre a Classificação
dos Seres Vivos, para fixação do conteúdo estudado, foi elaborado duas questões e passado no
quadro para responderem e mais 4 questões do livro didático. O decorrer da aula foi bem
produtivo e os alunos se comportaram, tiravam dúvidas, mas para a próxima aula todas as
respostas deveriam estar feitas, para correção das questões.

5.1.4.3 3º Dia uma aula

Faz-se a chamada normalmente, ocorreu a entrega dos trabalhos, a grande maioria


finalizou e entregou, faltando uma parte para entregarem nas aulas subsequentes. Iniciam-se
as explicações dos Reinos, inicia-se com o Reino Monera, com o auxílio de slides, aspectos
principais do Reino Monera no quadro para copiarem, não foi conseguido finalizar este
conteúdo. Os trabalhos foram expostos no fundão, na parede da sala de aula.

5.1.4.4 4º Dia uma aula

Recebimento de trabalhos atrasados, feito a chamada e continuação do conteúdo, com


a finalização do Reino Monera e explicação do Reino Protista. Passou-se no quadro as
características principais dos dois reinos, os alunos demoram para escrever no caderno, mas o
tempo não é importante, porque se fixa mais o assunto.
Os slides tiveram bastante influência, bem visuais, com bastante imagens, pouca
escrita, os alunos ficavam bem curiosos, faziam bastante perguntas, relatavam algum exemplo
pertinente, sempre a contribuir, claro que por vezes os alunos gostavam de fazer piadas do
assunto ou sarcasmo de fatos corriqueiros da turma sem importância, mas nada que fugisse do
controle, ou se caso ocorresse, era chamado a atenção dos alunos desordeiros e voltavam a
focar na aula.

5.1.4.5 5º Dia uma aula

Realização da chamada, revisão do Reino Protista e do Reino Monera, com aspectos


principais e exemplos e início da explicação do Reino Fungi com características principais e
amostras de fungos, ou produtos que foram feitos com o auxílio dos fungos.
Materiais trazidos: Orelhas de Pau, liquens (associação de algas e fungos), cogumelos,
fermento de pão, remédios (antibióticos).
90

Ao final da aula foi passado no quadro três questões para responder e trazer pronto
para a aula seguinte.

5.1.4.6 6º Dia uma aula

Início da explicação do Reino Plantae com auxílio dos slides, repassado as


características principais e o geral sobre o conteúdo explicado para anotarem no caderno. Foi
realizado uma atividade avaliativa diferente para a aluna com deficiência, com imagens
ilustrativas e o nome dos Reinos, objetivo de caracterizar os reinos, como esta aluna não sabe
ler e sua comunicação verbal é mínima.

5.1.4.7 7º Dia uma aula

Inicia-se com a chamada, e posteriormente realização de uma avaliação com consulta


no caderno, individual, com peso 10, contendo questões referente a todo conteúdo estudado
no período de estágio, sobre os reinos e a classificação dos seres vivos.
A avaliação da aluna com deficiência (Anexo A) é pela pintura do desenho sobre os
Reinos que já tinha recebido na aula anterior e está aula é para a finalização deste desenho que
não terminara na aula anterior.

5.1.4.8 8º Dia uma aula

Início da aula com a chamada, e entrega da recuperação. A recuperação foi pensada de


forma diferente, com peso 10, não em forma de questões, mas em forma de um texto sobre
Classificação dos Seres Vivos, Reinos-Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi e Reino
Plantae, deviam escolher um tema em especifico que consideraram importante ou escrever
sobre tudo o que foi estudado, pontuando a importância do conteúdo.
Os alunos que estavam com notas na média ou nota acima da média, optaram por não
fazer a recuperação, assim preparamos um diferencial, os alunos foram para a biblioteca ler
livros de literatura, ou de acordo com sua preferência.

5.1.4.9 9º Dia uma aula

Início da aula com a chamada, esta aula é mais voltada para a recuperação de notas e
elaboração do trabalho sobre Classificação dos Seres Vivos (Apêndice F) referente aos alunos
que estão com falta de notas. Tem alunos que fizeram a prova na aula anterior, ou que
faltaram na aula então devem fazer a recuperação nesta aula.
91

Um empecilho para as notas foi os alunos que trocaram de sala, contudo buscaram
fazer os trabalhos e provas, destaca-se que estudavam o mesmo conteúdo na sala anterior
então tinham conhecimentos para fazer a prova.
A aula se procede na sala de informática, alguns alunos fazem os trabalhos atrasados
com auxílio do computador, outros fazem a recuperação e os demais alunos que estão com
tudo em dia, para não ficar no ócio, explica-se sobre o Reino Animal, é escrito no quadro
somente as principais características para copiarem, ao término da atividade escrita, jogos
educativos foram selecionados no computador, considerando assim uma forma de ampliar o
conhecimento dos alunos.
Após ocorreu uma breve despedida e entrega de lembrancinhas para os alunos,
professora regente e a segunda professora.

6.2 A DOCÊNCIA EM BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO

6.2.1 A prática de ensino na matéria de biologia

O ensino da biologia foi norteado por pressupostos teórico-metodológicos com ênfase


no ensino critico, no decorrer das aulas explicava-se o porquê da importância do Reino
Monera, para conhecimentos práticos e diários. Para Souza et al. (2012) o ensino crítico
reflexivo deve conter: - O que fazer?, - Porque fazer? e - Como fazer? elementos que ainda
não se encontram em sua totalidade explicitamente expostos em todos os termos de estudo,
mas havendo uma boa reflexão é possível encontrá-los.

6.2.2 O contexto da sala de aula

A turma trabalhada demonstrou interesse, a problematização do semestre passado foi


positiva, destacam-se dois tópicos importantes, primeiro - Espelhar-se no bom professor e
segundo - Didáticas de ensino e o bom uso dos recursos disponíveis. Primeiramente foca-se
no que deu certo no estágio de observação, considera-se também a excelente postura da
professora regente, que contribuiu bastante para o alicerce dos planos de ensino.
Diante do primeiro problema positivo para seguir o bom exemplo do professor(a)para
ser um excelente aluno, busca-se a excelência profissional docente, através do planejamento
adequado das aulas, utiliza-se os recursos disponíveis na escola para a realização de aulas
práticas e teóricas, além de manter constantes aperfeiçoamentos.
Conforme o segundo problema positivo referente às didáticas de ensino e o bom uso
dos recursos, no estágio foi utilizado muitos recursos disponíveis na escola, como o
92

laboratório juntamente com seus materiais (microscópio, laminas, etc), Datashow, canetões,
quadro branco, impressora. Além dos recursos provenientes da escola, levou-se folhas de
oficio para a construção da árvore da vida e amostras para análise do microscópio, pediu-se
para os alunos comprarem e trazerem massa de modelar, e as provas escritas já estavam
impressas. Ressalta-se que mesmo a escola tendo impressora e pincel atômico, levou-se
diversos materiais próprios, devido a um bom alicerce de recurso, no caso dos pincéis ou a
impressora da escola não estarem funcionando.
O andamento das aulas ocorreu de forma satisfatória, foi aplicado diversas didáticas de
ensino. A base teórica foi extensa, o que forneceu suporte para lecionar e colocar na prática
muitas didáticas, entorno dos conhecimentos a respeito do Reino Monera.
O tempo utilizado nas aulas foi bem aproveitado, alguns trabalhos foram deixados
para finalizarem em casa e outros para serem feitos em casa mesmo, eram duas aulas faixas
em todo o período de estágio, o que contribuiu para ser compartilhado em tempo hábil todas
as informações pertinentes ao conteúdo. As aulas foram completas, foram incrementadas com
práticas, slides e um vídeo. Destaca-se que sendo duas estagiárias na mesma sala, por diversas
vezes uma complementava a outra e assim foram todas as aulas, sendo bem sucedidas.
O resultado quantitativo e qualitativo das notas se encontra no gráfico13.

NOTAS DOS ALUNOS


10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Trabalho Trabalho, Explanação Entrega do Prova Recuperação.
laboratório confecção de sobre uma trabalho individual e
desenhos das uma bactéria doença pesquisado, com consulta.
bactérias. de massa de bacteriana. contendo 3
modelar. doenças
bacterianas.

Gráfico13: Representa as notas.


Fonte: PPP KYRANA LACERDA (2017)
93

6.2.3 A ação planejada

Os Planos de ensino do Ensino Médio, finalizados com grande empenho encontram-se


no Apêndice G, para uma melhor análise.

6.2.4 Relato e análise da prática de ensino

O estágio foi sendo concebido conforme Souza et al (2012) de forma crítica reflexiva,
explicávamos o porquê do ensino do Reino Monera, contudo o autor se refere a três porquês, -
O que fazer?, - Porque fazer? e - Como fazer?, estes itens que se referem a autonomia nem
sempre estão explícitos de forma assimilável, por isso do investimento da reflexão destas
questões. O ser humano busca uma libertação intelectual, que suprima seu ego e sua moral,
sendo crítico e reflexivo ele consegue estabelecer novos conceitos e formular para si uma
postura, uma identidade própria.
As aulas foram sendo produzidas para atitudes reflexivas, os alunos eram instigados ao
conhecimento, se estavam aprendendo, se tivessem algum dado novo, ou opinião a respeito do
conteúdo, eram livres para se expor sem medo de errar.
Souza et al (2012) coloca itens que deixam passar batido: -Mecanização e submissão:
isso mostra que trabalhar incansavelmente sem se perguntar o porquê acaba por baixar o
intelecto, sendo assim submissos ao que é imposto, atitude esta que não é reflexiva e sim
automática.
Contrapondo esta atitude deve-se refletir, acreditar nas intuições, ser curiosos, deve-se
trabalhar junto o lógico e o psicológico, a racionalidade e o afeto, a intuição e a paixão, e estas
atitudes devem se manter, o que o autor coloca como mais difícil manter é a atitude critico
reflexiva, pois deve-se ficar reestruturando e não como uma verdade imutável após a
aquisição de um bom conceito. As ações reflexivas devem ter uma boa base teórica para
conseguir seguir adiante, com fatos e dados que comprovem tal convicção (SOUZA et al
2012).
Além do aluno reflexivo, o professor também deve o ser, e não somente na sala de
aula, mas fora dela, planejando suas aulas, participando da elaboração dos projetos da escola,
fazendo parte da comunidade, sendo uma pessoa ativa, alicerçada a esse envolvimento, faz
com que os alunos moldem seu raciocínio e os instiga para se espelhar. Incentivar alunos a
serem participativos, quando já o é, fornece clareza e uma influência muito maior (SOUZA et
al 2012).
94

No final do estágio de docência buscou-se a reflexão, mediante as perguntas sobre o


que eles esperavam das estagiárias e do conteúdo Reino Monera, eles expuseram de forma um
pouco tímida que fora boa as aulas, eram pouco questionadores, contudo houve um bom
andamento das aulas, assim a reciprocidade deles foi em aceitar as didáticas que foram
propostas, pois conforme eles as aulas foram diversificadas, saiu um pouco da rotina de
trabalho, pois cada professor tem seus métodos práticos e teóricos.

6.3 A GESTÃO ESCOLAR

6.3.1 A prática de gestão escolar

A família e a escola são como uma equipe, conforme Caiado (2017), devem andar lado
a lado e seguir os mesmos objetivos. Vale lembrar que ambos possuem responsabilidades
diferentes, para assim conduzir crianças e jovens a um futuro promissor. Família e escola
devem propiciar segurança na aprendizagem dos alunos, para que eles se tornem pessoas
capazes de enfrentar as mais diferentes situações da sociedade. Tanto a família como a escola
possuem critérios a serem considerados importantes para o bom andamento da mesma. A
família deve escolher uma escola que lhe passe segurança, deverá dialogar com o filho tudo
que está vivenciando na escola, seguir conscientemente as regras estabelecidas pela escola e
dar espaço para que o filho possa resolver os problemas por si só. Participar de reuniões,
informar a escola das dificuldades encontradas pelo seu filho, assim como seu nível de
aprendizagem.
A escola por tanto deverá seguir a proposta pedagógica apresentada, ser coerente nas
atitudes diárias. Dar espaço ao aluno para manifestar a sua autonomia. Marcar reuniões
periódicas com os pais, informando o desempenho do aluno. As portas da escola deverão estar
sempre abertas para que assim se sintam parte da escola e possam estar vinculados a tudo que
ocorre na escola (CAIADO, 2017).
A escola deverá manter professores e recursos atualizados, para que o ensino se
mantenha em bom nível. Família e escola devem estar sempre em sintonia, para que ocorra
uma educação de qualidade aos alunos (CAIADO, 2017).

6.3.2O contexto das práticas de gestão

No dia 01/04/2017 as acadêmicas Angélica Siqueira e Daiane Lando Peruzzo se


dirigiram a escola E.E.B. Kyrana Lacerda Vargeão-SC, pelo qual participaram do dia da
95

família na escola, pelo horário das 14h às 17:15h, totalizando 3h e 15 min, que foi
quantificado como horas de estágio, para redução de 2h, passando de 10h aula para 8h aula.
A escola promoveu a relação família e escola, através do trabalho desenvolvido com a
ajuda de todos os agentes escolares, sendo a direção, os professores, as serventes, as
estagiárias, e os pais dos alunos, todas colaboraram e resultou no “Dia da família da escola”.
Houve a promoção da família e a escola (Apêndice H), organizado desta forma. 1º-
Montagem da estrutura do palco, decoração em diversos espaços, salas ambientes
harmonizadas a critério da atividade proposta. 2º- Recepção dos pais na entrada da escola,
com a entrega de lembrancinhas com uma mensagem para colocar na geladeira, e entrega de
um número para o sorteio dos brindes. 3º- Os pais ao chegarem na escola deixavam um prato
de alimento, na sala pelo qual as estagiárias e mais uma professora titular da sala ambiente
ficaram responsáveis por harmonizar os alimentos e distribuir refrigerante conforme a
necessidade. Esta organização foi conforme combinado pela escola, para ao final das
apresentações dos alunos ter uma confraternização com todas as pessoas envolvidas.
4º- Os alunos realizarão muitas apresentações. Fizeram alguns teatros, cantaram
algumas músicas, com excelente caracterização e ótimo semblante na dramatização. 5º- Após
o encerramento das apresentações foi feito o sorteio dos brindes, pelo qual as acadêmicas
tiveram sorte, o filho da estagiária Daiane Lando Peruzzo e a estagiária Angélica Siqueira
foram sorteados. Os brindes novos e alguns usados foram oriundos de doações, seja do
comércio ou pais e professores, fornecidos com boa intenção para auxilio da escola.
6º- Após o encerramento das apresentações, todas as oficinas e sala de alimentação
foram liberadas. Várias salas de aulas com diversas oficinas, seja de fazer sobrancelhas,
unhas, maquiagem, corte de cabelo foram elaboradas, alguns profissionais de fora foram
convidados e diversos professores também ficarão responsáveis por diversas oficinas. 7º- As
acadêmicas auxiliaram na sala de alimentação recepcionando os pais, pois os mesmos traziam
os alimentos, sendo assim tinha-se que organizar e expor os pratos e após o encerramento da
mesma foram dispensadas. Conforme foi finalizado as atividades perto das 17h, todas as
oficinas foram fechadas e todos os profissionais buscaram auxiliar na organização final.

6.3.3 A ação planejada

Na data de 5 e 6 de Maio de 2016, no horário das 15h 45min. as 21h na Escola de


Educação Básica Kyrana Lacerda, realizou-se um bazar beneficente, tendo como principal
objetivo a arrecadação de fundos para compra de livros para o acervo da biblioteca. Para a
96

realização do referido bazar a escola Kyrana Lacerda contou com a colaboração e


solidariedade de algumas lojas de confecções, alunos e professores, sendo que cada um doou
algumas peças de roupas e acessórios que estivessem em bom estado e em desuso.
O bazar possuía diversos produtos, como: brincos, pulseiras, colares, cachecóis,
bolsas, esmalte, mantas, roupas em geral, calçados infantis e adultos, cobertores, meias luvas,
tocas, todos de excelente qualidade, os preços variavam entorno de R$ 1.00 e R$ 10.00.
Neste bazar se fizeram presentes, pessoas de vários níveis socioeconômicos, apoiaram
a iniciativa da escola, e relataram que poderia ser realizado mais vezes, pois os produtos
vendidos eram de boa qualidade e os preços acessíveis para todos os níveis econômicos. Os
dois dias da realização do bazar foram concluídos com êxito, restando apenas um pequeno
número de peças de roupas, calçados e acessórios, o que sobrou por sua vez, a direção da
escola decidiu doar para outra escola onde também ocorreria um bazar, escola da Barra
Grande, município de Faxinal dos Guedes,
Ao observar mais atentamente as salas de aula da E.E.B. Kyrana e verificar que para o
professor fazer uso do Datashow, deve reservar com antecedência e muitas vezes o conteúdo
que o professor tem para passar para o aluno não precisa de muito tempo. Perante estas
condições apresentadas pela escola, nos posicionamos a favor do uso deste equipamento
tecnológico como material indispensável para cada sala de aula da referida escola E.E.B.
Kyrana Lacerda, aumentando a qualidade de ensino-aprendizagem. A prática desta gestão
reflete a necessidade da tecnologia em favor do ensino.

6.3.3.1 Plano de gestão

Objetivo Geral: Adquirir o recurso material de duas unidades de Datashow e tela de


proteção.
Objetivos Específicos: Primar pela excelência do ensino com a utilização da
tecnologia na sala de aula. Prover o melhor uso dos recursos públicos, destinados à educação.
Conceder aos docentes maior acesso ao recurso tecnológico Datashow.
Descrição da Proposta- A gestão tem como objetivo a aquisição de dois Datashow,
uma necessidade significativa, porque a tecnologia está inserida em todos os espaços, contudo
somente um aparelho presente na escola dificulta o uso comum, onde toda a equipe escolar
quer se beneficiar do referido aparelho.
97

Justificativa- É de suma importância a obtenção de dois Datashow, porque vai


melhorar a qualidade da educação, beneficiando não somente a disciplina de Ciências, mas
todas as disciplinas, valorizando cada professor juntamente com sua disciplina.
Na referida escola E.E.B. Kyrana Lacerda, são salas ambientes, o que favorece a
organização de cada professor na sua referida sala. A Escola no ano de 2016 apresentava 298
alunos matriculados, e apenas um aparelho não atendia toda a demanda das turmas.
Uma pauta da direção se refere ao uso deste recurso, uma vez que se tem somente um
Datashow, deve haver programação e marcação de um horário prévio. Este agendamento
prévio favorece as aulas, o professor as vezes pode passar um vídeo de somente alguns
minutos para complemento da disciplina, mas como o uso é restrito a agendamento, quando
marcam para uma melhor utilização, usam os 45 minutos ou 90 minutos se for o caso, é
passado filmes ou documentários e também para passar slides para apresentação dos
conteúdos.
Os condicionantes favoráveis a uma boa educação são pontos chaves do gosto do
professor pelo ensinar, contudo o uso de novos recursos tecnológicos deve ser sempre
avaliado, para haver mais coerência na forma de apresentar e relacionar sua dinâmica de dar
aula, não sendo somente uma aula taxativa de somente slides e leitura.
Conforme o decorrer dos estágios, percebeu-se que os alunos ficam com sua atenção
aprisionada por imagens bem coloridas, curiosidades nos slides, o que mostra que eles são
bem visuais, e que conforme o conteúdo era explanado logo era complementado com
anotações no quadro e explicações com exemplos diários ou importância científica,
econômica e social, assim eles ficavam muito curiosos com o conteúdo. Devido ao
conhecimento prévio dos alunos e para sua fixação e disponibilidade dos conteúdos, pedia-se
para que copiassem tópicos principais e curiosidades passadas no quadro ou na forma de
slides. Essa experiência apontou a importância da utilização do Datashow, como
complemento da aula para a exposição de slides/vídeos/filmes entre outros.
Metodologia- A E.E.B. Kyrana Lacerda, para providenciar o recurso tecnológico de
um Datashow e mais um suporte por sala, precisará encaminhar para a Gered um projeto que
demanda recurso financeiro e aprovação do Estado, que é de onde vem os recursos para as
escolas estaduais.
Para a concretização da proposta de gestão da aquisição de dois aparelhos de
Datashow, opta-se por três opções para viabilização: Analise e viabilização do Plano de
Gestão pela Gered. Promoção de bazar ou evento que angarie dinheiro para a compra deste
98

equipamento eletrônico-Datashow. Auxilio do Plano Diretor da Escola, na compra de pelo


menos um Datashow (tabela 1 e tabela 2).

DATAS JUSTIFICATIVA
20/06/2016
Documento com assinaturas dos professores Colocar ênfase na gestão, por apoio coletivo.
que concordam com a referida gestão.
23/06/2016
Apresentar o Plano de Gestão Gered que avalia e dá um posicionamento para
junto a Gered Xanxerê. liberação de recurso financeiro.

25/06/2016 Arrecadar dinheiro para a compra de


Realização de uma Festa Junina. dois Datashow.

09/07/2016 Arrecadar dinheiro para a compra de


Realização de um bazar dois Datashow.

11/07/2016 Utilizar racionalmente o dinheiro, buscando


Pesquisa de orçamento o estabelecimento comercial que contenha
os aparelho Datashows mais baratos e de
qualidade.
Tabela 1: Datas e justificativas para o planejamento da aquisição da tecnologia Datashow.
Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2016)

CRITÉRIOS INDICADORES
Análise de desempenho Avaliação do antes e depois dos recursos disponíveis
pelos alunos e professores.

Melhoria continua Avaliação da tecnologia, como uma


forma de recurso que propicia uma didática diferenciada.

Tabela 2: Critérios e indicadores de avaliação dos alunos do Ensino Fundamental.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2016)

Estas três opções são para viabilizar a proposta de gestão, uma vez que o Brasil está
em plena crise financeira, dificuldade encontrada em todos os setores, principalmente na
educação, onde fica ainda mais difícil obter estes recursos. A educação é boa, contudo ainda
não é a ideal, ainda ocorre diferenças de infraestrutura e profissionais, conforme a região do
Brasil (PREÁTICO, 2016).
Destaca-se que conforme Preático (2016) a fiscalização feita pelos estados e
municípios através do tribunal de contas mostrou que muitos recursos que eram destinados ao
FUNDEB (Fundo de Educação Básica) foram usados em outras áreas, dessa forma a educação
99

ficou de lado, onde deveria ser a primeira mais investida e mais valorizada. As escolas para se
manterem precisam fazer rifas, bazar entre outros, além do auxílio da APP e da mensalidade
que os pais destinam a escola, para auxiliar na manutenção da escola, porque a EEB recebe
um valor X, que deve ser usado o ano inteiro, mas sempre ocorre reparos e a necessidade de
materiais usados diariamente ou extras, e o dinheiro recebido não supre a carência financeira
da escola.

6.3.4 Relato e análise sobre a prática de gestão escolar

A escola propiciou um dia diferente, muito bem elaborado, sem eventuais


contratempos foi possível reunir família e escola. Os pais virão o empenho dos professores no
envolvimento do Dia da Família, mas também puderam ver o desempenho dos seus filhos nas
apresentações, que fora propiciados pelos mesmos professores. O trabalho desenvolvido pela
escola é muito importante, contudo o aprendizado e a formação ética e de valores é de
responsabilidade do aluno e da família.
O dia da família tem por objetivo alicerçar valores entre família e escola, ou seja os
pais acompanhando o ensino aprendizagem dos filhos, faz com que ele se sinta parte do
processo, um agente importante que é responsável pelo sucesso de seus estudos.A família
pode colaborar em casa, na realização dos temas e trabalhos de aulas, os pais devem auxiliar e
não fazer a atividade pelo filho, ao ensinar as atividades aos filhos, busca-se a autonomia dos
mesmos, assim não precisarão conferir e/ou ensinar sempre as atividades, no caso de
mostrarem empenho e colaboração, sendo uma troca mutua entre os filhos e os pais.
O acompanhamento que a família presta ao educando no seu desenvolvimento escolar
é um bom indicador da importância que é fornecida a educação. Desta forma pode-se verificar
a qualidade do ensino prestado, o desempenho do filho, sua colaboração no caso de fazer os
temas, trabalhos, sua forma de integração em sala de aula, as disciplinas que o filho tem mais
dificuldade, as disciplinas que tem bom desempenho, tudo pode ser analisado como forma de
contribuir, elogiar e se necessário apontar mudanças de ambas as partes, a escola e os pais.
100

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio é considerado um norteador para a prática docente, através dele que ocorre a
internalização dos saberes docentes. É nele que ocorre o confronto teoria e prática, busca-se
pela experiência o discernimento crítico, uma visão geral da educação, com foco nas práticas
de ensino dentro das salas de aulas.
Durante os estágios de observações, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino
Médio, objetivou-se conhecer as características gerais da turma. Pontua-se que a
problematização encontrada nas observações, foram contornadas na docência de forma a ter
uma boa condução das aulas. As dinâmicas encontradas foram de cunho prático e teórico,
além de diversificadas atividades que assegurasse o interesse dos alunos. Concebeu-se como
complemento das aulas, Datashow, quadro branco, laboratório, livro didático, pesquisas na
escola e extraclasse.
A forma de condução das aulas volta-se para minimizar os efeitos da indisciplina, haja
vista que a atenção destes alunos é curta, sendo necessária a existência de vários métodos de
ensino aprendizagem, fazendo com que as aulas saiam da monotonia diária. Desta maneira os
objetivos do docente são concretizados porque a atenção do aluno é aprisionada durante todos
os processos de ensino.
A didática docente volta-se a fim de ocupar toda aula, uma vez que se perde tempo na
troca de salas, realização da chamada e organização nas carteiras. Pontos positivos
encontrados foram favoráveis a troca de saberes, cita-se como exemplo o professor com
domínio do conteúdo, que ensina com diversas didáticas, destaca-se também os alunos com
anseio pelo aprendizado.
A educação é efetivada quando o interesse dos alunos em aprender se faz presente.
Outrora no Ensino Superior ocorre da mesma forma, assim buscou-se verificar todos os
condicionantes da docência. O estágio foi um agregador de conhecimentos, de forma a
contribuir profissionalmente na carreira docente.
101

8 REFERÊNCIAS

AMARAL, Anelize Queiroz; CARNIATTO, Irene; MIGUEL, Kassiana; SILVA, Jessica


Patrícia Borges da. Limites e desafios do estágio supervisionado demonstrados em um
processo de reflexão num curso de licenciatura em ciências biológicas. Revista eletrônica
de educação em ciências: Jardim Universitário, Cascavel, Paraná. Vol.7, nº2, 2012.Disponível
em:<http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1850-
66662012000200002&lang=pt.> Acesso em: 03/05/2017.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da educação e da pedagogia: Geral e Brasil. 3


ed. São Paulo: Moderna, 2006.

BORDENAVE, Juan Dias. Estratégias de ensino aprendizagem. Ed Vozes. Petrópolis, RJ,


2002.

BURIOLLA, Marta A. Feiten; O estágio supervisionado. 3. Ed; São Paulo. Cortez, 2001.

CAIADO, Elen Campos.A importância da família e a escola


Disponível<Educador.brasilescola.uol.com.br> Acesso em 15/05/2017.

CORREA, Guilherme Carlos. Disponível em:


<https: //repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/78076/144125.pdf?sequence=1>
Acesso em 26/10/2016.

Estado de Santa Catarina. Secretária de estado da educação-SED. Secretária de estado e


Desenvolvimento Regional- SDR-Xanxerê. 5ª Gerencia de Educação. Escola de Educação
Básica Kyrana Lacerda. Projeto Político Pedagógico Kyrana Lacerda. Aprovado Pelo
Conselho Diretivo Escolar, 2017.

GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 10ª ed. Petrópolis, Rio de


Janeiro: Vozes, 1994.

GRINSPUN, Mírian P.S Zippin (org.). CARDOSO, Tereza Fachada Levy. NEVES, Antonio
Mauricio Castanheira das. NEVES, Maria Apparecida Campos Mamede. RODRIGUES,
Anna Maria Moog. SEGENREICH, Stella Cecília Duarte. Educação tecnológica: Desafios e
perspectivas. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.

HADDAD, Jane Patrícia. O que quer a escola? Novos olhares possibilitam outras
práticas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2009.

HAMBURGER, Ernest W; MATOS, Cauê. O Desafio de ensinar ciências no século XXI.


São Paulo: Ed. da Antiga Reitoria, 2000.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e prática. Goiânia: MF


livros, 2008.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, MirzaSeabra. Educação


escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2012.
102

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar, estudos e proposições. 22 ed.


São Paulo, SP: Cortez editora, 2011.

MENEGOLLA, Maximiliano. Porque planejar? Como planejar?. 21 ed. Petrópolis, Rio de


Janeiro: Vozes, 2012.

MENEZES, João Gualberto de Carvalho et al. DIAS, Augusto. Estrutura e Funcionamento


da Educação Básica- Leituras. Ed. Pioneira. São Paulo. 1998.

OTOBELLI, Elizete Salvador; VAZATTA, Fernanda, 2014. Práticas educativas e


desmotivação dos alunos: análise motivacional realizada no ensino médio. Scientia Cum
Indústria. Caxias do Sul, RS, Disponível em:
<http://www.pergamum.pucpr.br/icap/pesquisa.php.> Acesso em: 29/04/2017.

Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio


<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso em 15/10/2016.

PILLETI Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. ed. Ática. São


Paulo. 2002.

POZO, Juan Ignacio. Aprendizagens e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto


Alegre. Ed Artmed, 2002.

PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. 8ª ed. Cortez, São
Paulo, 2012.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e


prática. São Paulo: Cortez, 2012.

PREÁTICO, Elizabeth. Dinheiro Direto na Escola - Ministério da EducaçãoDisponívelem:


<http://www.salariominimo.net/2010/05/11/dinheiro-destinado-a-educacao-e-
desviado/>.Acesso em 27/05/2016.

SERBINO, Raquel Volpato. RIBEIRO, Ricardo. BARBOSA, Raquel Lazzari Leite. (org)
GEBRAN, Raimunda Abou. Formação de Professores. Editora Unesp. São Paulo, 1998.

SEVERINO, Antonio. J. FERNANDES, Cleoni Maria Barbosa. SEVERINO, Francisca


Eleodora Santos (org.). GHIGGI, Gomercindo. GOERGEN, Pedro. GUZZO, Valdemir. Ética
e formação de professores: Política, responsabilidade e autoridade em questão. São
Paulo. Cortez. 2011.

SOUZA, Ariel Erick Paulo de; SILVA, Cláudio Rodrigo Gomes da; SILVA, Lucas Ferreira
Rodrigues da; FONSECA, Rafael Italo Fernandes da; ALVES, William Teixeira. Docência
critica: Reflexos da autonomia.Revista Mosaico, Vassouras, RJ: Universidade Severino
Sombra, v. 3, n. 1, p. 47-58, jan./jun., 2012. Disponível
em:<http://www.pergamum.pucpr.br/icap/pesquisa.php.> Acesso em: 07/05/2017.
103

SPRENGER, Marilee. Memória. Como pensar para o aluno aprender. Porto Alegre:
Artmed, 2008.

STEPHANOU, Maria. BASTOS, Maria Helena Camara (org.). Histórias e memórias da


educação no Brasil. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto


político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad Editora, 2013.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção


coletiva. 7ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2004.

XAVIER, Maria Elizabete; RIBEIRO, Maria Luisa; NORONHA, Olinda. História da


educação: A escola do Brasil.São Paulo: FDT, 1994.
104

9 ANEXO A

Atividade avaliativa da aluna com deficiência, do Ensino Fundamental:

Plantas- Cor verde Algas- Cor azul Bactérias- Cor rosa


Animais- Cor vermelha Fungos- Cor Amarela
Figura1: Prova avaliativa da aluna com deficiência.
Fonte: Google (2016)
105

10 APÊNDICE A

Aula prática no laboratório de ciências, referente ao conteúdo Reino Monera:

Figura 4: Aula Laboratório.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)
106

11 APÊNDICE B

Formas bacterianas confeccionadas pelas acadêmicas e bactérias confeccionada pelos


alunos do 2º Ano do Ensino Médio:

Figura 5: Bactérias confeccionadas com massinha de modelar pelas acadêmicas Angélica Siqueira e Daiane
Lando Peruzzo, para auxiliar na explicação e ser um exemplo para os alunos fazerem as suas.
Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

Figura 6: Bactérias confeccionadas pelos alunos.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA(2017)
107

Trabalhos dos alunos do 2º Ano do Ensino Médio, referente as doenças causadas pelas
bactérias:

Figura 7: Trabalho pesquisado, contendo 3 doenças bacterianas.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

Figura 8: Trabalho laboratório desenhos das bactérias.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

Figura 9: Prova individual e com consulta.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)
108

12 APÊNDICE C

Paciente acometida por uma superbactéria, sendo a mesma parente de uma das
acadêmicas:

Figura 20: Região acometida por superbactéria desconhecida.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

Figura21: Enxerto realizado em paciente acometida por superbactéria desconhecida.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)
109

13 APÊNDICE D

Dinâmica da árvore dos sonhos realizada na turma do 2º ano do ensino médio, turno
matutino:

Figura 3: Árvore da vida, dinâmica de interação com a turma.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)
110

14 APÊNDICE E

Planos de aula do ensino fundamental, com a turma do 7º ano vespertino, no ano de


2016:

1º PLANO DE AULA - TURMA DO 7º 01

TEMA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS
GERAL
Propiciar aos alunos um conhecimento agregador e cativante sobre a classificação dos seres
vivos.
ESPECÍFICOS
Verificar a importância dos nomes científicos, quanto ao significado e escrita.

CONTEÚDO
Taxonomia- classificação dos seres vivos.

METODOLOGIA

1ª AULA- Dinâmica de interação com a turma.


Dinâmica de não deixar os balões caírem no chão, cada aluno receberá um balão,
cada balão representará um componente biótico, por exemplo, água, animais, plantas,
planeta, homem etc, os alunos não podem deixar esses balões parados e nem caírem no
chão. No final da dinâmica será explanado a justificativa aplicada nesta dinâmica, que é a
seguinte: Deve haver harmonia entre todos os componentes bióticos e abióticos, para se ter
o equilíbrio entre homem, natureza, animais, caso do contrário ocorre enchentes,
deslizamentos, falta de água potável, entre outros. O objetivo dessa dinâmica é despertar o
interesse dos alunos para a disciplina de ciências, para que eles percebam que estudar os
seres vivos, desde os mais pequeninos até os maiores é muito instigante e acima de tudo faz
com que eles aprendam a respeitar e cuidar do meio em que vivem, pois o bem-estar e o
futuro deles e das futuras gerações dependem de atitudes tomadas com consciência.
Após a dinâmica, terá início o conteúdo da classificação dos seres vivos.
Primeiramente são levados em consideração os conhecimentos empíricos que cada aluno
111

traz consigo, verifica-se, portanto, se reconhecem a importância da classificação dos seres


vivos, se eles assimilam o porquê dos nomes científicos.
Após muita conversa e exemplos com os alunos do referido conteúdo,
encaminharemos uma pesquisa para ser feito extraclasse para aula seguinte.
Pesquisa: Os alunos deverão escolher um animal de estimação que tem em casa e
anotar todas as características possíveis a respeito do animal escolhido no caderno.

AVALIAÇÃO

 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS

 Básica

GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

2ºPLANO DE AULA - TURMA DO 7º 01

TEMA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS
GERAL
Propiciar aos alunos um conhecimento agregador e cativante sobre a classificação dos seres
vivos.
ESPECÍFICOS
Conhecer o histórico da classificação dos seres vivos.

CONTEÚDO
 O trabalho de Lineu.

METODOLOGIA

2ª AULA- Aula dialogada e expositiva, com o uso do Datashow, pincel e quadro


112

branco.
Explicação do conteúdo de classificação, primeiramente apresenta-se o histórico da
classificação: Quem criou? O porquê da classificação? e complemento com anotações de
dados importantes no quadro para os alunos copiarem, e fixarem melhor o conteúdo.
Após a explicação do histórico da classificação, os alunos serão convidados a
compartilhar o tema de casa da aula anterior, como uma forma de relembrar o conteúdo e
fixar, tirando eventuais dúvidas dos alunos pertinentes as questões.

AVALIAÇÃO
 Participação.
 Interesse.
 Comprometimento com as tarefas solicitadas.

REFERÊNCIAS

 Básica

GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

3º PLANO DE AULA: 7ª SÉRIE 01

TEMA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: OS CINCO REINOS

OBJETIVOS
GERAL
Verificar a aprendizagem dos alunos.
ESPECÍFICOS
Analisar o aprendizado dos alunos, frente aos conteúdos já estudados.

CONTEÚDO
Classificação dos seres vivos.
Histórico da taxonomia.
Critérios de organização.
113

Os reinos dos seres vivos.

METODOLOGIA
3ª AULA- Resolução de uma lista de exercícios incluindo todos os conteúdos estudados no
período do estágio, será individual e com consulta no caderno.

AVALIAÇÃO
Realização da lista de exercícios, nota máxima 10.

REFERÊNCIAS

 Básica
GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

4º PLANO DE AULA 7ª SÉRIE 01

TEMA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS
GERAL
Propiciar aos alunos um conhecimento agregador e cativante sobre a classificação dos seres
vivos.
ESPECÍFICOS
Compreender a importância dos nomes científicos, como é escrito e o porquê.
Compreender a forma de classificação dos organismos.
Conhecer a história da classificação dos seres vivos.

CONTEÚDO
Critérios para classificação dos seres vivos.

METODOLOGIA

4ª AULA- Continuação do conteúdo, priorizando os critérios utilizados para


114

classificar os seres vivos. Demonstração de exemplos de escrita dos nomes científicos,


associando a esses exemplos a classificação da espécie humana, incluindo (reino, filo,
classe, ordem, gênero e espécie).
Tema de casa: Os alunos deverão responder questões do livro didático, referente ao
conteúdo estudado.

AVALIAÇÃO
 Participação.
 Interesse.
 Assiduidade.

REFERÊNCIAS

 Básica
GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

5ª PLANO DE AULA- 7ª SÉRIE 01

TEMA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS
GERAL
Propiciar aos alunos um conhecimento agregador e cativante sobre a classificação dos seres
vivos.
ESPECÍFICOS
Entender a cientificidade dos nomes, justificativa e forma que é escrito.
Compreender como os organismos são classificados.

CONTEÚDO
Critérios de classificação dos seres vivos.

METODOLOGIA
115

5ª AULA- Aula no laboratório de informática. Os alunos serão divididos em duplas,


e deverão fazer uma pesquisa referente ao nome cientifico de algum animal, bem como
pesquisar (reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie) do animal escolhido,
também devem procurar uma curiosidade sobre o animal escolhido.
Os dados encontrados na pesquisa juntamente com no mínimo uma imagem do
animal deverá ser exposta numa cartolina. Esse trabalho ficará exposto na parte externa da
sala para a visualização dos demais alunos da escola, com a nota somente no diário, para
manter a ideia do compartilhamento de conhecimentos e não de competição, pois cada
aluno faz seu melhor.

AVALIAÇÃO
 Pesquisa peso 7.
 Modo de se portar com o colega, cordialidade, respeito e interesse, durante a
realização da atividade peso 3.

REFERÊNCIAS

 Básica

GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

6º PLANO DE AULA-7ª SERIE 01

TEMA: OS REINOS DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS
GERAL
Propiciar um conhecimento mais concreto a respeito das bactérias.
ESPECÍFICOS
Despertar o interesse pelo mundo das bactérias.
Conhecer o uso das bactérias na culinária e na farmacologia.

CONTEÚDO
116

Reino monera e Reino protista.

METODOLOGIA

6ª AULA - Inicio do conteúdo sobre os reinos, o foco dessa aula será o Reino
Monera e Protista. A aula será expositiva e dialogada com o uso do quadro para anotações
das características principais desses dois reinos. Exemplos de produtos serão utilizados
como complemento (remédios e alimentos), que são conhecidos e muito fabricados graças a
existências de bactérias. Por exemplo: o fermento de pão, o iogurte, os antibióticos,
ressaltando os benefícios e os malefícios destas bactérias na vida do ser humano.

AVALIAÇÃO
 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS
 Básica
GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática.2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

7º PLANO DE AULA

TEMA: REINO MONERA E PROTISTA

OBJETIVOS
GERAL
Destacar a importância das bactérias na vida dos seres vivos, alertando os alunos em
relação as doenças causadas por elas.
ESPECÍFICOS
Conhecer alguns tipos de doenças causadas por bactérias.

CONTEÚDO
117

Doenças causadas por bactérias.

METODOLOGIA

7ª AULA- Aula dialogada, os alunos poderão farão um círculo com as carteiras.


Início da aula com uma conversa sobre as doenças causadas por bactérias, os alunos
poderão contribuir relatando situações do cotidiano em que pessoas da família ficaram
doentes, por causa de bactérias. Para complemento citaremos exemplos de doenças
conhecidas, apresentaremos os tratamentos e modos de prevenção.
Os alunos anotarão no caderno o que consideraram importante, referente as doenças
causadas por bactérias.

AVALIAÇÃO
 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS
 Básica
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

8º PLANO DE AULA- 7ª SÉRIE 01

TEMA: REINO ANIMAL

OBJETIVOS
GERAL
Reconhecer os diferentes representantes desse grupo, assim como suas características
gerais.
ESPECÍFICOS
Conhecer as características principais desse reino.
Estabelecer uma conecção entre os animais conhecidos pelos alunos, e as características do
reino.
118

CONTEÚDO
Características principais do Reino Animal.

METODOLOGIA

8ª AULA-Aula expositiva e dialogada, contendo amostras de imagens de várias


espécies de animais, será feito anotações das características principais do reino estudado.
Os alunos poderão comentar a espécie de algum animal que eles gostam e a partir dos
animais escolhidos, será dialogado sobre as características (habitat, reprodução,
alimentação), assim a aula não ficará monótona e todos poderão contribuir para o melhor
aprendizado, pois não é somente o professor que ensina, todos aprendem e ensinam juntos.

AVALIAÇÃO

 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS

 Básica

GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

9º PLANO DE AULA

TEMA: REINO PLANTAE

OBJETIVOS
Geral
Conhecer as estruturas principais das plantas, (raiz caule folha flor e fruto).
Específicos
Aprender as principais funções das plantas e de suas características morfológicas.
Propiciar um breve conhecimento sobre o papel das plantas no meio ambiente.
119

Estimular o habito de preservação ambiental.

CONTEÚDO

Características principais do Reino Plantae.

METODOLOGIA

9ª AULA- Amostras de diferentes tipos de plantas, diferentes formatos de folhas,


tamanhos, caules, frutos, sementes. Durante a visualização será explicado às características
principais do Reino Plantae, indicando as características morfológicas, importância no meio
ambiente, produção de fotossíntese, preservação de áreas verdes.

AVALIAÇÃO

 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS

 Básica

GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.

_________________________________________________________________________________________

10º PLANO DE AULA 7ª SERIE 01

TEMA: CORREÇÃO DE EXERCICIOS

OBJETIVOS
GERAL
Verificar o nível de aprendizagem dos alunos, frente aos conteúdos explicados durante o
período de estágio.
ESPECÍFICOS
Analisar a aprendizagem dos alunos.
Capacidade de compreensão dos conteúdos explicados.
120

CONTEÚDO
Correção de exercícios.

METODOLOGIA

10ª AULA-Entrega da atividade avaliativa, correção conjunta, espaço para


esclarecimento de dúvidas. Final das horas de estágio e agradecimentos a turma e a
professora regente e a segunda professora, e aos demais profissionais da escola, mostrando
cordialidade pelo excelente recebimento.

AVALIAÇÃO
 Participação.
 Interesse.

REFERÊNCIAS

 Básica
GEWANDSZNAJDER, Fernando: Ciências Vida e Terra. Ed Ática. 2016. São Paulo, SP.
121

15 APÊNDICE F

Trabalhos realizados pelos alunos do 7º ano, referente ao conteúdo as Classificação


dos Seres Vivos.

Figura 2: Ensino fundamental exposição dos trabalhos sobre classificação dos seres vivos.
Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2016)
122

16 APÊNDICE G

Planos de Aula do 2º Ano do Ensino Médio, realizados no ano de 2017:

PLANO DE AULA 2º ANO ENSINO MÉDIO 27/03/2017


TEMA: REINO MONERA

OBJETIVOS

GERAL

 Propiciar aos alunos um conhecimento agregador e cativante sobre o Reino Monera.

ESPECÍFICOS

 Ampliar os conhecimentos dos alunos a respeito das bactérias.


 Conhecer as bactérias e sua importância para a vida.
 Compreender a morfologia e fisiologia das bactérias em geral.

CONTEÚDO

 Introdução ao Reino Monera.


 Morfologia e Fisiologia das bactérias.

METODOLOGIA

1ª Aula: Apresentação das acadêmicas. Realização da chamada. Realizar-se-á


uma dinâmica de interação com os alunos, para propiciar um bom relacionamento
interpessoal e conhecer a turma e seus objetivos.
Dinâmica: Árvore dos sonhos.
Será representada uma árvore, um esqueleto que faremos sendo o tronco feito de
papelão e pintado com tinta marrom, no topo dessa árvore, várias folhas de oficio em forma
de folha, onde serão escritas duas perguntas referentes ao período da realização dos
estágios: “O que os alunos esperam das estagiarias de biologia? E o que pretendem
aprender sobre o Reino Monera?” Cada aluno recebera uma folha e deveram escrever a sua
resposta, essas folhas respondidas após serão coladas na árvore e formaram as folhas da
mesma. No final do estágio será feito uma avaliação para ver se todos os objetivos foram
alcançados. Essa árvore permanecera na parede da sala até o último dia do estágio na
escola.
123

Exposição do cronograma das aulas para os alunos. Resgate de conhecimentos,


questionamentos direcionados aos alunos, referente à ocorrência de doenças causadas por
bactérias, se já tiveram contato ou sabem de alguma experiência.
2ª Aula: Aula expositiva dialogada com auxílio do Datashow, quadro branco,
livro didático. Aula iniciará com a apresentação de slides referente ao conteúdo do Reino
Monera. Durante a explicação do conteúdo serão indicados tópicos importantes para os
alunos anotarem em seu caderno, para melhor fixação do conteúdo. Será levado para os
alunos observarem o limo de um córrego preservado que são as cianobactérias, e também
alguns pés de feijões com a Bactéria Rhyzobium em suas raízes que é fixadora de
nitrogênio, amostras provenientes da cidade de Vargeão-SC.
Ao termino das explicações será solicitado que os alunos tragam massa de
modelar para fazer as células das bactérias, para facilitar a realização do trabalho, os alunos
receberão imagens ilustrativas e poderão fazer uso do livro didático.

AVALIAÇÃO

 Participação, comprometimento com a disciplina, respeito.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Volume 2 Biologia


dos organismos. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.

FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª edição. São Paulo:


Moderna, 2005.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: Os seres vivos.


São Paulo: Editora Ática, 2010.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia volume único. 1ª edição. São Paulo: Editora
Saraiva, 2005.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia Ensino Médio. 2 ed. São Paulo: Editora AJS, 2013.

__________________________________________________________________________

PLANO DE AULA 2º ANO ENSINO MÉDIO 30/03/2017


TEMA: REINO MONERA

OBJETIVOS
124

GERAL

 Analisar as estruturas das bactérias.

ESPECÍFICOS

 Compreender as estruturas das bactérias.

CONTEÚDO

 Identificação das bactérias.


 Cianobactérias.
 Formas, Reprodução, Nutrição.

METODOLOGIA

3ª Aula: Realização da chamada, posterior os alunos se direcionaram para o laboratório


para a visualização de lâminas no microscópio.
Prática 1:
1-Coleta das bactérias da boca de um aluno com cotonete, colocação em uma lâmina,
deixar secar de 4-5 minutos.
2-Após vai ser aplicado metade de uma gota de Violeta de Genciane, deixando por 3
minutos.
3-Depois gotejar na água corrente da torneira, até não sair mais tinta, se necessário
aplicar uma gota de óleo mineral para facilitar a visualização.
Prática 2:
Identificação do PH de duas amostras de urina, procedimento realizado com material
cedido pela Coordenação do Curso de Ciências-Biológicas Unoesc-Xanxerê. As amostras
de urina foram fornecidas pelo Laboratório Analic de Xanxerê. PH da Urina valores
normais entre 5,5 e 7. Valores maiores ou igual a 7 pode indicar a presença de bactérias que
alcalinizam a urina. Ex: Proteus ou Klebsiella, normalmente encontrado em pacientes com
infecção urinária, constipados e com sondas vesicais, essas bactérias alteram o metabólito
urinário nos pigmentos azul e vermelho que se mostra arroxeado no coletor de urina.
Quanto a coloração da urina e o que pode indicar:
125

 Amarela clara: Cor clara, a pessoa está hidratada e


sem odor.
 Amarela escura / acastanhada, laranja, roxo,
vermelho, azul, verde: Cor um pouco mais escura, a
pessoa está desidratada e tem odor presente.
 Marrom escuro/ enegrecida e branca: Cor bem
escura indica que a pessoa está muito desidratada e o odor
vai ser bem forte.

Será pautado que o ideal é a urina ser quase transparente, se deve tomar
aproximadamente 3 litros de água por dia, o que melhora o odor e sendo uma urina bem
diluída evita formação de cálculos renais. Se a urina mesmo bem diluída ainda cheirar mal,
deve-se pensar na presença de bactérias na urina que ocasiona infecção urinária.
Prática 3: Visualização no microscópio de Cianobactérias, limo retirado de um rio.
Prática 4: Visualização no microscópio da água da torneira para verificar a presença de
bactérias.
4ª Aula: Os alunos utilizaram a massa de modelar solicitada, para fazer a célula de uma
bactéria com todos os seus constituintes, ao término da atividade serão expostos no
laboratório.
Trabalho para ser realizado em casa- Pesquisar 3 doenças causada por bactérias a
critério do aluno(a), onde deverá conter:
-Nome científico da bactéria causadora.
-O que é a doença.
-Sintomas da doença.
-Formas de tratamento.
-Se tem cura.
AVALIAÇÃO

 Participação, comprometimento com a disciplina, respeito. Peso-10.

 Realização do desenho da aula prática. Peso-10.

 Construção da célula procariótica de massa de modelar. Peso-10.


126

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Volume 2 Biologia


dos organismos. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.

FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª edição. São Paulo:


Moderna, 2005.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: Os seres vivos.


São Paulo: Editora Ática, 2010.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia volume único. 1ª edição. São Paulo: Editora
Saraiva, 2005.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia Ensino Médio. 2 ed. São Paulo: Editora AJS, 2013.

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PLANO DE AULA 2º ANO ENSINO MÉDIO 03/04/2017


TEMA: REINO MONERA

OBJETIVOS
GERAL

 Compreender a importância das doenças causadas por bactérias.

ESPECÍFICOS
 Verificar o lado positivo e negativo das bactérias na saúde humana.
 Ressaltar a importância da prevenção das doenças ocasionadas por bactérias.

CONTEÚDO

 ISTs causadas por bactérias.

METODOLOGIA

5ª Aula: Realização da chamada. Entrega de uma atividade avaliativa referente ao


que já foi estudado até então, com auxílio de materiais alternativos, como o livro didático, a
pesquisa realizada pelos mesmos e o caderno, assim deverá ser entregue na mesma aula.
6ª Aula: Cada aluno irá escolher uma bactéria para expor o que pesquisou,
127

compartilhando assim os conhecimentos com os demais alunos. Após a exposição dos


alunos será dado ênfase a duas ISTs, doenças bacterianas bem conhecidas e bastante
contagiosas a Herpes e a Sífilis com destaque, pois está muito disseminado na cidade de
Xanxerê, e sempre tem novos casos surgindo principalmente devido à falta de prevenção no
uso de preservativos. No caso da doença bacteriana Herpes, também é uma doença bem
comum porque não é só sexualmente transmissível, tem a Herpes Labial que através da
saliva se transmite, pelo compartilhamento de objetos (copos, cuia de chimarrão), toalha de
banho, ao cumprimentar devido a falta de assepsia nas mãos. A forma de contágio das ISTs
bacterianas e demais doenças é diversa, por isso dos cuidados com a higiene, não
compartilhamento de utensílios pessoal, uso de preservativos e toda e qualquer medida
profilática.
Ao final da aula será deixado como tema de casa uma pesquisa sobre as
Cianobactérias, para todos os alunos fazerem, contudo, vai ser para entregar para os alunos
que precisam de notas ou forem mal na prova, como forma de recuperação.

AVALIAÇÃO

 Pesquisa sobre três bactérias. Peso-10.


 Explanação sobre uma doença bacteriana. Peso-10.
 Participação, comprometimento com a disciplina, respeito.
 Atividade avaliativa. Peso-10.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Volume 2 Biologia


dos organismos. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.

FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª edição. São Paulo:


Moderna, 2005.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: Os seres vivos.


São Paulo: Editora Ática, 2010.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia volume único. 1ª edição. São Paulo: Editora
Saraiva, 2005.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia Ensino Médio. 2 ed. São Paulo: Editora AJS, 2013.
128

PLANO DE AULA 2º ANO ENSINO MÉDIO 06/04/2017


TEMA: REINO MONERA

OBJETIVOS

GERAL

 Avaliar o conhecimento adquirido pelos alunos.

ESPECÍFICOS

 Compartilhar conhecimentos.
 Debater de ideias.
 Verificar o nível de aprendizado assimilado, pelos alunos durante o estágio.

CONTEÚDO

 Reino Monera.

METODOLOGIA

7ª Aula: Realização da chamada. Aula voltada para assistir uma parte de um vídeo
muito interessante a respeito das superbactérias (tempo estimado de 35 minutos.), e fotos de
um exemplo de uma pessoa que contraiu a superbactéria.
8ª Aula: Entrega de todos os trabalhos, e a atividade de massinha de modelar em
forma de bactéria que ficou exposto no Laboratório, para os demais alunos da escola
apreciarem. Correção da atividade avaliativa. Contrapartida referente ao que os alunos
esperavam de nós na Árvore da Vida. Ao final da aula agradecimentos aos alunos e a
professora regente pelo comprometimento e colaboração durante todo o período de estágio.
AVALIAÇÃO

 Participação, comprometimento com a disciplina, respeito.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Volume 2 Biologia dos
organismos. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.
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FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª edição. São Paulo:


Moderna, 2005.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: Os seres vivos.


São Paulo: Editora Ática, 2010.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia volume único. 1ª edição. São Paulo: Editora
Saraiva, 2005.

MENDONÇA, Vivian L. Biologia Ensino Médio. 2 ed. São Paulo: Editora AJS, 2013.
130

17 APÊNDICE H

Atividades do dia da família na escola E.E.B. Kyrana Lacerda.

Figura 10: Entrada dos alunos com mensagens no chão.


Fonte: SIQUEIRA; PERUZZO (2017)
131

Decoração do dia da família na E.E.B. Kyrana Lacerda, organizado pelos professores e


demais funcionários da escola:

Figura 12: Recadinho dos alunos, direcionado para os pais.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

Feira do livro que ocorreu no dia da família:

Figura 16: Venda de livros, uma forma de incentivo a leitura e valorização do conhecimento.
Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)
132

Organização dos alimentos recebidos no dia da família na escola, pelos alunos, pais e
professores:

Figura 19: Sala de alimentação.


Fonte: PERUZZO; SIQUEIRA (2017)

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