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Este resumo foi elaborado através das aulas passadas pelo professor, e não substitui o estudo pela

doutrina. Assim oriento a você também dar uma revisada em alguma doutrina em referência ao assunto
abordado, bons estudos e boas provas!

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DIREITO CIVIL – RESPONSABILIDADE CIVIL

# RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE RUÍNA DE EDIFÍCIO OU CONSTRUÇÃO

1 - Previsão Legal: Artigo 937 do CC (O dono de edifício ou construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta).

Diferença entre edifício e construção: meramente teórica. Na prática não teria muita influência a
diferenciação;

Edifício: obra destinada a ser ocupada por pessoas, ou seja, voltado a habitação (exemplo: casa,
apartamento, salão, etc.);

Construção: obra destinada a ser usada por pessoas (exemplo: cerca, alambrado, estádio, rodovia, etc.);

2 – Fundamento Teórico: hipótese de responsabilidade civil OBJETIVA;

Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;

3 – Legitimidade passiva: quem seria o réu?

O dono do edifício ou construção (exemplo: caso do ninho do Urubu, o réu seria o Flamengo, pois ele
quem é o dono do edifício);

Exceção: nos casos de promitente comprador, seria a COHAPAR (a região de Umuarama foi loteada pela
COHAPAR – Companhia Habitacional do Paraná), onde a mesma realizava contratos de compra e venda
(parcelados) onde a COHAPAR seria promitente vendedora, e o comprador o Promitente Comprador,
nesse caso a responsabilidade seria da COHAPAR, mesmo com o devido compromisso de compra e
venda;

4 – Causa de Pedir

Ruína: infração ao dever de conversação do dono (exemplo: deterioração, desgaste, etc.), e pela omissão,
por não fazer o que deveria ter sido feito (exemplo: falta de reparos);
5 – Excludentes de ilicitude

A) Força maior: um terremoto, furacão e vendavais do tipo tornado ou ciclone;


Observação: apenas ventos fortes de temporal não gera excludente de ilicitude, precisa ser do tipo
tornado ou ciclone, ou seja, fora do comum;

B) Culpa da vítima: quando a ruína for provocada pela própria vítima, ou seja, o prédio está correto, mas
por conta da vítima que provoca a ruína, é excluída a responsabilidade;

C) Fato de terceiros: construções que utilizam a bate-estaca, da qual pode gerar ruínas, como rachaduras,
em outras edificações;

6 – Danos indenizáveis

Tanto os danos morais quantos os materiais (exemplo: estético, como queimaduras);

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# RESPONSABILIDADE CIVIL POR QUEDA OU ARREMESSO DE COISA EM LUGAR


INDEVIDO

1 – Previsão legal: Artigo 938 do CC (Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido);

2 – Fundamento Teórico: hipótese de responsabilidade civil OBJETIVA;

Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;

Direito ROMANO: actio de effusis et dejectis (onde o effusis é relacionado a efusão, ou seja, coisas
líquidas, como xixi, tinta, cuspe, etc. e o dejectis é relacionado a coisas sólidas, como uma garrafa, por
exemplo);

3 – Legitimidade passiva: quem seria o réu?

Aquele que habitar o prédio – pode ser o proprietário, locatário, usufrutuário, etc.

Teoria da Guarda: todo aquele que habita é chamado de guardião, assim algumas doutrinas irão falar
que a legitimidade passiva é a do guardião;

- Se houver pluralidade de habitantes? – a responsabilidade será de todos eles – são SOLIDÁRIOS!

Em caso de CONDOMÍNIO? – Primeiramente, condomínio nesse caso, vamos considerar um prédio


com sete andares. Primeiro tenta identificar a unidade que realizou o arremesso (apartamento nº ...), caso
não seja identificado é passado a toda a ALA e por fim todo o condomínio fica como responsável em caso
dos dois anteriores não derem certo. Neste caso é aplicada a teoria da causalidade alternativa, que pode
ser verificada no Resp. 64682 RJ, conforme a ementa:

RESPONSABILIDADE CIVIL. OBJETOS LANÇADOS


DA JANELA DE EDIFÍCIOS. A REPARAÇÃO DOS
DANOS É RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO. A
impossibilidade de identificação do exato ponto de onde parte
a conduta lesiva, impõe ao condomínio arcar com a
responsabilidade reparatória por danos causados à terceiros.

4 – Causa de Pedir

Queda de coisa ou o arremesso de coisa em lugar indevido;

5 – Excludentes de ilicitude

A) Culpa da Vítima: quando a vítima está em um lugar errado/indevido (exemplo: aquele lugar está
reservado para ser depósito de algo, com placas indicando, mas a pessoas acaba entrando onde não
deve);

B) Por força maior;

C) Pela prescrição (artigo 206, §3º, V do CC: que diz que a prescreve em três anos a pretensão de
reparação civil);

6 – Danos indenizáveis

A) Moral: você está vestido para uma formatura/casamento e cai um balde de tinta em você;

B) Material: que gere danificação a uma pessoa, veículo, animal, imóvel, etc. (por exemplo, durante uma
reforma cai um pedaço do cimento em cima do carro do vizinho);

7 – Requisitos do artigo 938 do Código Civil

A) Prédio habitado: os prédios em construção não são considerados nesse caso;


B) Queda ou arremesso de coisa: intencional ou acidental – teoria de culpa OBJETIVA;
C) Cair em local indevido: local por onde as pessoas andam;
D) Dano;

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# RESPONSABILIDADE CIVIL POR COBRANÇA ANTECIPADA DE DÍVIDA OU DE DÍVIDA JÁ


PAGA
1 – Previsão legal: Artigo 939 aos 941 do Código Civil;

Art. 939 (O credor que demandar o devedor antes de vencimento da dívida, fora dos casos em que a lei
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o perecimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro);

Art. 940 (Aquele que demandar de dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias
recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro
do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição);

Art. 941 (As penas previstas nos artigo 939 e 940 não se aplicarão quanto o autor desistir da ação antes
de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter
sofrido);

2 – Fundamento Teórico: hipótese de responsabilidade civil OBJETIVA;

Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;

Súmula 159 do STF: exige que seja comprovada a má-fé;

3 – Legitimidade passiva: quem seria o réu?

O credor: aquele que exige o pagamento antecipado ou em duplicidade (quando já pago);

4 – Causa de Pedir

A) Cobrança de dívida antes do vencimento: teoria do tempo do pagamento;


Art. 331 do CC (Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o
pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente) – interesse do devedor;

Art. 333 do CC (Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado
no contrato ou marcado neste Código), neste caso são as exceções: falência, insolvência, insuficiência
das garantias prestadas e penhora do bem dado em garantia);

B) Cobrança de dívida já paga: teoria do objeto do pagamento;


Art. 313 do CC (O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que
mais valiosa).

C) Cobrança além do que é devido;


5 – Sanções civis pelo artigo 941 do CC

A) Quando há cobrança antecipada – aguardar o tempo que faltava para vencer, descontar os juros
correspondentes e pagar custas em dobro;

B) Quando da dívida já paga – pagar em dobro a dívida totalmente paga, ou pagar o correspondente
(quando a dívida foi parcialmente paga);

6 – Danos Indenizáveis

A) Moral: quando em virtude do ato indevido do credor há um abalo ao direito de crédito do devedor
(exemplo: quando o nome é incluído no SERASA);

B) Material: quando em virtude do ato indevido do credor o réu perde um financiamento dentro de um
banco ou FIES, entre outros;

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# DA INDENIZAÇÃO

É a liquidação do dano;

Responsabilidade Civil no Código Civil:

A) Conceito de ato ilícito: artigo 186, 187 e 188 do Código Civil;


B) Legitimidade e causa de pedir: artigo 927 aos 941 do Código Civil – QUEM PAGA?
Art. 927: aquele que comete ato ilícito;
Art. 928: o incapaz;
Art. 936: dono do animal;
Art. 937: dono do edifício;
Art. 938: o que habita prédio;
C) Indenização: pedido indenizatório – do artigo 944 aos 954 do CC; - QUANTO SE PAGA?

1 – Previsão legal: Artigo 944 aos 954 do Código Civil e artigos 509 e seguintes do Código de Processo
Civil;

2 - Conteúdo da matéria: qual o objeto de estudo?

Para Orlando Gomes: “determinar quanto deve pagar o ofensor à vítima”;

- Perspectiva Civil: quantum debeatur: qual o valor da dívida;

- Perspectiva do Processo Civil: determina parâmetros legais para a formulação do pedido;

Para Carlos Roberto: “objeto de execução de título judicial ou de cumprimento de sentença”;


Artigo 319, IV do CPC: ... o pedido com suas especificações ...;

3 - Estrutura do Código Civil quanto a indenização

A) Disposições Gerais (diretrizes): dos artigos 944 aos 947 do Código Civil;

B) Disposições Específicas: A) Homicídio: art. 948 do CC;

B) Lesão Corporal: art. 949 e 950 do CC;

C) Esbulho: art. 952 do CC;

D) Ofensa a Honra: art. 953 do CC;

E) Cárcere privado: art. 954 do CC;

4 – Diretrizes Gerais

A) Regra: princípio da REPARAÇÃO TOTAL – art. 944, caput, do CC;

“A indenização mede-se pela extensão do dano” – Art. 402 e 403 do CC;

I=D

Onde que o I é o pedido indenizatório e o D é o prejuízo a ser indenizado;

D = de + lc ------, ou seja, ----- I = de + lc

Onde que o de é o dano emergente e o lc é o lucro cessante;

B) Responsabilidade Civil por motivos de EQUIDADE

- Previsão legal: art. 944, § único do CC (Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização).

- Qual o grau da Culpa? A) Grave: erro grosseiro – não cabe equidade (exemplo: passar sinal vermelho).

B) Leve: erro comum – não cabe equidade;

C) Levíssima: erro do perfeccionista – cabe a equidade!

- Natureza: fato modificativo do pedido – art. 350 do CPC – constitui defesa de mérito INDIRETA,
como objetivo de reduzir a indenização a ser paga;
- Interpretação: é uma interpretação restrita por já é uma EXCECÃO, uma vez que a regra é pagar tudo;

- Caráter Obrigatório: o juiz quem poderá definir;

I = D - Gc ------, ou seja, ------ I = (de + lc) - Gc

Onde que o Gc é o grau de culpa;

C) Culpa Concorrente

- Previsão legal: art. 945 do CC (Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do
dano).

- Incidência: responsabilidade dupla, OBJETIVA e SUBJETIVA;

- Fato modificativo do pedido: art. 350 do CPC – constitui defesa de mérito INDIRETA, como objetivo
de reduzir a indenização a ser paga;

- Noção: grua de participação da vítima no evento danoso, onde ambos estão errados (exemplo: um carro
avança a preferencial e o outro estava em alta velocidade);

- Quantificação: é influência da religião no direito – em tese a redução da indenização é de 50%, ou seja,


cada um fica com a culpa de metade da situação, e a indenização é reduzida pela metade;

I = D - Gc - Cc ------, ou seja, ------ I = [ (de - lc) – Gc ] - Cc

Onde que o Cc é a Culpa Concorrente;

- Critérios de fixação do dano: de acordo com o artigo 946 do CC;

A) Legal: “não houver na lei” – regime de prévia fixação do ano;

- hipóteses taxativas nos casos criminais;

B) Contratual: “não houver no contrato” – transação de multa;

C) Judicial: nos demais casos;

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# DO PEDIDO INDENIZATÓRIO EM CASO DE HOMICÍDIO


1 – Previsão legal: Artigo 948 do CC (No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras
reparações).

2 – Estrutura da norma: o pedido indenizatório em caso de homicídio;

Caráter exemplificativo das verbas inumeradas: sem excluir as outras reparações, como por exemplo, as
despesas com resgates e buscas ao corpo, etc.

Princípio da Reparação Integral: tratamento da vítima, funeral, luto, alimento, etc.

Danos Emergentes: A) despesa com tratamento da vítima;

B) despesa com o funeral;

C) despesa com o lucro;

Onde a alegação mais o comprovante das despesas devem ser juntados ao processo antes da Sentença;

Lucros Cessantes: pensão alimentícia (dano futuro);

3 – Verbas Indenizáveis – O QUE PODE PEDIR?

A) TRATAMENTO DA VÍTIMA

- Existência – houve tratamento? Se a reposta for SIM, cabe o pedido, já se a resposta for NÃO, então
não cabe o pedido (exemplo: caso da C-Vale);

- Quando ao efetivo desembolso: Quem pagou? – Pode ser um terceiro, familiar, o próprio espólio, etc.

Se for o SUS, não é obrigado a devolver o dinheiro;

Se for a SEGURADORA, pode cobrar a devolução do plano;

- Qual o limite econômico? – Quanto se paga? – Não há limite;

B) FUNERAL DA VÍTIMA

- Existência – houve tratamento? Se a reposta for SIM, cabe o pedido, já se a resposta for NÃO, então
não cabe o pedido;

- Quando ao efetivo desembolso: Quem pagou? – Pode ser o SUAS, LOAS, a seguradora, plano de
assistência funerárias, terceiro, familiar, amigo, etc.

- Qual o limite econômico? – Quanto se paga? – levar em consideração o padrão econômico da família.

C) LUTO DA FAMÍLIA

- Conotação do preceito – vestes pretas, santinhos, missa de sétimo dia, etc.


- Conotação atual – dano moral, com o fundamento da ausência marcante do falecido, leva-se em
consideração os sentimentos de perda e solidão;

- Legitimidade – familiares próximos.

VALOR: de 50 a 300 salários mínimos por pessoa viva e por morto. (exemplo pai
falece e deixa a mulher e uma filha, pode a mulher pedir a indenização e a filha pedir por indenização
também, recebendo cada um a sua);

D) PENSÃO ALIMENTÍCIA

- Previsão legal: art. 948, II do CC (II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima).

- Base de cálculo: 2/3 da renda da pessoa falecida (sendo essa renda divida para todos os necessitados e
não por pessoa);

Renda Comprovada: holerite ou comprovante de quanto recebe;

Renda efetiva/presumida: quando não se comprova – é feito pelo salário mínimo;

- Credores: dependentes efetivos – direito de acrescer (casamento único, morte e maioridade);

- Duração: sobrevida da vítima conforme o senso do IBGE;

Homem: 72,8 anos e Mulher: 79,9 anos;

DE ACORDO COM A PESSOA:_______________________

TRABALHADOR (empregado);

- O que possui carteira de trabalho;

- Qual é a base de cálculo? 2/3 da renda da pessoa – A) Com Categoria: sindicato (piso na convenção ou
acordo coletivo de trabalho), ou em caso de renda superior ao piso – pelo contrato individual;

B) Sem Categoria: remuneração comprovada, e se


não comprovar é o salário mínimo;

- Incorporação do 13º salário na indenização, pois é uma verba remuneratória;

- As férias não são incluídas, pois não tem natureza remuneratória, mas sim indenizatória;

- Em caso de desemprego – A) Profissão Definida: piso;

B) Sem Profissão: salário mínimo;


IDOSO

- Não é o que tem 60 anos ou mais, mas é aquele que ultrapassa a sobrevida (definida pelo IBGE);

Homem: 72 anos e Mulher: 79 anos;

- É acrescido de 05 a 10 anos – entendimento jurisprudencial (exemplo: morreu com 77 anos, é somado


até 10 anos a mais) em relação e pessoa;

CRIANÇA E ADOLESCENTE

- De 0 a 18 anos de idade;

- Termo inicial da pensão: limite Constitucional (16 anos e 14 anos – se aprendiz);

EXEMPLO: morte as 05 anos – termo inicial aos 14 anos (classe baixa) ou 16 anos (classe média/alta);

- Realidade Social: contribuição para economia doméstica;

EXEMPLO: Maísa (Silvio Santos) e Zé Picolé (2/3 do Salário Mínimo);

- Valor da Pensão: A) 2/3 da renda até 25 anos;

B) 1/3 da renda após os 25 anos;

JOVEM

- De 18 a 30 anos de idade;

- É levado em consideração se é solteiro ou casado/união estável;

- Solteiro: A) termo inicial: data da morte;

B) base de cálculo: renda comprovada;

C) valor da pensão: 2/3 até 25 anos e reduz para 1/3 após 25 anos;

- Casado: segue as regras do TRABALHADOR (empregado) ou AUTÔNOMO;

PESSOA COM RENDA DOMÉSTICA (do lar);

- Perigo da lógica formal (manipulação);

- Economia – A) Economicamente ATIVO;

B) Economicamente INATIVO – não sustenta, mas é sustentado. Não devia a ninguém, não
tem direito a pensão;

- Contribuição econômica INDIRETA – 2/3 do salário mínimo;


AUTONOMO (profissional liberal);

- Como Influenciador Digital, Advogado, Engenheiro, Motorista, Dentista, etc.

- Deve-se levar em consideração o padrão econômico do trabalhador;

- Renda Comprovada – pelo imposto de renda, ou outros comprovantes (exemplo é a fatura do cartão);

SEGURO DPVAT

- Súmula 246 do STJ: o valor o seguro deve ser descontado da indenização;

- Seguro Privado: Não é descontado – recebe o seguro por pagar o prêmio.

PRISÃO CIVIL POR ALIMENTOS INDENIZATÓRIOS

- CPC 73: não cabe prisão;

- CPC 2015 (atual): cabe prisão;

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# INZENIZAÇÃO DO DANO EM CASO DE LESÃO CORPORAL

1 – Previsão legal:

Art. 949 (No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido).

Art. 950 (Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão,
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros
cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que
se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu).

Verbas Comuns entre o 949 e 950 Verbas Específicas do 950

1 – despesa com tratamento 1 – pensão alimentícia

2 – lucro cessante

3 – dano moral

4 – dano estético
2 – Classificação das lesões

A) Quanto ao tempo de duração (de acordo com a lesão) ela pode ser:
PERMANTE ou TEMPORÁRIA (quem define e classifica é o perito);

B) Quanto a extensão (de acordo com a lesão) ela pode ser:


TOTAL ou PARCIAL (a parcial é a regra e total é a exceção), são exemplos de total a cegueira,
tetraplegia e a perda do movimento de ambos os quadris;

COMBINAÇÕES:___________________________

1 – Pode ser Permanente e Total;

2 – Pode ser Permanente e Parcial;

3 – Pode ser Temporária e Total;

4 – Pode ser Temporária e Parcial;

3 – Verbas Indenizáveis: Tratamento é diferente de despesas

Despesas: dano emergente: tem que ser comprovado!


Exemplo: médico, fisioterapeuta, etc.

A) Despesas com o Tratamento: Houve tratamento? Se sim, quem pagou? SUS, seguradora etc.

B) Lucro cessante: até a final convalescência (cura);

C) Algum outro tipo de prejuízo: os artigos 949 e 950 NÃO SÃO TAXATIVOS! Segue a regra do
Princípio da Reparação Integral;
DANO MORAL: ofensa ao direito da personalidade (direito a saúde);
DANO ESTÉTICO: súmula 387 do STJ (exemplo: cicatriz, amputação, etc.);
“nem toda lesão corporal gera dano estético”.

D) Pensão Alimentícia:
1 – Causas: Incapacidade total para o trabalho ou diminuição da capacidade de trabalho, onde que
ambos são definidos pelo perito;
2 – Base de cálculo: “o seu ofício ou profissão”;
3 – Duração: depende (se permanente ou transitória);
4 – Quantificação: de acordo com o laudo pericial (de 3% a 90%);
5 – Forma de pagamento: em prestação mensal (regra) ou em cota única (exceção) – em cota única
deve haver o pedido da parte e um arbitramento judicial (onde o juiz determina o valor a ser pago),
onde de acordo com o STJ, o Juiz deve analisar a capacidade econômica da parte;

E) Pedido Genérico: artigo 324, § 1º, II do Código de Processo Civil;

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# INZENIZAÇÃO PELO DANO EM CASO DE ESBULHO

1 – Previsão legal: artigo 952 do CC (Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da
coisa, a indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros
cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado).

2 – Hipóteses: A) usurpação – artigo 161 e 162 do Código Penal;

B) esbulho (ação possessória) – ato que priva a posse;

3 – Pedido Indenizatório: A) restituição da coisa (tutela específica) – reintegração de posse;

B) deteriorações (danos emergentes);

C) pelos lucros cessantes (exemplo: não conseguiu o plantio a tempo);

4 – Pedido de Sucessão: CABIMENTO: impossibilidade de restituição por perecimento (restituição do


equivalente em dinheiro);

- Caráter OBJETIVO: valor de mercado da coisa;

- Caráter SUBJETIVO: valor de afeição (carinho/apego);

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# INZENIZAÇÃO DO DANO EM CASO DE OFENSA A HONRA

Para essa aula o Professor utilizou o caso em que o ex-deputado Jean Willian na Internet ofendeu o
então governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

O crime de ofensa contra a honra é um HOMICÍDIO MORAL.

1 – Previsão legal: artigo 953 do CC (A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação
do dano que delas resulte ao ofendido).

2 – Hipóteses de Incidência:

A) Honra Objetiva – é a opinião da sociedade em relação a pessoa (“é o que dizem/pensam de alguém”).
Os crimes de Honra Objetiva são calúnia e difamação;

CALÚNIA: você FEZ algo contra o direito – é a imputação de fato falso e determinado como crime;
Exemplo: alegar que alguém matou alguém (homicídio).

DIFAMAÇÃO: você FEZ algo que não é criem – é a imputação de fato contra a reputação da pessoa;
Exemplo: alegar que alguém cometeu adultério;

- Veja que nos dois crimes o verbo é FAZER, ou seja, tem que ser a imputação de que alguém FEZ
algo, seja considerado crime (Calúnia), ou não (Difamação), e o fato deve ser FALSO!

B) Honra Subjetiva – está ligado ao íntimo da pessoa – ofende a dignidade da mesma;


O crime de Honra Subjetiva é Injúria;

INJÚRIA: é um adjetivo – alegar que alguém É alguma coisa;


Exemplo: alegar que alguém é bandido;

- Veja que nesse caso o verbo é SER, ou seja, tem que haver a imputação de que alguém É alguma
coisa;

3 – Verbas Indenizáveis: “reparação do dano que delas resulte ao ofendido”.

A) Dano Emergente – sendo este subdividido em dano material e dano moral;

Dano Material: - perdeu dinheiro por conta da ofensa, no momento da ofensa? Se a resposta for sim,
terá direito a reparação;

Dano Moral – arbitrado na esfera civil e criminal (fixação do valor arbitrado em condenação) – Em
casos em que o ofendido é famoso e tem seu nome vinculado nas mídias por conta da situação;

B) Lucro Cessante: - o ofendido deixou de ganhar algo com a situação? (Exemplo do caso do Cristiano
Ronaldo, que foi acusado de ter feito programa e não ter pago, as marcas cortaram o patrocínio do
mesmo, logo o mesmo deixou de ganhar o dinheiro);
4 – Falta de prova de dano material: artigo 953, § único (Se o ofendido não puder provar prejuízo
material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das
circunstâncias do caso).

- Nesse caso o juiz é quem irá arbitrar (fixar) – é a justiça ao caso concreto e a equidade só pode ser
utilizada quando a lei permitir sua utilização. Além disso, devem ser analisadas as CIRCUNSTÂNCIAS
do caso: quem é o ofensor? Quem é o ofendido? Qual foi a ofensa? Onde foi praticada a ofensa? Internet?
Mais de uma vez? O ofendido é celebridade? Todos esses quesitos são utilizados para a formação do
convencimento do Juiz ao julgar por equidade.

5 – Retratação:

A) Conceito: pedido formal de desculpas.


B) Sofre influência do direito Inglês – é muito utilizado na cultura inglesa;
C) Objetivo: reconstrução da reputação do ofendido;
D) Espécies: Privada: nos próprios autos do processo (podendo haver cláusula de não divulgação);
Pública: em jornais, murais, redes sociais, etc.

- Dentro de um mesmo processo pode haver o pedido cumulativo de indenização e de retratação, e


havendo a retratação não significa que o ofensor está livre da Indenização;

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# INDENIZAÇÃO DO DANO EM CASO DE OFENSA A LIBERDADE DE IR E VIR

Para essa aula o Professor utilizou o caso em do Paulinho, o massagista do Náutico, do qual ficou
dias preso, mas depois foi inocentado do crime que não cometeu, pois conseguiu comprovar através
de foto que no dia da ceia de natal estava com a sua família.

1 – Previsão legal: artigo 954 do CC (A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no
pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem
aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente).

2 – Hipóteses de incidência:
A) Cárcere privado (art. 954, § único, inciso I do CC): São exemplos quando o homem não deixa a
mulher, ou companheira, sair de casa, ou ainda quando um hospital não deixa a pessoa ir embora pois
não pagou a conta hospitalar, entre outros;

B) Má-fé (art. 954, § único, inciso II do CC): ocorre quando há maldade por parte da pessoa ou ainda que
envolva doenças psiquiátricas;

C) Prisão Ilegal (art. 954, § único, inciso III do CC): ocorro quando há erro do poder judiciário e a pessoa
fica presa por um crime que não cometeu, cabendo nestes casos processo indenizatório contra o
Estado.
Acontece muito nos casos de prisão ilegal, a Homonímia, onde são os casos em que as pessoas têm o
mesmo nome;

3 – Verbas Indenizáveis: “reparação do dano (liberdade de ir e vir) que delas resulte ao ofendido”, por
exemplo, um pai de família com filhos pequenos é preso (injustamente) e depois de 6 anos de reclusão
consegue provar a inocência, além de ter perdido o emprego, tempo de vida, ainda perdeu de acompanhar
6 anos de vida de seus filhos, cabendo indenização por reparação de danos morais ao mesmo, em face do
Estado.
- São todos os danos comprovados: A) danos emergentes;
B) lucros cessantes;
C) danos morais;

4 – Pedido Sucessivo: são os danos não comprovados, neste caso segue o artigo 953 do CC.

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