Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
doutrina. Assim oriento a você também dar uma revisada em alguma doutrina em referência ao assunto
abordado, bons estudos e boas provas!
_____________________________________________________________________________________
1 - Previsão Legal: Artigo 937 do CC (O dono de edifício ou construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta).
Diferença entre edifício e construção: meramente teórica. Na prática não teria muita influência a
diferenciação;
Edifício: obra destinada a ser ocupada por pessoas, ou seja, voltado a habitação (exemplo: casa,
apartamento, salão, etc.);
Construção: obra destinada a ser usada por pessoas (exemplo: cerca, alambrado, estádio, rodovia, etc.);
Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;
O dono do edifício ou construção (exemplo: caso do ninho do Urubu, o réu seria o Flamengo, pois ele
quem é o dono do edifício);
Exceção: nos casos de promitente comprador, seria a COHAPAR (a região de Umuarama foi loteada pela
COHAPAR – Companhia Habitacional do Paraná), onde a mesma realizava contratos de compra e venda
(parcelados) onde a COHAPAR seria promitente vendedora, e o comprador o Promitente Comprador,
nesse caso a responsabilidade seria da COHAPAR, mesmo com o devido compromisso de compra e
venda;
4 – Causa de Pedir
Ruína: infração ao dever de conversação do dono (exemplo: deterioração, desgaste, etc.), e pela omissão,
por não fazer o que deveria ter sido feito (exemplo: falta de reparos);
5 – Excludentes de ilicitude
B) Culpa da vítima: quando a ruína for provocada pela própria vítima, ou seja, o prédio está correto, mas
por conta da vítima que provoca a ruína, é excluída a responsabilidade;
C) Fato de terceiros: construções que utilizam a bate-estaca, da qual pode gerar ruínas, como rachaduras,
em outras edificações;
6 – Danos indenizáveis
_____________________________________________________________________________________
1 – Previsão legal: Artigo 938 do CC (Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido);
Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;
Direito ROMANO: actio de effusis et dejectis (onde o effusis é relacionado a efusão, ou seja, coisas
líquidas, como xixi, tinta, cuspe, etc. e o dejectis é relacionado a coisas sólidas, como uma garrafa, por
exemplo);
Aquele que habitar o prédio – pode ser o proprietário, locatário, usufrutuário, etc.
Teoria da Guarda: todo aquele que habita é chamado de guardião, assim algumas doutrinas irão falar
que a legitimidade passiva é a do guardião;
4 – Causa de Pedir
5 – Excludentes de ilicitude
A) Culpa da Vítima: quando a vítima está em um lugar errado/indevido (exemplo: aquele lugar está
reservado para ser depósito de algo, com placas indicando, mas a pessoas acaba entrando onde não
deve);
C) Pela prescrição (artigo 206, §3º, V do CC: que diz que a prescreve em três anos a pretensão de
reparação civil);
6 – Danos indenizáveis
A) Moral: você está vestido para uma formatura/casamento e cai um balde de tinta em você;
B) Material: que gere danificação a uma pessoa, veículo, animal, imóvel, etc. (por exemplo, durante uma
reforma cai um pedaço do cimento em cima do carro do vizinho);
_____________________________________________________________________________________
Art. 939 (O credor que demandar o devedor antes de vencimento da dívida, fora dos casos em que a lei
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o perecimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro);
Art. 940 (Aquele que demandar de dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias
recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro
do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição);
Art. 941 (As penas previstas nos artigo 939 e 940 não se aplicarão quanto o autor desistir da ação antes
de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter
sofrido);
Teoria do Risco: não se discute dolo, culpa, negligência, imprudência e imperícia, pois busca facilitar o
direito a indenização da vítima, desde que a mesma prove a ruína, o dano e o nexo causal;
4 – Causa de Pedir
Art. 333 do CC (Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado
no contrato ou marcado neste Código), neste caso são as exceções: falência, insolvência, insuficiência
das garantias prestadas e penhora do bem dado em garantia);
A) Quando há cobrança antecipada – aguardar o tempo que faltava para vencer, descontar os juros
correspondentes e pagar custas em dobro;
B) Quando da dívida já paga – pagar em dobro a dívida totalmente paga, ou pagar o correspondente
(quando a dívida foi parcialmente paga);
6 – Danos Indenizáveis
A) Moral: quando em virtude do ato indevido do credor há um abalo ao direito de crédito do devedor
(exemplo: quando o nome é incluído no SERASA);
B) Material: quando em virtude do ato indevido do credor o réu perde um financiamento dentro de um
banco ou FIES, entre outros;
_____________________________________________________________________________________
# DA INDENIZAÇÃO
É a liquidação do dano;
1 – Previsão legal: Artigo 944 aos 954 do Código Civil e artigos 509 e seguintes do Código de Processo
Civil;
A) Disposições Gerais (diretrizes): dos artigos 944 aos 947 do Código Civil;
4 – Diretrizes Gerais
I=D
- Previsão legal: art. 944, § único do CC (Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização).
- Qual o grau da Culpa? A) Grave: erro grosseiro – não cabe equidade (exemplo: passar sinal vermelho).
- Natureza: fato modificativo do pedido – art. 350 do CPC – constitui defesa de mérito INDIRETA,
como objetivo de reduzir a indenização a ser paga;
- Interpretação: é uma interpretação restrita por já é uma EXCECÃO, uma vez que a regra é pagar tudo;
C) Culpa Concorrente
- Previsão legal: art. 945 do CC (Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do
dano).
- Fato modificativo do pedido: art. 350 do CPC – constitui defesa de mérito INDIRETA, como objetivo
de reduzir a indenização a ser paga;
- Noção: grua de participação da vítima no evento danoso, onde ambos estão errados (exemplo: um carro
avança a preferencial e o outro estava em alta velocidade);
_____________________________________________________________________________________
Caráter exemplificativo das verbas inumeradas: sem excluir as outras reparações, como por exemplo, as
despesas com resgates e buscas ao corpo, etc.
Onde a alegação mais o comprovante das despesas devem ser juntados ao processo antes da Sentença;
A) TRATAMENTO DA VÍTIMA
- Existência – houve tratamento? Se a reposta for SIM, cabe o pedido, já se a resposta for NÃO, então
não cabe o pedido (exemplo: caso da C-Vale);
- Quando ao efetivo desembolso: Quem pagou? – Pode ser um terceiro, familiar, o próprio espólio, etc.
B) FUNERAL DA VÍTIMA
- Existência – houve tratamento? Se a reposta for SIM, cabe o pedido, já se a resposta for NÃO, então
não cabe o pedido;
- Quando ao efetivo desembolso: Quem pagou? – Pode ser o SUAS, LOAS, a seguradora, plano de
assistência funerárias, terceiro, familiar, amigo, etc.
- Qual o limite econômico? – Quanto se paga? – levar em consideração o padrão econômico da família.
C) LUTO DA FAMÍLIA
VALOR: de 50 a 300 salários mínimos por pessoa viva e por morto. (exemplo pai
falece e deixa a mulher e uma filha, pode a mulher pedir a indenização e a filha pedir por indenização
também, recebendo cada um a sua);
D) PENSÃO ALIMENTÍCIA
- Previsão legal: art. 948, II do CC (II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima).
- Base de cálculo: 2/3 da renda da pessoa falecida (sendo essa renda divida para todos os necessitados e
não por pessoa);
TRABALHADOR (empregado);
- Qual é a base de cálculo? 2/3 da renda da pessoa – A) Com Categoria: sindicato (piso na convenção ou
acordo coletivo de trabalho), ou em caso de renda superior ao piso – pelo contrato individual;
- As férias não são incluídas, pois não tem natureza remuneratória, mas sim indenizatória;
- Não é o que tem 60 anos ou mais, mas é aquele que ultrapassa a sobrevida (definida pelo IBGE);
CRIANÇA E ADOLESCENTE
- De 0 a 18 anos de idade;
EXEMPLO: morte as 05 anos – termo inicial aos 14 anos (classe baixa) ou 16 anos (classe média/alta);
JOVEM
- De 18 a 30 anos de idade;
C) valor da pensão: 2/3 até 25 anos e reduz para 1/3 após 25 anos;
B) Economicamente INATIVO – não sustenta, mas é sustentado. Não devia a ninguém, não
tem direito a pensão;
- Renda Comprovada – pelo imposto de renda, ou outros comprovantes (exemplo é a fatura do cartão);
SEGURO DPVAT
_____________________________________________________________________________________
1 – Previsão legal:
Art. 949 (No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido).
Art. 950 (Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão,
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros
cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que
se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu).
2 – lucro cessante
3 – dano moral
4 – dano estético
2 – Classificação das lesões
A) Quanto ao tempo de duração (de acordo com a lesão) ela pode ser:
PERMANTE ou TEMPORÁRIA (quem define e classifica é o perito);
COMBINAÇÕES:___________________________
A) Despesas com o Tratamento: Houve tratamento? Se sim, quem pagou? SUS, seguradora etc.
C) Algum outro tipo de prejuízo: os artigos 949 e 950 NÃO SÃO TAXATIVOS! Segue a regra do
Princípio da Reparação Integral;
DANO MORAL: ofensa ao direito da personalidade (direito a saúde);
DANO ESTÉTICO: súmula 387 do STJ (exemplo: cicatriz, amputação, etc.);
“nem toda lesão corporal gera dano estético”.
D) Pensão Alimentícia:
1 – Causas: Incapacidade total para o trabalho ou diminuição da capacidade de trabalho, onde que
ambos são definidos pelo perito;
2 – Base de cálculo: “o seu ofício ou profissão”;
3 – Duração: depende (se permanente ou transitória);
4 – Quantificação: de acordo com o laudo pericial (de 3% a 90%);
5 – Forma de pagamento: em prestação mensal (regra) ou em cota única (exceção) – em cota única
deve haver o pedido da parte e um arbitramento judicial (onde o juiz determina o valor a ser pago),
onde de acordo com o STJ, o Juiz deve analisar a capacidade econômica da parte;
_____________________________________________________________________________________
# INZENIZAÇÃO PELO DANO EM CASO DE ESBULHO
1 – Previsão legal: artigo 952 do CC (Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da
coisa, a indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros
cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado).
_____________________________________________________________________________________
Para essa aula o Professor utilizou o caso em que o ex-deputado Jean Willian na Internet ofendeu o
então governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
1 – Previsão legal: artigo 953 do CC (A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação
do dano que delas resulte ao ofendido).
2 – Hipóteses de Incidência:
A) Honra Objetiva – é a opinião da sociedade em relação a pessoa (“é o que dizem/pensam de alguém”).
Os crimes de Honra Objetiva são calúnia e difamação;
CALÚNIA: você FEZ algo contra o direito – é a imputação de fato falso e determinado como crime;
Exemplo: alegar que alguém matou alguém (homicídio).
DIFAMAÇÃO: você FEZ algo que não é criem – é a imputação de fato contra a reputação da pessoa;
Exemplo: alegar que alguém cometeu adultério;
- Veja que nos dois crimes o verbo é FAZER, ou seja, tem que ser a imputação de que alguém FEZ
algo, seja considerado crime (Calúnia), ou não (Difamação), e o fato deve ser FALSO!
- Veja que nesse caso o verbo é SER, ou seja, tem que haver a imputação de que alguém É alguma
coisa;
Dano Material: - perdeu dinheiro por conta da ofensa, no momento da ofensa? Se a resposta for sim,
terá direito a reparação;
Dano Moral – arbitrado na esfera civil e criminal (fixação do valor arbitrado em condenação) – Em
casos em que o ofendido é famoso e tem seu nome vinculado nas mídias por conta da situação;
B) Lucro Cessante: - o ofendido deixou de ganhar algo com a situação? (Exemplo do caso do Cristiano
Ronaldo, que foi acusado de ter feito programa e não ter pago, as marcas cortaram o patrocínio do
mesmo, logo o mesmo deixou de ganhar o dinheiro);
4 – Falta de prova de dano material: artigo 953, § único (Se o ofendido não puder provar prejuízo
material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das
circunstâncias do caso).
- Nesse caso o juiz é quem irá arbitrar (fixar) – é a justiça ao caso concreto e a equidade só pode ser
utilizada quando a lei permitir sua utilização. Além disso, devem ser analisadas as CIRCUNSTÂNCIAS
do caso: quem é o ofensor? Quem é o ofendido? Qual foi a ofensa? Onde foi praticada a ofensa? Internet?
Mais de uma vez? O ofendido é celebridade? Todos esses quesitos são utilizados para a formação do
convencimento do Juiz ao julgar por equidade.
5 – Retratação:
_____________________________________________________________________________________
Para essa aula o Professor utilizou o caso em do Paulinho, o massagista do Náutico, do qual ficou
dias preso, mas depois foi inocentado do crime que não cometeu, pois conseguiu comprovar através
de foto que no dia da ceia de natal estava com a sua família.
1 – Previsão legal: artigo 954 do CC (A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no
pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem
aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente).
2 – Hipóteses de incidência:
A) Cárcere privado (art. 954, § único, inciso I do CC): São exemplos quando o homem não deixa a
mulher, ou companheira, sair de casa, ou ainda quando um hospital não deixa a pessoa ir embora pois
não pagou a conta hospitalar, entre outros;
B) Má-fé (art. 954, § único, inciso II do CC): ocorre quando há maldade por parte da pessoa ou ainda que
envolva doenças psiquiátricas;
C) Prisão Ilegal (art. 954, § único, inciso III do CC): ocorro quando há erro do poder judiciário e a pessoa
fica presa por um crime que não cometeu, cabendo nestes casos processo indenizatório contra o
Estado.
Acontece muito nos casos de prisão ilegal, a Homonímia, onde são os casos em que as pessoas têm o
mesmo nome;
3 – Verbas Indenizáveis: “reparação do dano (liberdade de ir e vir) que delas resulte ao ofendido”, por
exemplo, um pai de família com filhos pequenos é preso (injustamente) e depois de 6 anos de reclusão
consegue provar a inocência, além de ter perdido o emprego, tempo de vida, ainda perdeu de acompanhar
6 anos de vida de seus filhos, cabendo indenização por reparação de danos morais ao mesmo, em face do
Estado.
- São todos os danos comprovados: A) danos emergentes;
B) lucros cessantes;
C) danos morais;
4 – Pedido Sucessivo: são os danos não comprovados, neste caso segue o artigo 953 do CC.