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O paciente infantil
Concepção à adolescência:
• 0-36 meses
• 3-6 anos
• 6-12 anos
• 12-17 anos
0-36 meses
Durante o primeiro ano de vida, o choro é uma parte muito importante dessa conexão com a
mãe, com a família, com os adultos ao redor. Com 2/3 meses depois, o sorriso começa a ser
social, escolhido. As 4 maiores áreas do desenvolvimento cognitivo, que foram identificadas por
Mussen em 1984:
Linguagem
Emoção: 0 a 36 meses
Socialização
No 2º ano de vida temos uma linguagem que permite o aprendizado e o relacionar, necessidade
em testar a independência (quer mostrar que come sozinha, que faz as coisas sozino, que solte
a mão dele no shopping pra andar sozinho) – período dos ‘’terríveis dois’’, a criança chora, se
joga no chão, quando a mãe vai pegar pelo braço, ele amolece o corpo. Mas, essa fase passa!
Porém, precisa ser conduzida da forma correta (não dar atenção, criança levanta e chora na sua
frente para ser notada). Essa fase no consultório existe, e é importante ter a mãe por perto no
atendimento para conseguir driblar esse atendimento com mais tranquilidade. Manutenção da
afetividade e necessidade de aprovação são outros pontos importantes, durante os dois anos
que precisam ser trabalhados. E à medida que
você vai conduzidndo todos esses momentos,
a afetividade vai sendo mais expressa e a
necesisdade de aprovação se mantém por
mais um tempo.
*O ideal é que a primeira visita não aguarde até o 3º ano de vida, essa é a fase mais facil de
examinar. Mas, a primeira visita deve ser até os 12 meses, ou ao erupcionar o primeiro dentinho.
Também não deve ultrapassar os 12 meses, chegou aos 12 meses, com ou sem dentes, o bebê
deve ir para sua consulta! Antes da erupção dos primeiros dentinhos, limpar os tecidos moles
com gaze úmida ou escova de dedo (material: silicone)
Entre os 3 e os 4 anos,
temos a idade pré-escolar!
Onde a criança está indo
para a escola mesmo, com
intuito de aprendizado. Tem
uma expansão grande das
relações sociais e com isso o
desenvolvimento da razão, à
medida que se aproxima dos
6-7 anos, tem uma criança
com capacidade maior de
racionalizar de ter um
entendimento melhor das
coisas, perguntas mais
inteligentes, mais elaborados. O pensamento de imagens/simbólico e não sofisticado começa
existindo, e à medida que a criança vai se aproximando da idade escolar, esse pensamento
simbólico vai deixando de existir. O pensamento simbólico é interessante para trabalharmos
durante o manejo, brincar com a imaginação da criança mesmo, falar de super-heróis, desenhos
animados
-Identidade e autoestima
-Autodisciplina
-Vontade própria
-Imagem corporal
-Iniciam-se as decepções
-Não suportam bem serem motivo de risos – ‘’fazer pouco’’ não é legal para essa criança
-Experiências pessoais próprias (entusiasmo) – entusiasmo maior pelas conquistas (tirar nota
boa em prova)
Sucesso da consulta
Depende de:
-História médica – crianças especiais, com síndrome, com hospitalizações frequentes, com
problemas de saúde, tendem a ser influenciadas pela história prévia delas
Dúvida: a presença dos pais na consulta é boa ou não? Houve uma mudança de paradigma, em
que se entendia que a presença dos pais, era algo negativo, que era para a criança ficar só com
o profissional, porque TODA criança teria um comportamento ruim! Esse paradigma já caiu, mas,
tem profissionais que se prendem a ele. É melhor que seja apenas um acompanhante (ou o pai,
ou a mãe), alguma pessoa que a criança se sinta segura e tranquila (avô, tia, com consentimento
dos pais, caso não seja o pai ou a mãe). Dos 2 aos 3 anos de vida é indispensável a presença do
pai/mãe/responsável. A partir do 3º ano pode deixar os pais escolherem!
Escala de Frankl
Interessado, ri e se diverte –
Definitivamente positivo
A escala de Frankl não rotula a criança, como escala anteriores, ela classifica o comportamento
naquele momento. Porque a criança pode ter um comportamento positivo hoje, semana que
vem, ela ter um comportamento negativo por algo que aconteceu! Existem variáveis ao redor
da criança: casa, consultório, presença de anestesia, que vão influenciar o desfecho de um
comportamento. O interessante é você classificar a cada consulta, para você ter um parâmetro,
e para que o colega que for atender depois de você, possa ter uma ideia.
Entrevistando
Objetivos
Formatos
-Questionário
-Entrevista
-Reações à atendimentos anteriores – ‘’ele já foi atendido antes?’’ ‘’como ele se comportou?”’
-Nível de ansiedade dos pais – ‘’o senhor tem medo de dentista?”, porque as crianças sentem a
ansiedade dos pais
-Queixa principal – porque que a criança está ali no consultório (aparelho, dor de dente e etc.)
Técnicas de manejo
Conceitos Básicos
-Abordagem positiva
-Autenticidade
-Comunicação multissensorial – estar pronto para se comunicar com a criança de forma que ela
entenda a mensagem que você está passando. Isso diz respeito a linguagem verbal e não-verbal
-Escuta ativa – estar ativamente escutando o que as crianças estão dizendo, ou os pais
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-Modelagem do comportamento
-Controle de voz
-Comunicação não-verbal
-Reforço positivo
-Distração
1) Dizer-mostrar-fazer
1- Explicação verbal em linguagem acessível à idade – de uma forma que a criança entenda
(ex: ‘’hoje vamos dar banho nos dentinhos’’, ‘’você sabia que dentinho faz cocô?’’)
2- Demonstrar cuidadosamente os aspectos visuais, auditivos, olfatórios e táteis do
procedimento, em ambiente não ameaçador – mostrar o pote dappen, pedra pomes, a
pasta misturando, mostrar a cureta para a criança
3- Executar o procedimento sem desvios do que foi explicado ou demonstrado – não
acrescentar etapas que não foram explicadas
• Comunicação verbal e não-verbal + reforço positivo (eu expliquei, eu
demonstrei, eu fiz, se a criança
se comportou bem, dê parabéns,
pregue um adesivo de bom-
comportamento)
Objetivos:
Você diz, você demonstra e você faz, com ou sem colaboração, a técnica preconiza isso!
Objetivos:
Contraindicações: nenhuma
Essa técnica é mais nova! Vou perguntar a respeito da visita (‘’e aí? Como você acha que vai ser
hoje?’’) para ele expressar o que está pensando, o que está achando. Se você fez um
procedimento no dia anterior, você pergunta o que ele achou (‘’como foi ontem?”). Claro que
para fazer isso tem que ter uma criança com linguagem expressiva capaz de responder as
perguntas. Quando eu pergunto e ela responde que acha, eu pego esse gancho da resposta, e
explico esse procedimento através de demonstrações e linguagem não ameaçadora e
apropriada para a idade, principalmente para a idade cognitiva da criança! Aqui dentro dessa
técnica, podemos usar o Dizer, mostrar e fazer, eu pergunto, eu digo o que vou fazer e posso
demonstrar também. As técnicas não são isoladas, mas você trabalha em conjunto com todas.
Depois que eu explico, eu pergunto de novo (‘’você entendeu?”), a depender do que ela
responder, eu forneço mais informação. Quando a criança ainda está preocupada nesse segundo
momento que pergunto, eu vou lidar com a preocupação dela, explicando novamente, vamos
acessar o objeto da ansiedade e vamos tentar modificar
3) Modelagem do comportamento
Esboço de modelagem
-Modelagem
4) Controle de voz
-Objetivos:
O que menos importa é o que você diz, é como você diz. A criança vai estar muito mais ligada
na modulação da sua voz, do que nas suas palavras! Não é gritar com a criança, nem só falar alto
(embora isso possa acontecer)
-Objetivos:
Contraindicações: nenhuma
6) Reforço positivo
-Objetivos:
Contraindicações: nenhuma
Existem várias formas diferente de reforço positivo, mas de maneira geral é uma recompensa!
Pode ser feita de forma social e não social.
-Objetivos:
• Reduzir a percepção do
‘’desagradável’’
• Modificar comportamento
negativo ou de recusa
Contraindicações: nenhuma
-Diferentes filosofias
-Objetivos:
Contraindicações: pais que não queiram ou não possam oferecer suporte efetivo (quando
requisitado)
Existem diferentes filosofias, hoje a filosofia da presença dos pais tem aumentado mais! Em
geral, quando os pais não ficam presencialmente no consultório, é interessante ter uma câmera
na recepção para ver o seu filho sendo tratado
9) Estabilização protetora
-Considerar:
-Explicações à criança
Indicações:
Contraindicações:
Cuidados:
• Saúde da criança
• Duração e fixação da estabilização
• Não deve restringir circulação ou respiração (peito e extremidades)
• Tem que ter consentimento por escrito dos pais (o ideal é ser por escrito)
Métodos
-Corpo-a-corpo
-Papoose board
-Pedi-wrap
-Abridores de boca
Considerações
-Separação pais-criança
-Indumentária - nessa era da pandemia, em que usamos face shield, parece que as crianças já
estão se acostumando. A criança reage muito melhor a coisas coloridas, do que a cor branca
(bata colorida, gorro colorido), mais a criança reage bem. Crianças com história prévia de
internações hospitalares, múltiplas cirurgias não reagem bem a cor branca