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2022/2023
Relatório
Introdução
Na realização desta experiência, ocorre uma reação de precipitação entre o sulfato
de sódio e o cloreto de bário, originando um precipitado sólido, o sulfato de bário:
𝐵𝑎𝑆𝑂4 .
[𝑆𝑂4 2− (𝑎𝑞) + 𝐵𝑎𝐶𝑙2 (𝑎𝑞) ⟶ 𝐵𝑎𝑆𝑂4 (𝑠) + 2𝐶𝑙 − (𝑎𝑞)]
Equação 1 – Equação de precipitação entre o sulfato de sódio e o cloreto de bário.
Para este método foi necessário produzir uma suspensão coloidal uma vez que o
precipitado 𝐵𝑎𝑆𝑂4 iria para o fundo. Para isso, adicionou-se, em meio ácido, a
solução de cloreto de bário com Tween 20, o qual serviu para manter o precipitado
em suspensão coloidal.
A realização desta experiencia foi executado com um comprimento de onda de
650nm, uma vez que esta fosse realizada na zona do ultra-violeta, existiria o risco
de haver absorção de radiação devido à presença de outros componentes também
presentes na água como, por exemplo, os nitratos. Além disso, foi também
importante realizar-se o trabalho prático a 650 nm uma vez que este valor era
próximo ao tamanho das partículas do precipitado.
Parte Experimental
1. Reagentes
▪ Água da rede pública (amostra)
▪ Solução de ácido clorídrico (1:10, v/v)
▪ Solução de cloreto de bário com Tween 20
▪ Solução mãe de sulfato de sódio 267,6 mg/L
▪ Água desionizada
Estas soluções desempenharam um papel fundamental no estudo do sulfato na
amostra de água. Por exemplo, o ácido clorídrico impediu a precipitação de outros
iões, como o carbonato de bário, o que permitiu que esses não interferissem no
método executado.
A reação neste trabalho é de precipitação e, assim sendo, o precipitado iria para o
fundo. De modo a evitar esta situação usou-se o Tween 20, que serviu para manter
o precipitado em suspensão coloidal.
2. Equipamentos
▪ Espetrofotómetro de UV/Bis (feixe duplo) cujo modelo é UV-visible
recording spectrophotometer UV-260
3. Material
▪ Cuvetes de plástico (b=1 cm)
▪ Matrazes de 100 mL
▪ Bureta de 25,000 ± 0,050 mL
▪ Bureta de 50,00 ± 0,05 mL
▪ Micropipeta 500-5000 μL
▪ Material corrente de laboratório
4. Procedimento Experimental
2. Preparação da amostra
Resultados e Discussão
Cálculos prévios
Antes de ser executado o trabalho foi necessário efetuar cálculos para descobrir a
concentração do ião sulfato através da concentração de uma solução mãe de sulfato
de sódio 267,6 mg/L.
Posto isto, e sabendo que concentração do ião sulfato presente na solução de sulfato
de sódio era de 181,0 mg/L, foi possível determinar o volume inicial para se preparar
5 soluções padrão de sulfato com concentrações entre 5-50 mg/L. Deste modo,
escolheu-se as concentrações de 5,0; 15, 25,35, 45 mg/L para se colocar em matrazes
de 100 mL, junto com 1,0ml de solução de ácido clorídro e 5,0ml da solução de
cloreto de bário com Tween 20. De seguida, prefez-se até aos 50 ml com água
desionizada, utilizando uma bureta.
Soluções padrão de sulfato (𝑆𝑂4 2− ):
Solução 1- 5,0 mg/L
Solução 2- 15 mg/L
Vinicial = 4,144 mL
Solução 3- 25 mg/L
Vinicial = 6,906 mL
Solução 4- 35 mg/L
Vinicial = 9,669 mL
Solução 5- 45 mg/L
Vinicial = 12,43 mL
Solução 1
Vreal = 1,385 mL
Solução 2
Vreal = 4,145 mL
Creal= 15,00 mg/L
Solução 3
Vreal = 6,889 mL
Creal= 24,97 mL
Solução 4
Vreal = 9,699 mL
Creal = 35,11 mg/L
Solução 5
Vreal = 13,39 mL
Creal = 44,85 mg/L
Com este conjunto de dados foi possível traçar a curva de calibração do sulfato, com
o respetivo coeficiente de correlação e o 𝑆𝑦/𝑥 .
0,3 𝑟 2 = 0,994
0,25 𝑟 = 0,997
Turbidância
0,1
0,05
0
0 10 20 30 40 50
Concentração das soluções padrão de sulfato
0,35
𝑟 2 = 0,9996
0,3 𝑟 = 0,9998
0,2
y = 0,0071x - 0,0045
0,15
0,1
0,05
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Concentrações das soluções padrão
Coeficiente turbidimétrico
Amostra 1
Amostra 2
Amostra 3
Como resultado final das concentrações do sulfato apresentou-se a médias aritmética
e ao respetivo desvio padrão.
Desvio do branco:
Conclusão
Foi possível concluir que a concentração do sulfato na amostra de água foi de
(23,04± 0,76) mg/L. Todos os valores obtidos foram bastante precisos, com desvios
padrões muito baixos. O valor da concentração de sulfato obteve um erro percentual
de 15,2%, para o valor de referência de 20 mg/L, e de 61,6%, para um valor de
referência de 60 mg/L, os quais podem ser considerados relativamente altos
analisados individualmente. Contudo, uma vez que o valor obtido de 23,04 mg/L
está entre os valores de referencia, pode-se concluir que obtivemos uma boa exatidão
do resultado.
Na curva de calibração,obtida com as cinco soluções padrão, deferiu-se que o ponto
correspondente à concentração de 15,00 mg/L situava-se fora da reta e, por isso,
retirou-se esse mesmo ponto na realização de uma nova curva, de forma, a que todos
os restantes pontos formassem uma reta muito mais linear (r=0,9998). Com a
eliminação deste ponto, o coeficiente de correlação aumentou em relação ao obtido
anteriormente (r=0,9939), representado assim uma linearidade muito boa.
Relativamente aos devios padrão das regressões lineares (𝑆𝑦/𝑥 ), obtivemos valores
relativamente baixos, o que é favorável para se conseguir chegar a valores de
concentrações também mais baixos.
Referências bibliográficas