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Físico Química Experimental II – CQ051 – EQ B

Universidade Federal do Paraná


Prof.ª. Dra. Liliana Micaroni
Discentes do curso de Engenharia Química da UFPR
Beatriz Pacheco de Carvalho Brasil
Julia Brunheri
Paulo Vitor de Lima Carvalho

RELATÓRIO 5 – ADSORÇÃO DO AZUL DE METILENO EM FIBRAS DE


ALGODÃO

OBJETIVOS

Obter a curva padrão do azul de metileno, através da técnica de


espectrofotometria de absorção no UV-VIS.

TRATAMENTO DE DADOS

Parte I – Curva Padrão

A partir dos dados fornecidos foi calculado a concentração das amostras pela
seguinte relação:

𝑚 (1)
𝐶=
𝑉
Para a Tubo B, temos que:

0,003 𝑚𝑔 𝑚𝑔
𝐶𝐵 = = 0,60
5,0 . 10−3 𝐿 𝐿

Assim os dados fornecidos e os resultados obtidos para a concentração foram


compilados na tabela a seguir:

TABELA 1 – CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS PARA CONSTRUÇÃO DA CURVA


PADRÃO DO AZUL DE METILENO.
Solução Água destilada Concentração Absorbância, a
Tubo
estoque (Ml) (mL) AM (mg/L) 669 nm
A 0 5,0 0 0
B 0,2 4,8 0,60 0,062
C 0,5 4,5 1,50 0,153
D 1,0 4,0 3,00 0,353
E 1,5 3,5 4,50 0,458
F 2,0 3,0 6,00 0,694
G 2,5 2,5 7,50 0,824
H 3,0 2,0 9,00 0,990
I 3,5 1,5 10,5 1,114
FONTE: Os Autores, 2021.

Com base nos dados acima é possível realizar a construção da curva padrão
para o azul de metileno, a partir de uma solução a 15 mg.L-1.

GRÁFICO 1 – CURVA PADRÃO DO AZUL DE METILENO

1,2

1
Absorbância, a 669 nm

0,8

0,6

0,4

0,2
y = 0,1085x + 0,0029
R² = 0,9967
0
0 2 4 6 8 10 12
Concentração (mg/L)

FONTE: Os Autores, 2021.

A partir da equação da reta obtida podemos determinar o coeficiente de


extinção molar da substância, pelo Lei de Lambert-Beer:

𝐴 = 𝜀𝑏𝑐
Em que:

A é a absorbância da amostra;

ε é a absortividade molar da espécie;

b é o caminho óptico, e nesta prática em especifica b = 1cm;

c a concentração da substância.

Portanto,

𝐿 0,1085 𝐿 × 𝑚𝑔−1 0,1085 𝐿 × 𝑚𝑔−1


𝜀𝑏 = 0,1085 ⟹𝜀= =
𝑚𝑔 𝑏 1 𝑐𝑚

𝐿
𝜀 = 0,1085
𝑐𝑚. 𝑚𝑔

Assim a absortividade molar da espécie é de 0,1085 L.cm -1.mg-1.

Já o coeficiente linear, 0,0029, corresponde aos desvios da Lei de Lambert-


Beer, decorrentes de erros experimentais.

Substituindo os valores obtidos, temos que:

𝐿
𝐴 = 0,1085 × 1𝑐𝑚 × 𝑐
𝑐𝑚. 𝑚𝑔

Parte II – Absorção de AM em algodão

Para determinar o volume de solução de AM a 250 mg/L necessário para as 7


amostras de 50 ml, variando a concentração de 5 a 50 mg/L, utilizamos o princípio da
diluição em que há conservação do soluto e o aumento do volume da solução,
ocorrendo a diluição.

𝑚 = 𝑚′ (2)
Isolando m em ( 1 ) e substituindo em ( 2 ) obtemos que:

𝐶. 𝑉 = 𝐶 ′ . 𝑉′

Em que a apostrofo indica após diluição.

Para o frasco 1, temos que:

𝑚𝑔 𝑚𝑔
250 .𝑉 = 5 . 50 𝑚𝑙
𝐿 𝐿
5 . 50 𝑚𝐿
𝑉= = 1 𝑚𝑙
250

O mesmo procedimento foi realizado para a demais amostras e os resultados


foram compilados na tabela a seguir:

TABELA 2 – SOLUÇÕES DE AZUL DE METILENO

Frasco Concentração (mg/L) Volume da solução a 250 mg/L (ml)


1 5 1
2 10 2
3 15 3
4 20 4
5 30 6
6 40 8
7 50 10
FONTE: Os Autores, 2021.

CONCLUSÃO

Com a observação dos dados obtidos com a primeira parte do experimento é


facilmente observável que soluções mais concentradas, ou com maior volume da
solução original de azul de metileno, possuem maior absorbância, o que se é esperado
uma vez que as soluções possuem sua coloração mais acentuada. Além disso, com
a regressão linear de absorbância em relação à concentração e comparando com a
lei de Lambert-Beer pode-se observar que os pontos se encaixam adequadamente,
R2 = 0,9967, o que se é esperado tendo em vista que as amostras estão em baixa
concentração, critério essencial para a aplicação da lei de Lambert-Beer.

A segunda parte do experimento consistiu na diluição de soluções a fim de


preparar amostras para a seguinte prática da adsorção do azul de metileno em fibras
de algodão. Onde de modo geral obteve-se que com o princípio da conservação de
massa, soluções que continham maior quantidade da solução original, portanto maior
massa de azul de metileno, possuem maior concentração deste mesmo com a adição
de água.

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