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Laboratório B1 – MIA
Relatório Trabalho 7
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➢ Resumo/ Objetivos
Neste trabalho foi determinada a concentração do ião cloreto por meio da técnica de
potenciometria direta usando um elétrodo seletivo e recorrendo a padrões externos.
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➢ Resultados/ Discussão
Começou-se por se preparar uma solução intermédia aproximadamente 0,010 M em ião
Cl- por diluição da solução mãe de NaCl 0,200 M.
Cálculo da massa de NaCl pesada
Solução mãe de NaCl 0,200 M
M(NaCl) = 58,44 g/mol
V= 100 mL
𝑛
𝑐 = ⇔ 𝑛 = 𝑐 × 𝑉 ⇔ 𝑛 = 0,200 × 100 × 10−3 = 0,0200 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
𝑉
Padrão 1
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 ×𝑐𝑠𝑜𝑙.𝑚ã𝑒 0,200 × 5
𝑐 × 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑐𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 1 × 𝑉 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔ 𝑐𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 1 = =
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 50,00
= 0,02 𝑀
Padrão 4
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 × 𝑐𝑠𝑜𝑙.𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚é𝑑𝑖𝑎 5 × 0,010
𝑐 × 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑐𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 4 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔ 𝑐𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 4 = =
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 50,00
= 0,001 𝑀
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Repetiu-se o mesmo processo para os restantes padrões, tendo-se obtido os resultados de 0,010
M (padrão 2); 0,004 M (padrão 3); 0,00050 M (padrão 5) e 0,0002 M (padrão 6). Os dados
necessários para a preparação destas soluções estão apresentados na Tabela 1
Preparação da amostra
Para os padrões foi determinada previamente a concentração necessária de eletrólito
forte (NaNO3) de modo que os iões de cloro dos padrões tivessem uma influência
desprezável na força iónica, podendo assim admiti-la como constante. De seguida
iremos calcular o volume necessário de solução de NaNO 3 1 M necessário para µ ser
constante (= 0,50).
𝜇 = 0,50
[𝑁𝑎𝑁 𝑂3 ] = 1,0 𝑀
V = 100 mL
1 1
𝜇= ([𝑁𝑎 + ] (+1) 2 + [𝑁𝑂3− ] (−1)2 ) ⇔ 0,5 = (2𝑐𝑖 ) ⇔ 𝑐𝑖 = 0,50 𝑀
2 2
[𝑁𝑎𝑁 𝑂3− ] = 0,5 𝑀
𝑛 0,05
𝑐 = ⇔ 𝑉 = ⇔ 𝑉 = 0,05 𝐿 ⇔ 𝑉𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑁𝑂3− 1,0 𝑀 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜇 𝑠𝑒𝑟 0.50 = 50 𝑚𝐿
𝑉 1,0
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concentração de cloreto em cada padrão como a abcissa do gráfico e o potencial
medido como a ordenada. Os dados utilizados remetentes aos padrões encontram-se na
Tabela 2.
Tabela 2 – Dados relativos aos padrões de calibração e potenciais medidos para traçar a
reta de calibração
Log da
Potencial (mV)
Concentração (M) Concentração
P1 0,0002 -3,700 335
P2 0,0005 -3,300 323
P3 0,0010 -3,000 308
P4 0,0040 -2,400 278
P5 0,0100 -2,000 256
P6 0,0200 -1,700 240
Amostra 277
A partir dos dados da Tabela 2, foi possível traçar o gráfico presente na Figura 1
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∑ (𝑦𝑖 − 𝑦𝑐𝑎𝑙𝑐 )2
=√
{𝑖
𝑆𝑦 ⁄ 𝑥 = 5,267
𝑛−2
𝑆𝑦 ⁄ 𝑥
𝑆𝑚 = = 23,27
∑ ( 𝑥𝑖 −𝑥𝑚 )2
{𝑖
∑
{𝑖
𝑥𝑖2
𝑆𝑏 = 𝑆 𝑦 ⁄ 𝑥 √ = 64,59
𝑛 ⋅ ∑ (𝑥𝑖 . 𝑥 𝑚 )2
b experimental = - 0,04874 V
|𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 exp − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜| |−0,04874 − 0,0577 |
𝐸𝑟𝑟𝑜 (%) = ⋅ 100 = ⋅ 100
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 −0.0577
= 15,5 %
O elétrodo não apresenta resposta Nerstiana, pois apresenta um erro superior a 10%, e
uma vez que o declive obtido não está de acordo com o valor tabelado, o que pode ter
sido devido a um erro de preparação de um dos padrões externos, no nosso caso o
padrão 1 que apresenta um valor de potencial um pouco desviado da reta de calibração.
Amostra analisada
A diferença de potencial obtida pela amostra foi de 277 mV. Aplicando a equação da
reta para obtenção da concentração da amostra:
277 = −48,74𝑥 + 159,22 ⇔ 𝑥 = −2,42 = log(𝑐 )
c = 10 – 2,42 = 0,0038 M = 3,8 * 10 -3 M
Desta forma, conclui-se que a concentração da amostra diluída foi de 3,8 * 10 -3 M e a
concentração da amostra original foi de 3,8 * 10 -2, uma vez que a diluição tinha um
fator de 10x (foram pipetados 10,00 mL de amostra para um balão de 100,0 mL). O
valor de log (c) obtido para esta amostra encontra-se relativamente próximo do
centroide da reta:
−3,700−1,700
Centróide = = −1,00
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Logo não foi necessário executar qualquer diluição uma vez que o valor de potencial
obtido, 277 mV, encontra-se dentro da gama de resposta dos padrões, próximo do
centroide da reta de calibração.
Determinação do intervalo de confiança a 95 % da amostra diluída
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Procedeu-se então ao cálculo do intervalo de confiança para a calibração com padrões
externos:
𝑆𝑦 ⁄ 𝑥 1 1 ( 𝑦0 − 𝑦𝑚 )2
𝑆𝑥0 = ⋅√ + + 2 = −2,956
𝑏 𝑚 𝑛 𝑏 ⋅ ∑ ( 𝑥𝑖 − 𝑥𝑚 ) 2
Considerando t(n-2) = t (4) = 2,776, tem-se como intervalo de confiança de log (c):
𝐼𝐶log (𝑐) ( 95%) = 𝑥0 ± 𝑡(𝑛 − 2) ⋅ 𝑆𝑥0 = − 8,2 ± 0,30
Para se obter a incerteza da concentração da amostra diluída foi necessário recorrer à lei
da propagação das incertezas. Assim, como
Δ𝑐 = ln( 10) ⋅ 10− 𝑥 ⋅ 𝑆𝑥0 = 2,303 ⋅ 10−2,42 ⋅ −2,956 = −0,0258M
➢ Conclusão
Neste trabalho utilizamos o método de potenciometria direta usando um elétrodo
seletivo para determinarmos a concentração de cloreto na amostra.
Através da reta de calibração construída com o auxílio de padrões externos obtivemos
que a concentração de cloreto na amostra é de 0,038 M, por não termos um valor de
referência não é possível determinar se o valor obtido é exato ou não.
O elétrodo utilizado deveria apresentar resposta Nerstiana, mas isso não se verificou,
pois, o erro entre o valor do declive teórico e o valor do declive obtido foi superior a
10%. Um possível motivo para isso pode ser uma má preparação dos padrões ou uma
leitura incorreta da diferença de potencial.
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➢ Referências Bibliográficas
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