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RELATÓRIOS TRABALHOS

LABORATORIAIS
Métodos Instrumentais de Análise II

2º ANO, 2ºSEMESTRE
2022/2023- TURMA 11
TATIANA DE JESUS VEIGA ALVES- UP202105571
Trabalho 4

Título- Determinação voltamétrica do paracetamol numa forma farmacêutica;

Objetivo- Este trabalho tem como objetivo a determinação do teor de paracetamol


numa forma farmacêutica em pó por voltametria de onda quadrada (SWV), recorrendo
a um equipamento designado de DROPSENS;

Introdução- A determinação do teor de paracetamol neste trabalho é realizada com


recurso a uma técnica voltamétrica, a voltametria de onda quadrada. Para tal, recorre-
se a um elétrodo impresso, constituído por um elétrodo de carbono, um elétrodo
auxiliar de carbono e um elétrodo de pseudo-referência (evidenciado no desenho
experimental). A aplicação de um varrimento de potencial permite determinar a
intensidade de corrente de pico (Ip), que resulta da oxidação do paracetamol ocorrida à
superfície do elétrodo de carbono, dando origem a uma onda. A onda gerada apresenta
um potencial de pico (Ep) mais ou menos constante e independente da concentração
considerando uma determinada solução tampão Verifica-se que as alturas em
intensidade de corrente anódica (Ipa) das ondas voltamétricas de oxidação obtidas, são
diretamente proporcionais à concentração, pelo que utilizando concentrações
crescentes de paracetamol (diferentes padrões) é possível a obtenção de uma curva de
calibração que relaciona a Ipa (mA) com as concentrações dos padrões e, deste modo,
por interpolação gráfica determinar a concentração de paracetamol na forma
farmacêutica.
Desenho experimental

Figura 1-Potenciostáto Portátil

Procedimento
1. Preparação dos padrões

Preparar cada eppendorf segundo a tabela abaixo:

Tabela1-Dados para preparação

Padrão Solução tampão Solução padrão de Concentração


acetato (μL) paracetamol (μL) paracetamol (mg/mL)
1 950 50 0,01
2 900 100 0,02
3 800 200 0,04
4 700 300 0,06
5 600 400 0,08
6 500 500 0,10
2. Preparação da amostra

Dados experimentais
m (Saqueta)= 5,3131g

m(paracetamol)= 0,059g

m (efervescente)= 0,205 g

1. Valores da intensidade da corrente do pico (Ipa) e potencial do pico (Ep) dos


padrões
Tabela 1- Dados Experimentais dos padrões

Padrões Altura da onda volumétrica (uA) Potencial do pico (mV)


1 1,577 0,550
2 3,091 0,560
3 6,089 0,560
4 8,031 0,570
5 9,945 0,570
6 11,646 0,520
2. Valores da intensidade da corrente do pico (Ipa) e potencial do pico (Ep) da
amostra
Tabela 2: Dados Experimentais da amostra

Amostra Altura da onda volumétrica (µA) Potencial do pico (mV)


Amostra de paracetamol 7,891 0,520

Cálculos

1. Cálculo da concentração da solução padrão

C(solução padrão) = massa de paracetamol/ V (balão)

= 59,0 mg/ 250 ml

=0,236 mg/ml

2. Cálculo da concentração das amostras

C (padrão) = Fator diluição x Concentração da solução padrão

Tabela 3: Dados referentes a cálculos

Padrões Fator diluição Concentração (mg/ml)


1 1:20 0,0118
2 1:10 0,0236
3 1:5 0,0472
4 3:10 0,0708
5 2:5 0,0944
6 1:2 0,118
3. Gráfico que relaciona a altura da onda volumétrica com as concentrações
padrões

Gráfico 1- Gráfico da curva de calibração

5.4. Determinação da quantidade de paracetamol (mg) por saqueta

Através da reta de calibração representada no Gráfico 1 é possível determinar a


concentração de paracetamol da amostra (mg/mL).

Sabendo que Ipa da amostra diluída é 7,067 mA (valor obtido experimentalmente),


temos que:

7,891=92,814x + 1,0083
⟺ 7,891 – 2,431 =92,814x
⟺ 𝑥 = 6,8827
92,814
⟺ 𝑥 = 0,0742 mg/ml

A concentração de paracetamol na amostra (0,06996 mg/mL) corresponde à


concentração de paracetamol no eppendorf.
A concentração de paracetamol no balão de 100 mL é 5 vezes superior à presente no
eppendorf, ou seja, 5x 0,0742= 0,371 mg/ml.
Para calcular a massa de paracetamol no balão é necessário realizar o seguinte cálculo:

𝐶 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 100 𝑚𝐿 = 𝑚 (𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙)/ 𝑉 (𝑏𝑎𝑙ã𝑜)


𝑚 (𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙) = 𝐶 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 100 𝑚𝐿 × 𝑉 (𝑏𝑎𝑙ã𝑜)
⟺ 𝑚 (𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙) = 0,371× 100
⟺ 𝑚 (𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙) = 37.1 mg

Sabendo a massa da amostra presente no balão (205,0 mg) e a concentração do balão


de 100 mL é possível calcular a % (m/m) de paracetamol na saqueta:

% (𝑚𝑚)⁄𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙= 𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙𝑏𝑎𝑙ã𝑜 100 𝑚𝐿 ×100


𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ã𝑜 100 𝑚𝐿
⟺% (𝑚𝑚)⁄𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙= (37.1 / 205,0) x 100
⟺% (𝑚𝑚)⁄𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙= 18,1 %

Sendo que a massa da saqueta é 5313,1 mg, podemos calcular a massa de paracetamol
(mg) presente na saqueta.

𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙 𝑛𝑎 𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎= (18,1×0,01) ×5313,1


⟺𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑐𝑒𝑡𝑎𝑚𝑜𝑙 𝑛𝑎 𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎=961,67 mg

Conclusão
Como o valor rotulado da concentração de paracetamol na amostra é de 1g e o valor
encontrado experimentalmente foi 961,67 mg podemos concluir um elevado grau de
concordância na experiência.
Trabalho 5
Título- Determinação de Quinino em água tónica por cromatografia líquida de alta
eficiência (HPLC)

Objetivos- Este trabalho tem como objetivo a determinação de quinino numa amostra
de água tónica por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com deteção por
fluorescência, através do método de padrão interno.

Introdução- Para a realização do trabalho recorremos a um fluorímetro, uma vez que


o quinino apresenta comportamento fluorescente, absorvendo no ultravioleta e
emitindo no azul. O equipamento está equipado com dois filtros de interferência (350
nm na excitação e 450 na emissão) e encontra-se acoplado a um HPLC. Uma vez que as
condições de operação são difíceis de manter estáveis ao longo do tempo, de forma a
melhorar a precisão do método instrumental, recorre-se ao método do padrão interno
de forma a melhorar a precisão do método instrumental. O padrão interno é uma
espécie que apresenta comportamento espectral e químico similar à espécie a
quantificar, o analito (neste caso o quinino), mas ausente na amostra. Como tal, neste
trabalho recorre-se ao ácido salicílico.
Neste trabalho, cada injeção cromatográfica corresponde à obtenção de dois sinais
analíticos (também referidos como “picos”):

o O primeiro apresenta um tempo de retenção de 1,6 minutos e uma altura


proporcional à intensidade de fluorescência do padrão interno.
o O segundo tem um tempo de retenção de 2,5 minutos e uma altura
proporcional à intensidade de fluorescência do quinino. Sendo que, o
registo de cada um dos sinais origina um “pico” é utilizada a razão das
alturas, ou as áreas, entre os dois sinais como medida instrumental.
Desenho Experimental

0,40 mL

0,60 mL

0,80 mL

1,20 mL

Lavar a seringa duas vezes com água desionizada.

Encha a seringa de injeção com a solução do balão 1 e rejeite o conteúdo da seringa.

Encha novamente a seringa para proceder à injeção no sistema cromatográfico. Eleve


gradualmente o caudal do eluente na bomba do cromatógrafo, aumentando em
intervalos de 20 em 20 o valor no painel da bomba. Espere cerca de 1 min antes de cada
aumento. Repita este procedimento até atingir o valor 98.
Dados Experimentais

C (solução padrão de quinino) = 50 mg/L = 0,05 mg/mL


C (solução padrão de ácido salicílico) = 200 mg/L = 0,200 mg/mL
V (água tónica utilizada) = 0,60 mL
V (balões) = 10 mL

1. Apresentação da tabela de valores


Tabela 1: Dados Experimentais

Balão 1 Balão 2 Balão 3 Balão 4 Balão A(amostra)


IF quinino 33.11 48.81 60.83 65.64 53,42
IF salicílico 63.81 49.44 37.46 32.73 44.73
Razão das alturas 0,5180 0,9880 1,6258 2,0064 1,1949

2. Tabela de valores para traçar gráfico


2.1. Cálculos adicionais
Para calcular a concentração de quinino (mg/mL) presente em cada
balão, realiza-se a seguinte operação matemática:

𝐶 (𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜) = 𝐶 (solução padrão de quinino) × 𝑉 (solução padrão


de quinino) /𝑉 (𝑏𝑎𝑙ã𝑜)
⟺ 𝐶 (𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜) = 0,05 × 𝑉 (solução padrão de quinino) / 10

Tabela 2: Dados referentes a cálculos


Balão Concentração do quinino (mg/ml) Razão das alturas
1 0,002 0,5180
2 0,004 0,9880
3 0,006 1,6258
4 0,008 2,0064
y = 255,15x + 0,0088
CURVA DE CALIBRAÇÃO R² = 0,9916
2,5

2
RAZÃO DAS ALTURAS

1,5

0,5

0
0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 0,008 0,009
CONCENTRAÇÃO DE QUININO (MG/ML
Gráfico 1: Curva de Calibração

3. Cálculo da amostra

Através do gráfico é possível extrapolar a concentração de quinino da amostra (mg/mL).

Sabendo que a razão das alturas da amostra é 1,1945 é possível calcular a concentração
de quinino no balão A.
1,945= 255,15𝑥 + 0,0088
⟺ 1,945 − 0,0088 = 255,15𝑥
⟺ 𝑥 = 1,9362 /255,13
⟺ 𝑥 = 0,007589 ⟺ 𝑥 = 0,008 𝑚𝑔/𝑚𝐿

Para calcular a massa de quinino no balão A é necessário realizar o seguinte cálculo:

𝐶 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴=𝑚 (𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜) / 𝑉 (𝑏𝑎𝑙ã𝑜)


⟺𝑚 𝑞𝑢𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴= 𝐶 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴× 𝑉 (𝑏𝑎𝑙ã𝑜)
⟺𝑚 𝑞𝑢𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴=0,008× 10
⟺𝑚 𝑞𝑢𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴=0,0800 𝑚𝑔
Como o volume da amostra (água tónica utilizada) é 1,20 ml, temos que:
𝐶 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎=𝑚 𝑞𝑢𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝐴 / 𝑉(𝑎m𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎)
⟺𝐶 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎=0,0800/ 1,20
⟺𝐶 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑖𝑛𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎=0,667 𝑚𝑔/𝑚𝐿

Conclusão
Como o valor rotulado da concentração de quinino numa amostra comercial de água
tónica é 70 mg/L e o valor encontrado experimentalmente foi 66,7 mg/L, podemos
concluir um elevado grau de concordância na experiência.

NOTA- Tive de repetir trabalho devido a valores errados. Quando repeti sem querer
apenas olhei para uma das colunas e desta forma só apontei dados para a altura dos
picos.
Trabalho 1
Título- Determinação Potenciométrica de Ácido Acetilsalicílico numa Forma
Farmacêutica

Objetivo- Determinação do ácido acetilsalicílico num pó contido numa saqueta de


Aspirina, através de uma titulação potenciométrica clássica e de uma titulação
recorrendo a um titulador automático.

Introdução-Neste trabalho recorreu-se a métodos potenciométricos, que se baseiam


na determinação da diferença de potencial das células eletroquímicas na ausência de
corrente. Foram utilizados elétrodos indicadores de membrana, que são seletivos de
iões, concretamente em função do pH. Na titulação potenciométrica clássica recorreu-
se a um potenciómetro e um elétrodo de pH combinado e na titulação automática
utilizou-se um titulador automático com elétrodo de pH combinado.

Figura 1: Potenciómetro com elétrodo de pH e Titulador Automático com elétrodo


de pH combinado
Desenho Experimental

1. Preparação das Amostras

2. Titulação Clássica
3. Titulação Automática

Dados Experimentais

1. Titulação Clássica

Tabela 1: Titulação Potenciométrica do AAS- Titulação Clássica

Vtitulante (mL) pH ΔpH ΔV ΔpH/ΔV(tit Vmédio Δ(ΔpH/ΔV) Δ(ΔpH/ Vmédio-médio (mL)


ulante) (mL) ΔV)/ΔV
0,00 3,79 --- 1,00 --------------- ------- ---------- ---------- -----
1,00 3,91 0,12 1,00 0,12 0,50 0,12 0,12 ------
2,00 4,05 0,14 1,00 0,14 1,50 0,02 0,02 1,00
3,00 4,19 0,14 1,00 0,14 2,50 0,00 0,00 2,00
4,00 4,34 0,15 1,00 0,15 3,50 0,01 0,01 3,00
5,00 4,51 0,17 1,00 0,17 4,50 0,02 0,02 4,00
6,00 4,69 0,18 1,00 0,18 5,50 0,01 0,01 5,00
7,00 4,92 0,23 1,00 0,23 6,50 0,05 0,05 6,00
8,00 5,22 0,30 1,00 0,30 7,50 0,07 0,07 7,00
9,00 5,73 0,51 1,00 0,51 8,50 0,21 0,21 8,00
10,00 6,44 0,71 1,00 0,71 9,50 0,20 0,20 9,00
11,00 7,21 0,77 1,00 0,77 10,50 0,06 0,06 10,00
12,00 9,97 2,76 1,00 2,76 11,50 1,99 1,99 11,00
13,00 10,59 0,62 1,00 0,62 12,50 -2,14 -2,14 12,00
14,00 10,94 0,35 1,00 0,35 13,50 -0,27 -0,27 13,00
15,00 11,08 0,14 1,00 0,14 14,50 -0,21 -0,21 14,00

2. Titulação Automática

Tabela 2: Titulação Potenciométrica do AAS- Titulação Automática

V equivalente NaOH ( mL) pH inicial pH final Nº moles de AAS


5,823 3 10 0,291

(𝐴𝐴𝑆) = [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻] × 𝑉𝑒𝑞. 𝑁𝑎𝑂𝐻

⟺ 𝑛(𝐴𝐴𝑆) = 0,05 × (5,823 × 10−3)

⟺ 𝑛(𝐴𝐴𝑆) = 0,291 mol

Cálculos

1. Determinação do Ponto de Equivalência


1.1. Pela Titulação Clássica
1.1.1. Através da curva potenciométrica
Gráfico 1: Titulação Potenciométrica do AAS- Titulação Clássica

O ponto de equivalência corresponde ao ponto (12,00; 9, 97). Como tal, V equivalente


de NaOH = 12,00 mL.

1.1.2. Pela 1º derivada

Gráfico 2: Titulação Potenciométrica do AAS- 1º Derivada

O ponto de equivalência corresponde ao ponto máximo da primeira derivada. Desta


forma corresponde ao ponto (12,00; 2,76). Como tal, V equivalente de NaOH = 12,00
mL.
1.1.3. Pela 2º Derivada

Gráfico 3: Titulação Potenciométrica do AAS- 2ºDerivada

O ponto de equivalência é dado pela interseção da curva com o eixo das abcissas. Para
determinar é necessário verificar qual a equação da reta que contém os pontos em que
a 2.ª derivada se apresenta linear. Sendo os pontos (12,00; 1,99) e ( 13,00 ; -2,14).

Gráfico 4: Representação da interseção com linha das abscissas


Calculando a interseção entre esta reta e o eixo das abcissas, temos que:
0=−4,13𝑥+51,55 ⇔𝑥=51,55/4,13 ⇔𝑥=12,48
Logo, V equivalente de NaOH = 12,48 mL

1.2. Cálculo da massa de AAS/ saqueta


1.2.1. Através dos resultados obtidos no traçado da 2ª derivada
(Titulação Clássica)

m saqueta = 0,8305 g
𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒. =𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒. × 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒.
⟺𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒. =0,05× (12,48×10−3)

⟺𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒. =6,24×10−4 𝑚𝑜𝑙

𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒.= 𝑛𝐴𝐴𝑆, uma vez que a estequiometria é de 1:1.


Este valor corresponde à quantidade de AAS em 20 mL.
Para calcular 𝑛𝐴𝐴𝑆 em 100 mL (solução da amostra) multiplicamos este valor por 5.
𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎= (6,24 ×10−4) ×5 ⟺
𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎=3,12×10−3 𝑚𝑜𝑙
Cálculo da massa de AAS (mg de AAS/saqueta)
M (ASS) =180,14 g/mol

𝑚 𝐴𝐴𝑆𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎=𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ×𝑀(𝐴𝐴𝑆)

⟺𝑚 𝐴𝐴𝑆𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎=3,12 ×10−3×180,14

⟺𝒎 𝑨𝑨𝑺𝒔𝒂𝒒𝒖𝒆𝒕𝒂=0,562 𝑔=𝟓62mg

1.2.2. Através da titulação automática

𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑛𝑜 𝑝.𝑒. = 𝑛𝐴𝐴𝑆, uma vez que a estequiometria é de 1:1.


𝑛𝐴𝐴𝑆=0,05 × (5,823 ×10−3)
⟺𝑛𝐴𝐴𝑆=2,91×10−4 𝑚𝑜𝑙

Este valor corresponde à quantidade de AAS em 10 mL.


Para calcular 𝑛𝐴𝐴𝑆 em 100 mL (solução da amostra), multiplicamos este valor por 10:
𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎= (2,91 ×10−4) ×10
⟺𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎=2,91×10−3 𝑚𝑜𝑙

Cálculo da massa de AAS (mg de AAS/saqueta)


M (ASS) =180,14 g/mol

𝑚 𝐴𝐴𝑆𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎=𝑛𝐴𝐴𝑆𝑠𝑜𝑙. 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎×𝑀(𝐴𝐴𝑆)

⟺𝑚 𝐴𝐴𝑆𝑠𝑎𝑞𝑢𝑒𝑡𝑎=2,91×10−3×180,14

⟺𝒎 𝑨𝑨𝑺𝒔𝒂𝒒𝒖𝒆𝒕𝒂= 0,524 𝑔=𝟓𝟐4 𝒎𝒈

Conclusão

Os resultados obtidos em ambos os métodos estão de acordo com o valor rotulado na


saqueta (500 mg). Os cálculos apresentam alguns desvios pelo que pode dever-se a a
erros associados às respetivas metodologias/técnicas. Como a titulação automática
induz a menos erros humanos podemos concluir que há um benefício na automatização
do procedimento.
Trabalho 2
Título-Estudo de um elétrodo seletivo e determinação potenciométrica do teor de
fluoretos num elixir

Objetivos- Estudo das características de um elétrodo seletivo (ESI) ao ião fluoreto,


determinação do seu limite prático de deteção (LPD), do limite inferior de resposta
linear (LIRL), do declive ou “slope” (S) e a determinação por potenciometria direta do
teor em fluoretos num elixir, através do método da curva de calibração, recorrendo a
um equipamento de potenciometria.

Introdução-Para estudar as características de um elétrodo seletivo é necessário


elaborar o traçado da curva de calibração do elétrodo. Ou seja, realizar um gráfico dos
valores da diferença de potencial da célula constituída pelo elétrodo seletivo e pelo
elétrodo de referência (representados por E e apresentados em mV) em função do
logaritmo de atividade, na prática a concentração, da espécie a que o elétrodo responde
(representado por log C e apresentado em mol. L-1), especificamente o potássio.

Na curva de calibração é possível distinguir-se três zonas, respetivamente A, B e C:

Zona A – zona em que o potencial do elétrodo se mantém constante com o aumento do


logaritmo da concentração;

Zona B – zona em que o potencial do elétrodo varia com a alteração da concentração


do ião principal na solução (neste caso, o flúor). No entanto, esta variação não respeita
a Equação de Nernst modificada e é referida como “zona de resposta não linear”, uma
vez que não é apropriada para a utilização do elétrodo para fins analíticos;

Zona C – nesta zona ocorre a variação do potencial do elétrodo em função do log do ião
de flúor , seguindo a Equação de Nernst modificada, sendo, como tal, uma zona
apropriada para a utilização do elétrodo para fins analíticos.
A Equação de Nernst modificada é a seguinte:

K – Constante dependente da natureza do elétrodo;

z - Carga da espécie iónica envolvida;

o O ponto de intersecção das extrapolações das zonas lineares da curva de


calibração (A e C) é designado por limite prático de deteção (LPD) e corresponde
à concentração a partir da qual o elétrodo deteta a espécie iónica.

o O ponto de passagem da zona de resposta não linear (B) para a zona de resposta
linear (C) é denominado Limite Inferior de Resposta Linear (LIRL). Este limite
corresponde à menor concentração a partir do qual o elétrodo tem uma resposta
linear com o aumento do logaritmo da concentração.

o A determinação do declive ou slope (S) é realizada com base na zona linear (C),
sendo assim possível fazer a determinação do potássio nesta zona. Assim, se o
slope estiver dentro dos limites onde se observa esta resposta linear e
garantindo reprodutibilidade no que diz respeito à força iónica, podemos
calcular a concentração do fluoreto numa determinada amostra.

Para ser possível a determinação do potássio numa amostra de elixir no presente


trabalho adiciona-se a um gobelé a solução ajustadora de força iónica e a amostra e
mergulham-se os dois elétrodos: o seletivo de ião de fluoreto e o de referência Ag/AgCl.

Figura 1: Equipamento de Potenciometria


Desenho Experimental

Desenho
1. Experimental
Estudo das características de um elétrodo seletivo ao ião potássio

TISAB F-

10 μL; 10 μL; 20 μL; 20 μL; 20 μL; 20 μL; 100 μL;


100 μL; 100 μL; 100 μL; 200 μL 300 μL; 1000 μL;
1000 μL; 1000 μL e 1000 μL

F- (0,001 mol/L

500 μL; 500 μL; 1000 μL; 1000 μL; 1000 μL e


1000 μL.

F- (0,10 mol/L)

2. Determinação do teor de fluoreto no Elixir

-
1 ml Elixir 9 ml TISAB
Dados Experimentais
Tabela 1: Dados Experimentais
V adicionado (µl) V total F-(mol/ L) Log (F-)(mol/L) E (mV)
(ml)
Solução de F: 0,001 mol/L
0 50,00 0 0 -260,5
10 50,01 2,00 × 10-7 -6,69906 -260,6
10 50,02 3,998 × 10-7 -6,39811 -260,7
40 50,06 1,199 × 10-6 -5,92134 -260,9
40 50,10 1,996 ×10-6 -5,69984 -261,0
100 50,20 3,984 × 10-6 -5,39967 -262,6
100 50,30 5,964 × 10-6 -5,22445 -265,4
100 50,40 7,937 × 10-6 -5,10037 -267,8
100 50,50 9,901 × 10-6 -5,00432 -270,6
200 50,70 1,381 × 10-5 -4,85991 -276,4
300 51,00 1,961 × 10-5 -4,70757 -283,0
1000 52,00 3,846 × 10-5 -4,41497 -298,7
1000 53,00 5,660 × 10-5 -4,24715 -309,1
1000 54,00 7,407 × 10-5 -4,13033 -318,9
1000 55,00 9,091 × 10-5 -4,04139 -324,3
Solução de F: 0,10 mol/L
50 55,05 1,817 × 10-4 -3,74076 -340,7
150 55,20 4,529 × 10-4 -3,34400 -372,3
300 55,50 9,910 × 10-4 -3,00393 -390,5
1000 56,50 2,743 × 10-3 -2,56172 -411,3
1500 58,00 5,259 × 10-3 -2,27913 -427,1
2000 60,00 8,417 × 10-3 -2,07486 -438,0

Amostra- -408,0 mV
Cálculos

1- Representação gráfica dos dados

ZONA ZONA
A B
ZONA
C

Gráfico 1: Traçado do calibrado do elétrodo seletivo do Flúor

Zona B y = -39,128x - 466,88


R² = 0,9951
-266
-5,15 -5,1 -5,05 -5 -4,95 -4,9 -4,85 -4,8 -4,75 -4,7-268-4,65
-270
-272
-274
E mV

-276
-278
-280
-282
-284
Log (F-)
Série1 Série2 Linear (Série1)
Linear (Série1) Linear (Série1) Linear (Série1)

Gráfico 2: Traçado linear da Zona B


y = -56,28x - 556,15
Zona C R² = 0,9913
0
-4 -3,5 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0
-100

-200
E mV

-300

-400

-500
Log ( F-)

Série1 Série2 Linear (Série1)


Linear (Série1) Linear (Série1)

Gráfico 3: Traçado linear da zona C

2. Cálculo de LPD (Limite Prático de Deteção), LIRL (Limite Inferior de Resposta Linear)
e S (Slope) e Análise dos Resultados

Zona A: y = -263,0

Observação: Para o traçado desta reta considerou-se apenas dois pontos experimentais,
uma vez que não existe um número de dados suficientes para fazer uma regressão
coerente.

Zona B- -39,128x -466,88


Zona C: y = -56,28x -556,15

3. Cálculo de LPD
Para o cálculo do LPD, determinou-se a interseção das duas retas referentes às zonas A
e C.
−263 = −56,28𝑥 − 556,15

⟺ −263,0 + 556,15 = −56,28𝑥


⟺ 293,15 = −56,28x
X= -5,2088
Log (F-) = -5,2088
F- = 6,183 x 10-6M
4. Cálculo do LIRL
Para o cálculo do LIRL consideramos o ponto a partir do qual se verificou resposta linear
com o aumento do log da concentração.
LIRL: 3, 96 x 10 ^-5 M

5. Cálculo do S
S= Declive da Zona C = 56,28

6. Cálculo da concentração de fluoreto no elixir

E elixir mV) = -408,0 mV

Para o cálculo da concentração do elixir no vinho utilizamos a reta correspondente à


zona C identificada no Gráfico 7, por ser a zona onde se encontra o valor obtido de
potencial para a amostra.

-408,0 =-56,28x – 556,15

⟺-56,28𝑥= -408,0 + 556,15


⟺𝑥= 148,15 / (-56,28)
⟺𝑥= -2,6324

log[F-]=−2,6324 ⇒[F-]= 2.33 x 10^-3 M no balão diluído. Por ml = 2,33 x 10 ^-2 mol/L
M (molar)= 19,0 g/mol
2.33 x 10^-2 M x 19,0=
⟺0,4427 g
⟺ 442,7 mg/ L

Conclusão

Existe no balão volumétrico 442,7 mg de Flúor por litro de amostra. Este valor está
referente ao mês de maio o que implica um desvio em relação ao valor de referência de
250 mg/ L devido a causas desconhecidas.
Trabalho 3
Título- Determinação condumétrica de ácido acético e ácido clorídrico em vinagre

Objetivos- Determinação do teor em ácido acético e ácido clorídrico em duas


amostras de vinagre através de uma titulação condutimétrica.

Introdução- A condutimetria permite medir a condutância (sendo esta a sua


grandeza), também referida como condutividade elétrica (G), de uma solução. A
condutância representa a facilidade com que uma solução conduz a corrente elétrica,
sendo que nos condutores elétricos a corrente é assegurada por um fluxo de iões que
possuem diferentes mobilidades.

Existem dois tipos de análises condutimétricas: a condutimetria direta e as titulações


condutimétricas.

o A condutimetria direta é um processo não seletivo, uma vez que a presença de


qualquer ião contribui para a condutância de uma solução.

o A titulação condutimétrica segue a variação da condutância da solução que


estamos a analisar à medida que o reagente titulado é adicionado. As titulações
condutimétricas (ao contrário das medições condutimétricas diretas) permitem,
assim, a determinação da concentração de um ião em solução, já que a reação
química que ocorre entre o titulante e o titulado origina alterações da
quantidade de iões presentes em solução com a substituição dos iões originais
por outros que apresentam diferentes mobilidades e, como tal, a condutância
da solução varia.

Tendo em conta estes aspetos, neste trabalho recorremos a uma titulação


condutimétrica para a determinação de ácido acético em duas amostras de vinagre,
utilizando como titulante uma base forte (NaOH).
A curva da titulação condutimétrica da amostra de vinagre contaminada com ácido
clorídrico apresenta três regiões lineares: a região I, que corresponde à neutralização do
ácido clorídrico, a região II, em que ocorre a neutralização do ácido acético, e a região
III, onde se evidencia a presença do excesso do titulante.

Em contraste, a curva da titulação condutimétrica da amostra de vinagre não


contaminada deverá apresentar apenas duas regiões: a região I na qual sucede a
neutralização do ácido acético (onde é possível observar inicialmente uma zona
curvilínea seguida de um aumento da condutividade) e a região II referente à presença
do excesso de titulante.

Figura 1: Equipamento de condutimetria


Desenho Experimental
Dados Experimentais

Tabela 1: Variação da condutividade elétrica das amostras 1 e 2

Amostra 1 Amostra 2

V NaOH k k
0 1616 120
1 1320 160
2 963 250
3 899 360
4 922 460
5 712 580
6 703 830
7 847 1140
8 1050 1420
9 1448 1710
10 1520 1960
11 1830 2220
12 2220 2470
13 2480 2730
14 2770 2990
15 2970 3200
Cálculos
1. Cálculos Referentes à amostra 1

Região III

Região II
Região I

Gráfico 1: Condutividade Elétrica da Amostra 1

Gráfico 2: Região I da Amostra 1


Gráfico 3: Região II da Amostra 1

Gráfico 4: Região III da Amostra 1

1.1. Cálculo da concentração de ácido clorídrico


−250,8 𝑥+1575,7=223,5 𝑥 -674,4
⟺-474.3 𝑥=-2250.1
⟺𝑥=4,7 mL
Vequivalente 1 (NaOH,mL) = 4,74 mL
Como a estequiometria é de 1:1, temos que:
[𝐻𝐶𝑙]= (4,74 ×10−3) ×0,10 / 2,00 ×10−3
⟺[𝐻𝐶𝑙]=0,237 M
1.2. Cálculo da concentração de ácido acético

223,5𝑥-674,4=283𝑥−1225
⟺-59,5 𝑥=-550.6
⟺𝑥=9,25mL
Vequivalente 2 (NaOH, mL) = 9,25 mL
Vgasto = Vequivalente 2 (NaOH, mL) - Vequivalente 1 (NaOH,mL) = 9,25−4,74=4,51 mL
[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻] = (4,51×10−3) ×0,10 / 2,00×10−3
⟺[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻] =0,2255 M

2. Cálculos Referentes à Amostra 2

Região II

Região I

Gráfico 5: Condutividade Elétrica da Amostra 2

Gráfico 6: Região I
Gráfico 7: Região II da Amostra II

2.1. Cálculo da concentração de ácido acético

94,571𝑥+85,238= 262,85𝑥−692,91
⟺-168,279 𝑥=-778,148
⟺𝑥=4,62 mL
Vequivalente (NaOH, mL) = 4,62 mL
[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻]=(4,62 ×10−3)×0,10 /1,00×10−3
⟺[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻]=0,462 M

Conclusão
Em modo de conclusão, foi possível traçar uma reta de calibração para a amostra 1 e de acordo
com o traçado expectável (apresentando as três regiões diferenciadas. O mesmo aconteceu na
amostra 2 onde foi possível a obtenção da curva de calibração, que segue o comportamento
expectável, bem como a determinação de apenas um ponto de equivalência correspondente ao
ácido.

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