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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE BIOMEDICINA

ANA CLARA MENELAU


PRISCILA DOS SANTOS GOMES
JULIANA FERNANDES DOS
SANTOS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO:


DOSAGEM DE SALICILATOS

Campinas
Março, 2024
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO

1. IDENTIFICAÇÃO

Título: Dosagem de Salicitato


Discente(s): Ana Clara Menelau, Priscila dos Santos Gomes, Juliana Fernandes dos Santos
Docente(s): Mariana Budóia Gabriel
Unidade Curricular: Disciplina de Toxicologia
Curso: Curso de Biomedicina
Período: 26-03-2024
Objetivo: Desenvolver habilidades técnicas de dosagem e interpretação de
resultados, compreender o processo analítico envolvido, reconhecer casos práticos
de intoxicação e promover conscientização sobre segurança e ética no manuseio de
substâncias tóxicas.

2. INTRODUÇÃO

A dosagem precisa de salicilatos, como o ácido acetilsalicílico (AAS), é vital


na prática clínica devido aos seus usos generalizados como analgésico, antipirético
e anti-inflamatório. No entanto, a intoxicação por salicilatos é uma preocupação,
destacando a importância da determinação exata das concentrações plasmáticas.
A espectrofotometria UV-visível é comumente utilizada para essa dosagem,
envolvendo a construção de uma curva de calibração que relaciona concentração e
absorbância. Este relatório descreve o procedimento para criar essa curva usando
soluções padrão de salicilato.
A técnica de espectrofotometria é empregada para medir as absorbâncias das
soluções em torno de 540nm, permitindo a construção de uma curva linear. Além
disso, o experimento explora a aplicação prática da curva na quantificação de
salicilatos em amostras simuladas. Entender e realizar uma curva de calibração são
cruciais para análises confiáveis e precisas de salicilatos, beneficiando a prática
clínica e segurança dos pacientes.
2.1 OBJETIVO

Desenvolver habilidades técnicas de dosagem e interpretação de resultados,


compreender o processo analítico envolvido, reconhecer casos práticos de
intoxicação e promover conscientização sobre segurança e ética no manuseio de
substâncias tóxicas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Preparação de soluções com concentrações sugeridas

- Realização da leitura das absorbâncias em 540nm

- Registro dos resultados de absorbância

- Construção da curva de calibração concentração x absorbância

- Verificação do nomograma de Done

- Obtenção do quadro e resultado do paciente

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS UTILIZADOS

Foram utilizados os seguintes materiais para a prática realizada:


Pipeta automática
Micropipetas volumétricas
Tubos de ensaio
Ponteiras descartáveis
Piseta com água destilada
Suporte para tudo de ensaio
Cubetas de Vidro
3.2 PRODUTOS UTILIZADOS

Foram utilizados os seguintes produtos na prática realizada:


Água destilada
Solução Padrão de Salicitato 50mg/ml
Solução de Ácido Nítrico 0,07 N
Solução de Nitrato Férico

A partir das proporções configuradas pelo fabricante, as soluções foram


homogeniza

3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para a preparação dos reagentes a solução padrão de salicilato (500ug/ml)


dissolvida em 58 mg de salicilato de sódio ou 50 mg de ácido salicílico em q.s. de
metanol e completar o volume para 100 ml com água destilada, e disposta dentro de
um fasco de vidro.
Para a preparação da Solução de Ácido Nítrico 0,07 N: Diluiu 4,69 ml de ácido
nítrico concentrado (d = 1,42 g/ml e T = 70,5 %) para 1000 ml com água destilada, e
disposta dentro de um fasco de vidro.
E para a preparação da Solução de Nitrato Férrico à 1 % em Ácido Nítrico
0,07 N, e disposta dentro de um fasco de vidro.
Obtivemos P1, P2 e P3; em seguida foram marcados os tudos de ensaio de
acordo com as amostras a serem analizadas, 1° tubo de ensaio correspondente ao
branco, foi adicionado com uma pipeta automática 400 µL da amostra 1,6 mL de
água dest. e 2 mL de ácido nítrico, no 2° tubo de ensaio correspondente ao padrão
P1 foi 400 µL do padrão (500 µg/mL) 1,6 mL de água dest. 2 mL de nitrato férrico, e
a amostra foi adicionado 400 µL da amostra de soro ou urina 1,6 mL de água dest. 2
mL de nitrato férrico.
Após preparar os tubos homogeneizar e aguardar por 5 minutos no suporte de
sustentação de vidraria, transferiu-se o conteúdo dos tubos para as cubetas de vidro
e realizou-se a leitura em espectrofotômetro a 540 nm; assim obtendo a leitura do
mesmo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram alcançados os seguintes resultados representados na tabela a baixo


para a curva de calibração

Concentração Absorbância
P1: 500 µg/mL 0,736
P2: 250 µg/mL 0,36
P3: 125 µg/mL 0,167
Amostra 0,394
Tabela 1 – Resultado da concentração x absorbancia no espectrofotometro

Com a tabela já com os dados foi construído um gráfico de curva de dispersão e


gerado a equação da reta para cálculo da contração da amostra. O gráfico a baixo
demosntra a curva de calibração do Salicilato, o y= 0,0015x – 0,021 e R= 0,9937.

Curva de Calibração do Salicilato


0,8
0,7
y= 0,0015x – 0,021
R² = 1
0,6
Absorbância

0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 100 200 300 400 500 600
Concentração

Gráfico 1 – Resultado da curva de calibração do Salicilato

O cálculo realizado foi: 0,394 = 0,0015x – 0,021 X= 0,415 = 276,6 . 0,1


0,0015
0,394 + 0,021 = 0,0015x
276,6 . 0,1 = 27,66
Após verificar a concentração da amostra foi utilizado o nomograma de Done para
consultar a situação do paciente. Como base a dose tóxica: corresponde a (doses acima
de 100 mg/kg/dia por mais de 2 dias consecutivos podem ser tóxicas).

27,66

Gráfico 2 – Nonograma de Done, com eixo de análise representado em vermelho

5. CONCLUSÃO

Após 24 horas de monitoramento do paciente (dado fornecido pela professora da


diciplina) e consulta ao nomograma de Done, o quadro clínico do paciente indicou
intoxicação leve por salicilatos. Diante disso, recomenda-se uma abordagem
conservadora, com monitoramento frequente dos sinais vitais, incluindo a função renal e
respiratória.
Em suma, a análise espectrofotométrica e a interpretação do nomograma de Done
permitiram uma avaliação precisa do estado do paciente após a exposição a salicilatos. A
construção da curva de calibração proporcionou uma base sólida para a quantificação de
salicilatos em amostras biológicas, contribuindo para o diagnóstico e manejo clínico
eficazes de casos de intoxicação. A aplicação prática dessas técnicas destaca sua
importância na prática clínica, garantindo um tratamento adequado e promovendo a
segurança dos pacientes.
6. REFERÊNCIAS

GOUDA, Ayman A. et al. Métodos espectrofotométricos e espectrofluorométricos


para determinação de antiinflamatórios não esteroides: uma revisão. Jornal Árabe
de Química , v. 2, pág. 145-163, 2013.

KLAASSEN, Curtis D.; III., John B W. Fundamentos em Toxicologia de Casarett e Doull


(Lange). Grupo A, 2012. E-book. ISBN 9788580551327.

OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia Maria de A; Batistuzzo, José Antônio. Fundamentos de


Toxicologia. Editora Atheneu, 4°ed. 2017.

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