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Legenda:
1 – Soma ou corpo celular, onde se vêem inúmeros corpúsculos de Nissl
2 – Núcleo, contendo material genético (DNA) necessário ao metabolismo
3 – Axônio (apontando para a membrana axonal)
4 – Axoplasma (citoplasma do axônio, ligado a mecanismos de transporte
5 – Bainha de mielina
6 – Nó ou nodo de Ranvier
7 – Dendritos somáticos
8 – Telodendro (e dendritos terminais ou telodêndricos)
9 – Região do cone de implantação
Prof. Bruno L. Galluzzi da S. Dalcin
Médico, Professor de Neuro Fisiologia do IBMR, da UERJ e da Universidade
Santa Úrsula
http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/brunomorfologiadosn.htm
Há muito tempo vem nos angustiando o problema da explicação do tigróide
dada por Fritz Kahn (1966) com relação à fadiga, mas a literatura sobre o
assunto é ainda muito reduzida, face às poucas experiências nesse sentido.
Ele diz: O combustível da célula nervosa denomina-se tigróide porque está
distribuído por diversos compartimentos plasmáticos, que se destacam de
acordo com a coloração da célula, como as malhas na pele de um tigre. O
tigróide é uma mistura altamente complicada de proteínas, gorduras e
carboidratos. Quer as combinações protéicas, quer as gorduras, são
riquíssimas em fósforo. O cérebro possui tanto fósforo que este elemento foi
descoberto nesse órgão. Um sábio do século XIX chegou a proclamar a
famosa frase: sem fósforo não há pensamentos. Dentre as gorduras
fosforadas, a mais conhecida é a lecitina, que se encontra no reino animal e
vegetal, sempre que se desenrolam funções vitais particularmente nobres.
Além das células nervosas, também são ricos em lecitina o ovo de galinha, o
leite, a manteiga, o queijo. Todos, principalmente os preparados dietéticos, o
encerram, como alimentos dos nervos.
De manhã cedo, quando o indivíduo desperta, suas células nervosas
estão abastecidas de tigróide, o combustível nervoso. O homem levanta-se
da cama assim como uma locomotiva sai do seu depósito, na hora da partida,
com o tênder transbordando de carvão. É graças a este carvão que o
indivíduo revigora suas energias nervosas. A cada movimento, a cada
emoção, a cada impressão dos sentidos e a cada pensamento, eis que um
resquício do carvão que aciona os nervos é consumido nas células cerebrais,
que com o correr do dia, vão se exaurindo gradativamente. À noite, como se
diz, o indivíduo está esgotado. Durante o sono suas células se reabastecem;
as substâncias nutrientes passam do sangue para o interior da célula, a qual
com as mesmas recompõe o tigróide.
“Segundo Franz Nissl – neurologista de Heidelberg (1860 e 1919),
corpúsculos de Nissl são corpos granulados de proteínas que se
impregnam com corantes básicos (método de Nissl), formando a substância
do retículo citoplasmático das células nervosas.
As nucleoribotropinas são o seu componente principal”, segundo nos
relata o fisiologista brasileiro, Dr. Maurício Rocha. Ele diz ainda:
“Pesquisa mais correta foi feita por Dolley em 1909, em cães
correndo em tapete rolante, sacrificados após esforços de duração
diferentes, tornando possível diferenciar os eventos seqüenciais das
alterações histológicas no cerebelo, relacionados a atividades físicas
antes, no início da fadiga e na exaustão completa. Como resultado da
atividade contínua:
o há primeiro um aumento nítido do material cromático
básico, primeiro a extranuclear (substância de Nissl) e depois
intranuclear, ambas com aumento do tamanho da célula.
o Finalmente, uma fase hipercromática é atingida, indicando
a elaboração máxima de cromatina básica que é considerada
uma adaptação ao trabalho intenso.
o Após esta fase, o conteúdo cromático baixa, primeiro no
núcleo e depois se estendendo ao citoplasma. Esta etapa pode
ser identificada como o início da fadiga e se associa e a uma
notável diminuição do volume celular (mais no núcleo do que no
citoplasma), crescendo assim as relações nucleocitoplasmáticas
a favor do citoplasma e, posteriormente, ainda o núcleo se torna
edematoso, edema este que se estende mais tarde ao
citoplasma. O material cromático continua a decrescer,
passando além do aspecto de concentração normal e
praticamente desaparecendo do citoplasma. Quanto ao núcleo
onde a baixa do material cromático se iniciou nesta fase, o
esvaziamento de suas últimas porções (Karisoma) para o interior
do citoplasma leva também ao desaparecimento completo de
cromatina básica (exaustão funcional).
O trabalho de Kulenkampf em ratos fixou vários parâmetros como
idade, dieta, temperatura, iluminação, dimensões da gaiola, técnica de
coloração, duração e hora da experiência, seleção de espécies, etc.
além disso, para evitar erros subjetivos, a análise histológica foi feita
por vários observadores. A observação foi de grandes dimensões,
compreendendo a contagem de 110.000 células em animais fatigados e
44.000 em controles. Observou o mesmo que Dolley – uma significativa
e dramática baixa progressiva dos corpúsculos de Nissl (corpúsculos
cromáticos) com o desenvolvimento da fadiga. E que:
o I – estas alterações no rato sob natação exaustiva eram
reversíveis;
o II – este animal, 4 horas não eram um tempo suficiente de
recuperação;
o III – a morte em exaustão neste animal se instalou antes
do desaparecimento completo da substância de Nissl.
Já Pignat (1898) assinalava baixa na quota de substância
cromática no protoplasma, inicialmente em conseqüência do estímulo
elétrico e mais tarde (1901) confirmado em cães, após uma corrida de
64 a 93 km, o empobrecimento substancial ou até o desaparecimento
completo da substância cromatófila no córtex cerebral ”.
Ora, se a cromatina básica é considerada uma adaptação ao trabalho
intenso, e se com a atividade contínua há um aumento nítido do material
cromático, chegamos à conclusão lógica de que:
“somente um trabalho contínuo beneficia os corpúsculos de
Nissl, isto é, há elaboração máxima de cromatina básica.
Também, se com o desenvolvimento da fadiga há uma
significativa e dramática baixa progressiva dos corpúsculos de Nissl,
e se na exaustão funcional há um completo desaparecimento da
cromatina básica,
isso nos leva a concluir que não devemos submeter o nosso
organismo a esforços extremos se não muito lenta e progressivamente
no treinamento desportivo especializado. Herbert já pressentia isso
quando alertava que se deveria fazer esforços extremos somente em
casos de salvamento de vidas em perigo...”
(Ver: Educação física)
Cromatólise central
A secção do axônio pode causar no neurônio alterações conhecidas
como cromatólise central ou reação axonal: o corpo celular sofre tumefação,
com desaparecimento dos corpúsculos de Nissl na porção central da célula e
deslocamento do núcleo para a periferia. Estas alterações são geralmente
reversíveis e interpretadas como um estado de metabolismo aumentado para
favorecer a regeneração do axônio. Alteração semelhante pode ser observada
em certas lesões crônicas do neurônio como, por exemplo, na pelagra.
http://www.bioturmas.hpg.ig.com.br/neuropatologia.html
http://www.fcm.unicamp.br/departamentos/anatomia/bineuhistogeral.html
http://www.guia.heu.nom.br/processo_da_psicografia.htm#tigr%C3%B3ide
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MISSIONÁRIOS DA LUZ LAR em português de hoje em dia
Pelo espírito André Luiz - Série Nosso Lar
Psicografado por Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier)
Adaptado por Maisa Intelisano - http://colunas.voadores.com.br/maisa
Este projeto visa uma maior popularização e compreensão da mensagem de
André Luiz
Divulgado pela lista voadores: http://lista.voadores.com.br
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1
O MÉDIUM DE PSICOGRAFIA
Notas:
(8) sistema nervoso central (SNC) - parte do sistema nervoso formada pelo
cérebro, o cerebelo, o bulbo e a medula espinhal. Monitora e controla a
atividade nervosa
(9) vago - décimo par dos nervos cranianos. Entre outros órgãos e funções,
associa-se ao estômago e aos pulmões, sendo, por isso mesmo, também
chamado de pneumogástrico, embora a nomenclatura aceita pela Federação
Internacional de Associações de Anatomistas seja vago.
Neuropatologia
Por Bioturmas
TECIDO NERVOSO NORMAL
O sistema nervoso central (SNC) é constituído por células especializadas para
geração e transmissão de impulsos elétricos, os neurônios, e pelas células da
glia, que têm diferentes funções conforme o seu tipo.
NEURÔNIOS
Os neurônios têm forma e tamanho variados de acordo com sua localização e
função. Mostram em HE núcleo redondo, vesiculoso, com nucléolo nítido. O
citoplasma é abundante e possue corpúsculos basófilos, os corpúsculos de
Nissl ou substância tigróide, constituídos por retículo endoplásmico rugoso
responsável por síntese proteica.Os neurônios sintetizam proteínas em
abundância, sendo parte estruturais (constituintes de membranas e organelas)
e parte enzimas necessárias, entre outras funções, à síntese e liberação de
neurotransmissores. Quanto maior o corpo celular, mais nítidos são os
corpúsculos de Nissl.
Além do axônio, o corpo celular pode ter dendritos, que se ramificam já a curta
distância. Sua função é ampliar a superfície da célula e receber contatos
sinápticos. Corpúsculos de Nissl são encontrados na porção proximal dos
dendritos, mas nunca no axônio. Há neurônios sem dendritos, p. ex., neurônios
sensitivos nos gânglios de raiz posterior, cujo corpo celular tem forma globosa.
Contudo não há neurônios sem axônio.
Os maiores neurônios são as células piramidais de Betz do córtex cerebral
motor (área 4 de Brodmann, giro pré-central), cujos axônios vão até a medula
espinal, e os motoneurônios dos cornos anteriores da medula, cujos axônios
atingem até músculos das mãos e pés. As células de Purkinje do cerebelo
também são grandes, com corpo celular em forma de taça e um dendrito apical
ricamente arborizado. Ainda no córtex cerebelar temos os menores neurônios
do corpo, as células granulosas, cujo núcleo, ao contrário do dos outros
neurônios, é pequeno e denso, semelhante a um linfócito, não se
reconhecendo nucléolo. Em suma, para reconhecimento dos neurônios
baseamo-nos no núcleo redondo, com cromatina frouxa e nucléolo evidente e
no citoplasma, basófilo e de limites nítidos. (Os corpúsculos de Nissl são bem
distintos só nos neurônios maiores.
NEURÔNIOS MORFOLOGIA
Corpo Celular: Núcleo: redondo, cromatina frouxa, nucléolo bem nítido.
PROLONGAMENTOS
Axônio: Único em qualquer neurônio. Diâmetro constante. Ramificações
próximas à extremidade distal. Revestido por baínha de mielina.
CÉLULAS DA GLIA
Morfologia normal na HE. As células da glia normais têm citoplasma não visível
na HE, sendo reconhecidas pela morfologia do núcleo. Para demonstrar-se o
citoplasma das células da glia e seus prolongamentos são usadas técnicas
especiais.Os astrócitos e oligodendrócitos têm núcleo redondo menor que o do
neurônio e sem nucléolo perceptível. O do astrócito é maior e mais frouxo que
o do oligodendrócito; o núcleo deste último lembra o de um linfócito. Já a
micróglia tem núcleo pequeno, alongado em forma de vírgula, com cromatina
densa, também sem nucléolo.
ASTRÓCITOS
Com técnicas especiais (impregnação argêntica), os astrócitos mostram-se de
dois tipos: protoplasmáticos e fibrosos. Os primeiros predominam na
substância cinzenta e os segundos na branca. Os astrócitos protoplasmáticos
têm prolongamentos mais numerosos, curtos, delicados e ramificados que os
dos astrócitos fibrosos. Muitos prolongamentos dos dois tipos de astrócito
terminam em vasos sangüíneos por uma expansão à maneira de trombeta, o
pé sugador (nome equivocado, pois os astrócitos não sugam vasos).
MICRÓGLIA
A micróglia impregnada pela prata apresenta citoplasma escasso formando
delgados prolongamentos a partir das extremidades da célula, que se
ramificam dicotomicamente. A única função reconhecida da micróglia é reagir a
lesões do tecido nervoso fagocitando restos celulares.
NEURONIOS E GLIA
ASTRÓCITOS
Os astrócitos têm como uma de suas funções principais a cicatrização do
tecido nervoso após lesões diversas, papel semelhante ao dos fibroblastos em
outros tecidos. Para isto os astrócitos, tanto protoplasmáticos quanto fibrosos,
sofrem hipertrofia e hiperplasia. O citoplasma torna-se abundante, nítido,
eosinófilo e homogêneo. O núcleo desloca-se para a periferia e,
freqüentemente, observa-se binucleação. Estes astrócitos volumosos são
denominados astrócitos gemistocíticos e são muito importantes, pois sua
presença é indicação segura de lesão do tecido nervoso. (O nome deriva da
palavra alemã gemästete, que significa engordado.) Os astrócitos
gemistocíticos sintetizam copiosas quantidades da proteína específica dos
astrócitos, a GFAP, que forma fibrilas no citoplasma destes. Ao longo de alguns
meses, o volume do citoplasma diminue e as fibrilas se condensam, assumindo
aspecto refringente, eosinófilo, que caracteriza o astrócito fibroso patológico
(não confundir com o astrócito fibroso normal). Assim, um astrócito
gemistocítico gradualmente se transforma em astrócito fibroso, cujo volume é
menor, mas cujas fibrilas permanecem bem visíveis em HE. Após meses ou
anos os astrócitos fibrosos podem diminuir em número e muitos desaparecem,
mas as fibrilas gliais ficam permamentemente no tecido, agora em localização
extracelular.
OLIGODENDRÓGLIA
A oligodendróglia sofre por anóxia a tumefação aguda, que é a formação de um
amplo vacúolo em volta do núcleo por entrada de água na célula. O aspecto é
classicamente comparado ao de um ovo frito. A tumefação aguda é freqüente
em material de autópsia e, neste caso, é interpretada como artefato decorrente
de alterações metabólicas agônicas.
MICRÓGLIA
A micróglia, derivada do mesoderma, é a representante do sistema
mononuclear fagocitário (ou sistema retículo-endotelial) no SNC. Sua
transformação patológica mais freqüente é a célula grânulo-adiposa, que tem
as características de um macrófago com citoplasma vacuolado. É a forma
fagocitária ativa da micróglia, encontrada no tecido nervoso após vários tipos
de lesão como infartos e hemorragias. A micróglia, que normalmente é uma
célula alongada, sofre retração de seus prolongamentos, o citoplasma distribui-
se ao redor do núcleo tomando forma arredondada e fagocitando restos
celulares e baínhas de mielina degeneradas. Como o tecido nervoso é muito
rico em lípides, os vacúolos coram-se em vermelho pelo escarlate R (corante
para lípides). Após exercer sua função, as células grânulo-adiposas migram
para os espaços perivasculares e ganham a luz de vênulas, sendo eliminadas
por via sanguínea. Há evidência de que a maioria das células grânulo-adiposas
provêm de monócitos do sangue e não de células microgliais pré-
existentes.Outra forma reacional da micróglia é a célula em bastonete,
encontrada nas encefalites crônicas. A micróglia mantém sua forma mas torna-
se maior, com prolongamentos mais longos e retilíneos. Na HE, o que chama a
atenção é o aumento do comprimento do núcleo, que assume forma em
bastão, daí o nome da célula. Os prolongamentos são reconhecíveis só em
impregnação pela prata. As células em bastonete são melhor observadas no
córtex cerebral e no hipocampo, p.ex., na paralisia geral sifilítica. Em certas
encefalites, as células microgliais ativadas podem formar pequenos
aglomerados, os nódulos gliais, que, embora inespecíficos (ocorrem em
encefalites por vírus, por protozoários como o Toxoplasma ou por fungos como
a Candida), testemunham a natureza inflamatória do processo. Também,
quando um neurônio morre acometido por um vírus (como na poliomielite), as
células microgliais fagocitam ativamente os restos necróticos, formando um
pequeno nódulo glial: o fenômeno é denominado neuronofagia.
EPÊNDIMA
Outra célula constituinte do tecido nervoso é a célula ependimária, que forma
um epitélio cilíndrico simples, o epêndima, que reveste todo o sistema
ventricular do encéfalo e o canal central da medula espinal. No feto as células
ependimárias são ciliadas, perdendo os cílios progressivamente na vida pós-
natal. Uma vez lesadas, p.ex., por agentes inflamatórios, não se regeneram,
ficando o ventrículo naquele ponto revestido somente por astrócitos fibrosos,
um aspecto conhecido como ependimite granulosa. As células ependimárias
podem ainda originar tumores (ependimomas).
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
PRESSÃO NORMAL DO LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO OU LÍQUOR
(LCR).
A pressão normal do LCR, medida em decúbito lateral, varia entre 5 e 20
centímetros de água (cmH2O), sendo os valores mais próximos de 10 cmH2O
na cisterna magna e de 15 cmH2O no fundo de saco lombar. A partir de 20
cmH2O (15 mmHg) fala-se em hipertensão do LCR ou hipertensão
intracraniana (HIC). Na criança, a capacidade volumétrica da caixa craniana é
expansível por não se terem ainda soldado as suturas. No adulto, o crânio é
inexpansível, mas o encéfalo pode aumentar de volume focal ou difusamente
em condições patológicas.
2. de uncus temporal
Fonte:
http://www.bioturmas.hpg.ig.com.br/neuropatologia.htm