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Cultura, poder e

diversidade
Prof. Thalles Sena

Introdução
• Diariamente somos confrontados com preconceitos
e discriminações.
• Seria muito fácil pra você, dar exemplo destes atos
agora mesmo
• No entanto, definir estes conceitos não seria tão
simples.
• Também não seria simples apontar a origem destes
problemas.
• Dentro do senso comum é comum notamos:
• Naturalização de atitudes e pensamentos que
tendem a rotular, inferiorizar, menosprezar, segregar
e excluir determinados grupos ou pessoas.
A produção social da identidade e da
diferença
• O mundo em que vivemos elabora significados sobre quem você é, e
sobre quem os outros são.
• Podemos chamar esses significados de dimensão simbólica da vida
social.
• A dimensão simbólica é imaterial e social.
• É nesse campo que a diferença é produzida.
• É através da experiência cultural que construímos o significado de
objetos, símbolos e pessoas.
• Exemplos: heróis de guerra – parentes - amigos

A produção social da identidade e da


diferença
• Elaboração de formas de nomear seres humanos:
• Asiático e latino, branco e negro, Homem ou mulher.
• O ato de nomear é uma forma de construir significado.
• É ainda um ato de classificar.
• Quando classificamos estamos criando uma divisão entre os que
pertencem a um grupo e os que pertencem a outro.
• Classificar é um processo de Inclusão e exclusão a partir das
características.
Stuart Hall (1932 – 2014)
• Sociólogo, nascido na Jamaica.
• viveu a colonização Inglesa em seu país.
• Reflete sobre questões de identidade na pós-modernidade.
• Destaca o impacto gerado pela globalização.
• Impacto nas estruturas sociais.
• Impacto nas identidades pessoais.
• A globalização promoveu uma “crise de identidade” Segundo Hall.
• Exemplo: a valorização da cultura nórdica no Brasil após produtos da
cultura pop. Valorização da cultura Coreana
• As sociedades modernas são compostas por mudanças rápidas e
constantes.
• Fragmentação das paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade,
etnia, nacionalidade.
• O Sujeito da modernidade tardia não tem uma identidade fixa, segundo
Hall.
Identidade, diferença e relações de poder
• Toda sociedade possui uma dinâmica de poder.
• Disputas e conflitos entre grupos com interesses diferentes.
• Existem grupos com mais recursos (dinheiro, prestigio, voz, poder...)
• Estes grupos conseguem impor suas vontades.
• Grupos dominantes definem as regras sociais.
• Algumas identidades passam a ser definidas como “padrões”.
• Representa o que “certo” e até “desejável”.
• Esse processo é chamado de normalização
• Identidades que diferem desta, são tidas como anormais e indesejáveis.

• Essa normalização gera preconceito e discriminação.


• As consequências disso são ilustradas ao longo da história.
• Holocausto...
• Todas as identidades tidas como “diferentes” da identidade Ariana
eram exterminadas.
• Nos campos de concentração nazistas as pessoas tinham suas
identidades destruídas e suas diferenças anuladas.
• Hannah Arendt: o mal principal
• A distorção da imagem do outro anula a responsabilidade dos seus
atos.
• “São todos uma raça inferior” // “são todos fascistas” // “São todos
comunistas” // “São todos criminosos”...
O Holocausto brasileiro.
• A normalização da identidade do “louco”
• A pessoa com deficiência mental era completamente marginalizada.
• Isso “amenizou” a culpa dos horrores cometidos.

• Por outro lado os grupos que sofreram esse processo constroem formas
de resistência.
• Luta por reconhecimento.
• Mobilização contra padrões instituídos.
Afinal, o que é esse mimimi chamado “lugar
de fala?”
• Esse conceito foi deturpado e utilizado de maneira equivocada nos
últimos anos.
• Alguns grupos sociais e étnicos minoritários foram silenciados durante
a sua história.
• A história é contada pelos poderosos e “vencedores”
• Quem contou a história dos índios?
• Quem contou a história dos escravos?
• Por tanto, é justo que oferecemos a este grupo um “lugar de fala”
• Dar a eles a oportunidade de contribuir para a História.
• É importante ouvirmos as vozes que foram invisibilizadas pela
dinâmica de poder

A produção do desvio
• Howard S. Becker – sociólogo americano.
• Segundo ele:
• Grupos sociais constroem regras.
• Regras definem as ações como “certas” ou “erradas”.
• A pessoa que quebra a regra é vista como especial.
• É vista como uma outsider, ou pessoas desviantes
• Para Becker, o desvio não é uma qualidade inata da pessoa e sim uma
criação social.
• Se muda o contexto, mudam as regras.
A produção do estigma
• Estigma, segundo o dicionário: • 3 tipos de estigma
• aquilo que é considerado • Abominações do corpo.
indigno • Culpas de caráter.
• Marca ou cicatriz deixada por • Atributos de raça.
ferida
• A teoria do estigma foi
desenvolvida pelo sociólogo
Erving Goffman.
• Pessoas que levam algum
atributo visto de maneira
depreciativa ou negativa.
• “situação do indivíduo que esta

Diferença de preconceito e discriminação


• Preconceito : Ideias generalistas e superficiais de cunho
desqualificador.
• Discriminação: ação que impossibilita, reduz nega e/ou dificulta o
acesso a recursos materiais e imateriais por parte de indivíduos e/ ou
grupos sociais por quaisquer que sejam os motivos.
• Quando pessoas são julgadas, julgadas e mortas por serem quem são,
ações e intervenções políticas passam a ser necessárias.

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