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Celestial scribbled notes / ESO

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O Sol é a estrela mais importante do Sistema Solar, mas
existe um número incalculável de estrelas como essa. So-
mente na nossa galáxia são 200 bilhões delas, e nossa galá-
xia é apenas uma entre as bilhões de galáxias existentes.

Os povos antigos batizaram a maioria das estrelas, por isso,


muitas delas são conhecidas por nomes originados de outras
línguas, como o árabe. Mas o que faz alguns astros terem luz
própria e outros não? Seria o tamanho? Não, o tamanho não
é o responsável por um astro ser uma estrela ou não. Júpiter
é maior do que algumas estrelas e não é uma estrela.

Seria então alguma substância especial, capaz de pegar fogo?


A resposta também é não. Entretanto, até o final do século
XIX, os astrônomos tinham sérias dúvidas sobre o material de
que uma estrela era composta. Mesmo que o Sol fosse feito
do melhor carvão que existe, teríamos, nesse caso, uma mas-
sa de 20.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de
quilos de carvão (ou seja, a massa do Sol em carvão) e isso
não explicaria o fato de o Sol estar brilhando há mais ou menos
cinco bilhões de anos. A energia irradiada por ele é tanta que
se ele fosse mesmo feito de carvão, não poderia durar mais
de dez anos (às vezes, nós aqui na Terra, a 150 milhões de
quilômetros do Sol, conseguimos fritar um ovo no asfalto não
é mesmo?).

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A resposta para essa pergunta veio com a descoberta
das reações nucleares, que liberam uma quantidade
formidável de energia. O domínio da tecnologia nucle-
ar trouxe vários benefícios à humanidade, mas o seu
mau uso também trouxe muito perigo e destruição.

Para que um astro comece a gerar


energia nuclear, é preciso que
haja, em seu núcleo, pressões A paralaxe estelar é medida utilizando o deslocamento
e temperaturas com valores da Terra na sua órbita ao redor do Sol.

absurdamente altos.
Nas estrelas ocorre a fusão nuclear, processo em que
dois ou mais átomos se unem para virar outro átomo;
no caso, quatro átomos de hidrogênio se tornam um
átomo de hélio, liberando muita energia na forma de
radiação eletromagnética. Nas usinas nucleares da PARA SABER MAIS
Terra, fazemos a fissão nuclear, processo inverso à
fusão em que um átomo é “quebrado” em dois para se A paralaxe estelar foi a primeira maneira utilizada para
obter energia. medir a distância entre a Terra e as estrelas. Quando
observamos um objeto de dois pontos diferentes, ele
parece mudar de posição em relação a outro objeto dis-
Esse processo ocorre a altíssimas pressões, o que tante. Por exemplo: se olharmos um corpo com um olho
só é conseguido se houver muita massa. Eis a cha- de cada vez, percebemos que ele parece se mover em
ve que define se um astro pode ou não ser uma relação ao fundo. A medida angular desse deslocamen-
estrela: a massa. Júpiter, apesar de ser muito mais to é a paralaxe. Podemos medir a paralaxe de algumas
massivo que a Terra, não tem massa suficiente estrelas aproveitando o deslocamento da Terra por sua
para ser uma estrela. As estrelas diferem entre si órbita: fotografamos uma região do céu num dia e, seis
no tamanho, na cor, no brilho, na temperatura e em meses depois, quando estivermos do outro lado do Sol
alguns outros aspectos. (pois a Terra já completou meia órbita), fotografamos
novamente. Veremos que algumas estrelas se desloca-
ram levemente em relação ao fundo formado por outras
estrelas e podemos, então, saber a que distância estão
de nós.
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O Sol, por exemplo, é considerado uma estrela
pequena, se comparada a outras. Ele é somen-
te uma estrela de 5.ª grandeza. Há algumas
estrelas tão imensas que se fosse possível
trocar o Sol por uma delas, nosso planeta fica-
ria no interior dela; explicando melhor: o raio
dessa estrela é maior que o raio da órbita da
Terra, 150 milhões de quilômetros!
O tamanho da estrela relaciona-se com a
região onde ela se formou, porque, para a
estrela nascer, a força gravitacional pre-
cisa aglutinar toda a poeira existente no
espaço vizinho. O Sol não é menor do que
todas as estrelas. Em alguns casos, ele é
bem maior e em outros, até a Terra é maior
do que determinadas estrelas. Estranho,
não é mesmo?

O Sol comparado a outras estrelas em tamanho.


Betelgeuse é a gigante vermelha.

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Estrelas variáveis são aquelas cujo brilho varia num
determinado período. Podem ser de três tipos: va-
riáveis eclipsantes, variáveis pulsantes e variáveis
eruptivas. As eclipsantes são sistemas duplos ou
múltiplos de estrelas que, ao se eclipsarem, têm
seu brilho aparente diminuído. Pulsantes são estre-
las gigantes, que passam por uma fase de instabi-
lidade no qual seu envoltório de hidrogênio e hélio
absorve energia quando se comprime e emite ener-
gia quando se expande. Eruptivas são estrelas que
aumentam ou diminuem subitamente sua luminosi-
dade, por causa de erupções em sua superfície.

Ilustração de uma estrela estável: o equilíbrio entre gravidade e


a pressão causada pela radiação e pelo gás aquecido.

A curva da luz observada por um sistema binário de estrelas eclipsantes.


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Richard Yandrick
As estrelas podem ser azuis, brancas, ama-
relas, vermelhas, ou apresentar tonalidades
intermediárias. Experimente olhar para o céu
longe da luz das cidades e tente perceber a
diferença na cor de cada estrela.

Toda estrela é uma usina


nuclear.
No interior dela, sob pressão e temperatu-
Albireo é uma das estrelas duplas mais bonitas. Com um pequeno telescópio é possível ver ras incrivelmente altas, existem reações nu-
suas duas componentes, com cores bem distintas.
cleares (reações entre núcleos de átomos),
que liberam a impressionante quantidade
de energia que a estrela emite e que impede
que ela colapse sobre ela mesma, graças ao
próprio peso. Uma estrela estável é, portan-
to, uma estrela em equilíbrio hidrostático.

Com base nas cores das estrelas, podemos


conhecer a temperatura delas e classificá-
las; esse método, chamado de espectros-
copia, permite determinar o índice de cor
e classificar as estrelas em sete tipos: O
(estrelas azuis), B, A (estrelas brancas), F,
A cor das estrelas depende da temperatura da superfície. Na ilustração, as cores estão G (amarelas, como o Sol), K, M (vermelhas).
exageradas para que possamos perceber bem a diferença.

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Em Astronomia, utiliza-se muito o diagrama Hertzprung-Russel
(H-R), que compara a medida da luminosidade e a temperatura
das estrelas. Com ele, é possível classificar as estrelas em
anãs brancas, da seqüência principal (onde está o Sol), gigan-
tes vermelhas, supergigantes. Com base nesse diagrama, que
utiliza dados observacionais, pode-se determinar temperatura,
massa, distância e idade das estrelas.

Nem todas as estrelas são sós, como o Sol. A maioria delas


tem outras estrelas como companheiras e ficam girando uma
em torno das outras. Podem ser duas, três ou mais, formando
sistemas binários, ternários ou múltiplos. O sistema estelar
mais próximo de nós, Alfa Centauri, a 4,6 anos-luz, é um sis-
tema triplo, formado por duas estrelas parecidas com o Sol e
uma anã vermelha, a Próxima Centauri (estrela mais próxima
de nós).

Algumas vezes em sistemas binários


as estrelas se eclipsam mutuamente,
o que faz com que a intensidade da
luz observada da Terra varie periodi-
camente.
Os astrônomos utilizam essa informação para calcular massa,
velocidade e outros parâmetros das estrelas.

Diagrama Hertzprung-Russel.
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Jeff Hester and Paul Scowen
(Arizona State University), and NASA / ESA

A Nebulosa Águia (M-16) é uma região onde está


nascendo um aglomerado aberto de estrelas.

Perceba que normalmente as estrelas se formam em grupos, compondo o que chamamos de


aglomerados de estrelas. São verdadeiras jóias no céu que podemos observar com um simples
binóculo. Imagine só: para vermos as estrelas nascendo, basta olhar para o céu noturno.

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nasa

Jim Misti and Steve Mazlin (acquisition), Robert Gendler (processing)


Rho Ophiuchi, uma região de formação de estrelas

IC2118 é uma nebulosa de reflexão


próxima a estrela Rigel em Orion

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Steve Crouch

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NASA / ESA / AURA / Caltech

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plosão
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A supernov nu durante o dia.
e foi vista a olho

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ele vai nd do nos
engolir ir em gigante sa
Vênus e os plan vermel
c e tas Mer ha
própria hegará bem p cúrio e
Terra. erto de
engolir
a

VOCÊ SABIA?

Uma nebulosa planetária é o resultado da expansão das


camadas de gás e de plasma que uma estrela atinge em
seu estágio final de evolução. Mas, o que a nebulosa
planetária tem a ver com planetas? Nada! O nome
“nebulosa planetária” relaciona-se a uma confusão
dos primeiros astrônomos, que pensavam estar vendo
planetas em formação. Por uma questão histórica, o
termo equivocado foi mantido.
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estante do contra a e s.
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estrela de mais densa que uma es
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vinte quil d e v ezes a mas m mais ou
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campo form ém de rota campo magn
a um feixe cionar mui éti-
tectar com de emissão to rapidam
o pulsos. de rádio q ente. O
Chamamos e ue podemos
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las de pul
sares.
nasa

Supernova

Supernova

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ol
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e 25 e ce m
l a s q u e tem entr nterio-
Es t r e
m e s m o s p rocessos a
ssa pelos Mas, des-
estrela pa s upernova.
Nesse c a s o , a in d o c o m o assa, mas
t e r m ina explod t r o t em tanta m
res e ta m b é m no c e n e nem a
e s t r e l a que restou t u d o a o seu redor
sa vez, a a atrair negro.
q ue começa um buraco
tanta m a s s a , r n a sse obje-
a ; ela s e t o
u p erfície de
luz esc a p a d e l st a r n a s ravidade.
s s e possível e d a e xcessiva g
Imagine q u e f o c a u s a cairá,
u m a p a n queca, por I m e d i a t amente ela
to sem vir
a r ma . r um
g a r u m a b ola pra ci ê p o d e t e ntar lança
Bem, tente
jo bem, voc nseguir
a v i dade. Tudo e t e não vai co
puxada p e l a g r , o f o g u hecemos,
ã o v a i adiantar s v e l oz que con
foguete. M
a s n sa m a i desse
Q u e t a l usar a coi z c o n s e g uiria sair
m. l u li-
sair també m , m e u a m igo, nem a j a l o g o a cima, mas
a luz? Poi
s be seu este , vendo
h a q u e um colega l h a n d o para baixo
lugar. Su p o n o e o A luz
i t o s d o b uraco negr l a n t e r n a para ele.
vre dos ef
e ontar uma seu cole-
t e c e . Vamos ap u x a d a , sem que não
o que a c o n
t e r n a e l ogo s e r p
e r d a d e , s eu colega
vai sair d
a lan rna. Na v que o
e r a l u z da lante d i a n t a gritar por
ga consiga
v
você (e nã
o a gar,
e g u i r v e r t a m b é m n ão vai che
vai nem co
ns luz: ele ode ver
e m m a i s l ento que a u o ) , o c o lega não p pela
som é b ác foi puxada
e p r o pagar no v a m b é m
além de n ã o s le t e t r isso
a l u z q u e você ref v a i v e r nada. É po
você porqu
e ão vez
u m i n d o , o colega n r a c o s n e gros. Uma
Re s b u oz
gravidade. r e c e b e m o nome de o i s n a d a é mais vel
astro s is sair, p
que esses o é p ossível ma
estando lá
, n ã á. a ma-
e n e m e l a sai de l i s t e m p o rque sugam
uz e x re-
do que a l e o s b u r a cos negros r i a p e n e t rar nessa
Nós sabemo
s qu e tal maté tos), ela
e d o r. Antes d i z o n te de even
téria ao s e u r d e h o r o, dado
e n a d a s a i (chamada e m i t e m u i ta radiaçã
d rimida e
gião de on a o ser comp
u e c e n d o da compa-
vai aq ç a que a puxa
.
e n do puxada
d a f o r e e s t á s trons
o poder s , a matéria qu e s t r ela de nêu
c a s o or u m a mos
Em alguns b u r a c o negro ou p ô m e n o q ue conhece
m e n
nheira por
u cria um f de ondas
a t o s d e r adiação e o u r c e s – ou fontes
emite j radio s
o p u l s a r (pulsating
co m
ulsantes).
de rádio p
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nasa
Os anéis de Saturno em
cores falsas para realçar as
diferenças

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Assim como Júpiter, Saturno é planeta com seu pequeno teles-
feito principalmente de hidrogênio cópio e notou algo estranho, que
(75%) e hélio (25%). não conseguiu definir; parecia que
Saturno demora 29 anos e meio o planeta engordava lateralmen-
para dar uma volta no Sol e 10 te. Somente Christian Huygens
horas e meia para dar uma volta conseguiu definir corretamente que
em torno de si mesmo. Tanta Saturno era circundado por anéis.
rapidez na rotação faz com que seu Apesar de terem mais de 250 mil
achatamento polar seja bastante quilômetros de diâmetro, os anéis
grande, fato que também acontece de Saturno não têm mais do que
com Júpiter. Seu volume é mais de um quilômetro de espessura. Um
750 vezes maior do que o da Terra fato bastante curioso ocorre com a
e sua massa é 95 vezes maior. maneira com a qual vemos os anéis
Saturno é o único planeta do Sis- da Terra. Isso acontece porque os
tema Solar com densidade inferior anéis giram em torno do eixo de
à da água. Se existisse um imenso rotação de Saturno, que também
oceano cósmico e lá colocássemos está inclinado em relação ao plano
Saturno, ele iria boiar. de sua órbita em torno do Sol (o
Visível a olho nu, Saturno parece ângulo do eixo de rotação com a
uma estrela brilhante amarelada. perpendicular ao plano da órbita é
de 27 graus).
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Em 1609, Galileu observou esse


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nasa

Utilizando fotografias, esse


mosaico mostra como Saturno foi
visto de 2001 até hoje, e como Hyperion, lua de Saturno,
será visto até 2009. mais se parece com uma esponja,
de tão estranhas que são suas crateras.
Os astrônomos acham que pode haver um
grande sistema de cavernas nessa lua.

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Qual será o tamanho das partículas
que compõem os anéis de Saturno? Os
astrônomos acreditam que, apesar de
haver pedaços de pedra com metros de
diâmetro (no tamanho de casas e carros),
a maioria das pedras tem entre um e
quinze centímetros.
A estabilidade dos anéis é explicada por
satélites que mantém a matéria em cer-
tos lugares e a tira de outros. Os vazios
nos anéis são chamados de divisões,
sendo a maior delas a divisão de Cassini,
que separa o anel A do B.
Saturno tem 45 luas catalogadas.
Esse número poderia crescer
indefinidamente se considerássemos
que cada pedaço dos anéis também é
uma lua. A principal delas e a primeira
a ser descoberta foi Titã (devemos a
descoberta a Christian Huygens). Titã é
50% maior do que a nossa lua e é maior
do que Mercúrio. É a segunda maior lua
do Sistema Solar e está sendo estudada
pela sonda Cassini.

O interesse dos astrônomos


por Titã é grande, pois ela é a
única lua do Sistema Solar que
tem atmosfera e lagos em sua
ssi / jpl / esa / nasa
Cassini Imaging Team

superfície, apesar de serem


formados de metano.
O campo magnético de Saturno é bastante
intenso, o que faz com que lá, assim como
na Terra, apareçam as auroras. Saturno foi
visitado primeiramente pela sonda Pioneer
11 em 1971, e na seqüência pelas Voyager
1 e 2 (1980 e 1981, respectivamente).
Recentemente, em 2004, recebeu a
Leia mais sobre a Cassini-Huygens, missão conjunta das agências visita da sonda Cassini. Com o avanço da
espaciais européia (ESA) e americana (NASA) em: tecnologia, a Cassini ficará em operação
<http://pt.wikipedia.org/wiki/sonda_cassini-huygens>
ou no site oficial em inglês:
até 2008, enviando uma quantidade
<http://saturn.jpl.nasa.gov/home/index.cfm>ou ainda: enorme de informação sobre o planeta.
<http://www.esa.int/specials/cassini-huygens/index.html>
UNIVERSAE

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Augusto Damineli
é astrofísico e chefe
do Departamento de
Astronomia do Instituto
de Astronomia, Geofísica e
photo OBJECTS

Ciências Atmosféricas da
Universidade de São Paulo
(IAG/USP).

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Como os astrônomos fazem mais “luminosa”. Seu brilho aparente
para entender a vida das estre- é apenas de quinta magnitude, porque
las e o desenvolvimento do ela está muito longe (7 500 anos-luz).
(Sul de Minas Gerais), pertencente ao
Universo? LNA/CNPq. Além dele, tenho usado Quando a estrela Sirius deixou
Fazem medidas e aplicam as leis da bastante o de 4-m do CTIO (situado nos de ser considerada a estrela
Física. No nosso caso, o laboratório é o Andes Chilenos). Agora estou passando mais brilhante do céu?
Universo. A diferença em relação a um a usar o Soar, também situado no Chile, Sirius continua sendo a estrela de maior
laboratório de Física é que o astrônomo no qual o Brasil é o sócio majoritário brilho aparente. No ano de 1843, Eta
não pode ver o experimento de vários (100 noites por ano). Carinae teve uma erupção gigante e
ângulos ou controlar as variáveis. Em O que são estrelas massivas? chegou a ficar quase tão brilhante quan-
compensação, tem à sua disposição to Sirius, mas logo baixou de novo e
São estrelas com mais de dez vezes a
situações impossíveis de serem simula- ficou invisível a olho nu. Agora ela está
massa do Sol, que morrem de forma
das na Terra: estrelas com a densidade voltando a ser visível a olho nu e nas
explosiva. Interesso-me pelas muito
do núcleo atômico, buracos negros, próximas décadas poderia dar um novo
massivas, as grandes responsáveis pela
temperatura de bilhões de graus, veloci- show como o de 1843.
produção de oxigênio.
dades relativísticas, campos magnéticos
Por que você é considerado o
fortíssimos... Qual é a estrela mais brilhante
“pai” da estrela Eta Carinae?
do Universo?
Qual instrumento você utiliza
Na verdade, isso é um título carinhoso
para observar as estrelas, além A estrela de maior brilho intrínseco é
que o público me concedeu. Eu sou
do telescópio espacial Hubble? Eta Carinae, mas existem algumas rivais
apenas um dos muitos astrônomos que
dela, que não são bem conhecidas e po-
O telescópio que mais uso é um rela- se encantaram por ela e tentam enten-
deriam mesmo superá-la. Cuidado para
tivamente pequeno, no Pico dos Dias dê-la. Essa estrela é conhecida há quase
não confundir com o “brilho aparente”,
que é o que vemos da Terra. O mais
correto seria dizer que Eta Carinae é a
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200 anos, mas era muito enigmática. Com isso eu poderia “pesar” as duas Como é a morte de uma estrela?
Ela apresentava alguns eventos breves, estrelas, usando-as como dois pratos Qual o tempo médio de vida de
parecidos com eclipses, que eu chamei de uma balança; essa é a única forma uma estrela?
de “apagões”. Eu descobri que esses confiável de medir a massa de uma
Existem basicamente dois tipos de estre-
eventos são previsíveis e ocorrem a cada estrela, que é seu parâmetro físico mais
las: as menores, que possuem dez vezes
2024 dias (5,5 anos). Durante os “apa- importante.
a massa do Sol, vivem longamente e, ao
gões” ela muda de brilho rapidamente
É possível observar a morrerem, se compactam, formando
em todos os comprimentos de onda,
Eta Carinae a olho nu? anãs brancas; e as maiores, que têm
desde os mais curtos, como raios-X e
vida curta e terminam em explosões
ultravioleta, passando para a luz visível, Sim, mas é bem difícil, mesmo para
gigantescas, formando as supernovas e
e se estendendo para o infravermelho quem tem treinamento e dispõe de
as hipernovas. Estrelas menores que o
e ondas de rádio. Esses momentos em um bom mapa. O que se pode ver com
Sol vivem mais que dez bilhões de anos
que a estrela faz essa “dança” revelam facilidade, numa noite sem lua, fora da
e estrelas de grande massa, como Eta
muito de sua personalidade, que não cidade, é a nebulosa de Carina, ilumina-
Carinae, gastam seu combustível em
aparecem ao longo do restante dos 5,5 da por ela e suas jovens irmãs.
menos de três milhões de anos.
anos, quando ela não varia. Onde está localizada a Eta
O que pode acontecer quando
A estrela Eta Carinae é na ver- Carinae?
a Eta Carinae morrer?
dade duas estrelas em vez de É fácil localizar a nebulosa de Carina
uma? Ela pertence a um sistema Há alguns anos atrás, imaginava-se que
entre os meses de dezembro e agosto,
binário? Eta Carinae poderia acabar com a vida
olhando para o sul. Partindo da estrela
na Terra quando morresse, pois ela
Sim, ela é uma estrela dupla, composta do pé do Cruzeiro do Sul (Acrux), olhe
poderia explodir como uma hipernova.
de uma estrela mais fria e mais lumi- para a esquerda e localize uma estrela
Hoje sabemos que não precisamos ter
nosa e outra menos luminosa e mais bem brilhante e amarelada: Alfa do
medo disso.
quente, que não é vista diretamente, Centauro. Agora é só olhar para a posi-
apenas por meio de sinais ção simétrica a ela, em relação à Acrux. O que são hipernovas?
indiretos. Meu objetivo é detectar Lá vai ter uma leve manchinha nebulo-
São estrelas que explodem com a potên-
diretamente essa segunda estrela do par. sa. Ou seja, Acrux fica no ponto médio
cia de um trilhão de sóis (as supernovas
de uma linha que liga Alfa do Centauro
e a nebulosa de Carina.

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são cem vezes menos potentes que isso). nos “canais de energia” alimentados desse sinal confirma a hipótese de que
Sua energia é canalizada para dois feixes por ela, como raios-X e ultravioleta, ela é mais quente que a estrela primária,
estreitos de luz, na direção do eixo de desaparecem totalmente. Esse tipo de que vemos diretamente. A maior parte
rotação da estrela. Essa luz é formada fenômeno, que não é um eclipse, é de minha pesquisa, entretanto, está cen-
de raios gama, muito mais penetrantes novo na Astronomia e não foi estudado trada nos ninhos de grandes estrelas da
que os raios-X. Se o eixo de rotação de em detalhes ainda. Via Láctea. A descoberta é de que estão
Eta Carinae estivesse apontado para nós, nascendo apenas cerca de duas estrelas
Fale um pouco sobre seu livro
esse feixe de raios-gama acabaria com por ano na Via Láctea, cerca da metade
“Hubble – a expansão
a camada de ozônio em uma fração do que se imaginava até agora.
do universo”.
de segundo. Mas, pesquisas recentes,
Qual mensagem você deixa para
inclusive de meu aluno Mairan Teodoro, Esse livro conta a história das grandes
os jovens que queiram seguir
mostram que esse eixo está deslocado descobertas da cosmologia moder-
carreira na Astronomia?
35 graus de nossa direção. Assim, o tiro na. Ele é centrado na vida de Edwin
final vai passar muito longe da Terra. Hubble, que contribuiu muito para esse O primeiro passo para ser astrônomo
campo. O livro conta como ele entrou é fazer uma boa graduação em Física.
O que é um apagão? Quando po-
para a Astronomia e como, apesar de O segundo é não se satisfazer com as
deremos ver o próximo apagão
ter feito muitas coisas politicamente in- descrições genéricas dos fatos astro-
da Eta Carinae?
corretas, acabou sendo um personagem nômicos, mas ir a fundo em cada um
A natureza dos apagões ainda é muito central da Astronomia moderna. deles. Levantar os dados que suscitaram
controverso. Minha teoria é de que eles o problema e como ele se conecta com
Quais são suas mais recentes
marcam o momento em que a estrela as teorias que tentam explicá-los.
pesquisas e descobertas?
companheira (menor e mais quente) se
aproxima da maior a tal ponto que fica Com relação à Eta Carinae propriamen-
oculta dentro de seus ventos densos. te dita, eu e o professor Steiner detecta-
Olhando na luz normal, parece que mos um sinal que se origina bem perti-
nada está acontecendo, pois essa estrela nho da estrela companheira. A energia
é menos luminosa. Mas a luz emitida
UNIVERSAE

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Um dos mais conceituados astrônomos
brasileiros da atualidade, Damineli
também realiza pesquisas nas áreas
deAstrofísica Estelar e Evolução de
Estrelas Massivas.

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