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Usufruto é o direito real assegurado a alguém, para que possa gozar ou fruir as utilidades e os frutos de bens
móveis ou imóveis, cuja propriedade pertence a outrem, cabendo ao usufrutuário o direito à posse, ao uso, à
administração e à percepção dos frutos, sem que lhe seja transmitida a propriedade do bem ou direito.
2) o usufrutuário - a quem se confere o direito de usar e gozar do bem ou direito, pelo tempo previsto na
escritura.
O usufruto só se pode transferir por alienação ao proprietário da coisa, mas o seu exercício pode ceder-se por
título gratuito ou oneroso e realizar-se com terceiros.
Observe-se que o usufruto é formalizado por escritura pública e esta deverá estar transcrita no registro de
imóvel competente.
Para fins de imposto de renda, a ausência de escritura ou registro não modifica a tributação pelo imposto nas
operações de ganho de capital e/ou incidência de rendimentos auferidos, apenas modificando a forma com que
cada parte trata os respectivos ganhos ou rendimentos (vide subtópico "Informação na Declaração de Ajuste
Anual", mais adiante).
Estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda os ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos
de qualquer natureza, alcançando inclusive a alienação de direito de usufruto.
No caso de alienação ou desistência do direito, o usufrutuário (usuário) deve apurar, se houver, o ganho de
capital, considerando como custo de aquisição o valor pelo qual o usufruto foi instituído e valor de alienação o
valor constante no instrumento de alienação.
NÃO-INCIDÊNCIA
b) o ganho de capital auferido na alienação de bens ou direitos, cujo preço unitário de alienação, no mês em que
esta se realizar, seja igual ou inferior a R$ 35.000,00, a partir de 16.06.2005 (anteriormente, este limite era de
R$ 20.000,00).
Na concessão do exercício do usufruto não ocorre propriamente a transferência do usufruto, mas sim a cessão
do direito de usar e fruir as utilidades do bem sobre o qual recai o usufruto. Assim sendo, não se materializa, na
espécie, qualquer transmissão de direito, mas sim permissão para o uso desse direito.
Na cessão, as importâncias recebidas pelo cedente, periodicamente ou não, fixas ou variáveis, serão
consideradas como aluguel ou arrendamento.
Assim o cedente deverá considerar como rendimentos de aluguéis ou arrendamentos as importâncias recebidas,
pela celebração do contrato, sujeitos ao recolhimento mensal obrigatório do Imposto de Renda (carnê-leão).
No caso do imóvel rural, constitui rendimento tributável na declaração de rendimentos o equivalente a 10%
(dez por cento) do valor venal (terra nua) ou o valor constante da Declaração do Imposto Territorial Rural
(ITR).
Se o usufruto constar de escritura pública averbada no registro de imóveis, o nu-proprietário relaciona o imóvel
em sua Declaração de Bens e Direitos e informa a constituição do usufruto em favor do usufrutuário.
O usufrutuário, por sua vez, relaciona em sua Declaração de Bens e Direitos o valor do usufruto. Os
rendimentos dele decorrentes constituem rendimentos tributáveis em sua declaração.
Se não houver escritura averbada, o nu-proprietário, ao relacionar o imóvel em sua Declaração de Bens e
Direitos, informa que os rendimentos respectivos foram doados ao usufrutuário.
Os rendimentos auferidos ficam sujeitos ao carnê-leão, se recebidos de pessoa física, ou na fonte, se pagos por
pessoa jurídica e serão incluídos como rendimentos tributáveis na declaração do nu-proprietário.
Para o usufrutuário, os rendimentos serão considerados como não tributados por se tratar de doação em espécie.
IMÓVEL RURAL
O usufrutuário deve tributar os rendimentos de propriedade rural objeto de usufruto de acordo com a natureza
destes, ou seja, deve apurar o resultado da atividade rural, desde que exerça essa atividade no referido imóvel.
Caso contrário, o rendimento de qualquer outra natureza sujeita-se ao carnê-leão, se recebido de pessoa física,
ou à retenção na fonte, se pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na declaração anual.
Ressalte-se que o usufruto deve estar formalizado por escritura pública transcrita no registro de imóvel
competente.
A gravação de usufruto sobre quotas de sociedade limitada configura modalidade de participação no capital,
para os efeitos do Simples Nacional (Solução de Consulta Disit/SRRF 7.008/2017).
BASES
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