Fechando Ética

Prof.: Arthur Trigueiros

 Sumário de
Aula

- Sigilo profissional
- Advocacia pro bono
- Notória especialização
SI G I L O PR O F I SSI O N AL

1) Sigilo profissional (arts. 35 a 38, CED)

O sigilo profissional corresponde

ao dever do advogado de
resguardar os fatos de que
tome conhecimento no
exercício profissional
(art. 38, caput, CED),
bem como em virtude de
funções desempenhadas na OAB
(parágrafo único, art. 38 do CED).
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2) Rompimento do sigilo profissional

Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que

configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou
que envolvam defesa própria.

OBS: violação do sigilo

= censura (art. 34, VII, do EAOAB).
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3) Sigilo profissional e testemunho de advogado (art. 38, CED)

Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou

procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito
deva guardar sigilo profissional.

Art. 7º, XIX, EAOAB - recusar-se a depor como testemunha em processo

no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com
pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo
profissional.

- Dever de comparecer às audiências?

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4) Natureza do sigilo profissional (art. 36, CED)

Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de

reserva que lhe seja feita pelo cliente.

4.1) Presunção de confidencialidade: art. 36, §1º, CED (Presumem-se

confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente).

4.2) Extensão do sigilo: art. 36, §2º, CED (conciliador, mediador e árbitro)
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5) Prazo de duração do sigilo profissional

- O sigilo profissional é eterno, vale dizer, exceto nas situações já estudadas, não poderá
ser rompido pelo advogado, sob pena de responder disciplinarmente pela falta (CENSURA).
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6) A abstenção bienal

Não é dado ao advogado demandar contra seu ex-cliente ou ex-empregador, mesmo

com o término da relação contratual, pelo prazo de dois anos (abstenção bienal).

Contudo, mesmo esgotado o biênio, o advogado jamais poderá se utilizar de

informações obtidas durante a relação com a outra parte em virtude do mandato ou
contrato. Lembre-se: o sigilo é eterno!
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3) Advocacia pro bono (art. 30, Novo CED)

* Conceito: prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços

jurídicos.

* Destinatários:

a) instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos,

sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para contratação de
profissional;

b) pessoas naturais que não possam, sem prejuízo do seu sustento,

contratar advogado.
AD VO C AC I A PR O B O N O

* Vedações:
- utilização para fins político-partidários;
- fins eleitorais;
- instrumento de publicidade para captação de clientela.
N O T Ó R I A ESPEC I AL I Z AÇ ÃO

4) Advocacia e notória especialização (art. 3º-A, EAOAB)

Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e
singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da
lei. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)

Parágrafo único. Considera-se notória especialização o profissional ou a sociedade

de advogados cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
 Bons estudos
Prof.: Arthur Trigueiros