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Prova Vera

“Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la” – EDMUND BURKE

Porque estudar jornalismo?

* História do jornalismo é elemento formador de consciência indispensável sobre sua futura


profissão.

* A censura é uma das principais marcas da imprensa brasileira ao longo da história.

* O jornalismo conta a história no momento em que ela acontece.

Porque estudar publicidade?

* Anúncios são como documentos históricos que permitem compreender um pouco mais
acerca do imaginário que movia consumidores e suas necessidades.

* Para compreender os recursos atuais é importante conhecer sua evolução histórica.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO – ESTADÁO

Inicio: 04/01/1875

- Mais antigo da cidade de SP

- Chamava: A província de São Paulo

- Viva a República (16/11/1889)

- 1890: título muda com a nova nomenclatura das unidades da federação.

* ESTADO NOVO: intervenção

* Reivindicam eleições livres e uma nova Constituição

* Derrotados, os irmãos Júlio de Mesquita Filho e Francisco Mesquita são presos pela ditadura
e expatriados para Portugal.

* O jornal fica sob intervenção por 5 anos.

* A partir de 1968 sofreu censura e repressão pelos militares golpistas, tenta cobrir os
acontecimentos.

Censura dentro da redação

- A censura se estabelece dentro das redações do jornal

- Notícias cortadas pelos censores não eram substituídas por outras matérias.
- Para sinalizar que havia algo errado, editores publicavam receitas de bolos, anúncios, poemas
de Camões, cartas dos leitores.

A propaganda no Brasil: das primeiras agências às grandes multinacionais

- O primeiro anúncio do Brasil foi publicado pelo jornal A Gazeta do Rio de Janeiro, fundado
pelo Príncipe Regente em 1808 e era a respeito da venda de um imóvel: Quem quiser comprar
uma morada de casas de sobrado com frente para Santa Rita, fale com Ana Joaquina da Silva,
que mora nas mesmas casas, ou com o Capitão Francisco Pereira de Mesquita, que tem ordem
para as vender.

Começa a evoluir: 1809

- compra e venda de imóveis

- avisos de procura de escravos fugitivos ou vendidos.

No final do século XIX

- publicados em jornais ou em praças e instituições.

- Utilizam um formato grande, com muitas ilustrações em duas cores e textos produzidos por
poetas como Olavo Bilac.

1900 – 1910

* Revista da Semana, primeira do país

- As revistas ilustradas surgem como uma forma alternativa de comunicação.

* Destaque para a propaganda de remédios, cujas peças são cada vez mais numerosas

* 1909-1918: políticos como garotos- propaganda.

1910 – 1920

* Primeira agência de propaganda do Brasil: Eclética

- Foram contratados escritores e artistas para preparar os textos e ilustrações dos anúncios.

* No final da Primeira Guerra Mundial (1918), São Paulo contava com cinco agências.

1920 – 1930

* Novo meio de comunicação: RÁDIO

- Representa um marco na grande revolução na publicidade brasileira

- Os maiores anunciantes eram a Casa Colombo, Bromil, Cigarros Veado, Biotônico Fontoura
etc.

* Jeca Tatu: em 1926, os Laboratórios Fontoura contrataram Monteiro Lobato para criar um
personagem que faria a propaganda e a conscientização.
* A General Motors (GM) desde 1926 tinha um departamento de propaganda, que se dissolveu
em 1929. Isso marca a entrada da primeira agência multinacional ao Brasil, a JWThompsom.

1930 – 1940

* O Rádio é a grande sensação desta década:

- Aparecem os spots, os programas associados à marcas e os jingles.

- Os produtos farmacêuticos ainda são os maiores anunciantes, mas começam a aparecer


também as cervejas, loterias, cigarros, automóveis e lubrificantes, pneus, lâmpadas e cremes
dentais.

* Surgem os primeiros outdoors.

* Nos jornais, a concorrência se dava através de competição, réplicas e tréplicas dos


anunciantes.

1940 – 1950

* Perído áureo do jingle

- Destaque para COCA-COLA

* São criadas as datas promocionais, como Dia dos Pais, para aquecer o período mais fraco do
comércio.

* Primeiras tentativas de disciplinar a ética da propaganda:

- Conselho Nacional de Imprensa (CNI)

- Associação Brasileira de Propaganda (ABA)

- Associação Brasileira de Agências de Propaganda (ABAP)- resultado do convênio entre as


principais agências para a fixação de normas padrão para a regulamentação da propaganda,
em 1949.

1950 – 1960

* 19/09/1950 – Televisão no Brasil

- A televisão não consegue convencer os anunciantes de sua eficiência, mas após o primeiro
comercial veiculado na televisão, outras empresas passam a procurar esse meio de
comunicação.

- A televisão vai se tornando o meio de comunicação preferido da população

- Em 1956, as três emissoras de televisão existentes já ultrapassam a arrecadação publicitária


das treze rádios da cidade de São Paulo.

* Aparecem as estratégias de marketing – propaganda, promoção e pesquisa de mercado.

* Nascem a Editora Abril, dispondo de ótima qualidade gráfica.

* A edição da revista Cruzeiro que cobria a morte de Getúlio Vargas atinge uma tiragem
próxima de 700 mil exemplares. Com isso, houve disputa para a inserção de propaganda nela.

* Em SP, no Masp, surge a idéia de criar um curso de propaganda no país.


* 1951: Escola de Propaganda no Brasil

* 1953: Fundação Getúlio Vargas cria um curso de marketing em sua pós-graduação.

* 1956: nasce a agência Alcântara Machado – atual Almap/BBDO

* 1957: acontece no Rio de Janeiro o I Congresso Brasileiro de Propaganda, promovido pela


Abap, e é criado o Código de Ética dos Profissionais da Propaganda – além de recomendada a
criação do Instituto Verificador de Circulação (IVC).

* O Ibope começa a medir a audiência da televisão brasileira e é criada no Rio Grande do Sul a
MPM, que ostentaria o título de maior agência nacional de 1975 a 1990.

1960 – 1970

* Comunicação: Texto e Imagem – associa a marca à psicologia do consumidor.

* Em 1965 as agências conseguem a Lei No. 4.680, que garante margens estáveis de criação e
fixa a taxa de remuneração sobre os investimentos em mídia em 20%, superando os 17,65%
anteriores à Lei.

* O governo militar da ditadura, ciente do poder de comunicação de massa, passa a ser um dos
principais anunciantes.

* 1968: Editora Abril lança a Revista Veja

- É criada a DPZ

* 1961: criado o IVC (Instituto Verificador de Circulação) para a comprovação dos números de
mídia impressa.

* 1967: chega ao Brasil a técnica de GRP (Gross Rating Points) que é criada para designar o
somatório das audiências de uma campanha publicitária

1970 – 1980

* Cresce o interesse das multinacionais de propaganda pelo mercado brasileiro.

- Em 1972 a Ogilvy & Mather compra a Standard

- O grupo Young & Rubicam chega ao Brasil em 1974

- Em 1975 a gaúcha MPM torna-se a maior agência do Brasil Chega a Leo Burnett, comprando
a Companhia de Incremento de Negócios (CIN)

- A BBDO associa-se à CBBA (posteriormente comprada pela J. W. Thompson)

- Finalmente em 1976 o Grupo Interpublic – ao qual está incorporada a McCannErickson –


adquire a Proeme.

1980 – 1990

* Criação do Conar – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária.

* Os grandes anunciantes integram de vez o outdoor às suas estratégias de comunicação.

* Surge a W/GGK (futura W/Brasil), que obtém grande sucesso graças à elevação dos
profissionais de criação a postos máximos dentro da agência.
* O Brasil tem, em 1987, mais de 2 mil agências de publicidade.

1990 – 2000

* Marcos históricos

- Consolidação da TV por assinatura e a chegada da MTV, primeira emissora segmentada do


país.

- Lançamento do Código de Defesa do Consumidor.

- Jornais apostam na técnica de itens colecionáveis para aumentar as vendas, e de fato geram
resultados. Em 1994 a Folha de S. Paulo ultrapassa a marca de 1 milhão de exemplares
vendidos.

- Em 1995 a Internet modifica o mercado e passa a ganhar status de nova mídia.

- Em 1994, a indústria brasileira de comunicação experimenta seu melhor desempenho em


muitos anos, elevando seus negócios em 51% e movimentando US$ 4,5 bilhões (em 1998 esse
número chega a US$8,4 bilhões).

- Em 1997, a DDB compra a Dm9. Surgem as agências F/Nazca Saatchi&Saatchi, LoweLoducca,


Carillo Pastore Euro RSCG, CaliaAssumpção, entre outras. Destaque para os profissionais de
criação no comando das agências de maior êxito.

PRINCIPAIS REVISTAS BRASILEIRAS – SÉC XX

* Revista da Semana:

- Notícias ilustradas com fotografias que algumas vezes simulavam flagrantes.

- Semanário lançado em 1900

- Enfoque político

- Artigos de intelectuais e artistas.

- Ironia e humor político por meio de caricaturas e charges.

- Edição de outubro de 1904, sobre a Revolta da Vacina

* O Malho

- veículo de humor, “iconoclasta de nascença”

- sua especialidade era satirizar fatos políticos.

* Para todos

- Lançada em 1919

- A revista dedicava-se à publicação de contos, poesias, partituras musicais.

- Textos e fotos sobre acontecimentos sociais, eventos e cenas do dia a dia carioca.

- J. Carlos era a essência da caricatura da primeira metade do século 20.


* Careta

- Outra revista satírica que circulou no Brasil de 1908 a 1960.

- Padrão gráfico de boa qualidade em comparação às outras publicações da época.

- Funcionaram como uma oposição inteligente à propaganda oficial do governo de Getulio


Vargas

- A Derrubada

* O tico-tico

- Revista Infantil

- 11/10/1905

- Os ilustradores criaram personagens que expressavam os costumes e linguagem da época.

- O trio Reco-Reco, Azeitona e Bolão.

- O Tico-Tico chegou a tirar 100 mil exemplares por edição.

- Não teve rival até a década de 30 quando quadrinhos norteamericanos chegaram ao Brasil.

- Circulou até 1962

* FON-FON

- Surgiu em 1907

- Conteúdo leve sobre a atualidade da época

- “Para os graves problemas da vida, para a mascarada política, para sisudez conselheiral das
finanças, cá temos a resposta própria: aperta-se a sirene: FON-FON!”

- Tratava principalmente dos costumes e notícias do cotidiano.

- Seguia modelos europeus e oferecia, em primeira mão as últimas novidades de Paris, o maior
centro de elegância do mundo em moda feminina e infantil.

* Cruzeiro

- Novembro de 1928

- Uma revista que tudo sabe, tudo vê.

- Modernidade e futuro

- Discurso nacionalista: “Cruzeiro é o nome da nova moeda brasileiro, o símbolo da bandeira, é


um título que inclui nas suas três sílabas um programa de patriotismo”.

- Fatos da semana iam para a CAPA

- Poucos meses depois Cruzeiro torna-se a principal revista nacional.

* Jornalismo de caráter investigativo ganha as páginas de O Cruzeiro.

- O Cruzeiro atinge tiragens cada vez maiores: 750 mil exemplares´.


- A dupla David Nasser (pique Leo Dias) e Jean Manzon -formaram a mais famosa dupla de
repórter fotógrafo do Brasil a partir de 1943.

* O Pif-Paf – humor e caricatura

* Mulheres bonitas nas capas

* A decadência dos anos 70

- O Cruzeiro parou de circular em julho de 1975. É até hoje a revista de maior longevidade no
Brasil.

* Revista do Rádio

- Lançada em 1948

- Mostrar como eram fisicamente aos astros e estrelas do rádio brasileiro.

- Circulou durante 22 anos e era leitura obrigatória dos fãs do rádio.

- As reportagens revelavam onde moravam, como viviam e com quem estavam saindo.

- Prato forte da revista eram as fofocas

- Década de 60: revista se divide entre o rádio e a TV

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