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Os Grandes Nomes da Psicologia

Neurociência Contemporânea

Índice
Introdução ao tema ………………………………………………………1

António Damásio

Vida e Obra ……………………………………………………...2

Jean – Martin Charcot

Vida e Obra………………………………………………………4

Alexander Luria

Vida e Obra………………………………………………………6

Conclusão e Apreciação pessoal ……………………………………...8

Bibliografia………………………………………………………………….9

Introdução ao tema
No âmbito da disciplina de Psicologia de 12º ano é-nos proposta a realização
de um trabalho de pesquisa acerca de os grandes nomes da psicologia da
neurociência contemporânea.

Escolhemos a neurociência contemporânea como subtema pois foi o que mais


nos suscitou curiosidade e possibilidade de também acompanharmos e revermos a
matéria assim como aprofundar os nossos conhecimentos e transmiti-los.

Assim, propomo-nos a apresentar três grandes nomes: António Damásio,


Charcot e A. Luria dando a conhecer uma breve biografia e algumas das suas obras
com o objectivo de relacionar o subtema e estas personalidades.

Esperamos que no fim do trabalho, sejamos capazes de reflectir se


conseguimos atingir estes objectivos e com espírito crítico percebermos se o nosso
trabalho corresponde, ou não, à tarefa que nos foi pedida.

António Damásio
Vida e Obra

António Rosa Damásio nasceu a 25 de Fevereiro a


1944 em Lisboa.

Licenciou-se e doutorou-se em medicina (neurologia)


na Universidade de Lisboa. Inicia as suas investigações no
Centro de Estudos Egas Moniz e vai para os EUA como
investigador do Centro de Pesquisas da Afasia de Boston.

Vive desde 1975 nos Estados Unidos da América e


actualmente dirige o Departamento de Neurologia do
Comportamento e Neurociência Cognitiva e o Centro de
Investigação da Doença de Alzheimer da Universidade de
Iowa. É ainda professor adjunto no Instituto Salk em La Jolla
na Califórnia.

Médico neurologista e neurociêntista português,


António Damásio reconhecido internacionalmente, é
conduzido pelo estudo dos comportamentos dos seus
pacientes com lesões cerebrais a inúmeras possibilidades e novos estudos
relativamente ao funcionamento do cérebro.

Um dos seus grandes contributos para a neurociência contemporânea e para o


seu departamento foi a criação, juntamente com a sua mulher Hanna, de uma
importante unidade de investigação que tem como objectivo o conhecimento da
actividade cerebral e as suas relações com a memória, linguagem, emoções e
mecanismos de decisão. Inserido agora nesta área de investigação, começou por
analisar o caso documentado em 1848 de Phineas Gage. É a
relação entre o reconhecimento das lesões e consequente efeito no
comportamento que leva a António Damásio e a sua equipa a
investigar situações semelhantes nos seus pacientes, estudando
principalmente os danos neurológicos nos sistemas emocionais
comparando a actividade de cérebros saudáveis com cérebros
lesionados. Assim, Damásio e a sua equipa criam e ocupam
laboratórios que são hoje os principais da neurociência cognitiva
(relação cérebro – mente) do mundo científico. 2
Damásio tem um forte impacto na neurociência pois aprofundou e conciliou a
sua proposição de que a mente é uma produção do cérebro, fundamentando e
concentrando-se na área das emoções e sentimentos.

É um conhecido conferencista da sua especialidade, tendo feito apresentações


de grande reconhecimento em prestigiosas instituições científicas, seminários e
congressos nos EUA. A sua investigação, por ser crucial no departamento de
neurologia, proporciona-lhe prémios e distinções no país onde vive e na Europa,
onde são destacados os prémios que foram atribuídos às suas obras. O
Erro de Descartes, O Sentimento de Si e Ao Encontro de
Espinosa são três das suas melhores obras.

Nestes livros António Damásio desenvolve a sua teoria


sobre a importância da emoção na tomada de decisões,
as emoções como factor central na construção da nossa
identidade, a consciência como função biológica que
permite conhecermos as nossas emoções. O que destaca
as teorias de Damásio de muitos outros é o grau de
veracidade dessas, pois ele fundamenta-as com dados das neurociências.

As obras e investigações de António Damásio tiveram


e têm um grande impacto nos dias de hoje, abrindo e
dando continuidades às suas investigações, revoluciona o
papel que as emoções desempenham no ser humano e
revoluciona também as neurociências e as bases da
psicologia actual. Não passando de despercebida a sua
contribuição, António Damásio abre novas perspectivas
inovadoras quebrando os dualismos mente - corpo e razão
- emoção.
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Jean – Martin Charcot

Vida e Obra

Jean - Martin Charcot, nasceu em França no ano de


1825 e faleceu em 1893.

Charcot iniciou os seus estudos em 1844 em medicina,


sendo nomeado quatro anos depois médico residente e
tornando-se chefe de uma clínica em 1853.

Na tese do seu doutoramento fundamenta a distinção entre


a gota e o reumatismo articular ou nodoso, realizou também
estudos pioneiros sobre o sangue, descobrindo as
plaquetas que ganharam o seu nome.

Charcot foi professor na Universidade de Paris,


desde 1860 até 1893 e teve
como seu aluno, o nosso já conhecido psicanalista,
Sigmund Freud.

Para além da sua profissão como professor, desde


1862 até à data da sua morte, trabalhou no Hospital
de Salpêtrière como director e foi nele que criou a
primeira clínica neurológica da Europa,
especializada em estudos sobre histeria, epilepsia e
outras desordens neurológicas.

Em 1867 publica o seu primeiro livro, Leçons Cliniques sur les maladies des
vieillards et les maladies chroniques e mais tarde em 1877, o seu manual Leçons sur
les malades du foie des voies biliares et des reins faites à la faculté de médecine de
Paris.
Charcot adoptou a técnica de hipnose e considerado um excelente
hipnotizador, induzia essa técnica em pacientes com histeria (doença mental
acompanhada de manifestações físicas), onde os seus aprendizes assistiam aos
tratamentos.

Descobriu numerosas enfermidades e síndromes neurológicos, como o da esclerose


lateral amiotrófica, que diferenciou da atrofia muscular progressiva de Aran -
Duchenne e descobriu também a neuropatia de Charcot – Marie - Tooth, esclerose
múltipla da qual fez a primeira descrição completa das lesões. Foi também o primeiro
a descrever a desintegração dos ligamentos e superfícies das juntas causado por
ataxia locomotora e outras doenças e ferimentos relacionados (Síndrome de Charcot
ou Junta de Charcot).

Charcot conduziu também a pesquisa pioneira da localização dos centros


cerebrais, responsáveis por funções nervosas específicas e descobriu os aneurismas
miliária (dilatação das pequenas artérias que alimentam o cérebro).

Criou o museu anatomopatológico de La Salpêtrière, os laboratórios fotográficos,


anatómico e fisiológico.

Os seus trabalhos mais conhecidos são Leçons sur les maladies du systéme
nerveux, com 5 volumes, publicados de 1872 a 1883 e Iconographie de la Salpêtrière.

Assim, Jean - Martin Charcot contribuiu


significativamente no século XIX na descrição de várias
enfermidades neurológicas, em particular na área dos distúrbios
do movimento. Contribuiu também de forma exponencial na
descrição clínica minuciosa da doença de Parkinson, além de
introduzir o primeiro tratamento farmacológico. Na área das
hipercinesias realizou estudos sobre a síndrome de Tourette, o
diagnóstico diferencial dos tremores, das coréias e o estudo
inicial sobre startle.
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Alexander Luria

Vida e Obra

Alexander Romanovich Luria nasceu a 16 de Julho de 1902 em


Kazan, a leste de Moscovo, na Rússia e morre a 14 de Agosto de 1977.

Em 1921 licencia-se no Curso de Ciências Sociais da


Universidade de Kazan, e em 1937 em Medicina no Instituto Médico de
Kharkov e de Moscovo com doutoramento em Pedagogia e Ciências
Médicas.

Reúne os seus trabalhos sobre tempos de reacção associados a


processos de pensamento e consegue um lugar no Instituto de Psicologia
de Moscovo onde desenvolveu o “método motor combinado” que ajudava
a diagnosticar processos específicos do pensamento, criando assim o
primeiro detector de mentiras.

Em 1924 Alexander conhece Lev Vygotsky e Alexei Leontiev, juntos iniciam um


projecto que leva à criação de uma nova área da psicologia. Relacionando aspectos
culturais e históricos com a psicologia surge a psicologia cultural – histórica onde o
papel da cultura, mais objectivamente da linguagem, é realçado no desenvolvimento
de funções mentais superiores nos processos ontogénicos e filogénicos.

Alexander realizou expedições na Ásia Central para dar continuação à sua pesquisa
no departamento de neuropsicologia e cultura. Durante esse tempo, constatou que em
muitas aldeias se tinham dado mudanças psicológicas (inclusive na percepção, na
resolução de problemas e na memoria) como resultado da reeducação e
desenvolvimento cultural a que essas foram submetidas pelo governo revolucionário.
Esta constatação contribuiu como um facto importante para o estudo da linguagem
verbal.

Realizou estudos sobre os gémeos verdadeiros e falsos para determinar o


impacto de diferentes factores no desenvolvimento humano.
No inicio dos seus estudos neuropsicológicos e durante o seu percurso
académico após a guerra, Luria concentrou-se no estudo da afasia, na interacção
entre a linguagem e o pensamento e as funções corticais. Estes estudos conduziram-
no também a estudos acerca da função de compensação que as funções corticais
desempenham na reabilitação da afasia. 6

Durante a Segunda Guerra liderou uma equipa no


Hospital do Exercito para desenvolver métodos de tratamento
psicológico em pacientes com lesões cerebrais. Antes do ano
da sua morte em 1977, publica os estudos dos casos
realizados no período em que trabalhou no Hospital, dando um
grande impulso à Neuropsicologia como a conhecemos nos
dias de hoje. Entre eles destacam-se as obras, The Mind of a
Mnemorist e The Man with a Shattered World. A primeira obra refere-se a um
jornalista russo com uma memória ilimitada que Luria relaciona à sinestesia que o
jornalista tinha. A segunda obra é acerca de um homem que sofre uma lesão cerebral
traumática.

Dando continuidade às propostas de Pavlov, psicólogo


russo que entendia a linguagem como um sistema
privilegiado de sinais e inspirando-se em Vygotsky que
estabelece relações entre o pensamento e linguagem e
entre a consciência e a linguagem no desenvolvimento
do individuo, Alexander Luria têm um grande impacto no
que se conhece hoje da neurociência e da psicologia,
introduzindo um novo campo de estudo na neurologia, a
neurolinguística ou psicolinguística.
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Conclusão e Apreciação pessoal

Bibliografia
António Damásio

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Dam%C3%A1sio;

http://www.wook.pt/authors/detail/id/2756;

Ser Humano, Manuela Matos Monteiro e Pedro Tavares Ferreira, Psicologia B 12º 2ª parte;

http://www.google.pt/search?q=antonio+damasio&hl=pt-
PT&prmd=imvnsbo&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=b_5TT4bHKsTL8QPFqbHwBQ&v
ed=0CFEQsAQ&biw=1228&bih=598

Alexander Luria

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Luria;

http://www.oocities.org/eduriedades/alexanderluria1.html;

http://www.google.pt/search?q=alexander+luria&hl=pt-
PT&prmd=imvnsbo&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=HwBUT7unKsPR8QPnmoXxBQ&
ved=0CDwQsAQ&biw=1228&bih=598

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