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- Sociedade Internacional é o conjunto de Estados que estreitam suas relações com base em
valores e interesses comuns e, assim, promovem a cooperação internacional.
- O conceito de Sociedade Internacional confere ênfase aos interesses comuns e às possibilidades
de ganhos com a cooperação entre os Estados.
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3) Ordem Mundial:
- A ordem bipolar indica a existência de dois blocos de poder, como o americano e o soviético,
durante a Guerra Fria.
- A ordem bipolar não é imune à contestação, como qualquer outra ordem.
- Durante a Guerra Fria, houve resistência de alguns países periféricos ao alinhamento automático
tanto ao bloco do Primeiro Mundo capitalista quanto ao bloco do Segundo Mundo comunista.
- Em 1955, na Conferência de Bandung, alguns países periféricos lançaram a ideia de Terceiro
Mundo, nem capitalista, nem comunista. Eles denunciavam que essas ideologias só preveem ganhos
para o centro do poder, a partir da exploração de suas periferias.
- Em 1961, na Conferência de Belgrado, alguns países periféricos criaram o Movimento dos Não-
Alinhados.
- Os líderes desses movimentos de resistência periférica foram Gamal Abdel Nasser (Egito), Josip
Broz Tito (Yugoslávia), Sukarno (Indonésia), Jawaharlal Nehru (Índia) e Chu En-Lai (China).
- Eles defendiam que o real con ito não estava no eixo Leste-Oeste, Capitalista-Comunista, mas no
eixo Norte-Sul, Centro-Periferia, o que, portanto, ensejaria uma articulação diplomática dos países
da periferia para superarem essa condição estrutural.
- É a semente da ideia de Sul Global. Sul não como entidade geográ ca, mas como ideia de periferia
geopolítica.
- Em 1964, resultado dessas articulações, surge o G77, grupo de países em desenvolvimento
articulados para pautar os debates na Assembleia Geral das Nações Unidas. Atualmente, o G77
conta com 134 Estados, mas continua sendo chamado de G77.
- Império implica o domínio territorial por imposição militar e o domínio tributário por
cobrança direta de impostos.
- A Guerra do Peloponeso, entre 431 e 404 aec, opôs duas cidades-Estado da Grécia Antiga:
Esparta e Atenas.
- Esparta era uma cidade-Estado com tradição militarista e um Exército muito forte em con itos
terrestres.
- Atenas era uma cidade-Estado rica, um importante centro comercial e nanceiro, em função do
seu poder marítimo. A força naval ateniense mostrava o quão estratégico era o poder naval para
uma potência com pretensões expansionistas.
- Depois de conquistar as cidades litorâneas do Império Persa e as ilhas do Mar Egeu, Atenas
começava sua expansão marítima para o resto do Mediterrâneo, planejando investidas sobre a
Sicília.
- A elite espartana estava receosa de que, em breve, com tamanho acúmulo de riquezas e de forças,
Atenas teria capacidade de subjugar Esparta, se assim o quisesse.
- A ascensão de Atenas despertou o medo em Esparta de que sua cidade-Estado deixaria de existir
de modo soberano.
- Esse medo fez com que Esparta iniciasse uma guerra preventiva contra Atenas, para prevenir que
Esparta não desaparecesse enquanto cidade-Estado independente.
- A Guerra do Peloponeso deixa como lição a Armadilha de Tucídides.
- A Armadilha de Tucídides é a di culdade de se superar o medo causado pela ascensão de outra
potência capaz de revisar a ordem vigente, o que desperta o desejo de se fazer uma guerra
preventiva, para garantir a manutenção da ordem em favor da potência satisfeita com o status quo.
- Tucídides achava que a guerra entre Esparta e Atenas era inevitável.
- A verdade é que, poucas vezes na história, a ordem mundial mudou a sua conformação sem uma
guerra para decidir o Estado (ou o grupo de Estados) que seria o dominante.
- A maior exceção da história talvez tenha sido o m da Guerra Fria sem uma guerra de fato entre
EUA e URSS.
- Joseph Nye Jr, em seu livro “O futuro do Poder”, de 2011, defende que o poder global está
em transição e em difusão.
- O poder global estaria em fase de transição, porque a área mais estratégica do globo deixaria de
ser o Atlântico Norte, na ligação entre EUA e Europa, e passaria a ser o Pací co, conectando EUA,
Rússia, Coreia, Japão, China, Austrália…
- Nye ressalta também que o poder global estaria se difundindo entre diferentes atores,
principalmente no espaço cibernético, com big techs e hackers.
- Apesar dessa difusão ainda incerta do tabuleiro cibernético, o poder econômico estaria
visivelmente mais difuso, com a grande presença nos mercados globais não apenas de países ricos
do G7, como também dos países emergentes do G20.
- Sendo notável a articulação chinesa em torno da Nova Rota da Seda, o que evidencia não apenas
a difusão do poder econômico, mas também a transição para o Pací co.
- Nye, assim com já tinha feito em “O Paradoxo do Poder Americano”, destaca que, apesar da
assimetria do poder militar americano em relação aos demais Estados ser grande, os EUA
deveriam priorizar o uso do poder inteligente, combinando coerção com aceitação, porque o uso
indiscriminado de poder bélico, paradoxalmente, tem o potencial de diminuir o poder americano,
porque cria um sentimento global anti-hegemônico.
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6) Segurança e Liberdade
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7) Segurança e Defesa
- Segurança é a sensação subjetiva de sentir-se livre para realizar seus interesses e de sentir-se
invulnerável a ameaças físicas, psicológicas, políticas e nanceiras.
- Defesa é a política pública, orientada pelos princípios políticos fundamentais de uma sociedade,
para promover o nível de segurança nacional desejável pelo Estado, ao garantir a soberania política,
a integridade dos recursos e a liberdade da população.
- O Estado, para assegurar a sua Defesa, estabelece estratégias que garantam, oportunamente, a
mobilização das capacidades humanas e dos recursos materiais nacionais necessários para a
manutenção da paz e para o esforço de guerra, quando no caso de legítima autodefesa.
- A de nição das prioridades políticas e estratégicas da Defesa é de nida pela sociedade, por meio
de suas representações políticas e institucionais.
- As Forças Armadas continuarão sendo importantes atores na formulação dos objetivos políticos
de Defesa, mas outros atores sociais estratégicos deverão participar da elaboração da Política de
Defesa Nacional.
- A operacionalização da Defesa ca a cargo das Forças Armadas.
- Segurança Política tem por nalidade criar condições para o pleno exercício da
cidadania, para isso, precisa conservar o Estado Democrático de Direito e preservar as instituições
multilaterais.
- Quando o sujeito de segurança for o globo como um todo, a agenda de pesquisa concentra-se
na segurança coletiva, na segurança ambiental e na segurança sanitária.