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A CONQUISTA DO INTERIOR

A CONQUISTA DO INTERIOR
As estimativas sobre a população do Brasil colonial, até o final do século XVI,
variam entre 70 mil e 100 mil habitantes – incluindo os índios que estavam em
contato com o colonizador e os próprios colonos.
Até esse período, a colonização portuguesa da América restringiu-se ao litoral.
Essa população espalhava-se de forma
descontínua pela extensa costa
brasileira, mas, nos séculos seguintes,
ganhou o sertão e outros pontos
litorâneos.
Esse avanço é uma das consequências
direta da UNIÃO IBÉRICA (1580 até
1640), em que ocorreu uma maior
Figura://marcosbau.com.br/geobrasil-2/1763-2/
liberdade de exploração devido à
suspensão do TRATADO DE TORDESILHAS. Sendo assim, o avanço
da colonização é associado às EXPEDIÇÕES MILITARES, à
PECUÁRIA, aos JESUÍTAS e às BANDEIRAS.
Figura:ARQUIVO - OFICINA DA HISTÓRIA-2018

EXPEDIÇÕES MILITARES
Desde o início do século XVI, piratas e corsários europeus assaltavam a
costa da América, em busca de riquezas. Com a UNIÃO IBÉRICA, a pirataria
no litoral brasileiro se intensificou. Desse modo, o governo LUSO-
ESPANHOL reagiu e enviou expedições militares, que ergueram fortes em
pontos estratégicos do território colonial.
Embora as expedições contassem com orientação e apoio do governo,
foram os colonos luso-brasileiros e seus aliados indígenas que lutaram,
efetivamente, pela defesa e conquista do Norte e do Nordeste colonial.
Figura://fortalezashistoricasbrasileiras.blogspot.com/2016/01/forte-do-
castelo-do-senhor-santo-cristo.html FORTE DE FILIPEIA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES – 1585: em torno do
qual se formou um povoado que deu origem à atual cidade de João Pessoa, na Paraíba.
FORTE DOS REIS MAGOS – 1598: erguido sobre recifes e localizado em
uma posição estratégica na atual cidade de Natal.
FORTE DE SÃO LUÍS – 1612: está na origem da cidade de São Luís,
capital do Maranhão. Foi fundado por calvinistas franceses como um
entreposto à pirataria. Contava com o apoio do rei da França e teve o
auxílio dos Tupinambás. A chamada FRANÇA EQUINOCIAL, no entanto,
durou pouco; três anos depois, forças luso-espanholas expulsaram os
franceses do Maranhão.

FORTE DO PRESÉPIO – 1616:


localizado na foz do rio Figura://www.praiasdenatal.com.br/forte-dos-reis-magos/
Amazonas, foi construído
para defender o pequeno povoado português, a FELIZ LUSITÂNIA,
que deu origem à atual cidade de Belém, capital do Pará.

Figura://atarde.uol.com.br/turismo/noticias/1716975-belem-oferece-experiencia-e-um-
mergulho-na-cultura-amazonica

PECUÁRIA
Tinha papel importante na economia colonial, pois, além de
alimento e couro, os animais serviam de força motriz e de meio de
transporte.
Sua finalidade era atender o mercado interno e seus lucros ficavam
na colônia.

Figura://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/criacao-de-gado-no-brasil-
como.html 1
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Dessa forma, a pecuária não se enquadrava plenamente nas


regras do sistema colonial e, por isso, era pouco incentivada
pela metrópole.
Só era destinada à exportação uma parte do couro produzido
do Maranhão até a Bahia.
Para incentivar a produção de cana, a pecuária foi PROIBIDA
NO LITORAL, em 1701, e, assim, a atividade espalhou-se pelo
interior, em áreas que não eram apropriadas à agricultura
exportadora.
No período colonial, a pecuária desenvolveu-se em duas
grandes regiões criadoras:
CAATINGA DO NORDESTE CAMPINAS DO SUL
Figura:://professorjamesonnig.wordpress.com/2012/11/23/fuvest-comentada-9/

PECUÁRIA NORDESTINA
A mais antiga área criatória avançou para o sertão, seguindo, geralmente, os
cursos dos rios.
No início, o gado era usado para ABASTECER OS ENGENHOS como animal
de carga para mover as moendas de cana e comida.
Mais tarde, com a chegada do ouro, os animais passaram a abastecer a
REGIÃO MINERADORA. Além do couro e da
carne, os pecuaristas nordestinos forneciam
a CARNE SECA, que, devido ao sal,
Figura://brasilescola.uol.com.br/historiab/pecuaria-no-periodo-
colonial.htm conservava-se por mais tempo, o que
facilitava sua comercialização em locais distantes.
A expansão ocorria, muitas vezes, pela invasão de territórios indígenas, com
inúmeros conflitos entre índios e pecuaristas.
O declínio das atividades no Nordeste teve início no século XVIII, em que a
pecuária nordestina entra em decadência devido à concorrência com outras
regiões mais próximas à zona mineradora. As grandes secas, registradas entre Figura://brasilescola.uol.com.br/historiab/pecuaria-no-periodo-
colonial.htm
os anos de 1791 e 1793, desferiram o golpe final na já decadente pecuária
nordestina.

PECUÁRIA SULISTA
Em todo o período colonial, a pecuária foi a única atividade importante
na região, fazendo nascer ali uma sociedade tipicamente pastoril.
Nas estâncias, o trabalho era assalariado, executado por brancos, índios e
mestiços e, em geral, o próprio dono da estância e sua família
administravam diretamente o trabalho pecuário, gerenciando a realização
do serviço.
Até fins do século XVIII, a
atividade principal era a
Figura://povoamentopelotas.blogspot.com/2010/10/
produção do couro – ÉPOCA DO
COURO –; a princípio, a carne do gado abatido era desperdiçada.

Por volta de 1780, surgiu a indústria do charque, que conduziu à


evolução dos métodos de criação e abriu novas possiblidades ao
comércio da carne. Além do gado bovino, foi significativa no RS a
criação de cavalos e de mulas, que eram muito usadas na região
Figura://historiaonline2.blogspot.com/2009/08/pecuaria.html
mineradora.

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JESUÍTAS
Eram sacerdotes pertencentes à COMPANHIA DE JESUS ou
ORDEM JESUÍTICA fundada em 1534, por Inácio de Loyola, e tinha
como objetivo expandir o catolicismo pelo mundo.
A ordem procurava fazer de seus sacerdotes uma espécie de
SOLDADOS DE CRISTO ou DO CATOLICISMO.

Foi com essa intenção que o primeiro grupo de jesuítas chegou à


Baía de todos os Santos em 29 de março de 1549, sob a liderança
de Manoel da Nobrega. Figura://imagenshistoricas.blogspot.com/2009/11/jesuitas.html

Desde os primeiros tempos, os jesuítas dedicaram-se à


catequização, combatendo os costumes e as tradições indígenas.
Inicialmente, concentraram-se no litoral, onde fundaram colégios nas principais vilas e cidades brasileiras.
Mas, conforme os indígenas foram sendo vencidos no litoral e se
refugiando no sertão, os jesuítas também se deslocaram para lá com
suas missões, também chamadas de REDUÇÕES.

As principais localizavam-se no interior da Amazônia e da região


sul, áreas densamente
povoadas por populações
indígenas.
Para a catequização, os
jesuítas obtiveram dos
Figura://amigopai.wordpress.com/2017/03/18/missoes-jesuiticas/
governantes a concessão
de SESMARIAS, onde foram construídos os ALDEAMENTOS ou as
MISSÕES.

Nas missões, ocorria ACULTURAÇÃO dos indígenas: aprendiam a


doutrina católica, os ofícios e os costumes da cultura europeia.
Realizavam trabalhos na
agricultura, no artesanato e
na pecuária.

Além disso, nas missões do Figura://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2014/05/missoes-jesuiticas.jpg


norte, os jesuítas exploravam o trabalho indígena na extração das
DROGAS DO SERTÃO, cuja venda proporcionava grandes lucros, o que
permitiu a eles acumularem grande patrimônio.

Por serem contrários à escravidão indígena, os jesuítas entraram em


atrito com os colonos em vários pontos do território. As missões eram
Figura://brasilescola.uol.com.br/historiab/as-drogas-sertao.htm
o alvo predileto das bandeiras de apresamento, pois os bandeirantes
capturavam, para escravização, o INDÍO LADINO, com sua cultura
descaracterizada e conhecedores do trabalho na agricultura.

IMPORTANTE
Em 1680, os jesuítas conseguiram a aprovação, pela coroa portuguesa, de uma lei proibindo a escravização
indígena. Essa lei provocou a revolta dos colonos em vários pontos do Brasil e foi a principal causa da REVOLTA DOS
BECKMAN, no Maranhão.

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ENTRADAS E BANDEIRAS
Foram as principais atividades econômicas que levaram à ocupação do interior.
A grande diferença é que as ENTRADAS eram expedições oficiais organizadas pelo governo e tinham como
finalidade buscar riquezas e reconhecer o interior da colônia. Já as BANDEIRAS eram expedições particulares,
que partiam inicialmente de São Paulo e adentravam o interior da colônia, buscando atividades econômicas
que lhes dessem lucros e
ultrapassando a linha de Tordesilhas.
Vale lembrar que, no contexto da
união ibérica, a divisão estabelecida
pelo tratado perdeu a validade, uma
vez que todo o território estava sob
o domínio espanhol.
As bandeiras eram compostas de
brancos, de mestiços e de índios. O
líder responsável por sua
organização era chamado de
ARMADOR. As expedições dos
bandeirantes que se dedicavam ao
apresamento e à prospecção
geralmente partiam de São Paulo,
que também ficou conhecida como a
TERRA DOS BANDEIRANTES.
Houve três tipos básicos de
bandeirismo: APRESADOR,
PROPSPECTOR, DE CONTRATO e,
mais tarde, com a descoberta do
ouro, as MONÇÕES. Figura://br.pinterest.com/queiroz4448/mapas/?lp=true

BANDERISMO APRESADOR
Dedicava-se à captura de índios para vendê-los como escravos.
Desde o século XVI, os paulistas aprisionavam índios para utilizá-
los em suas lavouras. A partir de 1620, porém, com o
crescimento das plantações de trigo na região, intensificou-se a
procura por mão de obra. Os bandeirantes foram responsáveis
pela destruição de grande parte das aldeias do interior e,
muitas vezes, organizavam expedições punitivas contra tribos
hostis, as chamadas Guerras Justas.
Com a invasão holandesa e o consequente domínio das regiões
Figura://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa
fornecedoras de escravos
africanos, coube aos bandeirantes
vender escravos indígenas para as regiões que os holandeses não forneciam.

As principais bandeiras de apresamento foram chefiadas por MANUEL PRETO e


RAPOSO TAVARES, que destruíram as missões do GUAIRÁ, de ITATIM e de TAPE
em apenas 10 anos. O objetivo de aprisionar o índio missioneiro ocorria devido
a eles serem exímios agricultores.
Diante dos constantes ataques, os padres jesuítas conseguiram autorização do
rei da Espanha para defender a missões, munindo os indígenas com armas de
fogo. Assim, as missões puderam conter os bandeirantes por algum tempo.
Figura://historiasalto.blogspot.com/2008/09/bandeirantes
.html

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BANDEIRISMO DE CONTRATO
Também chamado de SERTANISMO DE CONTRATO, em que o bandeirante se colocava a serviço dos grandes
latifundiários.
Isso porque, após a expulsão dos holandeses no Brasil, o tráfico negreiro foi
reorganizado e isso contribuiu para que a escravização indígena perdesse força.
Assim, na segunda metade do século XVII,
as bandeiras passaram a ser organizadas
para o combate aos índios e a captura de
escravos africanos fugitivos.
O bandeirismo de contrato foi responsável
pelo massacre de milhares de índios e pela
destruição dos quilombos.
DOMINGOS JORGE VELHO foi o maior
Figura://historiasalto.blogspot.com/2008/09/bandeiran
sertanista, responsável por destruir o
tes.html
QUILOMBO DE PALMARES, em 1695.
Figura://www.visiteobrasil.com.br/nordeste/alagoas/historia/conheca/guerra-dos-
palmares

BANDEIRISMO PROSPECTOR
Era a atividade mais importante e a que poderia dar mais lucros. Dedicava-se à
procura de metais preciosos.
Foram os bandeirantes que encontraram ouro no Brasil no final do século XVII.
A bandeira liderada por FERNÃO DIAS partiu de São
Paulo, em 1674, em direção ao atual estado de
MINAS GERAIS, mas não encontrou ouro, apenas
Figura://pedrobondaczuk.blogspot.com/2011/06/garimpeir TURMALINA. O mesmo caminho de Fernão Dias foi
os-de-historias-pedro-j.html
percorrido por outros bandeirantes, dentre eles
ANTÔNIO RODDRIGO DE ARZÃO, que encontrou ouro “nas gerais” em 1693.
Figura://www.trabalhosescolares.net/a-exploracao-do-ouro-no-
brasil/

MONÇÕES
Com a descoberta de ouro no centro da colônia, tem início
uma verdadeira corrida do ouro, em que milhares de pessoas
foram para a região em busca do precioso metal. As jazidas
ficavam em lugares isolados e distantes do litoral, e, para
atender às necessidades de abastecimento dessas pessoas,
foram organizadas expedições de comércio denominadas
MONÇÕES.
Em canoas carregadas de mercadorias de toda a sorte, as
monções subiam e desciam os rios de São Paulo, Mato
Grosso e Goiás e, além de abastecer a região mineradora,
mantinham a comunicação e o transporte entre elas. Figura://www.pick-upau.org.br/expedicoes/bandeirantes/bandeirantes_passado/fotos/

CONSEQUÊNCIAS DO BANDEIRANTISMO
 Alargamento das fronteiras portuguesas na América.
 Fundação de vilas e povoados no interior do Brasil.
 Descoberta de ouro em MG, GO e MT.
 Desenvolvimento da pecuária no sul, a partir de Laguna (1684).
 Com a expulsão dos holandeses do Nordeste e o fim da União das Coroas Ibéricas, o tráfico
de escravos africanos foi restabelecido com o Brasil; então, o apresamento de índios pelos
bandeirantes perdeu o sentido.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São Paulo:
Ática, 1996.
COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

QUESTÕES
1-(Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a União Ibérica (1580 - 1640), destacam-se
a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no
recôncavo Baiano.
b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a
expulsão dos jesuítas.
c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação
administrativa do território.
d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das
companhias de comércio monopolistas.
e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.

2-São cidades que surgiram no período das expedições militares, exceto:

a) São Vicente
b) Filipeia de Nossa Senhora das Neves
c) Forte dos Reis Magos
d) Fortaleza de São Pedro
e) Forte do Presépio

3-(Uel) No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel decisivo na


a) ocupação das áreas litorâneas.
b) expulsão do assalariado do campo.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura.
e) expansão para o interior.

4-(Cesgranrio) Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a


pecuária e a extração das "drogas do sertão" foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que:
a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra escrava negra, particularmente na pecuária.
b) a presença do indígena na extração das "drogas do sertão" foi essencial pelo conhecimento da geografia da
região nordeste.
c) por serem atividades complementares, a força de trabalho não se dedicava integralmente a elas.
d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial.
e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio
internacional.

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5-(UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a atividade pecuária no processo de
colonização no Brasil, exceto:

a) Constituiu-se numa atividade subsidiária de grande lavoura.


b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do couro.
c) Destinou grande parte da produção de charque para o mercado externo.
d) Foi um dos elementos importantes na interiorização da colonização.
e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre geralmente pago em espécie.

6-A interiorização do povoamento no território brasileiro nos séculos XVII e XVIII decorreu:

a) do êxito da empresa agrícola que liberou mão-de-obra livre e escrava para a ocupação do interior.
b) do interesse português em ocupar o interior com a cana-de-açúcar.
c) da ampliação do quadro administrativo da metrópole.
d) da expansão das atividades econômicas, particularmente da pecuária e da mineração.
e) exclusivamente do estabelecimento de missões jesuíticas no interior da Colônia.

7-(Fuvest-SP) No século XVII, contribuíram para a penetração para o interior brasileiro:

a) o desenvolvimento das culturas da cana-de-açucar e do algodão.


b) o apresamento de indígenas e a procura de riquezas minerais.
c) a necessidade de defesa e o combate aos franceses.
d) o fim do domínio espanhol e a restauração da monarquia portuguesa.
e) a Guerra dos Emboabas e a transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro.

8- (Fuvest) "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos
portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e
perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão,
em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a
intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como
costumam."
(Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.)

Este documento do Padre Antônio Vieira revela:


a) que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos indígenas e dos
africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português.
b) um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a
expulsão dos jesuítas do território brasileiro.
c) que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos
indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes.
d) um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão,
o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos.
e) que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo
português na luta contra a escravização indígena.

9-(Uel) Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque os
a) colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos.
b) religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos
capitães donatários.
c) colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham.
d) religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos
queriam escravizá-los.
e) colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões.
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10-(Mackenzie) A historiografia tradicional atribui ao bandeirismo o alargamento do território brasileiro para


além de Tordesilhas.
Sobre esta atividade é correto afirmar que:
a) jamais converteu-se em elemento repressor, atacando quilombos ou aldeias indígenas.
b) as Missões do Sul foram preservadas dos ataques paulistas, devido à presença dos jesuítas espanhóis.
c) na verdade, o bandeirismo era a forma de sobrevivência para mestiços vicentinos, rudes e pobres e a
expansão territorial ocorreu de forma inconsciente como subproduto de sua atividade.
d) eram empresas totalmente financiadas pelo governo colonial, tendo por objetivo alargar o território para
além de Tordesilhas.
e) era exercida exclusivamente pelo espírito de aventura dos brancos vinculados à elite proprietária vicentina,
cujas lavouras de cana apresentavam grande prosperidade.

11-O sertanismo (ou bandeirismo) de contrato, tinha por atividade:


a) a exportação de drogas do sertão;
b) a busca de metais preciosos para o governo português;
c) o tráfico negreiro para a Inglaterra;
d) a captura de índios para escravizá-los;
e) combater revoltas de índios e negros e destruir os quilombos.

12-(Univali-SC) As expedições chamadas de Entradas e Bandeiras tinham como objetivo a procura de riquezas
minerais e/ou a caça ao índio para escravizá-lo e vendê-lo no litoral. O papel histórico das Entradas e Bandeiras
pode ser assim resumido:

a) Determinaram a ocupação efetiva do interior do Brasil e deram ao nosso país sua atual configuração
geográfica.
b) Contribuíram para a implantação de uma nova política colonizadora, aproximando índios e colonos.
c) Iniciaram aproveitamento verdadeiro das terras agrícolas do oeste mudando a situação econômica da
Colônia.
d) Por razões políticas e econômicas, contribuíram para a mudança da capital do Vice-Reino do Rio de Janeiro
para a Bahia.
e) Respeitaram o Meridiano de Tordesilhas, evitando, assim, conflitos armados entre portugueses e espanhóis.

13-(UFU) A atividade bandeirante marcou a atuação dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os
séculos XVI e XVIII. A esse respeito, assinale a alternativa correta:

a) Buscando capturar o índio para utilizá-lo como mão de obra, ou para descobrir minas de metais e pedras
preciosas, o chamado bandeirismo apresador e o prospector foram importantes para a ampliação dos limites
geográficos do Brasil colonial.
b) As bandeiras eram empresas organizadas e mantidas pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e
povoar o interior da colônia, assim como garantir, efetivamente, a posse e o domínio do território.
c) As chamadas bandeiras apresadoras tinham uma organização interna militarizada e eram compostas
exclusivamente por homens brancos, chefiados por uma autoridade militar da Coroa.
d) O que explicou o impulso do bandeirismo do século XVII foi a assinatura do tratado de fronteiras com a
Espanha, que redefiniu a linha de Tordesilhas e abriu as regiões de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul,
possibilitando a conquista e a exploração portuguesa.
e) Derivado da bandeira de apresamento, o sertanismo de contrato era uma empresa particular, organizada
com o objetivo de pesquisar indícios de riquezas minerais, especialmente nas regiões de Mato Grosso e Minas
Gerais.

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
E A E D C D B C E C E A A

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