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Redes e Telecomunicações
Matemática Discreta
Teresa Almada
Slavisa Tomic
2023/24
As imagens, por f, de números inteiros não negativos são seus quadrados, enquanto as imagens
dos números negativos são números inteiros negativos ímpares não superiores a 3.
Estudo da injectividade
Sejam x e y números inteiros distintos e averiguemos se as respectivas imagens são ou não
distintas. Para se poder tirar alguma conclusão temos de considerar 3 possibilidades:
(1) Os inteiros x e y são ambos não negativos;
(2) Um dos inteiros é não negativo e o outro é negativo;
(3) Os inteiros x e y são ambos negativos.
2 2
(1) Admitamos que x, y ≥ 0 e x≠ y. Neste caso, será f (x) = x ≠ y = f (y), já que o quadrado de
dois inteiros coincidem apenas quando eles coincidem ou então quanto são simétricos um do
outro. Nenhuma das situações pode ocorrer, pois x ≠ y e x, y ≥ o que garante que x e y não
são simétricos. Nesta situação é f (x) ≠ f (y).
(2) Suponhamos que um dos objectos é negativo e o outro não é. Podemos supor sem perda de
2
generalidade que x ≥ 0 e y < 0. Então f (x) = x ≥ 0 e f (y) = 2y-1≤ -3, portanto neste caso
2
ter-se-á x ≠ 2y-1≤ -3, i. e., f (x) ≠ f (y).
(3) Falta analisar a situação referida em 3. Admitamos que x e y são ambos inteiros negativos e
x ≠ y. Então 2x ≠ 2y, logo f (x) = 2x-1 ≠ 2y-1 = f (y), pelo que f (x) ≠ f (y).
A função é injectiva, pois dois quaisquer inteiros distintos têm imagens distintas.
Quanto à sobrejectividade a resposta é muito mais rápida. Poder-se-á, de forma muito simples
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A função f é definida por dois ramos. As imagens dos números naturais pares são os
próprios números pares e os números naturais ímpares, têm por imagem o seu simétrico
que é um número inteiro ímpar negativo.
De acordo com a definição de f, sabemos que:
inteiros negativos para serem imagens, por f, têm de ser números ímpares e
inteiros não negativos para serem imagens, por f, têm de ser números naturais
pares.
Números naturais distintos têm, por f, imagens distintas. Se n e m são números naturais
ambos pares e distintos, então
f (n) = n ≠ m = f (m).
Se n e m são ambos ímpares, também nesta situação as imagens, por f, de n e m são
distintas porque
f (n) = -n ≠ -m = f (m).
Se n é par e m é ímpar, também neste caso, as imagens, por f, de n e m são diferentes,
dado que
f (n) = n e f (m) = -m
e f (n) é um par não negativo, enquanto f (m) é um número ímpar negativo.
Assim, quaisquer naturais distintos têm, por f, imagens distintas e por isso
a função f é injectiva.
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A função g não é injectiva, pois, por exemplo, g(-2) = 4 = g(2). A função também não é
sobrejectiva, dado que as imagens, por g, são apenas números inteiros que são quadrados
perfeitos. Portanto, por exemplo, nenhum inteiro negativo é imagem por g de algum
objeto.
p¿ ∀ x, y∈ N (x ≠ y ⇒ g f (x) ≠ g f (y)).
Exprima em linguagem corrente a proposição p e diga, justificando a sua resposta, qual é o se
valor lógico.
A proposição p exprime que objectos distintos têm, por g f, imagens distintas, ou seja, p
afirma que a composição g f é uma função injectiva. Proposição verdadeira. De facto, a
função g f é definida por
2
n , se n é par
g f (n) =
2
(- n ) , se n é ímpar.
A imagem de números naturais pares distintos são números pares distintos, da mesma
forma que a imagem de números naturais ímpares distintos são números naturais ímpares
distintos. A imagem de um natural par é distinta da imagem de um natural ímpar, porque
uma das imagens é um número par e a outra é um número ímpar, o que prova a
injectividade da função g f .
Lembra-se que:
O quadrado de um número par é um número par e
O quadrado de um número ímpar é um número ímpar.
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Esbocemos uma tabela que ilustre o modo como f atua sobre os números naturais e os
transforma em números inteiros.
n∈ N … 2n+1 … 7 5 3 1 0 2 4 6 … 2n …
f(x)∈ Z … -2n … -6 -4 -2 0 1 3 5 7 … 2n+1 …
A função f fornece, como imagens dos números naturais pares, os números inteiros ímpares
positivos. Os números inteiros pares negativos assim como o número zero são imagem dos
números naturais ímpares. Esta observação evidencia o facto de f não ser sobrejectiva, pois,
por exemplo, o número inteiro 2, bem como o inteiro -3, não são imagens por f de quaisquer
números naturais.
g
Seja g: Z→ N a função definida por z↦ │z│. Esta função é uma não injectiva pois -2 ≠ 2 e,
no entanto, g(-2) = 2 = g(2).
Calculemos a função g f : N→ N. Seja n um número.
Se n é par, então
g f (n) = g(f (n)) = g(n+1)= n+1 = │n+1│.
Para n ímpar é :
g f (n) = g(f (n)) = g(-n+1)= n-1 = │-n+1│.
n+1, se n par
A função g f é definida por g f (n) =
n-1, se n ímpar.
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As imagens dos naturais pares são naturais ímpares e as imagens dos naturais ímpares são
naturais pares. Por outro lado, por inspecção directa, verifica-se que naturais distintos tem
imagens distintas. Portanto a função g f é injectiva.
Verifiquemos a sobrejectividade. Se n é um natural par, então n+1 é um ímpar e
g f (n+1) = n+1-1 = n, Cada natural n par é imagem, por g f, do natural ímpar que lhe segue,
i.e.,
g f (n+1) = n.
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c. As funções g e g∘ f sejam sobrejectivas sem que g seja injectiva e a função f não seja
nem injectiva nem sobrejectiva.
f g
0 1
2 4 6
3 5
Tone nota:
Qualquer função definida num conjunto não vazio cujo conjunto de chegada
seja singular é obrigatoriamente sobrejectiva.
Não é possível responder ao solicitado, pois sempre que uma composição de funções
seja sobrejectiva, a segunda função a ser executada é obrigatoriamente sobrejectiva,
portanto para que g∘ f seja sobrejectiva, obrigatoriamente o mesmo teria de acontecer
com a função g.
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Claro que se x e y são números inteiros negativos distintos as suas imagens são distintas
o mesmo acontecendo com dois quaisquer inteiros não negativos distintos.
Pouco cuidado poderia levar-nos a dizer que g é injectiva… Mas, não é isso que
acontece pois há números inteiros negativos cujas imagens coincidem com certos
inteiros não negativos.
Por exemplo, g(-1) = g(1) que chega para provar a não injectividade de g. Podemos no
entanto referir outros números inteiros distintos que têm a mesma imagem por g. Eis
alguns casos:
9 = -2x(-5)-1= 9 = g(3), g(-25) = 49 = g(7) e g(-41) = 81 = g(9) entre muitos outros
que poderíamos nos entreter a encontrar.
6. Para cada natural n, considere o conjunto [n] definido por [n] = {x∈ N: 1 ≤ x ≤ n}.
a. Represente em extensão os seguintes conjuntos [5], [8].
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Admitamos que f é injectiva. Então o conjunto Imf = { f(1), f(2),…, f(n-1), f(n) }
é equipotente a [n] = [m], sendo f uma função que estabelece a equipotência, logo f é
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d. Defina conjunto finito. O conjunto vazio é finito? Prove que todo o conjunto equipotente
a um conjunto finito é finito e tem o mesmo cardinal.
r¿ ∀ n, m∈ N (# Xn ¿ Xm = # Xn + #Xm ).
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p¿ ∀ n, m∈ N: Xn ~ Xm
Esta proposição é falsa. Com efeito, o primeiro conjunto da sequência, o conjunto
X0 = {0, 1} tem cardinal dois e o conjunto X1 = {-2, 0, 1} tem cardinal três, logo estes
conjuntos não podem ser equipotentes, pois se fossem teriam o mesmo cardinal.
q¿ ∃ n∈ N: Xn ~ [3]
b. Negue cada uma das proposições p e q e diga qual é o valor lógico da disjunção das
proposições que obtiver.
p¿ n, m∈ N: Xn Xm
e a negação de q é a proposição
q¿ ∀ n∈ N (Xn [3]).
A proposição p é verdadeira por ser a negação de uma proposição falsa. A
proposição q é falsa (Porquê?). A disjunção da proposição p com a proposição
q é uma proposição verdadeira, já que uma das proposições é verdadeira.
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A negação da proposição r é
¬¿ ¿r¿ ∃ n, m ∈ N: # Xn ¿ Xm ≠ # Xn + #Xm .
Vamos fazer duas construções para respondermos ao exercício.
distintos. Claro que Xn ¿ Xm = {-n, n}¿ {-, m, m}= {-n, -m, n, m}.Como
n ≠ m, então
intersect X n ¿ Xn
d. Determine os conjuntos n∈N e n ∈N .
Da definição dos conjuntos da sequência, resulta que a intersecção de todos os
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¿ Xn
n ∈N = {-2n: n ∈ N } ¿ {2m-1: m ∈ N}.
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