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Hoje, apenas 12% das empresas familiares brasileiras sobrevivem após a 3ª geração, segundo
levantamento recente da PricewaterhouseCoopers (PwC), empresa de auditoria e
consultoria. Um dos principais obstáculos é a ausência de um planejamento sucessório e de
uma governança corporativa bem estruturada.
A governança corporativa é essencial nas empresas familiares desde a sua fundação e não
apenas quando já estão na segunda ou terceira geração de sócios. Quando a empresa está
na primeira geração, geralmente quem está no comando é o próprio fundador. Nesse caso,
ela ainda não constituiu o seu Conselho de Administração e o fundador está fazendo o papel
de principal gestor e até de conselheiro da empresa. Esta é uma oportunidade de se constituir
uma governança corporativa estruturada para que o processo de passagem de bastão seja o
mais tranquilo possível.
Muito mais do que uma empresa nos moldes tradicionais, uma empresa familiar tem algo
que a diferencia: a necessidade de realizar a sucessão com herdeiros. A sucessão costuma
ser um momento delicado e que gera muitas dúvidas, principalmente quando os filhos
começam a chegar à empresa. É aí que começam os questionamentos e o choque de
gerações pode ser inevitável. Por isso, para que uma empresa ultrapasse gerações, é preciso
estabelecer normas e acordos entre os diferentes sócios ou acionistas, principalmente no
que diz respeito aos pilares fundamentais da governança: a relação dos gestores com a
empresa, com os familiares e com os sócios.
Alguns passos priorizam a governança corporativa e devem ser adotados pelas empresas que
buscam crescer e se manter no mercado: o estabelecimento de um Conselho de
Administração independente e atuante, separação do papel do Conselho de Sócios do
Conselho de Administração, definição clara do processo de ingresso ou não de familiares na
empresa, gestão dos riscos corporativos e eficácia nas deliberações do Conselho de
Administração.
Eduardo Valério é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em
Estratégia e Marketing pela Kellogg School of Management, especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares
pela The Wharton School, Pennsylvania e especialista em Gestão pelo Insead. É também diretor-presidente da GoNext,
especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa em empresas familiares."
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/governanca-corporativa-pilar-fundamental-para-a-longevidade-das-empresas-8egfvmrxczajjkh3djtu9oy4g/
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