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TEORIAS DA PERSONALIDADE
EDIÇÃO REVISADA
Salvador
2012
Teorias da Personalidade j Concursos PSI
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Teorias da Personalidade 1 Concursos PSI
® by concursos psi
Título da obra:
TEORIAS DA PERSONALIDADE
Revisão Técnica
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei n° 9.610, de 19/02/98. Proibida a
reprodução de qualquer parte deste livro, sem autorização prévia, expressa por escrito do autor e da editora, por
microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também á editoração da obra, bem
Teorias da Personalidade / Série Resumos Teóricos. Vol. 1. / Salvador: Profissional Gráfica &
Editora, 2012.
162 p.
Bibliografia
1. Psicologia - concursos. I. Concursos PSI II. Coletânea Concursos PSI. III. Série Resumos Teóricos
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APRESENTAÇÃO
Aristóteles
As edições que compõem a Série Resumos Teóricos são o resultado de um audacioso projeto
desenvolvido pela equipe CONCURSOS PSI. Nossa proposta teve início em março de 2009 e vem
Nosso foco é a sua aprovação. Para tanto, produzimos edições objetivas, mas com um conteúdo
sintético suficiente e necessário para alavancar seu desempenho nas provas de concursos, seja
através da elaboração de material teórico, com uma rica seleção de questões de certames anteriores,
Muitos psicólogos, ao se prepararem para concursos, privilegiam em seus estudos os temas que são
do seu interesse pessoal ou que julgam serem relevantes, em detrimento de outros que são
realmente exigidos. Muitos concurseiros, ao responderem as questões, optam pelas respostas que
estão de acordo com sua avaliação pessoal sobre o tema, ao invés de focar no que realmente é
solicitado no enunciado. Estas avaliações equivocadas, tanto na preparação quanto na resolução das
provas, fazem com que percam tempo de estudo e se frustrem por não obterem o resultado
almejado. A alta concorrência e o pequeno número de vagas exigem que o candidato se torne um
especialista em concursos e para isto é necessário investir tempo de estudo no que realmente é
exigido nos certames. Mas estes conhecimentos só podem ser obtidos de duas formas: fazendo
muitos concursos até entender como são formuladas as questões ou estudando com material
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Através da ampla experiência em concursos públicos e da minuciosa análise dos editais e provas de
diversas bancas organizadoras, aplicadas ao longo de vários anos, nossa equipe editorial elaborou,
nossa realidade. Os manuais de Psicologia estudados na graduação são utilizados como fonte de
pesquisa para a elaboração dos volumes, mas sua leitura é pouco eficaz para os concursos públicos,
caso o leitor não tenha o hábito de uma atenção focada e objetiva, que permita extrair apenas o que
há de mais importante nas questões elaboradas pelas bancas organizadoras. Em nossos livros,
oferecemos uma visão geral do tema em foco e aprofundamos apenas os tópicos que são realmente
Os livros elaborados pela equipe do Concursos PSI se diferenciam de qualquer outro material de
Psicologia, pois dispõem de conteúdos organizados, a partir de uma análise focada nas questões de
concursos. Os textos base para estudo são elaborados por nossos autores, depois de realizada a
análise dos editais e das questões disponíveis sobre o tema. Deste modo, asseguramos um estudo
direcionado para as exigências das bancas organizadoras, tendo em vista que o objetivo de um
candidato é ser aprovado em concursos. Não basta conhecer os conceitos, pois é necessário
compreender a lógica existente na formulação das questões. Este é o diferencial dos livros do
Concursos PSI.
Nossa didática é estruturada em consonância com os sistemas utilizados pelos principais sites
especializados em concursos de todo o país. Oferecemos livros com resumos teóricos compostos por
conceitos extraídos dos principais manuais de Psicologia, dicas sobre a realização das provas e
exigências das principais bancas organizadoras de concursos, além de uma série de questões
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Dispomos ainda de Simulados de Psicologia organizados por tema e com gabarito e de Coletâneas
de Provas organizadas em um sumário e com os gabaritos originais. Acesse nosso site para
Pautamos nossa atuação a partir de três pilares: acesso universal, garantia de qualidade nos
Estamos crescendo exponencialmente, mês após mês, e agradecemos a todos aqueles que
trabalhamos arduamente para levarmos até vocês conteúdos de qualidade a um preço justo.
Sinta-se à vontade para tirar dúvidas, fazer sugestões, enviar depoimentos ou se cadastrar em nosso
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Sumário
Introdução 13
1.2.2.1. Atitudes 38
1.2.2.2. Funções 39
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2.1.2. Se/f 66
2.2.1. Campo 74
2.2.2. Energia 76
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2.2.3. Tensão 76
2.2.4. Necessidade 76
2.2.5. Valência 77
2.2.6. Vetor 77
2.3.1. Autoatualização 79
Capítulo III. Teorias com Ênfase na Aprendizagem (Com porta menta is/ Sociocognitivas) 85
3.1.2.1.1. Reforçadores 89
3.1.4. Modelagem 92
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Capítulo IV. Teorias com Ênfase na Estrutura da Personalidade (Abordagens de traços) 105
4.4. A Teoria dos Cinco Grandes Fatores de Paul Costa & Robert McCrae 124
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Introdução
Iniciaremos nossa preparação para concursos públicos estudando as teorias da personalidade, pois
este é, sem dúvida, um dos mais importantes e complexos temas da área de psicologia. Apesar de
muito interessante e de excepcional importância, este assunto causa desalento aos concursandos,
porque qualquer psicólogo sabe que este único tema já engloba uma dúzia de teorias complexas, e
que cada uma delas foi construída ao longo de toda a vida de cada um dos teóricos. Ainda que
aparentemente seja absurdo considerar todo um campo de teorias como um único assunto, veremos
que existe um padrão adotado pelas bancas organizadoras na hora de elaborar as questões e é
sobre isto que trataremos neste volume. Abordaremos inicialmente os aspectos gerais do campo de
estudo da personalidade e nos aprofundaremos nos conceitos fundamentais das principais teorias.
livros.
A distribuição dos assuntos adotada nesta edição decorre da análise detalhada de inúmeros editais e
provas de certames realizados na última década, nas diversas esferas de governo em todo o país.
Certamente poderíamos nos debruçar extensivamente sobre cada uma das teorias da personalidade,
pois todas as propostas aqui esboçadas são riquíssimas, no entanto, necessitamos otimizar o tempo
de estudo para obtermos melhores resultados e isto é conseguido investindo energia nos tópicos
mais recorrentes. Deste modo, algumas teorias serão mais amplamente abordadas, mas esta
concursos, pois o primeiro exercício que um profissional deve empreender para ser bem sucedido na
seara dos concursos públicos é o de focar sua atenção e esforço naquilo que é solicitado no edital.
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compreensão de como cada pessoa constitui-se como ser único e diferenciado, assim como também
visa elucidar a existência de padrões identificáveis em diversas pessoas. Cada uma destas teorias
propõe modelos explicativos e conceitos próprios, construídos a partir da visão de mundo do autor,
das bases filosóficas e descobertas científicas que este utilizou como referência para seus
Embora apresentem definições de personalidade diversas, expliquem seus processos por meio de
Personalidade possuem características em comum, cada uma com sua nomenclatura, mas
observando o mesmo fenômeno e, em certos momentos, essas teorias chegam a dialogar. Devido a
estas tipicidades compartilhadas por algumas abordagens, é possível, de forma didática, agrupá-las
em ênfases ou famílias de teorias. E este é um ponto que merece destaque para aqueles que
estudam para concursos: é fundamental compreender o que há em comum entre as teorias que
A proposta mais utilizada em provas é a elaborada por Hall, Lindzey e Campbell (2000), a qual
organiza as teorias em quatro grandes agrupamentos, classificadas com base em características que
permitem a identificação de uma ênfase comum. Estas ênfases são: na Psicodinâmica, na Estrutura
A personalidade, segundo definição proposta por Pervin & John (2004), “representa as características
Destaca-se deste amplo conceito a expressão padrões consistentes, que nos permite inicialmente
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compreender que a entidade conceituai nomeada como personalidade tem como qualidade central a
Apesar das diversas teorias se disporem a compreender um único e multifacetado tema, torna-se
possível diferenciá-las de acordo com o conjunto de convenções criadas por cada teórico, devendo
cada uma ter consistência na relação entre os conceitos propostos, os métodos de verificação dessas
Uma teoria da personalidade completa deve buscar responder às questões o quê, como e p o rq u ê . O
quê refere-se às características da pessoa e como umas estão organizadas com relação às outras. O
Como diz respeito aos determinantes da personalidade de uma pessoa, em que nível e de que
maneira os fatores genéticos e ambientais interagem para produzir este resultado. O porquê trata das
razões para o comportamento do indivíduo e diz respeito aos aspectos motivacionais da pessoa.
Segundo Pervin & John (2004), uma teoria da personalidade deve considerar cinco áreas:
personalidade podem ser comparadas quanto aos seus conceitos motivacionais dinâmicos:
3. C rescim ento e desenvolvim ento - como nos desenvolvemos, formando a pessoa única que
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personalidade.
5. Mudança - como as pessoas mudam e por que elas, às vezes, resistem à mudança ou são
incapazes de mudar.
Considera-se que aspectos genéticos, tais como inteligência e temperamento, marcam as diferenças
principais entre as pessoas, enquanto fatores ambientais como cultura, classe social, família e grupos
sociais tendem a tornar as pessoas parecidas. Contudo, apesar dos vários pesquisadores
enfatizarem mais algumas variáveis em detrimento de outras, ocorre hoje um consenso quanto à
multideterminação da personalidade. Cada pessoa vivência a realidade e interage com o outro com
base na sua história genética, nas aptidões e limitações herdadas, no seu processo de
aprendizagem, nas trocas estabelecidas nos diversos grupos do qual fez parte ao longo da vida, nos
tendência é que cada pessoa torne-se cada vez mais diferenciada ao longo da vida.
particularmente em relação àquilo que é único no indivíduo. Os fatores genéticos são geralmente
relação a valores, ideias e crenças. O fato de que algumas diferenças surgem cedo, de que são
genes desempenham o papel de nos tornar parecidos como humanos e diferentes como indivíduos
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estatística que é expressa como um percentual. Esse percentual representa a extensão em que os
fatores genéticos contribuem para variações, em um dado traço, entre os membros de uma
população. Isto significa que a influência dos genes em um determinado traço de personalidade será
Os determinantes ambientais abrangem influências que tornam muitos de nós semelhantes uns aos
outros, assim como as experiências que nos tornam únicos. As experiências que os indivíduos têm
como resultado de fazerem parte de uma mesma cultura são significativas entre os determinantes
ambientais da personalidade, pois, apesar de frequentemente não termos consciência das influências
culturais, a maioria dos membros de uma mesma cultura terão características de personalidade em
referência a um grupo ao qual a pessoa pertença. Os fatores relacionados com a classe social
determinam o status dos indivíduos, os papéis que eles desempenham, os deveres que lhes são
atribuídos e os privilégios de que desfrutam. Assim como os fatores culturais, os fatores relacionados
com a classe social influenciam a maneira como as pessoas definem situações e como respondem a
elas.
criança de pelo menos três maneiras importantes: 1. Através de seu comportamento, eles
apresentam situações que produzem certos comportamentos nas crianças; 2. Eles servem como
independem do fato dos pais compartilharem com a criança uma herança genética.
Os estudos mais recentes têm demonstrado que as diferenças de personalidade entre irmãos não
estão apenas nas diferenças constitutivas, mas também nas diferentes experiências que os irmãos
têm como membros da mesma família e em experiências fora da família e que as experiências, a
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partir de ambientes não compartilhados (escola, amigos), têm maior influência sobre a personalidade
Após esta introdução, iniciaremos o estudo das principais teorias e conceitos mais exigidos em
concursos. Os capítulos a seguir estão organizados com base nas quatro ênfases: Psicodinâmica, na
disponibiliza uma ampla seleção de questões gabaritadas de certames anteriores, a fim de que o
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Capítulo I
Teorias Psicodinâmicas
(Psicanalíticas e Neoanalíticas)
As Teorias Psicodinâm icas são as preferidas pela maioria das bancas organizadoras e por isso
devem ser estudadas com maior afinco. Os teóricos psicodinâmicos geralmente apresentam grande
enfoque central está nas forças dinâmicas que determinam o comportamento, cuja ênfase geral situa-
Nos concursos, costumam-se cobrar os conceitos propostos, sobretudo, pela Teoria Psicanalítica
Clássica de Sigmund Freud, pela Psicologia Analítica de Cari Gustav Jung, pela Psicologia Individual
frequência maior da abordagem de Freud, seguida pela de Jung e após estas, em constância menor,
as de Erikson e Adler. Os demais teóricos como Melanie Klein e Karen Horney são cobrados em
Destacaremos a seguir alguns pontos das teorias da perspectiva psicodinâmica que são cobrados
Àqueles que alardeiam que a psicanálise está morta, devo comunicar que estão bem enganados.
Freud é ainda hoje o teórico da personalidade mais conhecido e citado e, talvez por isso, seja
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destacadamente o mais frequente nas provas para o cargo de psicólogo. O inconveniente que há em
estudar sua teoria para uma prova de concurso é a amplitude de seu modelo, distribuída em uma
extensa obra. Algumas provas cobram especificidades, discutidas por Freud em um determinado
texto do qual apenas um psicanalista poderia lembrar-se. Mas tenhamos calma, pois a maioria das
bancas segue um roteiro básico que será apresentado ao longo deste tópico.
A noção de “aparelho psíquico”, como um conjunto articulado de lugares - virtuais - surge mais
claramente na obra de Freud no capítulo 7 do clássico livro “A interpretação dos sonhos" de 1900.
Freud empregou a palavra “aparelho” para caracterizar uma organização psíquica dividida em
sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções específicas para cada uma delas, que estão
Na prim eira tópica, Freud propôs que a mente é constituída por três sistemas: o consciente (Cs), o
todos os momentos, pois aquilo que é consciente num determinado momento, quando a atenção é
esforço para lembrar, passa ao sistema consciente. Já o sistema inconsciente não permite que as
O sistema consciente tem a função de receber informações oriundas das excitações provenientes
do exterior e do interior, que ficam registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ou,
desprazer que elas causam, porém ele não retém esses registros e representações como depósito ou
arquivo deles. A maior parte das funções perceptivo - cognitivas - motoras do ego - como as de
percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora, etc., processam-se
no sistema consciente, embora esse funcione intimamente conjugado com o sistema inconsciente.
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O sistema pré-consciente foi concebido como articulado com o consciente e, tal como sugere no
“Projeto para uma psicologia científica” (1895), onde aparece esboçado com o nome de “barreira de
contato", funciona como uma espécie de peneira que seleciona aquilo que pode, ou não, passar para
o consciente.
O sistema inconsciente designa a parte mais arcaica do aparelho psíquico. Por herança genética,
existem pulsões, acrescidas das respectivas energias e “protofantasias”, como Freud denominava as
inconsciente, sendo este conhecido somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e
sintomas.
Freud procurou uma explicação para a forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura
particular. Na primeira tópica recorre à imagem do iceberg em que o consciente corresponde à parte
visível, e o inconsciente corresponde à parte não visível, ou seja, a parte submersa do iceberg. Ele
pensamento e constitui o reservatório das pulsões; dessa forma, toda energia envolvida na atividade
humana seria advinda do id. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem
pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da
O ego atua como um mediador dentro da estrutura da personalidade humana, alternando nossas
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O superego, a parte que contra age ao id, representa os pensamentos morais e éticos da sociedade
que são internalizados pelo indivíduo. O superego se desenvolve mais ou menos na época em que a
criança resolve o complexo de Édipo e começa a se identificar com os pais e suas expectativas e
exigências.
Freud considerava que a personalidade já estava bem formada no final do quinto ano de vida e que o
tensão:
2. Frustrações;
3. Conflitos;
4. Ameaças.
Como uma consequência direta do aumento das tensões provenientes dessas fontes, o indivíduo é
forçado a aprender novas formas de reduzir a tensão. Essa aprendizagem seria o desenvolvimento
da personalidade.
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Para Freud, os primeiros anos de vida são decisivos para a formação da personalidade. Cada
estágio, durante os primeiros cinco anos, é definido em termos dos modos de reação de uma zona
específica do corpo. Todas as crianças progridem através dos quatro diferentes estágios de
desenvolvimento, além do período de latência. O progresso através dos estágios é impulsionado pela
manutenção biológica, que força o indivíduo a enfrentar as demandas inerentes a cada estágio.
psicossexual são:
Características principais: A região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca. A zona
secundária desta fase é o sistema digestivo. É pela boca que a criança entra em contato com o
mundo; é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca. O principal
objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que, além de alimentá-la, proporciona satisfação ao
bebê. É a fase de reconhecimento do externo. Cores primárias e vibrantes despertam a atenção das
1a Etapa da Fase Oral —►sucção; a incorporação e mais ativa, energia psíquica libidinal;
2a Etapa da Fase Oral —►canibal; inicia-se com a eclosão dos dentes, energia psíquica agressiva.
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Características: Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres e a zona de maior
satisfação é a região do ânus. A criança descobre que pode controlar as fezes que saem de seu
interior, oferecendo-as à mãe ora como um presente, ora como algo agressivo. E nesta etapa que a
criança começa a ter noção de higiene. Ela começa a ter noção de posse e quer pegar os objetos,
tocá-los e ver que aquilo faz parte de algo fora do limite do seu corpo.
Envolve as sensações obtidas por meio do controle dos esfíncteres do corpo. É marcada pelo ensaio
Características: Nesta etapa do desenvolvimento, a atenção da criança volta-se para a região genital
e ela apresenta um forte comportamento narcisista, de representação de si, quando cria uma
grandiosa imagem de si mesma. Inicialmente a criança não imagina que existam diferenças
anatômicas e acredita que homens e mulheres têm anatomias semelhantes. Ao serem defrontadas
com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais
infantis", imaginando que as meninas não têm pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo
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pênis). Neste período surge o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração
Ocorre a busca pelos objetos, e o fim da fase narcísica. É marcada pelos questionamentos (fase dos
porquês). A criança entende que há objetos exteriores a ela; Fantasia da Cena Primária (pai e mãe
sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em
Características: Neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos impulsos
sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar, um objeto de amor. A
adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda da identidade
infantil e dos pais, da infância, para que gradativamente possa assumir uma identidade adulta. Ele
procura se diferenciar do outro, ao mesmo tempo em que procura se inserir num grupo com estilos é
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s Libido: é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo na perseguição de
seus objetivos.
erógenas corporais.
s Uma fase de desenvolvimento e uma organização da libido em torno de uma zona erógena,
s É uma energia sexual no sentido de que toda busca por afeto ou prazer é erótica ou sexual
s Caso surja uma angústia muito forte num dado momento da evolução, como resultado do
^ A fixação é um momento no processo evolutivo onde paramos, por não poder satisfazer um
desejo.
Os mecanismos de defesa são os diversos tipos de processos psíquicos, cuja finalidade consiste em
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Os mecanismos de defesa podem ser considerados eficazes, quando conseguem eliminar o fato
indivíduo. Se a defesa foi eficaz, raramente haverá uma neurose de muita importância a ser tratada.
substitutivos para evitar que o objeto verdadeiro do instinto apareça, ela não é uma defesa eficaz,
convencimento da própria sociedade, e esse comportamento é um padrão neurótico que deve ser
tratado.
Repressão - É a operação psíquica que pretende impedir que pensamentos dolorosos ou perigosos
defesa, do qual se derivam os demais. Um acontecimento que por algum motivo envergonha uma
Negação - É a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos
têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na
verdade nunca aconteceram. Este voo de fantasia pode tomar várias formas, algumas das quais
fatos é a forma de negação encontrada com maior frequência na prática psicoterápica. O paciente
recorda-se de um acontecimento de forma vivida, depois, mais tarde, pode lembrar-se do incidente de
maneira diferente e, de súbito, dar-se conta de que a primeira versão era uma construção defensiva.
intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. Manifesta-se quando o Ego não
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deste para o meio externo. Quando nos sentimos maus, ou quando vivenciamos um evento doloroso
e de nossa responsabilidade, tendemos a projetá-lo no mundo externo, o qual a nosso ver assumirá
as características daquilo que não podemos ver em nós. A ameaça é tratada como se fosse uma
força externa. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou
estar consciente do fato de que a ideia ou comportamento temido é dela mesma. O extremo do
funcionamento por mecanismos projetivos é a paranóia, pois a pessoa passa a ver todo mundo como
perseguidor.
Formação Reativa - Caracteriza-se por uma atitude ou um hábito psicológico com sentido oposto ao
desejo recalcado. Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diretamente
opostos ao desejo real. Trata-se de uma inversão clara e, em geral, inconsciente do verdadeiro
desejo. Como outros mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro
lugar, na infância. As crianças, assim como incontáveis adultos, tornam-se conscientes da excitação
sexual que não pode ser satisfeita, evocam consequentemente forças psíquicas opostas, a fim de
suprimirem efetivamente este desprazer. Para essa supressão elas costumam construir barreiras
mentais contrárias ao verdadeiro sentimento sexual, como, por exemplo, a repugnância, a vergonha e
a moralidade. Não só a ideia original é reprimida, mas qualquer vergonha ou autorreprovação que
poderiam surgir, ao admitir tais pensamentos em si próprios, também são excluídas da consciência.
As principais características reveladoras de Formação Reativa são seu excesso, sua rigidez e sua
extravagância. O impulso, sendo negado, tem que ser cada vez mais ocultado.
Deslocam ento - É o processo psíquico através do qual o todo é representado por uma parte ou vice-
versa. Também pode ser uma ideia representada por outra, que, emocionalmente, esteja associada a
ela. Esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É muito corrente nos sonhos,
onde uma coisa representa outra. Também se manifesta na Transferência, fazendo com que o
indivíduo apresente sentimentos em relação a uma pessoa que, na verdade, lhe representa outra do
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destacar desta para passar a outras representações originariamente pouco intensas, ligadas à
Esse fenômeno, particularmente visível na análise do sonho, encontra-se na formação dos sintomas
desligar das representações e de deslizar por caminhos associativos. O “livre” deslocamento desta
energia é uma das principais características do modo como o processo primário rege o
Racionalização - É uma forma de substituir por boas razões uma determinada conduta que exija
explicações, de um modo geral, da parte de quem a adota. É um processo pelo qual o sujeito procura
apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral,
para uma atitude, uma ação, uma ideia, um sentimento, etc., cujos motivos verdadeiros não percebe.
formação reativa. A racionalização intervém também no delírio, resultando numa sistematização mais
chamava o próprio Freud, após distanciar-se do ciclo psicanalítico, desenvolveu uma teoria bastante
uma teoria compreensiva, pois busca responder às questões quanto à estrutura, dinâmica e
desenvolvimento da personalidade.
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Ao buscar compreender o desenvolvimento da personalidade, Jung lança seu olhar tanto de maneira
compreensão dos comportamentos atuais (causalidade), como também apresenta uma visão
prospectiva, olhando para as potencialidades e metas como uma linha de desenvolvimento futuro da
pessoa (teleologia). Assim, para Jung, o presente é determinado não só pelo passado
(causalidade), mas também pelo futuro (teleologia); somos o resultado das experiências de onde
viemos e das aspirações que nos conduzem para onde estamos nos dirigindo.
Funciona como um guia que regula e adapta o indivíduo ao ambiente social e físico. Podemos
sistemas são o ego, o inconsciente pessoal e seus complexos, a anima e o animus, a sombra e o
O campo da consciência coletiva diz respeito ao meio social no qual interagimos. Em termos
intrapsíquicos, temos o contato com a consciência coletiva por meio do ego e da persona.
embora seja pequena parte da psique total, desempenha a função básica de vigia da consciência. A
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menos que o ego reconheça a presença de uma ideia, de um sentimento, de uma lembrança ou de
O termo persona designa os papéis sociais aprendidos, para que possamos interagir com outras
pessoas. A persona se desenvolve desde os primeiros anos de vida, quando a criança aprende quais
valores são socialmente aceitos e quais comportamentos são valorizados por seus pais. O indivíduo
apresenta padrões comportamentais condizentes com aquilo que aprendeu como sendo a conduta
adequada frente a cada um dos ambientes e situações nos quais desempenha funções. Assim, temos
a persona do pai/mãe, do professor, do médico, do pastor, etc. Cada pessoa tem em sua persona
mais de um papel social; por exemplo, uma mulher pode possuir a persona de mãe, de filha, de
Trataremos agora do inconsciente pessoal, no qual estão registradas todas as experiências que
não foram aceitas pelo ego. Consiste em experiências que, em outro momento da. vida, foram
experiências que foram fracas demais para deixar uma impressão consciente na pessoa. Existe um
espontânea dos aspectos socialmente aceitos daqueles indesejados. Tudo que é valorizado pelo
grupo social como positivo ajuda a compor a persona. Aquelas características ou comportamentos
energia psíquica. O núcleo central dos complexos é um arquétipo que atrai e aglomera as
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um complexo paterno. Na psique de todas as pessoas existe o arquétipo do pai, ou seja, um padrão
de representação sobre como é um pai. A partir do tipo de interação com o pai real, uma pessoa pode
sofrer um trauma e passar a ter dificuldades em lidar com essa representação do pai, constituindo um
complexo paterno que concentra energia e o mantém inconscientemente fixado nessa relação mal
resolvida.
com pacientes psiquiátricos e, posteriormente, por meio do estudo comparado de culturas e religiões,
portanto, herdados por todas as pessoas em quaisquer culturas e regiões. Em outras palavras, os
Os arquétipos são tendências inatas que direcionam o desenvolvimento e asseguram que todas as
pessoas manterão as características psíquicas humanas. Assim como existe um fator auto-
organizador (DNA) responsável pela garantia de que todos os humanos possuam dois olhos, uma
boca, duas orelhas, dois braços, duas pernas, que homens fecundem mulheres e que essas
mulheres gestem seus bebês, a Psicologia Analítica propõe a existência de arquétipos responsáveis
pelo desenvolvimento da psique. Os arquétipos são predisposições das capacidades psíquicas, mas
Os conteúdos arquetípicos são encontrados em todas as culturas, e a análise dos mitos, contos e
lendas demonstra que constituem a psique desde tempos remotos. Os conteúdos dos arquétipos são
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Teorias da Personalidade 1 Concursos PSI
Ao conjunto de padrões psíquicos específicos herdados por todos os membros da espécie humana
dá-se o nome de inconsciente coletivo. Diferencía-se do inconsciente pessoal pelo fato de seu
conteúdo independer da experiência individual. Contudo, cabe ressaltar que, apesar de todas as
ou seja, os acontecimentos no curso de vida poderão ativar determinado arquétipo e talvez outro
individual, mas a expressão dele ocorre apenas frente a situações específicas ao longo da vida.
Outro conceito importante e que costuma ser cobrado em concursos públicos é o de anim a/ animus.
animus. A existência de tal arquétipo demonstra que o ser humano possui naturalmente a
predisposição para desenvolver características tanto femininas quanto masculinas, diferindo apenas
com o sexo genital, enquanto as características do gênero oposto permanecem inconscientes a maior
pessoas do sexo oposto. A ativação do animus na psique feminina se dá por meio do contato com
homens que serviram de modelo: o pai, um irmão, tio, avô, um professor, um namorado. Do mesmo
modo, a ativação da anima na psique masculina, por meio do contato com mulheres que serviram de
modelo: a mãe, uma irmã, tia, avó, uma professora, uma namorada.
Por fim, apresentamos o conceito de Se/f que desempenha papel de destaque na Psicologia
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Teorias da Personalidade | Concursos PS1
um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o Self. Ele é o
Jung descobriu o Arquétipo do Self apenas depois de estarem concluídas suas investigações sobre
as outras estruturas da psique. O Self é com frequência figurado em sonhos ou imagens de forma
impessoal, como um círculo, mandala, cristal ou pedra, ou de forma pessoal como um casal real, uma
criança divina, ou na forma de outro símbolo de divindade. Todos estes são símbolos da totalidade,
Individuação.
O S e/f é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao Ego e à
consciência. Para Jung, o Self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca
tanto o consciente quanto o inconsciente; ele é o centro desta totalidade, tal como o Ego é o centro
Segundo Jung, é o Self que envia os símbolos à consciência para que possam ser interpretados e
cumprir a meta do desenvolvimento psicológico total. O desenvolvimento do Self não significa que o
Ego seja dissolvido. Este último continua sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado
processos inconscientes. O Ego não parece mais ser o centro da personalidade, mas uma das
aspectos foi dado por Jung o nome de Individuação, pois ele observou existir no ser humano um
fator interno de auto-orientação que organiza e integra os diversos níveis e sistemas. A meta da
Individuação é atingir o conhecimento profundo de que todos esses níveis da psique são um mesmo
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todo, pleno de potencialidades, e desse modo a pessoa pode perceber-se dentro de sua verdadeira
a Psicologia Analítica (Figura 1). Conforme vimos, a psique está organizada em três dimensões:
antiga da personalidade, pois é o substrato biológico e inato no qual estão registrados os padrões
psíquica que nos predispõe a interagir com o mundo. A consciência e o inconsciente pessoal se
organizam paralelamente a partir das experiências pessoais. No contato com outras pessoas
apreendemos quais valores e comportamentos são aceitos e valorizados por nosso grupo social e
a sombra. Todo o psiquismo é dinâmico e os aspectos de sombra também interagem com o ego.
emocionalmente relevantes. Quando um indivíduo tem uma experiência que é vivenciada de forma
intensa, tanto negativa como positiva, todos os pensamentos, lembranças e emoções que tenham o
energia psíquica. O centro do complexo é sempre um arquétipo, um modelo inato sobre como devem
inúmeros arquétipos, mas a quantidade de complexos está limitada de acordo com as experiências
do indivíduo.
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PERSONA
Outro ponto em destaque na figura 1 é o eixo Ego-Se/A, cujo objetivo é demonstrar a comunicação
entre estas duas instâncias. O Self é o arquétipo central e principio organizador da personalidade,
enquanto o Ego é o centro da consciência, permitindo o contato com o mundo externo e dando à
personalidade o senso de identidade. No início da vida, o Ego está fundido ao Self, porém depois se
diferencia dele. Jung descreve uma interdependência entre estes dois grandes sistemas. O Ego é a
instância avaliadora que possibilita ao Self estabelecer o contato com a consciência coletiva,
vida.
A formulação de uma tipologia psicológica foi o resultado de quase 20 anos de estudos de Jung sobre
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A tipologia junguiana utiliza um sistema de classificação que compreende três eixos em duas
sentimento, sensação x intuição. As atitudes e funções fazem parte da psique de todos os indivíduos.
comportamento das crianças e que se mantêm até a vida adulta. Essas duas atitudes são opostas e
ambas estão presentes na personalidade, mas habitualmente uma delas é dominante e consciente,
enquanto a outra é inconsciente. Se o ego é introvertido na sua relação com o mundo, o inconsciente
normal do fluxo de energia psíquica em suas relações com os objetos, conforme demonstrado no
esquema abaixo:
T ip o E xtrovertido T ip o Introvertido
Figura 2: O fluxo de energia nas atitudes Extroversão - Introversão segundo a Tipologia Junguiana
As quatro funções mentais são os recursos por meio dos quais a consciência processa as
informações e interage com o mundo. As pessoas utilizam predominantemente duas funções; essa
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S en tim en to
Os tipos são categorias nas quais são incluídas pessoas com características bastante semelhantes,
porém não necessariamente iguais, pois a personalidade é resultante da interação entre os diversos
Junguiana:
1.2.2.1. A titudes:
Extroversão - Nesta atitude a energia psíquica consciente flui naturalmente na direção do objeto,
orientando o indivíduo para o meio externo. O extrovertido se preocupa com as interações com as
oral. O extrovertido transmite a impressão de ser ativo e amistoso e de se interessar pelas coisas à
sua volta.
Introversão - Na atitude introvertida, a atenção da pessoa está orientada para o próprio mundo
introspectivo, retraído e muito preocupado com os próprios assuntos internos. Observa-se a postura
reservada, a retenção das emoções e facilidade de expressão no campo da escrita. Pode parecer aos
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1.2.2.2. Funções:
conceito geral ou à solução de um problema. Trata-se de uma função intelectual que procura
compreender as coisas. As pessoas que utilizam com predominância a função pensamento fazem
uma análise lógica e racional dos fatos: julgam, classificam e discriminam uma coisa da outra sem
maior interesse pelo seu valor afetivo. Naturalmente voltadas para a razão, procuram ser imparciais
em seus julgamentos, sem levar em conta a interferência de valores pessoais. Tendem a lidar melhor
Sentimento - O sentimento é uma função avaliadora; ele aceita ou rejeita uma ideia, tendo como
base o sentimento agradável ou desagradável que tal ideia suscita, bela ou feia, excitante ou
monótona. Quem usa predominantemente o sentimento julga o valor inerente às coisas, tem
facilidade no contato social, preocupa-se com a harmonia do ambiente. As pessoas que preferem
tomar decisões com base no sentimento utilizam-se de valores pessoais, mesmo que essas decisões
não tenham objetividade do ponto de vista prático. Por valorizarem impressões pessoais, tendem a se
Sensação - A sensação é uma percepção sensorial que inclui todas as experiências conscientes
produzidas pela estimulação dos órgãos dos sentidos: visões, ruídos, cheiros, paladares e contatos,
tanto quanto as sensações que têm origem no interior do corpo. Pessoas do tipo sensação dão
atenção ao presente e, portanto, tendem a ter os ”pés no chão". Essas pessoas têm enfoque no real
e no concreto, costumam ser práticas, realistas e voltadas para o "aqui - agora". Preocupam-se mais
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em manter as coisas funcionando do que em criar novos caminhos. Preferem também ver as partes
ao invés do todo.
Palavras - chave: percepção; aqui e agora; detalhes; Das partes para o geral
subliminares. A pessoa intuitiva vai além dos fatos, sentimentos e ideias em sua busca da essência
recebida. Os fatos são apreendidos no seu conjunto e a apreensão do ambiente geralmente acontece
Este autor foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Viena e, mais tarde, seu presidente.
Em 1911, devido a discordâncias quanto à teoria psicossexual de Freud, deixou o ciclo psicanalítico
freudiano e fundou a Psicologia Individual. Pode ser considerado um pioneiro, pois já no início do
século XX propôs um olhar psicológico social. A ênfase nos determinantes sociais do comportamento
configuração única de traços, motivos, interesses e valores, sendo cada comportamento do indivíduo
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ego. Deste modo, os humanos são seres conscientes, geralmente cientes das razões de seus
comportamentos e que sabem sobre suas fraquezas e metas, sendo capazes de planejar e
orientar suas ações com consciência da importância para sua autorrealização (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000).
primariamente por impulsos sociais e de que o interesse social é inato e conduz o ser humano
a adotar um estilo de vida predominantemente social. Segundo Adler, o interesse social é inato,
a pessoa nasce (Hall, Lindzey e Campbell, 2000). Deste modo, Adler reconhece a existência de uma
base biológica, inata, que predispõe o homem a desenvolver-se enquanto um ser social.
Adler acredita que os seres humanos são criaturas sociais por natureza e não por hábito. No
entanto, assim como qualquer outra aptidão ou característica hereditária, essa predisposição social
inata precisa ser orientada e treinada para se concretizar. O ser humano está inserido em um
contexto social desde o primeiro dia de vida, através da interação com seus cuidadores e aprende
criativo. O Self é descrito como um "sistema subjetivo altamente personalizado, que interpreta e
torna significativas as experiências do organismo” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000, p.118). O S elf é a
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desenvolvimento de seu estilo individual. Caso essas experiências não estejam disponíveis no
Adler reconhece a importância da hereditariedade, mas afirma que esta base biológica dota o homem
entanto, é o modo como as experiências são interpretadas que determina como cada pessoa se
relaciona com o mundo. Deste modo, a doutrina do S e lf criativo afirma que os humanos constroem
O estilo de vida se forma muito cedo na infância, entre os quatro ou cinco anos; a partir disto as
experiências são interpretadas e aplicadas conforme este estilo de vida básico. O estilo de vida é a
tornam-se fixos e mecanizados desde idade bem inicial e quase não mudam ao longo da vida. A
pessoa pode adotar outras maneiras de expressão durante a sua existência, porém elas são apenas
Lembre que, apesar do estilo de vida básico ser fixado muito cedo, a capacidade criativa do Self
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Hall, Lindzey e Campbell (2000) afirmam que, segundo a Psicologia Individual, os sentimentos de
desenvolvimental ou hereditária. A pessoa que sente esta incompletude busca atingir um nível
superior de desenvolvimento e, quando o alcança, sente necessidade de buscar um ponto ainda mais
ascendente. A psicologia individual considera que o ser humano é impulsionado pela necessidade
de superar suas inferioridades e pelo desejo de tornar-se superior. Nesta busca podem ocorrer
rejeitadas ou mimadas.
incapacidade do neurótico em lidar com os problemas da vida o conduz a criar salvaguardas, ou seja,
mecanismos que servem para protegê-lo da baixa autoestima decorrente do fracasso nas tarefas da
vida. Adler descreveu três categorias de salvaguardas: desculpas (evitar a culpa pelos fracassos),
alegações de impotência).
A Psicologia Individual propõe que os estados de inferioridade orgânica, e às vezes social, estão na
origem de um processo de compensação psicológica nomeada como protesto m ascu lin o , o qual se
constitui como uma luta interior para combater a dependência emocional, construir autonomia e obter
a superioridade.
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Teorias da Personalidade 1 Concursos PSI
O conceito do protesto m asculino, que não é uma exclusividade dos homens, apenas recebeu esse
nome porque o exercício do poder foi, historicamente, reservado a estes. Trata-se, portanto, de uma
energia positiva, que, se bem canalizada, leva a pessoa a transpor sua grande barreira. Assim, o
p ro te sto m asculino é uma forma de supercompensação, utilizada tanto por homens como por
Segundo Adler, a meta final de todo ser humano é a tingir a superioridade. Com este conceito
dominante. A busca da superioridade pode manifestar-se de inúmeras formas, e cada pessoa tem
sua maneira de atingir ou tentar atingir a perfeição. Conforme visto, a pessoa neurótica busca metas
egoístas, tais como poder e autoengrandecimento, enquanto a pessoa normal busca metas de
O trabalho clínico era conduzido com base em reconstruções do passado baseadas nas lembranças
dos pacientes e em avaliações do comportamento presente, com base em relatos verbais (Hall,
Lindzey e Campbell, 2000). Com base em sua experiência empírica na clínica, Adler considerava a
ordem de nascimento, as memórias iniciais e os sonhos como os "três portões de entrada para a vida
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Ordem de nascimento - as personalidades do filho mais velho, do filho do meio e do caçula em uma
mesma família tendem a ser bastante distintas. Adler atribui isto às experiências distintivas que cada
criança tem como grupo social. Atualmente, a variável ordem de nascimento tem sido incluída em
iniciais que predispõem as pessoas a estilos de vida básicos anormais ou neuróticos. Ele descobriu
três fatores importantes que produzem concepções de mundo equivocadas e resultam em estilos de
vida patológicos:
sociedade, pois tendem a tornarem-se déspotas em busca da satisfação dos próprios desejos
Memórias iniciais - Adler considerava que o acesso às memórias mais antigas de uma pessoa era a
chave para compreender seu estilo de vida básico. Os conteúdos das lembranças podem demonstrar
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Teorias da Personalidade I Concursos PSI
A Tipologia proposta por Adler identifica quatro tipos de temperamento, definidos de acordo com o
interesse social e nível de energia manifestado pelas pessoas. Vejamos as características de cada
tipo:
1. Dominante / governante - Pessoas com muita atividade, enérgicas, mas pouco interesse
social. Tentam lidar com os problemas, dominando-os. Apresentam certo nível de agressividade,
tirania e dominação.
2. Obtentor / dependente - Considerado o tipo mais frequente, refere-se a pessoas sensíveis, que
se acomodam em uma concha existencial para se protegerem dos eventos externos. O tipo
dependente possui baixos níveis de energia, são cronicamente cansados, pouco dispostos e
3. Evitante - Pessoas que tendem a se afastar do contato direto com os outros e com as
4. Socialmente útil - Caracterizado por indivíduos saudáveis, que apresentam interesse social e
O modelo de desenvolvimento em oito estágios proposto por Erikson encontra grande aceitação na
atualidade, sobretudo pelo fato de considerar que a formação da personalidade é contínua e que, em
todas as faixas etárias, existem crises características que devem ser superadas para a adequada
adaptação à vida social. Apesar da forte ênfase nos fatores sociais, a concepção desenvolvimental
proposta por Erikson segue o princípio epigenético, o qual propõe a existência de um programa
genético básico que guta o processo de maturação do organismo, no qual cada estágio do
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Teorias da Personalidade I Concursos PSI
desenvolvimento ascende ao seu tempo, até que todos tenham emergido, a fim de formar o todo
nascimento à morte - são formados pela interação entre as influências sociais e o organismo
Em termos de concursos públicos, é essencial o entendimento de cada uma das oito fases ou
quatro estágios iniciais ocorrem no período de bebê e na infância; existe um estágio característico na
adolescência e os três últimos estágios marcam a vida adulta e velhice. Diversos textos de Erikson
enfatizam a adolescência, pois nesta fase ocorre a transição para a vida adulta. Estes estágios não
seguem uma cronologia rígida, ou seja, não há uma duração exata para cada etapa, pois cada
pessoa tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. A superação dos conflitos, característicos de cada
fase, e a aprendizagem decorrente desta vivência são necessárias para o crescimento do indivíduo.
Assim, cada uma das etapas contribui para a formação da personalidade total.
As oito fases ou estágios propostos por Erikson são apresentadas a seguir, destacando-se as
principais crises psicossociais que devem ser supe.radas, para que ocorra o desenvolvimento
saudável da personalidade. Este é o tema central que sempre é cobrado sobre esta teoria.
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Teorias da Personalidade [ Concursos PSI
Iniciativa
3a5 Idade do brincar X Exploração do Família nuclear Autossuficiência
anos Culpa ambiente e propósito
Competência Senso de
6 a 11 Idade escolar X Aquisição de Família, vizinhos e competência e
anos Inferioridade conhecimentos escola realização
Identidade Vocação e Pares dos grupos
12a Adolescência X personalidade ou de fora deles Autoimagem
19 Confusão de coerentes integrada
anos Identidade
Amigos, colegas
20 a Intimidade Relacionamentos de trabalho e Habilidade para
25 Idade adulta jovem X profundos e parceiros experienciar o
anos Isolamento duradouros amorosos; amor e o
Competição e compromisso
cooperação
Trabalho dividido e Preocupação
26 a Generatividade Engajamento responsabilidades com a família,
64 Idade adulta X criativo e domésticas sociedade e
anos Estagnação produtivo na compartilhadas gerações
sociedade futuras
A Integridade Família estendia e Senso de
partir X Revisão e humanidade satisfação;
dos 65 Velhice Desespero avaliação da vida Aceitação da
anos morte
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Teorias da Personalidade g Concursos PSI
confiança. Depois de adquirido o senso de identificação das situações de conforto e das pessoas que
as promovem, o bebê atinge um nível de aceitação em que o cuidador pode ausentar-se por algum
momento sem que a criança sinta-se abandonada, pois já internalizou a confiança de que este outro
retornará. A vivência negativa das experiências de cuidado conduz o bebê à desconfiança. A forma
expectativas que os cuidadores têm dela, quais seus privilégios, obrigações e limitações que precisa
físicas para se desenvolver, por isto deve ser encorajada a experimentar situações que exijam a livre
em sentimentos de vergonha e dúvida. O cuidador deve exercer o controle, mas sempre estimulando
a autonomia e buscando reafirmar a capacidade da criança, pois o controle excessivo do adulto sobre
As crianças necessitam começar a afirmar o controle e o poder sobre o ambiente. Nesta etapa,
passam a ser mais ativas, ansiosas para aprender, combinando a iniciativa e autonomia para o
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Teorias da Personalidade j Concursos PSI
alcance de metas e acabam por desenvolver um senso de obrigação e desempenho. O brincar possui
função elementar nesta fase, poisr através da fantasia e da representação, a criança apreende o
sentido presente nos fatos. O sucesso nesta fase conduz a um senso de propósito. As crianças que
Nesta fase, as crianças aprendem a lidar com novas exigências sociais e escolares. O interesse por
brinquedos e brincadeiras vai sendo gradativamente direcionado para atividades produtivas como a
educação formal, que lhe traz instrumentos para uma vida adulta produtiva. O sucesso na realização
das tarefas, nesta etapa, conduz ao senso de competência, enquanto que a vivência de fracasso (real
gostos e forma opiniões sobre outras pessoas, objetos e situações, desenvolvendo um senso, de
identidade pessoal. Nesta etapa o indivíduo busca definir a si mesmo no presente e formular o que
deseja para o futuro. O sucesso (integração de talentos e habilidades, identificação com pessoas
Adultos jovens têm a necessidade de formar um relacionamento íntimo e amoroso com outras
pessoas. Nesta etapa os indivíduos estão preparados e dispostos a unir sua identidade a outras
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Teorias da Personalidade 1 Concursos PSI
estabelecer um modo de vida mutuamente compartilhado com um parceiro íntimo, sendo capaz de
fazer concessões. O sucesso nesta fase leva a relacionamentos fortes, enquanto o fracasso nesta
Adultos necessitam criar coisas que irão durar mais do que eles, muitas vezes tendo filhos ou
gerando mudanças positivas que beneficiem outras pessoas. A transmissão de valores sociais é uma
cuidado, expresso pela preocupação com os outros, pelo desejo em cuidar de outros e de
utilidade e realização, enquanto a falha nos resultados leva a um envolvimento superficial no mundo e
ao sentimento de estagnação.
Adultos mais velhos precisam olhar para suas vidas com a sensação de cumprimento. Nesta etapa
está relacionado ao cuidado de pessoas ou coisas, produtos e ideias, e de ter se adaptado aos
sucessos e fracassos da vida. O sucesso nesta fase diz respeito à percepção de que a própria vida
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A psicanalista austríaca Melanie Klein (1882 - 1960) é reconhecidamente destacada por estabelecer
as bases e desenvolver a técnica da análise de crianças. O trabalho desenvolvido por Klein com
crianças possibilitou a abertura do campo de trabalho psicanalítico para intervenções junto a outros
públicos, antes vistos como inacessíveis à análise, tais como pacientes com transtorno boderline,
desenvolvimento da personalidade desde os anos iniciais de vida. Klein observou que crianças aos
dois anos e meio já manifestam ansiedades e fantasias edípicas, bem como verificou que as
tendências pré-genitais e genitais parecem fazer parte das ansiedades edipianas desde as idades
iniciais.
A análise de crianças permitiu verificar a emergência do superego muito mais cedo do que proposto
pela teoria psicanalítica clássica e demonstrou possuir características orais, uretrais e anais bastante
selvagens. Melanie Klein destacou a relevância dos estágios pré-genitais e das relações de objeto
Kleiniano, o superego precede o complexo de Édipo e promove seu desenvolvimento. A pressão das
ansiedades produzidas a partir das fantasias de figuras internalizadas leva a criança a uma relação
edipiana com os pais reais (Segai, 1975). Veremos a seguir os principais conceitos atinentes a esta
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Conforme definido por Susan Isaacs (Segai, 1975), a fantasia pode ser considerada como o
representante psíquico ou o correlato mental dos instintos. O modelo Kleiniano propõe que um
instinto não pode ser representado de outra forma senão por uma ideia e as ideias que representam
pelos instintos e pela ansiedade a formar relações de objeto na fantasia e na realidade. A fantasia
Segundo Melanie Klein, a relação primitiva com o seio da mãe e as fantasias sobre seu corpo
quanto da menina. Quanto mais nova a criança, mais está sob a influência de fantasias onipotentes.
As crianças pequenas, incitadas pela ansiedade, estão constantemente tentando dividir seus objetos
e seus sentimentos, e tentando reter sentimentos bons e introjetar objetos bons, ao passo que
O pressuposto inicial da teoria Kleiniana é a existência de um mundo interno, formado a partir das
percepções do mundo externo, realçado com as ansiedades do mundo interno. Com isso os objetos,
pessoas e situações adquirem uma tonalidade especial. O seio materno, primeiro objeto de relação
da criança com o mundo externo, tanto é vivenciado como seio bom, quando alimenta, quanto é
percebido como seio mau, quando não amamenta na hora em que a criança deseja. Ela percebe o
seio como “bom" porque o amamenta e como “mau" porque se ausenta. Sendo impossível satisfazer
a todos os desejos da criança, ela possui os dois registros desse seio, um bom e um mau.
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Segundo Klein, a defesa básica é a clivagem, o seio é o objeto primordial e será dividido em seio bom
e seio mau, ou num bom objeto que o bebê possui e num mau objeto que está ausente; como a mãe
nunca está sempre presente na vida do bebê para amamentá-lo, ela se torna ausente e o bebê com
investida em objetos como o seio. O seio gratificante é então introjetado como a base para um
sentimento do Self como bom. A projeção do objeto interno bom sobre objetos recém-experimentados
os seis meses de idade. Klein utiliza o termo “posição" ao invés de “estágio", pois considera que este
termo evidencia o ponto de vista da criança sobre suas relações de objeto. A terminologia "posição"
atende ao pressuposto de que estas fases não são algo a ser superado e solucionado, mas que
podem ser reativadas e o' indivíduo oscila de uma posição para a outra durante toda a sua vida.
Conforme Melanie Klein, desde o nascimento, já existe um ego primitivo capaz de experimentar
fantasia e na realidade. No início, o ego primitivo é vastamente desorganizado, embora possua desde
O ego imaturo do bebê é exposto, desde o nascimento, à ansiedade provocada pela polaridade inata
dos instintos de vida e de morte, assim como é imediatamente exposto ao impacto da realidade
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externa, que tanto produz a ansiedade. A primeira relação de objeto do bebê ocorre com o
integração é afastada e ocorre uma desintegração defensiva. Quando confrontado com a ansiedade
produzida pelo instinto de morte, o ego se divide e projeta a parte que contem o instinto de morte
Na fantasia da criança, o ódio e a destrutividade direcionados ao “seio mau" vão se voltar contra ela
esquizoparanoide”.
Deste modo, o seio, que è sentido como contendo grande parte do instinto de morte do bebê, é
sentido como mau e ameaçador para o ego, dando origem ao sentimento de perseguição. Assim, o
apogeu, assim como os processos de divisão, onipotência, idealização, negação e controle dos
Diante da vivência da angústia persecutória, a meta da criança nessa fase é de possuir o objeto bom
e introjetá-lo, como também de projetar o objeto mau para fora, a fim de evitar os impulsos
destrutivos.
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Segundo Melanie Klein, a posição depressiva é uma modalidade das relações de objeto posterior à
posição paranoide. Institui-se por volta dos quatro meses de idade e é progressivamente superada no
decorrer do primeiro ano, ainda que possa ser encontrada durante a infância e reativada no adulto,
Com o desenvolvimento, o bebê percebe que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que
ama (seio bom). Ele percebe que ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa.
Assim, a clivagem entre objeto "bom" e "mau" vai abrandar-se, pois as pulsões libidinais e hostis
tendem a referir-se ao objeto na sua totalidade. A angústia, chamada depressiva, recai exatamente
Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de ódio e voracidade o tenham
ferido ou morto. Esse medo da perda do objeto bom é nomeado por Klein de “ansiedade depressiva”.
O conjunto de ansiedade depressiva e suas respectivas defesas é chamado por Klein de “posição
tranquilizante.
Na posição depressiva, o bebê adquire a capacidade de amar e respeitar os "objetos" como distintos
e separados dele.
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Melanie Klein preceitua que o psiquismo possui um funcionamento dinâmico entre as posições
esquizoparanoide e depressiva, que têm início ao nascimento e termina com a morte. As neuroses,
esquizofrenias e depressão são analisadas a partir dessas duas posições. Deste modo, em uma
análise kleiniana, não adianta trabalhar o sintoma (neurose) se não trabalhar os processos que
de que o paciente perceba que o mundo não funciona em preto e branco, e que é possível amar e
Karen Horney faz parte da corrente psicodinâmica de neofreudianos, a qual reconhece a base
conceituai freudiana e desenvolve suas próprias posições teóricas. Horney via a característica central
da neurose como alienação do eu real por causa de forças opressivas no ambiente. Para Horney, o
Frager, 2004). A principal diferença entre sua teoria e a concepção de Freud repousa na importância
atribuída à influência exercida pelas condições culturais sobre as neuroses (Pervin & John, 2004).
Estados Unidos;
e difundidas;
3. Na sua associação com o trabalho desenvolvido pelo psicanalista Erich Fromm, que ampliou sua
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compõem as motivações primárias da personalidade, haja vista que, no cerne das perturbações
mentais, estão as tendências neuróticas, que são tentativas inconscientes de lidar com a vida,
Horney discordava gravemente do conceito freudiano de inveja do pênis como fator determinante da
psicologia feminina. Ela argumentava que a psicologia feminina tem por base uma ênfase exagerada
no relacionamento amoroso e na falta de autoconfiança, tendo pouco a ver com a anatomia dos
órgãos sexuais.
Horney discordava de Freud também quanto ao caráter sexual-agressivo do complexo de Édipo, pois
considerava que este conflito é a vivência de uma ansiedade decorrente de perturbações básicas,
como rejeição, superproteção e punição no relacionamento da criança com o pai e a mãe. A agressão
não é inata, e sim um modo pelo qual os seres humanos tentam garantir sua segurança e o
forças biológicas e psicossociais que são particulares para cada pessoa. O centro de cada
personalidade é um Self real duradouro, análogo parcialmente ao ego freudiano, o qual combina
em três direções básicas: (1) Em direção aos outros, a expressão de amor e confiança; (2) Contra os
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outros, para a expressão de oposição saudável; (3) Para longe dos outros, em direção à
autossuficiência.
crescimento saudável é sempre possível se os bloqueios internos são removidos. As crianças cujas
A neurose é uma perturbação não apenas de nossos relacionamentos com os outros, mas também
de nosso relacionamento com nós mesmos (Fadiman e Frager, 2004). Horney identificou a origem
um senso de Self inseguro. Deste modo, as tendências neuróticas são compreendidas como o
crescimento.
Horney definiu neurose tanto em termos intrapsíquicos como interpessoais. Ela observou que seus
pacientes queixavam-se não das neuroses sintomáticas como fobias e compulsões, mas de
relacionamentos. Ela viu estes pacientes como apresentando complexos sistemas de padrões
defensivos autoperpetuantes contra a ansiedade básica que se iniciou na primeira infância - neuroses
das ameaças impostas pela natureza e pela sociedade e, sem uma orientação amorosa para ajudar
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Teorias da Personalidade f Concursos PSt
as crianças a lidar com estes temores, elas podem desenvolver ansiedade básica, que, conforme
possivelmente hostil.
As coisas dão errado em função de todos os eventos e indivíduos na cultura, nas relações com os
pares e especialmente na família, os quais fazem a criança se sentir insegura, desamada e sem
valor, dando origem à ansiedade básica. Quando suas próprias neuroses impedem os pais de amar a
criança ou até de pensar nela como o indivíduo particular que ela é, a criança desenvolve um
Diversos fatores podem criar na criança esta sensação de insegurança, tais como: indiferença, falta
tomar partido nas discussões parentais, isolamento de outras crianças, promessas não cumpridas,
Tudo que perturba a segurança da criança em relação aos pais produz ansiedade básica. O termo
utilizado por Horney para estes fatores é “mal básico”. O mal básico vivenciado pela criança provoca
espontaneamente ressentimento ou hostilidade básica. Por sua vez, isto gera um conflito para a
criança, pois a expressão desta agressividade poderia voltar-se para ela em forma de punição,
repressão amplia o conflito e conduz a um ciclo vicioso, pois a ansiedade produz uma necessidade
excessiva de afeição e, quando essas necessidades não são satisfeitas, a criança se sente rejeitada,
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Teorias da Personalidade I Concursos PSI
aumentando a sua ansiedade e hostilidade. A criança, e mais tarde o adulto, fica aprisionada neste
As crianças movem-se psicologicamente em três direções para aliviar sua ansiedade, para tornar a
vida segura e previsível e para obter satisfação: 1. Elas buscam afeto e aprovação; 2. Elas se tornam
hostis; 3. Elas se retraem. As crianças, por fim, usam a estratégia de enfrentamento que melhor
satisfaz suas necessidades, mas se apenas uma estratégia básica é usada, as crianças tornam-se
A partir de sua experiência clínica, Horney distinguiu 10 padrões de necessidades neuróticas, que
são baseados em coisas de que todos nós precisamos, mas que se tornaram distorcidas de maneiras
diferentes, pelas dificuldades da vida de algumas pessoas. Uma determinada estratégia pode tornar-
agradar os outros e cumprir suas expectativas. O mais importante para estas pessoas é assegurar
que os outros tenham uma boa impressão a seu respeito. Estas pessoas são extremamente
2. Necessidade neurótica de um parceiro que assuma a vida da pessoa - Inclui a ideia dé que o
amor vai resolver todos os nossos problemas. As pessoas em geral desejam ter um parceiro para
compartilhar suas vidas, mas o neurótico vai um passo ou dois mais, pois teme
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3. Necessidade neurótica de restringir sua vida a limites estreitos - Esta pessoa contenta-se sempre
com pouco, não tem exigências, valoriza a modéstia acima de tudo e prefere viver na obscuridade.
4. Necessidade neurótica de poder - Neste tipo de neurose a pessoa é desesperada por isso. É o
domínio para seu próprio bem, frequentemente acompanhado por desrespeito pelos outros,
glorificação indiscriminada pela força e desprezo por tudo que julgue como fraqueza. Existe uma
crença na superveniência de sua vontade. Pessoas que temem exercer o poder abertamente
5. Necessidade neurótica de explorar os outros - Estas pessoas acreditam que podem explorar os
outros e obter o melhor deles para si, manipulam pessoas e situações com base na crença de que
os outros são recursos a serem utilizados por eles. Esta neurose também pode envolver o medo
desesperadas pelo fato das demais pessoas não compartilharem com esta supervalorização.
Estão sempre buscando ressaltar seus feitos, pois temem não ser ninguém, sem importância e
8. Ambição neurótica de realização pessoal - Algumas pessoas são obcecadas com a realização.
Elas buscam ser as melhores e obrigam-se a realizações cada vez maiores, como resultado de
outras pessoas.
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serem criticadas, essas pessoas tentam tornar-se infalíveis. Desejam estar sempre no controle e
para isto estão sempre buscando falhas em si mesmas, a fim de corrigi-las antes que se tornem
Cada uma das tendências neuróticas superenfatiza um dos elementos envolvidos na ansiedade
básica: (1) desamparo - na busca de aproximar-se das pessoas; (2) isolamento - ao afastar-se das
pessoas; (3) hostilidade - ir contra as pessoas. As dez necessidades neuróticas podem ser
Estas formas de lidar com a ansiedade básica estabelecem padrões de personalidade, os quais são
fundamentados no modo predominante de relacionar-se com outros e que foram descritos por Horney
1. Tipo Se/f-apegado - resulta da operação defensiva de agarrar-se a outros. Tais pessoas tentam
obter o favor dos outros através de lisonja, subordinam-se aos outros e são relutantes em
Ao analisarmos o neurótico que busca aproximar-se das pessoas - nomeado também como
pensamento de que ser amado é uma garantia de que não será abandonado (desamparo).
2. Tipo expansivo - pessoa agressiva; este tipo resulta da tentativa do sujeito de utilizar manobras
contra outros indivíduos, bem como da forte crença que este tipo tem quanto ao uso do poder e do
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3. Tipo desapegado - resignado, resulta da postura de afastar-se de outros para evitar tanto
dependência como conflito. São pessoas muito reservadas que, embora se recusando a competir
A busca por afastar-se das pessoas - chamada de retraimento ou solução de renúncia - representa a
tentativa neurótica de solucionar o conflito, a partir da crença de que se afastando de todos nada
impulsos reprimidos continuam ativos e produzindo conflitos. Uma harmonia artificial é obtida pelo
Enquanto uma pessoa normal consegue resolver os conflitos integrando as três orientações, a
pessoa neurótica, devido à maior ansiedade básica, precisa utilizar soluções artificiais e irracionais.
Conscientemente o neurótico opta por uma das tendências e nega as outras duas.
pessoas neuróticas perdem contato com o centro do seu ser e não mais podem determinar ou agir
sobre o que é certo para elas. Seus sentimentos podem variar de incerteza e confusão à morte e
vazio internos.
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CAPÍTULO II
(Fenomenológicas/ Existenciais)
A questão central para estes teóricos é a maneira como o indivíduo usa sua experiência para
sentimentos que criam o autoconceito. Têm uma concepção de homem como um ser potencialmente
Abordagem de Cari Rogers Centrada na Pessoa, a Teoria de Campo de Kurt Lewin e a Teoria das
destas teorias. Os tópicos relativos à terapia serão abordados no livro sobre técnicas psicoterápicas.
abordagem, o foco recai sobre a ideia de que as pessoas tendem a se desenvolver positivamente, ou
seja, a menos que impedidas, elas cumprirão seu potencial. Do ponto de vista Rogeriano, as pessoas
deveriam "assumir o próprio Self. A personalidade que funciona plenamente é uma personalidade
em contínuo estado de fluxo, uma personalidade constantemente mutável. Assim, uma personalidade
saudável é aquela que pode confiar em sua própria experiência e aceitar o fato de que as outras
pessoas são diferentes. O organismo e o Self, embora possuam a tendência inerente a realizar-se,
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essencialmente positiva. A direção dos nossos movimentos está basicamente voltada para a
autorrealização. Quando estamos agindo livremente, estamos abertos para experimentar e realizar a
nossa natureza básica como animais sociais e positivos. A Abordagem Centrada na Pessoa
reconhece que, em alguns casos, as pessoas podem se comportar de maneira irracional, antissocial,
destruindo o próprio Self e o dos outros, mas considera que nesses momentos estamos sendo
O campo de experiência ou "campo fenomenal" é único para cada indivíduo e abarca tudo o que
consciência. Este campo abrange eventos, percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa
não tem consciência, mas poderia ter, se focasse a atenção nesses estímulos. É um mundo particular
2.1.2. Se/f
Dentro do campo de experiência está o Self. O Self ou autoconceito é a visão que uma pessoa tem
Rogers usa o termo Self para se referir ao contínuo processo de reconhecimento. É esta diferença,
esta ênfase na mudança e na flexibilidade, que fundamenta sua teoria e sua crença de que as
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Assim, para Rogers o Self é uma entidade continuamente mutável - ao contrário do que acreditam
outros teóricos - entretanto, observado num dado momento, parece ser estável. Isto se dá porque
mesmo modo como uma fotografia é o flagrante instantâneo de algo que está mudando, assim
também o Self não é nenhuma das "fotografias" que tiramos dele, mas o processo fluido subjacente.
consciente de seu Self contínuo. A noção de funcionamento ótimo proposta por Rogers é sinônimo
das noções de adaptação psicológica perfeita, de maturidade ótima e de abertura total à experiência.
Todas as características que acabamos de enumerar têm o caráter de um processo dinâmico. Rogers
afirma que a pessoa de funcionamento integral é capaz de viver uma vida plena, ou seja, livre para
responder e experienciar suas respostas às situações. Tal pessoa estará comprometida num
1. Abertura à experiência - ocorre o pouco uso dos sinais de alerta que restringem a percepção
pessoa fica mais aberta, tanto aos sentimentos de receio, de desânimo e de desgosto quanto aos de
coragem, ternura e de fervor. Torna-se mais capaz de viver completamente a experiência do seu
2. Viver no presente - é a busca por realizar-se completamente a cada momento. Esta articulação
contínua e direta com a realidade possibilita afirmar que o Self (eu) e a personalidade emergem da
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experiência. Uma pessoa reestrutura suas respostas à medida que a experiência permite ou sugere
novas possibilidades.
crescente na capacidade de tomar decisões. Quando uma pessoa está mais capacitada para colher e
empregar dados, é mais provável que ela valorize sua capacidade de resumir esses dados e de
responder. Esta não é uma atividade apenas intelectual, mas uma função da pessoa inteira. Rogers
sugere que, na pessoa de funcionamento integral, os erros efetuados serão devidos à informação
Self Ideal é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinição constante. Ele pode ser
descrito como o conjunto das características que o indivíduo gostaria de ter, ou seja, uma visão ideal
se quer ser, é um sinal de saúde mental. Esta aceitação de si mesmo não implica resignar-se ou
abdicar de si próprio, mas sim de um meio de estar mais perto da realidade e de seu estado atual. A
partir do reconhecimento de suas características reais, é possível buscar meios eficazes para. o
- o que está ocorrendo em nosso campo - e a tomada de consciência - o que se está percebendo
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comunicação. A incongruência se dá tanto pela inabilidade de perceber algo com exatidão, como
discrepância entre a tomada de consciência e a comunicação, a pessoa não expressa o que está
Neste caso, a pessoa meramente não tem consciência do que está fazendo.
A ausência de congruência social, aparente falta de boa vontade em comunicar-se, é com frequência,
uma falta de autocontrole e consciência pessoal. A pessoa não é capaz de expressar suas emoções
e percepções reais, em virtude do medo e de velhos hábitos de encobrimento que são difíceis de
superar. Por outro lado, é possível que a pessoa tenha dificuldade em compreender o que os outros
esperam dela.
A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em circunstâncias mais extremas,
como confusão interna. A maioria dos sintomas descritos na literatura psiquiátrica pode ser vista
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A tendência atualizante é o postulado fundamental da teoria rogeriana. Rogers sugere que, em cada
um de nós, há um impulso inerente em direção a sermos tão competentes e capazes quanto o que
estamos aptos a ser biologicamente. Esta tendência é parte do processo de todas as coisas vivas. É
este impulso que conduz todo organismo a desenvolver-se, tornar-se autônomo, amadurecer a
Da mesma maneira que uma semente contém dentro de si o impulso para se tomar uma árvore,
também uma pessoa é impelida a se tomar uma pessoa total, completa e autoatualizada. Rogers
compreende o impulso em direção à saúde como a força motriz numa pessoa que está funcionando
de modo livre, não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham a
incongruência.
entre suas experiências reais e seu autoconceito. Esta tendência é associada a uma predisposição
realidade. Neste contexto, ocorre o ajustamento, que pode ser compreendido como um processo no
mais precoces podem ser congruentes, ou podem se constituir em comportamentos ou atitudes que
negam algum aspecto do Self. Relações posteriores são capazes de restaurar a congruência ou
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retardá-la. As tendências em direção ao crescimento psicológico são facilitadas por qualquer relação
interpessoal na qual um dos membros esteja livre o bastante da incongruência para estar em contato
Rogers considera que a interação com o outro favorece que um indivíduo perceba, encubra,
experimente ou encontre seu Self real de forma direta. A personalidade torna-se visível a si através
do relacionamento com os outros. Aceitar-se a si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais
fácil e genuína dos outros. Do mesmo modo, ser aceito por outro conduz a uma vontade cada vez
maior de aceitar-se a si próprio. Este ciclo de autocorreção e autoincentivo é a forma principal pela
Rogers propõe que os obstáculos ao crescimento aparecem na infância e são aspectos normais do
desenvolvimento. O que a criança aprende em uma etapa como benéfico deve ser reavaliado nos
Quando a criança começa a tomar consciência do Self, desenvolve uma necessidade de amor ou de
consideração positiva. Esta necessidade é universal, tendo em vista que existe em todo ser humano
A criança considera o amor algo tão importante que acaba por ser conduzida, não pela característica
que eles encerram. Ela tende a agir da forma que lhe assegura amor ou aprovação, sejam os
comportamentos saudáveis ou não para ela, sendo capazes de agir contra seu próprio interesse,
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A teoria rogeriana propõe que esta situação poderia não se desenvolver, caso a criança sempre se
sentisse aceita e houvesse aprovação dos sentimentos, mesmo que alguns comportamentos fossem
inibidos. Em tal situação ideal, a criança aprenderia a aceitar as partes autênticas de sua
personalidade.
Os comportamentos ou atitudes que negam algum aspecto do Self são chamados de condições de
consciência realista. Rogers afirma que o indivíduo adquiriu um modo de avaliação condicional,
quando uma experiência concernente ao eu é buscada ou evitada exclusivamente por ser percebida
como mais ou menos digna de consideração pessoal. Na medida em que essas atitudes e ações são
idealizadas, elas constituem áreas de incongruência pessoal. As condições de valor criam uma
discrepância entre o Selfe o autoconceito, pois, para sustentar a falsa autoimagem, é necessário que
Cada experiência de incongruência entre o Selfe a realidade aumenta a vulnerabilidade, que, por sua
Às vezes as manobras defensivas não funcionam e a pessoa toma consciência das discrepâncias
óbvias entre os comportamentos e as crenças. Os resultados podem ser pânico, ansiedade crônica,
retraimento ou mesmo uma psicose. Uma pessoa recupera a saúde reivindicando suas partes
reprimidas ou negadas. Essa busca por tornar-se um Self único e diferenciado, consciente de todos
natureza total. É o mais desafiador dos compromissos, é dedicar-se à remoção das máscaras tão
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Apesar do fato de a psicologia da Gestalt ser uma teoria geral, ocupando-se primariamente da
das propostas pela gestalt e psicanálise. Para Lewin, o comportamento é uma função do campo que
A teoria da personalidade formulada por Kurt Lewin utiliza conceitos estruturais para descrever uma
pessoa e para tanto opta por situá-la espacialmente, tendo em vista que as representações espaciais
estruturais desse campo são ilustradas por conceitos retirados da topologia e da teoria de conjuntos,
e as características dinâmicas são esboçadas por meio de conceitos de forças psicológicas e sociais.
------------------------------------------------------\
C = f (P,M)
\ ____________________________________ /
Onde o comportamento (C) é a função (F) ou o resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio
A fim de explicar a motivação do comportamento, Lewin elaborou a teoria de campo, a qual se baseia
coexistentes ao redor do indivíduo; (2) esses fatos têm caráter de um campo dinâmico, no qual cada
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Portanto, o comportamento humano não depende somente do passado ou do futuro, mas do campo
dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o espaço de vida que contém a pessoa e seu
físicas ou fisiológicas.
2.2.1. Campo
O campo é definido como a totalidade de fatos coexistentes que são concebidos como mutuamente
conforme segue: (1) comportamento é uma função da relação e interação entre a pessoa (P) e seu
meio ambiente (M); (2) a análise começa com a situação como um todo, a partir do qual as partes
componentes são diferenciadas; (3) a pessoa concreta pode ser representada matematicamente
A representação utilizada por Lewin para demonstrar a realidade psicológica é ilustrada desenhando-
se uma figura grande, fechada e elíptica. Dentro desta figura há um círculo fechado e menor. As
fronteiras desta segunda figura definem os limites da entidade conhecida como a pessoa. Tudo o que
está dentro das fronteiras deste círculo é P (a pessoa) e tudo o que está fora das fronteiras é não-P.
A figura externa não pode compartilhar qualquer parte da fronteira do círculo que representa a
pessoa. Deve haver um espaço entre a fronteira da pessoa e a fronteira da figura maior. A região
comportamental - é tal como é percebido e interpretado pela pessoa e relaciona-se com as atuais
necessidades do indivíduo. A área total dentro da elipse, incluindo o círculo, é o espaço de vida (V).
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( A Q A
espaço de vida y/
não - P
O espaço dentro da elipse representa os aspectos não-psicológicos do universo. Neste espaço não
psicológico estão os fatos físicos e sociais. A fronteira entre a pessoa e o ambiente também é uma
fronteira permeável. Isso significa que os fatos ambientais podem influenciar a pessoa, P = f (A) e que
O espaço de vida é cercado pelo mundo físico, mas isto não significa que ele seja uma parte do mun
do físico. O espaço de vida e o espaço além dele são regiões diferenciadas e separadas de uma
totalidade maior.
A fronteira entre o espaço de vida e o mundo externo tem a propriedade de permeabilidade. Assim,
os fatos que existem na região externa e adjacente à fronteira do espaço de vida - invólucro exterior
psicológico também podem produzir mudanças no mundo físico. Existe uma comunicação bidirecional
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2.2.2. Energia
Lewin, assim como a maioria dos estudiosos da personalidade, teorizou que a pessoa é um sistema
complexo de energia. O tipo de energia que realiza o trabalho psicológico é chamado de energia
psiquica. A energia psíquica é liberada quando o sistema psíquico - a pessoa - tenta retornar ao
aumento da tensão em uma parte do sistema relativa ao restante do sistema, como resultado de
estimulação externa ou de mudança interna. Quando a tensão em todo o sistema fica novamente
equilibrada, a saída de energia é interrompida e o sistema total entra em repouso (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000).
2.2.3. Tensão
A tensão é um estado de uma região intrapessoal relativo a outras regiões intrapessoais. Quando
Lewin aludiu aos atributos dinâmicos de uma região - ou célula da esfera intrapessoal - ele chamou
sistemas circundantes (entropia). Os meios psicológicos pelos quais a tensão se equaliza são
chamados de processos. Um processo pode ser pensar, lembrar, sentir, perceber, agir ou algo
parecido.
2.2.4. Necessidade
Para Lewin, toda a necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à ação
sem nenhuma direção específica. O aumento de tensão ou a liberação de energia em uma região
intrapessoal é causado pelo surgimento de uma necessidade. Uma necessidade pode ser uma
condição fisiológica, um desejo ou uma intenção de fazer alguma coisa. Uma necessidade é,
portanto, um conceito motivacional e equivale a termos como motivo, desejo, pulsão e impulso.
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2.2.5. Valência
A valência é o atributo conceituai de uma região do ambiente psicológico, ou seja, é o valor daquela
região para a pessoa. Existem dois tipos de valor: positivo e negativo. Uma região de valor positivo é
aquela que contém um objeto-meta que reduzirá a tensão, quando a pessoa entrar na região. Uma
região de valor negativo é aquela que vai aumentar a tensão. As valências positivas atraem, as
Uma valência está vinculada a uma necessidade. Assim, o fato de uma determinada região do
tensão. As necessidades atribuem valores ao ambiente. Elas organizam o ambiente em uma rede de
regiões atrativas e repelentes. A rede de valências também depende de fatores externos que fogem
à finalidade das leis psicológicas. A presença ou a ausência dos objetos dos quais necessitamos
Uma valência é uma quantidade variável, podendo ser fraca, média ou forte. A força de uma valência
depende da força da necessidade e de fatores não-psicológicos. Uma valência não é uma força. Ela
dirige a pessoa através de seu ambiente psicológico, contudo não proporciona a força motivadora
para a locomoção.
2.2.6. Vetor
Ocorre uma locomoção sempre que uma força de potência suficiente age sobre a pessoa. Uma força
está associada a uma necessidade, porém não é uma tensão. A força existe no ambiente
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As propriedades conceituais da força são direção, potência e ponto de aplicação. Essas três
propriedades são representadas matematicamente por um vetor. A direção para a qual esse vetor
lugar onde a ponta da flecha se insere, na fronteira externa da pessoa, representa o ponto de
aplicação. Um vetor é sempre desenhado no lado de fora da pessoa e nunca dentro, porque as
Se existe apenas um vetor agindo sobre uma pessoa, haverá uma locomoção ou uma tendência a
mover-se na direção do vetor. Um vetor tende sempre a produzir movimento em certa direção.
Quando dois ou mais vetores atuam sobre uma mesma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é
uma espécie de resultante de forças. Uma região que possui uma valência positiva é uma região em
que as forças que agem sobre a pessoa estão dirigidas para essa região. Uma região de valência
Algumas vezes, a locomoção produzida pelos vetores pode ser impedida ou completamente
bloqueada por uma barreira, que é algum impedimento ou de fuga ou repulsa, em relação a um
objeto, pessoa ou situação. A barreira não tem valência por si mesma e não exerce nenhuma força;
ela oferece resistência sempre que alguma força é exercida sobre ela. Quando a barreira é rígida, ela
valência negativa.
Maslow adotou o ponto de vista holístico dinâmico e considerava que sua posição era compatível
com a psicologia humanista. Este autor acreditava que as pessoas têm uma natureza inata que é
essencialmente boa ou ao menos neutra. De acordo com Maslow, o ser humano tem uma tendência
primárias estiverem satisfeitas, Quando as pessoas são neuróticas, é porque o ambiente as tornou
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assim por meio da ignorância e da patologia social, sugerindo que interpretássemos a neurose como
2.3.1. Autoatualização
bondade inata. Para ele, a personalidade é influenciada tanto pela hereditariedade como pelo meio.
deve desenvolver ao máximo suas capacidades e habilidades, explorar opções e viver sua vida da
potencialidades.
Trata-se de uma experiência realizada de modo pleno, intenso e desinteressado, com total
Maslow vê o homem comum como um ser humano completo com poderes e capacidades
enfraquecidos e inibidos. Sua formulação conceituai tem como base pesquisas nas quais realizou a
análise das vidas, valores e atitudes das pessoas que considerava mais saudáveis e criativas.
Aqueles que haviam alcançado um nível de funcionamento melhor, mais eficiente e saudável do que
o homem ou a mulher comuns, poderiam com isso explorar os limites da potencialidade humana
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7. Vigor de apreço;
2. Fazer de cada escolha uma opção para o crescimento. Escolher o crescimento é abrir-se para
experiências novas e desafiadoras que nem sempre são seguras, portanto, muitas vezes o
3. Tornar-se verdadeiro, existir de fato e não somente em potencial. Para isso é preciso aprender a
sintonizar-se com sua própria natureza íntima. Isto significa decidir sozinho se gosta de
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4. Ser honesto e assumir a responsabilidade dos próprios atos. As respostas devem ser procuradas
escolhas de vida.
5. Confiar em nosso próprio julgamento, em nossos próprios instintos e agir em termos deles;
6. Usar as habilidades e inteligência e “trabalhar para fazer bem aquilo que queremos fazer”;
Durante estes momentos, estamos inteiros, mais integrados e mais conscientes de nós mesmos e
do mundo. Em tais momentos pensamos, agimos e sentimos mais clara e acuradamente. Amamos
e aceitamos mais ou outros, estamos mais livres de conflitos interiores e de ansiedade; somos
8. Reconhecer as próprias defesas e trabalhar para abandoná-las. Precisamos nos tornar mais
conscientes das maneiras pelas quais distorcemos nossa autoimagem e a do mundo exterior
Maslow propôs uma hierarquia de cinco necessidades inatas, organizadas em pirâmide que ativam
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satisfeitas antes que as superiores (sociais, estima, realização) se tornem influentes. Quanto mais
inferior ela for na hierarquia, maiores serão seu poder, sua força e prioridade. À medida que um
Não somos impulsionados por todas as necessidades ao mesmo tempo. Geralmente, apenas uma
domina a personalidade. Qual delas será, dependerá de quais das outras terão sido satisfeitas.
Como as superiores são menos importantes para a sobrevivência, sua satisfação pode ser preterida,
não produzindo nenhuma crise. Já o fracasso em satisfazer uma necessidade inferior pode
satisfazê-las são aprendidos e, portanto, sujeitos a variação de uma pessoa para outra. Elas podem
ser influenciadas ou anuladas pelo aprendizado, pelas expectativas sociais e pelo medo de
desaprovação.
NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO
(auto-realização, auto-desenvolvimento, auto-satísfação)
NECESSIDADES DE ESTIMA
(orgulho, amor próprio, progresso, confiança, reconhecimento, apreciação, admiração)
NECESSIDADES SOCIAIS
(relacionamentos, aceitação, amizades, compreensão, consideração)
NECESSIDADES DE SEGURANÇA
(segurança e proteção contra perigo, doença, incerteza, desemprego, roubo)
NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
(alimento, repouso, abrigo e sexo)
Figura 5: Caracterização das Necessidades Humanas segundo a Teoria das Hierarquias de Maslow
crescimento ou de ser. Representam a busca de individualização, ou seja, o objetivo que visa atender
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a mais alta inspiração do ser humano, de ser ele mesmo, podendo usufruir toda a sua potencialidade,
à realização.
mais “elevadas". A busca de autoatualização não pode começar até que o indivíduo esteja livre da
Maslow, a frustração precoce de uma necessidade pode fixar o indivíduo naquele nível de
funcionamento. Por exemplo: alguém que, quando criança, não foi muito popular pode continuar a se
preocupar profundamente com necessidades de autoestima por toda vida. A busca de necessidades
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CAPÍTULO III
(Comportamentais/ Sociocognitivas)
predição e explicação dos processos que possibilitam a aprendizagem, das condições ambientais que
As abordagens propostas por Skinner e por Bandura têm sido muito cobradas em concursos,
Hospitais Sarah Kubitscheck, numa ênfase mais voltada para a questão do manejo psicoterápico e
por isso vale a pena se dedicar ao estudo das teorias desta perspectiva. Quanto ao campo da
A Análise do Comportamento é uma ciência natural que procura explicar o comportamento pelo
entre o organismo e o ambiente que o cerca, na qual os padrões de conduta são naturalmente
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Enquanto campo científico, esta abordagem se divide em três subáreas: o aspecto teórico, filosófico,
contingências (Matos, 1997; Marçal, 2001). Assim, o termo personalidade é apenas um rótulo usado
analisa as diversas relações existentes entre o organismo e o seu ambiente, considerando a história
que mostrou menor interesse pelas variáveis estruturais, pois sua análise abordou principalmente o
comportamento modificável (Hall, Lindzey e Campbell, 2000). Skinner tratou, sobretudo, da mudança
organismos é um campo único em que tanto a filogenia quanto a ontogenia devem ser considerados.
Skinner foi influenciado pelo pioneiro psicólogo experimental Thorndike, cuja lei do efeito afirmava
inicialmente se dá por meio de tentativa e erro. Aprendemos a executar aquelas ações que nos
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quer dizer que o comportamento pode mudar em virtude de alterações nesta relação. A partir da
análise destas relações, é possível identificar as variáveis das quais o comportamento humano é
Skinner afirmou que, em qualquer espécie ou indivíduo, ocorrem comportamentos que são mais
facilmente condicionáveis do que outros. Ele também reconheceu que alguns comportamentos
podem ter uma base inteiramente genética, de modo que a experiência não tem nenhum efeito sobre
eles. Assim, Skinner optou por não enfatizar a importância prática da variabilidade biológica, pois, em
uma ciência puramente comportamental, essa variabilidade não pode facilmente ser colocada sob
Skinner foi influenciado pelo pioneiro psicólogo experimental Thorndike, cuja !ei do efeito afirmava
comportamento. As respostas para uma situação, as quais são seguidas por um estado
recompensador de eventos, são fortalecidas e se tornam respostas habituais para aquela situação.
fracassos - diminuem em força (Galvão e Barros, 2001). Thorndike elabora, portanto, a base do
O fenômeno observado por Thorndike é o mesmo relatado por Skinner, contudo, a explicação é
da frequência à sensação desagradável, Skinner deslocou a explicação para fora dos animais: as
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consequências em si mesmas são as variáveis, responsáveis pelas mudanças nas frequências das
respostas, e não as sensações que poderiam estar relacionadas a elas (Galvão e Barros, 2001).
Aprendemos a executar aquelas ações que nos recompensam ou nos ajudam a evitar o sofrimento
(Hall, Lindzey e Campbell, 2000). Skinner denominou reforços os eventos que aumentam a
recompensa palpável, um elogio, uma atenção ou uma atividade gratificante (Myers, 1999).
A Teoria do Reforço preceitua que as ações com consequências satisfatórias sobre o indivíduo
fazem com que as práticas tendam a ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento que é
punido tende a ser evitado. Segundo esta teoria, o comportamento das pessoas pode ser influenciado
não desejadas.
apresentação de estímulos, no acréscimo de alguma coisa à situação (por exemplo, alimento, água).
Os reforços negativos são os que consistem na remoção de alguma coisa da situação (por
exemplo, muito barulho, calor ou frio extremos, choque elétrico). Em ambos os casos, o efeito do
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Comumente se confunde reforço negativo com punição. Ambos utilizam estímulos aversivos, mas o
punitivo/aversivo.
Por sua vez, as punições podem ser de dois tipos: por adição (punição positiva), quando experiências
comportamento são subtraídos. Ambas as técnicas levam a aquilo que chamamos de extinção.
A punição pode acarretar diversos problemas, pois a estimulação aversiva acarreta respostas do
sistema nervoso, entendidas como ansiedade, depressão, baixa autoestima (Skinner, 1983). Além do
mais, o comportamento punido não é esquecido, mas apenas suprimido. Pode ser que, após a
estimulação aversiva ter sido eliminada, o comportamento volte a ocorrer. A punição suprime o
comportamento indesejado, porém não orienta a pessoa para um comportamento mais desejável. A
punição diz o que não fazer, o reforço diz o que fazer. Uma punição combinada com um
3.1.2.1.1. Reforçadores
Segundo Skinner, existem reforçadores primários, secundários e generalizados. Ambos podem ser
indivíduo/ espécie (água, comida, sexo). Estes não dependem de uma aprendizagem anterior para
serem considerados pelo indivíduo como um estímulo reforçador. Como exemplos cotidianos, têm-se
uma mãe que só deixa o filho almoçar após ter terminado o dever de casa, e um homem que após se
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Os demais reforçadores dependem dos primários para se tornarem efetivos, ou seja, eles precisam
ser pareados (precisam acompanhar) os primários por certo tempo para que possam agir por si.
Reforçadores secundários (condicionados) - são aqueles que passam a ser reforçadores por
aquele evento como reforçador. Estes reforçadores antes eram estímulos neutros, ou seja, não
tinham propriedades reforçadoras, as quais foram adquiridas após o pareamento com um reforçador
primário. Por exemplo, temos o caso da mamadeira (estímulo neutro), a qual passa a ser reforçadora
após pareamento com o leite (reforço primário). A partir do momento em que a criança identifica a
Reforçadores generalizados - são aqueles que possibilitam o acesso a todos (ou quase todos) os
demais. Um reforço condicionado torna-se generalizado quando for emparelhado com mais de um
reforçador primário. O Reforçador generalizado é útil por não lhe importar a condição momentânea do
organismo (Skinner, 2000). O seu maior representante é o dinheiro, capaz de possibilitar os demais
A classificação mais importante do comportamento sugerida por Skinner é a distinção entre operante
as respostas emitidas. O foco do interesse de Skinner estava no operante, que é emitido na ausência
estudado por Pavlov. O comportamento respondente é aquele diretamente eliciado por algum
estímulo, trata-se de uma reação fisiológica do organismo, como fechar o olho diante de algo que se
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aproxima dele, retirar o braço diante de uma agulhada, etc. O comportamento operante é aquele
que ocorre em um determinado contexto, chamado estímulo discriminativo, e gera um estímulo que
Skinner, ao pesquisar os reflexos usando ratos como animais de laboratório, verificou duas coisas: (1)
nem toda ação dos animais pode com facilidade ser atribuída a eventos antecedentes da forma
relatada por Pavlov - ocorriam tanto ações sem qualquer modificação ambiental antecedente como
havia estímulos que ora produziam respostas ora não - e, (2) dependendo de qual era a
consequência de uma ação, sua frequência aumentava, sem que houvesse um aumento na
frequência de algum estímulo antecedente que a pudesse estar eliciando (Galvão e Barros, 2001).
A partir desta descoberta e tendo por base os estudos de Thorndike, Skinner propôs que nem todas
as ações são reflexas, mas que há uma categoria de comportamentos operantes, cuja principal
(Galvão e Barros, 2001). A frequência dessas ações é determinada pelas consequências que elas
produzem no ambiente, e os estímulos antecedentes apenas indicam a ocasião em que essas ações
(respostas) foram consequenciadas de certa maneira no passado (Todorov, 2002). Conforme vimos,
os eventos ambientais consequentes que aumentam a frequência das ações foram chamados por
modelada através de reforço diferencial e aproximações sucessivas. É onde a resposta gera uma
consequência for reforçadora, aumentará a probabilidade; quando for punitiva, além de diminuir a
probabilidade de sua ocorrência futura, gerará outros efeitos colaterais. Este tipo de comportamento
que tem como consequência um estímulo que afete sua frequência é chamado Comportamento
Operante.
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respostas que geram mais reforço, em média, tendem a aumentar de frequência e se estabelecer no
onde existe probabilidade de uma determinada resposta ser reforçada são chamados estímulos
discrim inativos (SD) e os contextos onde não existe a probabilidade da resposta ser reforçada são
3.1.4. Modelagem
conhecido também como método das aproximações sucessivas. Através do reforçamento positivo,
são instaladas novas respostas por meio de um processo gradativo de aprendizagem, com vistas.a.
determinado(s) estimulo(s), mas sofre certo grau de extinção na presença de outros. Isto é, um
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situação reforçadora. O organismo é capaz de discriminar entre dois estímulos diferentes, quando
responde de maneira diferente a cada um deles. Sempre que ele for apresentado e a resposta
O reforço é realizado por meio de esquemas de reforçamento, os quais são compreendidos como o
modo pelo qual a ocorrência do reforço é programada através de reforçamento positivo. Existem dois
1. Esquema de reforçamento contínuo - neste padrão, todas as respostas emitidas são reforçadas.
Este esquema é utilizado logo após a fase de instalação da resposta. Por exemplo: logo após
estabelecer uma amizade - manter contato frequente com este amigo. Usando-se esquemas de
reforço contínuo, a aprendizagem ocorre rapidamente, mas sem o reforço, a extinção também ocorre
de forma rápida.
Na vida real, grande parte de nossas respostas não são reforçadas todas das vezes em que são
emitidas, então, isto significa que na verdade os esquemas de reforço contínuo são raros (Myers,
1999). Tendo em vista que um comportamento é mantido por reforço, como explicar o fato de que ele
ocasionalmente, ou seja, as reações às vezes são reforçadas, às vezes não. Este esquema é
utilizado para a manutenção de respostas - depois de aprendidas. A extinção é mais lenta com o
reforço variável do que com o reforço fixo. Os esquemas intermitentes podem ser em razão ou em
intervalo:
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2.1. Esquema de reforçamento em razão - neste padrão, o reforço é liberado após um número
determinado de respostas emitidas. Pode ser de razão fixa (FR) ou variável (VR):
2.1.1. Razão fixa (FR) - neste padrão, o reforço é liberado após um número fixo de respostas. Pode
gerar dois padrões: (1) Gera alta frequência de respostas, pois quanto mais o organismo responder
mais reforços obterá. Se responder com rapidez, será reforçado imediatamente e frequentemente. (2)
Gera pausa após o reforçamento. Ocorre quando o organismo discrimina que o reforço demorará a
vir e a discriminação é facilitada, pois o número de respostas é sempre o mesmo após cada reforço.
2.1.2. Razão variável (VR) - neste padrão, o número de respostas entre cada reforçador varia. O
reforço é liberado após uma média de respostas. Gera alta frequência de respostas e sem pausas
após o reforço, pois não há como o organismo discriminar o número de respostas para obter o
próximo reforço.
2.2. Esquema de reforçamento de intervalo - neste padrão, o reforço é apresentado após uma
passagem de tempo depois da primeira resposta. Pode ser de intervalo fixo (Fl) ou de intervalo
variável (VI):
2.2.1. Intervalo Fixo (Fl) - neste padrão, os reforçadores estão disponíveis depois de transcorridos
intervalos fixos desde o último reforço. Respostas no meio do intervalo não são reforçadas. Para
receber o reforço, o organismo deve se comportar pelo menos 1 vez. Gera baixa frequência de
2.2.2. Intervalo variável (VI) - neste padrão, o reforço está disponível após a passagem de
intervalos variáveis de tempo, ou seja, o intervalo entre o último reforçador e o próximo não é o
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mesmo. Gera alta frequência de respostas sem pausa após o reforço, pois o organismo não tem
como prever quando o reforçador estará disponível. Por isso responderá quase todo o tempo.
contribuições de Bandura foi a explicação sobre como o comportamento pode ser adquirido na
ausência de reforçamento. Este processo foi denominado como aprendizagem observacional e pode
ser encontrado também com os nomes aprendizagem vicariante ou modelação. De acordo com
Bandura, observar modelos e o comportamento desses modelos não é apenas questão de uma
indivíduo com outros, de modo que uma teoria apropriada da personalidade deve considerar o
mantido. Ele afirma que o ser humano é capaz de pensamento e de autorregulação que lhe
permitem controlar seu ambiente tanto quanto ser moldado por ele. O intuito de Bandura é ampliar e
apenas por meio dos estímulos ambientais. O argumento central desta abordagem é que o
comportamento humano só pode ser compreendido em termos de uma interação recíproca contínua
possibilitam que as pessoas exerçam controle sobre o próprio comportamento (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000).
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condicional aos outros. Bandura sugere que os fatores externos só influenciam o comportamento pela
mediação dos processos cognitivos da pessoa. Ao alterar seu ambiente ou criar autoinduções
pessoais funcionam como determinantes interligados uns dos outros (Hall, Lindzey e Campbell,
2000).
influenciam mutuamente. Tendo em vista que as concepções das pessoas, seu comportamento e
seus ambientes são determinantes recíprocos um do outro, os indivíduos não são objetos impotentes,
controlados por forças ambientais, nem agentes inteiramente livres que podem fazer o que quiserem.
As pessoas são livres na extensão em que conseguem influenciar as futuras condições às quais
responderão, mas seu comportamento também é limitado pelo relacionamento recíproco entre
reforço serve como uma influência "antecedente" ao invés de "consequente". A teoria de Bandura
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ineficaz. Os reforços fornecem informações sobre o que uma pessoa precisa fazer para
2000).
Deste modo, saber que determinado comportamento - próprio ou de outra pessoa - em uma situação
em particular foi reforçado no passado permite que o indivíduo antecipe o reforço por esse
vários fatores que podem influenciar uma pessoa a prestar atenção a um modelo e também encorajá-
la a ensaiar o comportamento que foi observado. Afirma-se que um reforço é efetivo na medida em
que a pessoa está consciente das contingências e antecipa que elas são aplicáveis a
Bandura considera que um reforço tem a função de regulação, pois funciona principalmente
como uma operação informativa e motivacional, mais do que como um reforçador mecânico de
resposta. Conforme este ponto de vista, o reforço facilita a aprendizagem de maneira antecipatória,
ações está amplamente sob controle antecipatório, pois, ao representar simbolicamente resultados
comportamento. Bandura propõe inclusive que o reforço direto não é necessário para que ocorra
comportamento está à altura dos padrões internos, a pessoa pode sentir satisfação ou orgulho, mas,
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se o comportamento infringe esses padrões ou não está à altura deles, a pessoa responde com
culpa, vergonha ou insatisfação. As pessoas buscam fazer coisas que originam autossatisfação e
As consequências externas têm maior efeito sobre o comportamento quando são condizentes com as
Bandura sugere que o indivíduo pode ser reforçado sem produzir um comportamento ou experienciar
uma consequência. Este tipo de reforço indireto ou vicário ocorre quando a pessoa observa alguém
Bandura afirmou que os indivíduos são capazes de agrupar informações derivadas de várias
observações distintas, de modo que podem ser desenvolvidos modelos de comportamento diferentes
de qualquer outro antes examinado. Conforme Bandura, o que mais influencia uma pessoa a
consequências antecipadas.
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competência e poder.
comportamento.
Sem dúvida, uma das principais contribuições de Bandura para a Psicologia foi sua explicação sobre
como novos comportamentos podem ser adquiridos na ausência do reforçamento direto. Ele
observou que as pessoas aprendem tantas reações complexas que seria impraticável que cada
reação fosse aprendida pela aplicação direta de reforçamento. Assim, formulou teorias sobre
Bandura propõe que uma das formas básicas de os humanos adquirirem habilidades e
comportamentos é observar o comportamento dos outros, mas adverte para o fato de que observar
modelos e repetir esses comportamentos não é apenas questão de simples imitação. Para tanto, a
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observador, da situação e do modelo. As pessoas são capazes de aprender quando prestam atenção
determinados detalhes é influenciada por seus conhecimentos e pelos interesses atuais. É mais
provável que se consiga atrair atenção para comportamentos relevantes, simples e de maior valor
funcional. Quanto ao modelo, quanto mais vívido, atraente, competente e visto repetidamente,
de imagens mentais e das representações verbais. A capacidade de memória pode ser ampliada pela
Processos de Reprodução - O aprendiz precisa ser capaz de reproduzir o comportamento que foi
habilidades cognitivas ou motoras necessárias, mas muitas vezes refletem a falta de feedback da
pessoa a respeito daquilo que realmente está fazendo. Tentativa e erro, prática e feedback, todos
contribuem para aquilo que geralmente é um processo gradual de traduzir conhecimento em ação.
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Bandura enfatiza a distinção entre aquisição e desempenho porque as pessoas não encenam tudo o
se levar diretamente ao resultado desejado, se observamos que foi efetivo para o modelo ou se for
autossatisfatório.
3.2.5. Autossistema
Bandura atribui um papel importante na personalidade ao que ele chamou de autossistema - são
percepção, avaliação e regulação do próprio comportamento, de modo que ele seja apropriado ao
meio e eficaz para que a pessoa alcance suas metas (Hall, Lindzey e Campbell, 2000; Pervin e John,
2004).
As cognições têm claramente origens externas, mas seu papel na regulação do comportamento não
pode ser reduzido à experiência anterior. Ou seja, além de o indivíduo ser influenciado por processos
internos do Self.
3.2.6. Autoeficácia
A autoeficácia é uma convicção sobre a própria capacidade de manifestar com êxito determinado
comportamento. Ou seja, é uma crença - expectativa - sobre o quanto competente a própria pessoa
é e o quanto está apta a manifestar um comportamento em uma determinada situação. Este conceito
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Quando a autoeficácia é positiva, existe a convicção de se estar apto a manifestar com sucesso um
comportamento. Sem o sentimento de autoeficácia, a pessoa será bem menos propensa a sequer
De acordo com Bandura, a autoeficácia determina se a pessoa tentará de algum modo agir, por
quanto tempo persistirá diante das dificuldades ou fracassos e como o sucesso ou o fracasso em
passados;
experiências vicariantes;
(3) Da persuasão verbal - as pessoas que conversam com elas próprias, encorajando-se ou
Dentre esses quatro tipos, a fonte de informações mais importante são nossas próprias experiências.
A segunda fonte mais importante é a experiência vicariante, seguida da persuasão verbal e, por fim,
da emoção. Essas quatro fontes de informação são utilizadas para verificar se, na própria opinião, é
cognitivo essencial do comportamento. Embora a autoeficácia seja uma característica interna que
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3.2.7. Autorregulação
realizações e ações, permitindo que estabeleçam metas para si mesmas, que avaliem seu sucesso
componente importante desse processo, pois influencia a escolha de metas e o nível esperado de
realização dessas metas. Igualmente importantes são os esquemas pessoais do indivíduo por meio
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Teorias da Personalidade j Concursos PSI
CAPÍTULO IV
(Abordagens de traços)
A proposta central destas teorias, também conhecidas como Abordagens de Traços, é a busca de
qual possa ser utilizado para resumir a personalidade de um indivíduo, além da grande preocupação
com a mensuração da personalidade. O comportamento é visto como uma função conjunta das
características da pessoa e dos aspectos situacionais. Um atributo final compartilhado por esses
amplas, denominadas traços, para responder de certas maneiras. Apesar dos vários teóricos
humana, todos eles concordam que os traços são partes fundamentais da nossa estrutura (Friedman
e Shutack, 2004).
comportam, como sentem e pensam. Essa definição ampla sugere que os traços podem ser usados
para resumir, prever e explicar o comportamento de uma pessoa e indicam que a explicação para a
conduta da pessoa será encontrada no indivíduo, e não na situação (Friedman e Shutack, 2004).
Além disso, os teóricos de traços concordam que a personalidade humana possui uma organização
hierárquica. Assim, em seu nível mais básico, o comportamento pode ser considerado de acordo com
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respostas específicas. Contudo, algumas dessas respostas são conectadas e formam hábitos mais
gerais. Em um nível superior de organização, diversos traços podem ser conectados para formar
Os autores desta abordagem recebem grande reconhecimento por sua enorme contribuição no
desenvolvimento de métodos e instrumentos que permitem avaliar a personalidade. Seu estudo deve
ser aprofundado no tópico sobre psicodiagnóstico, contudo, pelo que tem sido observado como
tendência nas provas de concursos, para a tarefa aqui desenvolvida basta ao concursando que saiba
identificar as características desta ênfase e distingui-las das demais, bem como identificar quais
consistentes e estáveis de ajuste de um indivíduo ao seu ambiente; ele acreditava que os traços são
as unidades básicas da personalidade, que estes realmente existem e são baseados no sistema
nervoso. Allport é bastante conhecido por sua ênfase na singularidade do indivíduo e por difundir a
O estudo da personalidade desenvolvido por Gordon Allport propôs uma visão que enfatizasse os
internamente consistente e determinado por fatores atuais. Seu trabalho orienta-se para problemas
matéria prima da personalidade que pode ser moldada, ampliada ou limitada em função do ambiente.
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Segundo Allport, a personalidade é fundamental para a adaptação dos indivíduos ao seu meio, pois
Para Allport a forma mais adequada de análise da personalidade humana requer a identificação de
pessoas, sem esquecer que a característica mais notável do homem é a individualidade (Schultz e
Schultz, 2004).
A teoria de Allport muitas vezes é mencionada como uma psicologia do traço A estrutura da
comportamento é motivado ou impulsionado pelos traços. Nessa teoria, os traços são o construto
motivacional mais importante. O traço era para Allport tal qual o instinto era para Freud.
Antes de chegar ao seu próprio conceito de personalidade, Allport listou e discutiu meia centena de
conceitos de vários especialistas da área. Ele buscou associar as melhores noções das definições
anteriores, enquanto evitava suas deficiências maiores. Após tantos estudos conceituais, formulou
ambiente (Friedman e Schutack, 2004; Hall, Lindzey e Campbell, 2000; Schultz e Schultz, 2004).
embora, ao mesmo tempo, exista uma organização ou sistema que une e relaciona os vários
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componentes da personalidade. O termo sistema indica que a personalidade deve ser compreendida
como um conjunto de elementos em integração mútua, ou seja, são potenciais para atividade.
Em seguida, devemos destacar o termo “psico físico ”, o qual visa destacar a integração contínua
entre os aspectos mentais e neurais, enquanto unidade pessoal inseparável. Por fim, o uso da
palavra “determ inam ” demonstra a percepção de Allport de que a personalidade é formada por
indicando que a personalidade serve como uma estrutura base para todas as manifestações dos
sujeitos. Assim, todos os sistemas incluídos na personalidade devem ser vistos como tendências
Allport sugere que o comportamento geralmente expressa a ação de muitos traços, que disposições
conflitantes podem existir dentro da pessoa e que os traços são expressos em parte pela seleção de
Allport definiu o traço de personalidade como uma estrutura neuropsíquica que tem a capacidade de
fazer com que estímulos se tornem funcionalmente equivalentes, e de iniciar e guiar formas similares
únicos a cada indivíduo, mas ele identifica que, dentro de uma cultura particular, existam traços
comuns; alguns traços são parte dessa cultura e todas as pessoas que partilham esta mesma cultura
os reconhecem e os nomeiam.
Os traços são tendências livres e sua expressão é ligeiramente diferente porque se expressam em
condições determinantes diversas. Os traços não são diretamente observáveis, podendo ser inferidos
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através do comportamento. Essas inferências são baseadas na frequência com que a pessoa exibe
Allport também desenvolveu o conceito de disposições pessoais, que são unidades do mesmo nível
de complexidade que os traços, mas são vistas - diferentemente dos traços comuns - como
morfogênico é definido como uma estrutura neuropsíquica generalizada, peculiar ao indivíduo capaz
Tanto os traços quanto as disposições são estruturas neuropsíquicas; ambos têm a capacidade de
Embora os traços e as disposições existam realmente na pessoa, eles não podem ser observados di
Allport reconhecia a importância da situação em explicar por que uma pessoa não se comporta da
mesma forma o tempo todo. Um traço expressa o que a pessoa geralm ente faz em muitas situações,
e não aquilo que será feito em uma situação específica. Segundo Allport, os conceitos de traço e de
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são mais gerais, tanto nas situações apropriadas a eles como nas respostas às quais conduzem, pois
surgem da integração de vários hábitos. Os hábitos podem se combinar para formar um traço (Hall,
A atitude também é uma predisposição que pode ser única e pode iniciar ou orientar o
comportamento. As atitudes são mais semelhantes aos traços, porém com objetos e referências
traço ou não.
As pessoas possuem disposições pessoais, que são os traços peculiares, ao contrário dos traços que
aproximadamente o mesmo grau de generalidade e, senão, como distinguir os vários graus. Para
tanto, Allport sugeriu a distinção entre traços cardeais, centrais e secundários (Friedman e
Cardeal - É uma característica que orienta a maioria das atividades da pessoa. Essa disposição é tão
marcante na vida de uma pessoa que, virtualmente, cada ato pode ser rastreado à sua influência. Um
traço cardeal é tão geral que parece que quase todos os atos de uma pessoa que o possui podem ser
em poucas pessoas.
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Constitui a base da personalidade. Os traços centrais são mais típicos e representam tendências
altamente características do indivíduo; entram em ação com frequência e são muito fáceis de inferir.
Allport sugeriu que o número de disposições centrais pelos quais uma personalidade pode ser
Secundário - Disposição a se comportar de maneira particular que seja relevante para poucas
situações. O traço secundário é de ocorrência mais limitada, é menos crucial para a descrição da
personalidade e mais focalizado nas respostas que provoca, e nos estímulos que lhe são
apropriados.
A teoria da autonomia funcional da motivação sugere que, ainda que os motivos de um adulto possam
ter raízes em causas associadas à redução da tensão na infância, o adulto se desenvolve e se isenta
deles, tornando-se autônomo desses esforços iniciais para reduzir a tensão. Aquilo que teve origem
como um empenho para reduzir a fome ou a ansiedade pode se tornar uma fonte de prazer e
motivação por si só. Aquilo que uma vez era extrínseco e instrumental torna-se intrínseco e
estimulante. A motivação inicial pode se transformar e combinar-se com outras forças individuais e/ou
agora serve a si mesma, ou, em um sentido mais amplo, serve ao autoconceito (o Self ideal) da pes
soa. Pode-se começar um comportamento com apenas uma motivação e, com o passar do tempo, ter
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Nom otético (dim ensional) - estudar o comportamento em termos de princípios gerais, variáveis
Allport destacava a importância da pesquisa idiográfica, ou o estudo aprofundado dos indivíduos, com
o propósito de aprender mais a respeito das pessoas de um modo geral. A abordagem morfogênica
permite uma melhor predição e entendimento da personalidade. Afinal, apenas conhecendo a pessoa
em suas características individuais é que se faz possível predizer o que ela fará em qualquer situação
As maneiras de se fazer pesquisa idiográfica são variadas e estão abertas a novas possibilidades.
Uma das formas de realizar pesquisa idiográfica é através da utilização das mesmas medidas que
são usadas para todas as pessoas (inventários, questionários, etc), mas comparando os resultados de
um indivíduo em uma escala com os seus resultados em outras escalas, ao invés de compará-los com
Ao longo dos anos, Cattell desenvolveu uma teoria da personalidade ampla, diversificada e complexa.
Sua teoria representa uma importante tentativa de reunir e organizar os estudos fatoriais analíticos da
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existência de fatores gerais e ajudar a determiná-los. O teórico fatorial começa com uma grande
Segundo Cattell, uma teoria da personalidade deve ser capaz de predizer o que determinada pessoa
fará em uma situação específica. Ele acreditava que a análise fatorial conduziria a um esquema de
classificação de traços da personalidade, tal qual uma tabela periódica. A fim de construir seu modelo
teórico, Cattell dedicou-se ao estudo das influências genéticas e culturais sobre a personalidade.
Conforme a teoria proposta por Cattell, o traço é a unidade básica da personalidade e opera como
Entre as variadas diferenciações possíveis entre traços, duas são de maior relevância. A primeira é
entre os traços de capacidade, traços de tem peram ento e traços dinâm icos; a segunda é aquela
4.2.1.1. Traços de capacidade, traços de tem peram ento e traços dinâm icos
Traços de capacidade - relacionam-se com habilidades e capacidades que permitem que o indiví
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Traços de tem peram ento - relacionam-se com a vida emocional da pessoa e a qualidade estilística
geralmente calmo ou emotivo, ou agir de maneira impulsiva ou após deliberar, tudo isso tem a ver
Traços dinâm icos - relacionam-se com a vida motivacional do indivíduo, os tipos de objetivos que
A distinção entre traços de superfície e traços de origem relaciona-se com o nivel em que se observa
subjetivos, como perguntar às pessoas a quais características da personalidade elas pensam que
são conectadas; para descobrir os traços de origem são necessários procedimentos estatísticos
conectados, mas que, de fato, nem sempre variam (aumentam e diminuem) juntos e que não
Traço de origem - expressa uma associação entre comportamentos que variam em conjunto para
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lidade, ele também se concentrava no processo e na motivação. Como nos traços anteriores, seus
Ergs - São traços originais, constitucionais, permanentes, que fornecem energia para o
comportamento dirigido a um objetivo. Os ergs são unidades de motivação inatas básicas, fontes de
energia inatas para todos os comportamentos. Exemplos de Ergs são a segurança, o sexo e a
autoasserção.
Sentimentos - são traços originais moldados pelo ambiente, os quais motivam o comportamento;
atitudes, interesses e emoções dirigidos a uma pessoa, a alguma coisa ou a um evento. Exemplos de
Em geral, as atividades envolvem o esforço para satisfazer muitos motivos, e esforços para satisfazer
sentimentos são feitos a serviço dos ergs ou objetivos biológicos mais básicos.
O modo como uma pessoa se comporta em um determinado momento depende dos traços e das
variáveis m otivacionais relevantes para aquela situação. Além disso, na teoria de Cattell, dois outros
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iiiw iw iw in iiiiniMiimurin rTiTn f T rtiT riiim T n rx rr -TTiT iin n i n mi m iiiiTr r tr m n tT n T n i^ ^ n n i i r~m.............................................................................
Estados - mudanças emocionais e de humor, que são parcialmente determinadas pelo poder
O comportamento em uma determinada situação não pode ser previsto apenas a partir de traços,
•
sem levar em conta se a pessoa está brava, cansada, com medo, e assim por diante.
Papéis - expressam o fato de que os mesmos estímulos são percebidos de forma diferente por um
indivíduo, de acordo com o seu papel na situação. Certos comportamentos estão mais intimamente
••
ligados a situações ambientais do que a maioria dos fatores de personalidade. Como exemplos têm-
se os costumes e preceitos.
Embora Cattell considerasse que os fatores da personalidade conduzem a certo grau de estabilidade
no comportamento em situações diferentes, ele também acreditava que o humor (estado) da pessoa
e a maneira como ela se apresenta em uma determinada situação (papel) influenciam o seu
comportamento. Assim, Cattell sugere que, enquanto os traços delineiam padrões de ação estáveis e
gerais, a descrição exata de um indivíduo, em uma determinada situação, exige a medição de traços
e estados.
Método bivariado - adota o modelo experimental clássico das ciências físicas, o qual utiliza duas
variáveis, uma variável independente - que é manipulada pelo pesquisador - e uma variável
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dependente - que é medida para observar os efeitos das manipulações experimentais. O interesse
Método m ultivariado - investiga as inter-relações entre muitas variáveis de uma vez. No modelo
multivariado, o investigador não manipula as variáveis. Ao invés disso, o pesquisador permite que a
vida faça os experimentos e( então, utiliza métodos estatísticos para extrair dimensões significativas
Método clínico - utilizado para o estudo dos padrões complexos de comportamento conforme
ocorrem na vida, mas as variáveis não são avaliadas de maneira sistemática. O pesquisador estuda
comportamentos importantes, à medida que eles ocorrem e também busca regras para o
Tanto o método bivariado quanto o método multivariado estão comprometidos com o rigor científico.
A diferença entre eles é que, no método bivariado, os pesquisadores limitam a sua atenção a
poucas variáveis que possam ser manipuladas, enquanto que, nos métodos multivariados, os
experimentadores consideram muitas variáveis, da maneira como elas existem em uma situação
natural.
Do mesmo modo, tanto o clínico quanto o pesquisador que utiliza o método multivariado estão
padrões complexos de comportamento, conforme eles ocorrem na vida e permitindo que a própria
multivariado é que, enquanto o primeiro utiliza a intuição para avaliar as variáveis e a memória para
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Os métodos clínico e multivariado são próximos entre si e separados do método bivariado. Cattell
considerou que o método multivariado combina as qualidades desejáveis dos métodos bivariado e
clínico.
Cattell distinguiu três fontes de dados: dados da história de vida (dados L), dados de questionários
Dados L - incluem dados objetivos de eventos da vida e avaliações feitas por pares e observadores.
interações com pares. Eles podem ser relatos verdadeiros de comportamentos ou avaliações feitas
personalidade.
Dados OT - envolvem pequenas situações comportamentais em que o sujeito não está ciente da
Embora seus principais esforços de pesquisa tenham envolvido o uso de questionários (16 P.F.
Questionnaire), ele tentou demonstrar que os mesmos fatores aparecem com o uso de avaliações e
testes objetivos. Segundo Cattell, os traços de origem, conforme expressos em testes objetivos, são a
propósito era desenvolver testes objetivos que mediriam os traços de origem já descobertos.
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Conforme visto ao longo deste tópico, Cattell fundamentou sua teoria em análises fatoriais de
Confere-se a Cattell o mérito pelo desenvolvimento de uma metodologia que possibilitou agrupar de
encontrados na linguagem natural das pessoas como fonte para identificar as principais
baseado em 16 fatores, sendo operacionalizado por meio do instrumento Sixteen Personality Factor
Questionaire (16PF):
Emocional
experiências
Pesquisador de grande destaque e autor de uma ampla quantidade de artigos, Eysenck propôs um
Eysenck propõe que o comportamento observado é uma função da interação entre fatores biológicos
e o ambiente ao qual o indivíduo está exposto. Elaborou ainda uma série de testes escritos para
medir as diferenças individuais nessas dimensões, bem como deixou um modelo bem estruturado
caráter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao meio.
Com esta definição, ele enfatiza a noção de sistema, estrutura ou organização. O termo caráter diz
O modelo proposto por Eysenck se diferencia dos demais, ao sugerir a existência de uma cadeia
combinada com as circunstâncias às quais ela está exposta. Deste modo, o comportamento reflete
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Assim, o estudo da personalidade proposto por Eysenck apresenta dois aspectos interligados a
serem usadas para resumir as maneiras pelas quais os indivíduos diferem; (2) elementos causais -
reconhecimento do papel crítico exercido pela aprendizagem e pelas forças ambientais, mas com
enfoque sobre o papel determinante e causal desempenhado pelos fatores biológicos (Hall, Lindzey e
Campbell, 2000).
Eysenck formulou a diferenciação entre traço e tipo. Um traço diz respeito a um conjunto de
Ambos os conceitos se referem a dimensões contínuas; a diferença é que um tipo é mais geral e
seja, se elas aparecem e desaparecem conjuntamente, pode-se inferir que possuem alguma
De acordo com a teoria de traços, existem estruturas naturais na personalidade e, através da análise
fatorial, é possível identificá-las, bem como organizá-las em grupos ou fatores de itens relacionados
(Pervin e John, 2004). Os fatores de traços resultantes podem, então, ser interpretados e nomeados,
levando-se em conta a característica que parece comum aos itens ou comportamentos considerados
inter-relacionados.
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Através de outra análise fatorial (secundária), Eysenck determinou as dimensões básicas subjacentes
aos fatores de traços encontrados na rodada inicial da análise. Essas dimensões representam fatores
secundários ou superfatores.
Eysenck foi um dos primeiros psicólogos da personalidade a se interessar pelas bases biológicas dos
traços da personalidade. Em sua pesquisa inicial, Eysenck identificou duas dimensões básicas de
instável). Após a ênfase inicial em apenas duas dimensões, Eysenck adicionou uma terceira
dimensão, que chamou de psicoticismo. A existência das dimensões tem fundamento biológico, ou
psicoticismo. Contudo, a posição ocupada pela pessoa em cada dimensão é resultado da interação
consistente em estudos interculturais e que as diferenças individuais são estáveis com o tempo.
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As diferenças entre pessoas introvertidas e extrovertidas podem ser descobertas através do uso da
bases biológicas para a dimensão “extroversão - Introversão” são descritas da seguinte forma:
Introversão - os indivíduos com este temperamento se caracterizam por uma disposição a serem
quietos, reservados, reflexivos e de evitarem riscos. Esta tendência é explicada pela alta estimulação
cortical. o que faz com que formem melhores respostas condicionadas. Pessoas introvertidas são
mais facilmente estimuladas pelos eventos e aprendem proibições sociais com mais facilidade.
Existem evidências de que os introvertidos são mais influenciados por punições, enquanto apren
dem. Segundo Eysenk, as respostas condicionadas são em parte responsáveis pela produção de
Extroversão - as pessoas com este temperamento se caracterizam por uma disposição a serem
sociáveis, simpáticas, impulsivas e a correr riscos. Estas pessoas se condicionam muito pouco,
recompensas. Os extrovertidos podem ser encontrados com padrões de comportamento talvez não
4.3.3.2. Neuroticismo
Eysenck sugere que a existência de diferenças individuais nessa dimensão é decorrente de uma
respondem rapidamente ao estresse e, uma vez que o perigo tenha desaparecido, demoram mais
tempo para sair do estado de estresse, quando comparados com indivíduos emocionalmente estáveis
(baixo neuroticismo).
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A dimensão do neuroticismo é definida por traços como tenso, mal-humorado e baixa autoestima. As
pessoas com níveis altos de neuroticismo tendem a ser emocionalmente instáveis e frequentemente
reclamam de preocupações e ansiedade, assim como de dores no corpo (por exemplo, dores de
4.3.3.3. Psicoticismo
Embora se saiba menos sobre a base para a dimensão do psicoticismo, Eysenck sugeriu uma asso
ciação, em particular uma associação relacionada com a masculinidade. Esta dimensão diz respeito à
tendem a serem frias, egocêntricas e irresponsáveis, mas também são mais criativas, objetivas,
4.4 A Teoria dos C in co G randes Fatores de Paul Costa & R obert McCrae
A partir da análise fatorial dos traços presentes nos principais questionários e inventários de
personalidade, independentemente da teoria que os tenha fundamentado (Hutz et al., 1998), Robert
McCrae e Paul Costa desenvolveram o modelo empírico dos Big Five ou Cinco Grandes Fatores
(dimensões) da personalidade (Schultz & Schultz, 2004) o qual propõe a existência de traços básicos
O Modelo dos Cinco Grandes Fatores emprega os adjetivos mais frequentemente utilizados por
pessoas de determinada cultura para descrever a si mesmas com base no léxico local. A hipótese
léxica propõe que uma determinada palavra é criada para expressar uma necessidade. Deste modo,
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os cinco fatores se referem a informações fundamentais que geralmente se busca obter sobre as
Goldberg (1981) afirma que os cinco fatores sugerem que o desenvolvimento da linguagem, em
(5) Esperta ou tola, aberta a novas experiências ou desinteressada por tudo aquilo que não diz
Esse modelo propõe que as causas dos traços devem ser buscadas na biologia, e não no
ambiente. Seu argumento é o de que por haver apenas uma espécie humana, as características
biológicas são universais, apenas com variações menores. De modo semelhante, todos os seres
humanos têm disposições a serem extrovertidos ou responsáveis, que diferem apenas em grau. As
diferenças nos graus dos traços dependem das “adaptações características”, conforme veremos a
seguir.
O modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF) sustenta que traços com base biológica interagem a
cada instante com o ambiente social para orientar nosso comportamento. Além das
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psicológicas que são aprendidas a partir da experiência, incluindo hábitos, atitudes, habilidades e os
aspectos internalizados dos papéis e das relações. Todos esses são nomeados como “adaptações
e atitudes pessoais), mas também são características porque refletem a natureza da pessoa
O modelo foi elaborado tendo como alicerces, além das pesquisas empíricas, alguns postulados,
Postulado do desenvolvim ento - “os traços se desenvolvem durante a infância e atingem a forma
madura na idade adulta; depois disso, ficam estáveis em indivíduos cognitivamente intactos"
2006, p. 215)
1. Amabilidade ou Socialização
2. Extroversão X Introversão
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(Amabilidade) variam a depender do autor, mas as características descritas são as mesmas. Todos
os fatores são avaliados em continuum do maior ao menor grau. Compreende-se que cada um destes
fatores significa:
com tendência a ideias não realistas, ansiedade, depressão, hostilidade, impulsividade, autocrítica,
vulnerabilidade, baixa tolerância a frustrações e respostas de coping não adaptativas, enquanto que
indivíduos mais equilibrados emocionalmente apresentam escores mais baixos nesse fator,
A bertura para novas experiências: refere-se à disposição para se ter novas experiências e a
comportamentos exploratórios. Pessoas com alto escore tendem a ser imaginativas, criativas,
curiosas, divertem-se com novas ideias e com valores não convencionais; pessoas com baixo escore
tendem a ser convencionais nas suas crenças e atitudes, conservadoras nas suas preferências,
Socialização (Am abilidade): refere-se aos tipos de interação, sendo uma dimensão interpessoal,
que se estende da compaixão ao antagonismo. Pessoas com escores altos tendem a ser bondosas,
generosas, afáveis, altruístas e prestativas. São ávidas para ajudar os outros e acreditam que a
maioria das pessoas é assim. Por outro lado, as pessoas com baixo escore nesse fator tendem a ser
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para alcançar objetivos. Escores altos neste fator indicam pessoas organizadas, decididas,
escores baixos indicam pessoas não confiáveis, preguiçosas, descuidadas, hedonistas e negligentes.
nível de atividade, capacidade de alegrar-se e necessidade de estimulação. Pessoas com escore alto
em extroversão tendem a ser ativas, otimistas, afetuosas, falantes e sociáveis, enquanto pessoas
com escore baixo apresentam tendências à introversão, sendo reservadas, sóbrias, quietas,
indiferentes e independentes.
escalas do tipo Likert. Este formato permite contemplar um continuum entre dois polos do mesmo
traço, favorecendo o acesso a características de indivíduos, tanto com alto como com baixo resultado
em cada escala.
Assim, como demonstrado no quadro 2, no traço abertura, por exemplo, que avalia a atividade
proativa, tolerância e exploração do que não é familiar, um indivíduo pode apresentar um alto
resultado e ser descrito como curioso, criativo e original, ou localizar-se em um dos pontos
intermediários com escores medianos, ou ainda ter um baixo resultado, sendo descrito como
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Quadro 2: Os cinco grandes fatores de traços e as escalas ilustrativas (Pervin & John, 2004)
AMABILIDADE (A)1
Generoso, bondoso, Cínico, rude, desconfiado, não-
confiante, prestativo, Avalia a qualidade da orientação cooperador, vingativo, inescrupuloso,
clemente, crédulo, honesto. interpessoal do indivíduo ao longo de irritável, manipulador.
um contínuo da compaixão ao
antagonismo em pensamentos,
sentimentos e ações.
CONSCIÊNCIA (C)2
Organizado, confiável, Sem objetivos, não-confiável,
trabalhador, auto- Avalia o grau de organização, preguiçoso, descuidado, negligente,
disciplinado, pontual, persistência, e motivação do indivíduo relaxado,
escrupuloso, asseado, no comportamento dirigido para os fraco, hedonístico.
ambicioso, perseverante. objetivos.
Compara pessoas confiáveis e
obstinadas com aquelas que são
apáticas e descuidadas.
1 Socialização
2 Realização
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Apesar de ter adquirido grande destaque no campo científico e na área de recursos humanos, esta
teoria ainda tem pouco destaque nos concursos públicos e passou a ser cobrada nos certames há
pouco tempo. Em termos de concursos públicos, o mais importante é saber identificar quais são os
Após a exposição de tantas ênfases e teorias, buscando uma síntese, destacamos como ponto
relevante o fato de que a realidade central à qual todas as teorias da personalidade respondem é o
reconhecimento de que a pessoa que cada um de nós se torna é função da história distintiva de vida
que parece nos conduzir a continuar agindo de maneira característica. Esta continuidade não
pretende sugerir que o comportamento é imutável, ou que o ciclo vital é mapeado no início da vida.
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Questões Gabaritadas
QUESTÃO 01. Uma teoria psicanalítica da personalidade tem como objetivo principal:
incrédulo, rejeita a visão da vagina, consolando-se com a ideia de que, quando a menina
(A) oral;
(B) anal;
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(C) fálica;
(D) latência;
(E) oral-sádica.
QUESTÃO 04. A fase libidinal na qual o menino, vivamente interessado por seu pênis,
(A) oral;
(B) fálica;
(C) genital;
(D) de latência;
(E) anal-sádica.
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QUESTÃO 06. De acordo com Freud, na sua segunda tópica, o aparelho psíquico foi dividido
(A) id;
(B) superego;
são:
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QUESTÃO 10. De acordo com Jung, cada uma das principais estruturas da personalidade se
QUESTÃO 11. Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a mãe
e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com intenso medo de
sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa possibilidade desencadeia
crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso tem or de morrer. Nos momentos em
que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita que a levem ao pronto-socorro de imediato,
porém, em todas essas ocasiões, nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que
há um ano Márcia decidiu parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos
meses, Márcia tem passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua
idade em tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando ajudar.
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( ) De acordo com a teoria psicanalítica, Márcia apresenta uma estrutura neurótica, manifestada
por uma demanda de amor. Essa estrutura neurótica impõe restrições em sua vida, como a limitação
no seu ir e vir e uma tentativa de não confrontar-se com as perdas inerentes à sua fase de vida.
( ) CERTA ( ) ERRADA
reforçadoras, uma vez que a enviam para o pronto-socorro, onde ela recebe atenção e é retirada de
( ) CERTA ( ) ERRADA
( ) Com base na teoria analitica de Jung, Márcia tem um forte complexo materno, cuja
personalidade é dominada pelas figuras femininas de sua convivência, sua mãe e sua avó, que
( ) CERTA ( ) ERRADA
QUESTÃO 12. Contemporâneo e inicialmente seguidor das teorias de Freud, Alfred Adler (1870
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(A) o “protesto masculino” surge na impossibilidade de mudança de um papel passivo e feminino para
(C) a “luta pelo poder” é a expressão da hostilidade do homem para com o próximo e da
(D) o “poder criador do S e /f é limitado pelos aspectos inconscientes do Ego e do Superego e pela
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(A) observam a maneira pela qual a pessoa percebe a realidade e experiência em seu mundo.
aprendizagem.
um:
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QUESTÃO 18. A instância psíquica que se desenvolve a partir das regras de condutas
ensinadas pelos pais sendo definido como herdeiro do Complexo de Édipo, pois constitui-se
restrições morais, é:
(A) superego;
(B) id;
(C) ego;
inferior
I - Psicanalitica
II - Humanista
III - Biológica
autoconceito.
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A sequência correta é:
(B) II I II II III.
(C) II III I II I.
III. “ A emoção da simpatia é a mais pura expressão de interesse social e revela um grau em
V.“ As emoções são nossa própria vida... as emoções são a própria linguagem do organismo” .
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seguir.
semelhantes.
criança.
(A) I e III.
(B) I e V.
(C) II e IV.
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( D ) lle V .
1a Coluna 2a Coluna
materiais, comunicando-lhe que este pode dizer-lhe tudo o que lhe vem à
cabeça, mesmo que lhe seja desagradável falar, que lhe pareça sem
importância ou absurdo.
3 - A . Perspectiva ( ) Age como um catalisador que ajuda o paciente a passar pelos pontos da
4 - A Gestalt Terapia ( ) Oferece ao paciente uma sessão não ameaçadora, tratando os sintomas
(A) 1, 2, 3, 4.
(B) 4, 3,2, 1.
(C) 3, 1 ,4 ,2 .
(D) 2, 3, 1,4.
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impressos no psiquismo aquilo que Freud denominou de pontos de fixação, em direção aos
(D) repressão que o ego faz de toda percepção que cause algum sofrimento.
os indivíduos.
intrapsiquicos resultantes.
(D) As teorias de Cari Rogers e de Abraham Maslow fazem parte do grupo que dá ênfase à estrutura.
(E) Às teorias psicológicas sociais de Alfred Adler, Erich Fromm, Karen Horney e Herry Stack Sullivan
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QUESTÃO 25. Entre todos os teóricos da personalidade esse era o que mostrava maior
indiferença pelas variáveis estruturais, ele também reconheceu que algumas atitudes podem
ter base inteiramente genética, de modo que a experiência não tem nenhum efeito sobre elas.
Empregou uma série de conceitos que poderiam ser chamados de dinâmicos ou motivacionais
para explicar variabilidade das atitudes do sujeito humano em situações de outra forma
maneira determinada por suas técnicas. A teoria de personalidade de que resulta o trabalho do
(B) psicanalitica.
(C) da Gestalt.
com o passar do tempo e com a experiência. Além disso, a compreensão da nossa natureza pode ser
(B) O ponto mais discordante entre as teorias da personalidade é a concepção de que o que a
pessoa se tornou em função da sua história de vida a conduz a continuar agindo de acordo com
certas características.
(C) Agir de determinada forma segundo sua personalidade quer dizer que o comportamento é
imutável e que o curso de vida da pessoa é inteiramente mapeado em idade muito inicial.
(D) A mensagem das teorias da personalidade é a de que a avaliação que a pessoa tem do mundo
em que vive e sua resposta a ele é determinada pelo meio em que se vive.
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QUESTÃO 27. Jung descreveu dois estados da mente humana. Um pouco abaixo da
(C) um conjunto de complexos que definem uma personalidade menor dentro da personalidade total.
(E) a persona, máscara que o indivíduo usa e que gera a criação de um complexo devido à
preocupação com algumas idéias que, por sua vez, influencia o comportamento social.
(A) moldada por crenças centrais ou esquemas superiores que desenvolvem-se cedo na vida, os
quais resultem de experiências pessoais e influências dos pais e da sociedade, constituindo a base
para a codificação, categorização e avaliação das experiências ao longo do curso da vida, sendo que
os problemas psicológicos são decorrentes de processos tais como aprendizagem falha, inferências
próprio, um ser único e homogêneo, processo este de desenvolvimento da totalidade do eixo ego-
(C) uma composição de expressões diretas de instintos do organismo, acreditando que os métodos
regra, ineficazes.
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(D) composta por quatro componentes do intelecto: um impulso para a compreensão, que pode ser
capacidade de entender relações lógicas; o conhecimento empírico, que é o aspecto relacionado com
coisas e eventos externos; e um intelecto “desenvolvido", que é uma forma mais elevada do impulso
(E) uma coleção de padrões de sentimentos, em que situações diferentes evocam variados padrões
de respostas, sendo que cada resposta individual é baseada apenas em experiências prévias e na
história genética, uma vez que o eu é definido pelo comportamento subjetivo e, muitas vezes, não
observável.
QUESTÃO 30. A teoria hum anista da personalidade defende que som os positivam ente
m otivados e progredim os em direção a níveis mais altos de funcionam ento, ou seja, que a
existência humana não sig n ifica som ente lidar com co n flito s ocultos, sendo que os psicólogos
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QUESTÃO 31. (TJDFT/2008) Em cada item a seguir, julgue a correção da associação proposta
personalidade.
I. “ Ocorre a supressão de uma parte da realidade e o indivíduo não vê, não ouve o que
II. “ O ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção,e, para isto, o
III. “ O ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isto o material fornecido
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anteriormente:
QUESTÃO 33. (BANCO DA AMAZÔNIA/ 2006) A teoria da personalidade de Jung dá ênfase aos
notável aspecto: para Jung, o comportamento humano é condicionado não apenas por sua
história individual e racial (causalidade), mas também por suas metas e aspirações
( ) CERTA ( ) ERRADA
emocional humano postuladas por Erik Erikson (1902 - 1994) em sua Teoria da
(A) o adulto jovem deverá enfrentar o conflito psicossocial entre a intimidade e o isolamento;
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QUESTÃO 35. (Instituto Federal de Educação - SCI 2009) Alfred Adler, em contraste com Freud
e sua ênfase sobre conflito intrapsíquico inconsciente, via as pessoas como entidades
justificam um estilo de vida individual. Com base em seus conhecimentos sobre a teoria da
move em direção a uma meta. Uma vez que a meta é estabelecida, o aparelho psiquico molda-
II. Conforme Adler, os sentimentos de inferioridade são a fonte de toda a luta humana. O
falta de poder, seja em comparação aos adultos, seja em comparação a outras crianças.
UI. Na visão de Adler, o homem age por força das pulsões, as forças motivadoras que
IV. Adler refere-se ao termo “ poder criativo do id” para expressar a necessidade do ser
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QUESTÃO 36. (Pref. de Barra Mansa - RJ / 2010) A teoria kleiniana apresenta uma contribuição
afirmar que:
(A) na teoria kleiniana, o sentimento de inveja é construído a partir da experiência pós-natal do bebê,
não podendo se dizer que existam diferenças individuais significativas no momento do nascimento;
(C) a posição depressiva é caracterizada pela identificação projetiva, relações de objeto parciais e
(E) a capacidade de reparação tem papel central na avaliação do potencial de saúde de um indivíduo.
QUESTÃO 37. (Fundação CASA - SP/ 2010) A teoria humanista da motivação hierarquiza as
(B) segurança.
(C) saúde.
(E) autorrealização.
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QUESTÃO 38. (EAOT Aeronáutica - Psicologia Clínica / 2010) Sobre a teoria de Rogers, informe
se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e depois assinale a alternativa que
() Para a pessoa aberta à experiência, todo estímulo que se origina dentro do organismo ou do
meio ambiente se transmite livremente através do sistema nervoso, sem ser distorcido por um
mecanismo de defesa.
( ) Para Rogers, a forma como o indivíduo se comporta depende principalmente das condições
( ) Na terapia centrada na pessoa o cliente descobre que, à medida que se exprime de modo
mais livre, à medida que faz corresponder mais intimamente o caráter superficial das relações
com as atitudes flutuantes que lhes estão subjacentes, podem renunciar a certas atitudes
(A) V - F - F - F .
(B) F - V - V - F .
(C) V - F - V - V .
(D) F - F - F - V .
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QUESTÃO 39. (Instituto Federal de Educação - SCI 2009) Psicólogo alemão, Kurt Lewin,
nasceu em 1890 e é conhecido como sendo o autor responsável pela Teoria de Campo.
em que essa pessoa desenvolve a sua atividade, conjunto de fatores este que inclui a família, a
II. A interpretação subjetiva que cada pessoa faz acerca das outras pessoas, das coisas e dos
fenômenos que em cada momento constituem o seu ambiente traduzem-se em valências, isto
III. O campo psicológico constitui o próprio espaço de vida do indivíduo, definindo a forma
IV. A inter-relação entre os fatos e eventos cria um campo dinâmico. Este campo dinâmico,
QUESTÃO 40. (Especialista CFP - Psicologia Clínica/ 2004) De acordo com a concepção de
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(A) persona.
(B) couraça.
(C) infraego.
(D) esquema.
(E) caráter.
das necessidades, Maslow descreve uma hierarquia que inclui necessidades físicas, sociais e
psicológicas. O esquema das necessidades, na ordem do nível mais baixo para o mais alto, é:
QUESTÃO 42. (Instituto Federal de Educação - SC/ 2009) Jacob Levy Moreno, psiquiatra e
psicoterapia de grupo.
Na visão de Moreno:
descarga.
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III. O aspecto central da personalidade é formado pelo núcleo do “ eu” que, por sua vez, é
IV. Os homens são co-criadores do universo por meio da liberação de sua espontaneidade e
criatividade.
Pode-se afirmar:
QUESTÃO 43. (Instituto Federal de Educação - PEI 2010) A abordagem behaviorista de Skinner
Nesse sentido, observe as seguintes descrições de alguns termos apontados por Skinner:
imediatamente o procedeu.
particular.
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QUESTÃO 44. (ESAEX - CFO 2008) Bandura propõe que uma maneira fundamental dos
QUESTÃO 45. (SEPAG/ DF - 2010) Allport propôs-se estudar a personalidade com enfoque nos
traços que a compõe. Para esse autor, um traço pode ser definido como
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QUESTÃO 46. (AGECOM - GO/ 2010) O modelo dos cinco fatores constitui atualmente a
consciencioso.
consciencioso.
consciencioso.
consciencioso.
QUESTÃO 47. (Aeronáutica/ EAOT - 2010) De acordo com a teoria de Melanie Klein, indique a
perseguidores entrarão no ego e dominarão e aniquilarão tanto o objeto ideal quanto o eu.
(A) ansiógena
(B) depressiva
(C) esquizo-paranóide
(D) psicótica
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desenvolve através de uma sequência de estágios marcados por crises dominantes que
necessitam ser superadas. Cada crise tem como referência pares sociais que auxiliam na
II. O estágio da diligência X inferioridade coincide com a educação forma escolar, a qual
estágio anterior frente as regras da realidade. O interesse pelo brincar da lugar ao interesse
IV. A integridade refere-se ao um senso de coerência que certamente corre um risco frente ao
finitude e a perda das capacidades físicas, psíquicas e sociais. Nesta fase o sujeito é
confrontado com o seu próprio ciclo de vida, após ter cuidado da continuidade da sociedade
por meio do cuidade de pessoas, produtos e ideias e de ter se adaptado aos sucessos e
fracassos da existência.
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QUESTÃO 49. (Aeronáutica/ EAOT - 2011) Assinale a alternativa que completa corretamente a
_______ enfatizava a importância da relação entre mãe e filho, a qual afeta o senso de S e ife m
QUESTÃO 50. (Aeronáutica/ EAOT - 2011) Para Cari Rogers, as pessoas plenamente funcionais
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Gabarito
01 - c 11 - W F 21 - B 31-CEEE 41 - D
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