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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

TÉCNICO EM QUÍMICA

VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO

QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA

ELIZABETH HEPFNER
LINDA CAMILY BORGES
PEDRO HENRIQUE FLEM VIANNA

TAQUARA
2023
SUMÁRIO

1. TEMA 2
2. OBJETIVOS 3
2.1 Objetivo geral 3
2.2 Objetivos específicos 3
3. DESENVOLVIMENTO 4
3.1 O que é precipitação? Quais os princípios da volumetria de precipitação? 4
3.2 Constante do produto de solubilidade 5
3.3 Relação entre a Solubilidade e a Constante do Produto de Solubilidade 6
3.4 Métodos Argentimétricos 6
3.5 Método de Mohr 7
3.6 Método de Volhard 8
3.7 Método de Fajans e Indicadores de Adsorção 8
3.8 Curvas de Titulação 9
3.9 Fatores que Afetam as Curvas de Titulação 10
4. CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS 12
ANEXOS
1. TEMA

Método analítico de titulação de uma solução aquosa.


2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Determinar a concentração de cianetos, haletos, tiocianato, entre outras


substâncias, presentes nas soluções, método que envolve a titulação por
precipitação que abrange a titulação com a formação de compostos pouco solúveis,
ou seja, os precipitados.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS

● Definir os diferentes métodos de titulação de precipitação;


● Definir o conceito de precipitação;
● Relacionar a solubilidade e a constante do produto de solubilidade;
● Exemplificar a curva de titulação e os fatores que a afetam.
3. DESENVOLVIMENTO

Volumetria de precipitação se trata de um método analítico baseado na


titulação de uma substância em solução aquosa que durante o seu processo, resulta
na formação de um determinado composto pouco solúvel, definido como um
precipitado. Existem diferentes métodos de titulação de precipitação, entretanto os
Métodos Argentimétricos são determinados com potenciometria direta, contudo
ainda há os métodos de Mohr, Volhard e Fajans. Através do ponto de equilíbrio
determinado pela titulação, que descreve um processo de dissolução de um sólido
iônico genérico de baixa solubilidade, pode-se construir uma curva de titulação de
precipitação.

3.1 O que é precipitação? Quais os princípios da volumetria de precipitação?

A precipitação química é um processo no qual substâncias sólidas,


chamadas precipitados, se formam a partir de uma solução líquida. Isso ocorre
quando dois ou mais reagentes em solução aquosa reagem entre si, resultando na
formação de um composto insolúvel, que não pode ser mantido em suspensão na
solução e, portanto, precipita-se, caindo para o fundo do recipiente.
A principal característica desse processo é a redução da solubilidade de uma
substância, levando à sua separação da solução na forma de partículas sólidas. A
precipitação química é amplamente utilizada em química analítica para separar e
purificar substâncias.
A precipitação se trata do processo em que dois íons se encontram e formam
um composto insolúvel, saindo da solução no processo chamado de reação de
precipitação. é notado que a fase do precipitado começa a se formar quando a
solução atinge um certo grau de supersaturação. Sendo a volumetria de
precipitação baseada nas reações que geram compostos pouco solúveis, a
velocidade de reação e a pureza e solubilidade do precipitado. A precipitação se
trata do processo em que dois íons se encontram e formam um composto insolúvel,
saindo da solução no processo chamado de reação de precipitação. é notado que a
fase do precipitado começa a se formar quando a solução atinge um certo grau de
supersaturação. Sendo a volumetria de precipitação baseada nas reações que
geram compostos pouco solúveis, a velocidade de reação e a pureza e solubilidade
do precipitado.
A formação de núcleos (nucleação) a partir de uma solução
supersaturada é relativamente difícil de ser observada
experimentalmente. Admite-se que a nova fase (o precipitado)
comece a se formar quando a solução atingir um certo grau de
supersaturação, mas o desenrolar do processo de precipitação como
um todo é bastante rápido. (JOÃO CARLOS DE ANDRADE, 2022,
PÁGINAS 2, 3).

O processo de precipitação pode ocorrer pela agregação de moléculas ou


íons mediante um processo de nucleação homogênea ou por nucleação
heterogênea. Em nucleações homogêneas (espontâneas), as partículas maiores
são formada apenas pela combinação dos íons dissolvidos, sem a participação de
outras substâncias, enquanto que no processo heterogêneo a nucleação inicia com
a deposição de íons ou moléculas em pequenas partículas de matéria, existentes ou
adicionadas ao meio, chamadas de “sementes”.
A formação de precipitado ocorre através dos seguintes processos: Íons em
solução supersaturada, Núcleos não filtráveis, Partículas coloidais e Cristais
pequenos que podem se tornar cristais grandes ou agregados cristalinos. Além
disso, na etapa de partículas coloidais, pode ocorrer colóides estabilizados que se
tornam agregados coloidais.

3.2 Constante do produto de solubilidade

Constante do Produto de solubilidade, ou Kps, é o produto da concentração


de matéria dos íons presentes em uma solução. Sempre que um soluto pouco
solúvel é adicionado a um solvente, uma pequena parte desse sal dissolve-se na
água, e o restante acumula-se no fundo do recipiente, formando o corpo de fundo. O
sal que se dissolve sofre dissociação, liberando cátions e ânions na água.
Um exemplo é o Sulfato de Bário, que não apresenta boa solubilidade e a
quantidade de soluto, a quantidade de soluto dissolvido não se altera com o passar
do tempo porque existe um equilíbrio de dissolução entre os íons do sal (presentes
na solução) e o corpo de fundo.
Ao determinar o Kps de um sal em solução, podemos ter conhecimento da
concentração dos íons da solução. Tendo esses dados, é possível determinar a
classificação de uma solução ou o comportamento do soluto em solução.
A constante do produto de solubilidade é uma medida da tendência de um
composto iônico a se dissolver ou precipitar em uma solução. Quando os íons na
solução estão presentes em concentrações que fazem com que o produto das
concentrações (de acordo com a equação de solubilidade) seja igual à constante do
produto de solubilidade, a solução está saturada e não ocorrerá mais dissolução do
composto. Se as concentrações de íons na solução excederem o valor de Kps,
ocorrerá a formação de um precipitado.
A constante do produto de solubilidade é uma ferramenta importante na
previsão da solubilidade de sais e outros compostos iônicos em soluções aquosas e
é amplamente utilizada na química e na química analítica. Cada composto tem seu
próprio valor específico de Kps, que é determinado experimentalmente.

3.3 Relação entre a Solubilidade e a Constante do Produto de Solubilidade

O Kps é uma grandeza diretamente proporcional à concentração de íons de


um composto dissolvido em solução, sendo assim, quanto mais íons em solução,
mais solúvel a solução e maior o Kps. Quando a concentração de íons na solução
atinge ou ultrapassa o valor do kps ocorre a precipitação do mesmo. Essa relação é
de extrema importância para a formação de precipitados em soluções aquosas.

3.4 Métodos Argentimétricos

Os mais importantes métodos volumétricos utilizam a solução padrão de


nitrato de prata e esses são denominados de métodos argentimétricos, são
empregados na determinação de haletos, cianetos, isocianatos e outros. Além
disso, esse método é classificado conforme o tipo de titulação, podendo ser de
maneira direta, como o método de Mohr, e de maneira indireta, como o método de
Volhard, ademais podem ser classificados referente a detecção do seu ponto final,
formando um precipitado colorido, um complexo colorido ou por um indicador de
adsorção.
Os métodos argentimétricos são conhecidos por sua precisão e sensibilidade,
sendo amplamente utilizados em análises químicas quantitativas. Eles são úteis na
determinação de vários ânions em amostras líquidas, desde que haja uma reação
específica entre o íon-alvo e o nitrato de prata.

3.5 Métodos de Mohr

Classificado como um método argentimétrico de titulação direta, o método de


Mohr apresenta soluções com nitrato de prata como titulante na presença dos
haletos titulados com o indicador cromato de potássio. Esse método não é
adequado nem apropriado para os cianetos e isocianatos, pois seu ponto final se
torna difícil de observar, dificultando a visualização do ponto final da titulação.
Quando ocorre a precipitação do haleto de prata, o excesso de íons de prata
reagem com os íons do cromato, gerando um precipitado definido como cor laranja
amarronzado. Devido às diferentes solubilidades dos valores dos produtos de
solubilidade, ou seja os kps dos precipitados, a precipitação fracionada se faz
presente no método de Mohr, a qual consiste em o ânion cromato reage com os
íons metálicos do titulante, a prata, formando um insolúvel.
Como o método de Mohr é baseado na diferença de solubilidade entre os
precipitados a sua concentração do indicador é essencial para que ocorra a
precipitação fracionada dos precipitados, com o indicador evidenciando a mudança
de coloração, sendo possível identificar que o cloreto de prata ou brometo de prata
(haletos) precipitem completamente e quantitativamente antes que a precipitação do
cromato de prata esteja perceptível. Com essa mudança de coloração é possível
analisar o ponto de viragem no excesso do titulante, o nitrato de prata.
Portanto os métodos de Mohr são técnicas amplamente utilizadas na química
analítica quantitativa para determinar a concentração de substâncias em solução.
Esses métodos são baseados em reações de precipitação, em que ocorre a
formação de um precipitado insolúvel. A técnica mais conhecida é a titulação de
Mohr, que utiliza uma solução de nitrato de prata como titulante para precipitar íons
cloreto em uma amostra. A formação de um precipitado de cloreto de prata indica o
ponto final da titulação. Os métodos de Mohr são amplamente aplicados devido à
sua simplicidade, baixo custo e precisão razoável. No entanto, eles também têm
algumas limitações, como a interferência de outras espécies químicas e a
necessidade de boas condições de visualização do ponto final. É importante
considerar esses aspectos ao escolher e aplicar os métodos de Mohr na análise
quantitativa de substâncias.

3.6 Métodos de Volhard

Os métodos de Volhard são amplamente utilizados em laboratórios de


química analítica para determinar concentrações de íons cloreto em amostras
líquidas. Eles são chamados de "métodos de Volhard" em homenagem ao químico
alemão Jacob Volhard, que desenvolveu essas técnicas no século XIX.
Referem-se a técnicas utilizadas em química analítica, especialmente em
titulação. Existem duas titulações de Volhard comuns: a titulação de cloreto de prata
e a titulação de cloreto férrico. Porém ainda podem utilizar o método de Volhard em
titulações com brometo, iodeto, sulfeto e cianeto.
A titulação de cloreto de prata é um dos mais comuns, é utilizado para
identificar a concentração de íons de cloreto em uma solução, um íon de prata é
adicionado a solução de cloreto, formando cloreto de prata sólido, o excesso de íon
prata é determinado por meio de uma solução titulante de tiocianato de amônio.
Já a titulação de cloreto férrico é utilizada para determinar a concentração de
íons cloreto em uma solução, porém com mais precisão e sensibilidade, a solução
de cloreto é titulada com uma solução de nitrato de prata contendo indicador
ferrocianeto, e a mudança de cor indica o ponto final da titulação.

3.7 Método de Fajans e Indicadores de Adsorção

O método de Fajans compreende uma titulação utilizando indicadores de


adsorção, os quais funcionam de tal forma: em determinada titulação com uma
solução que possua precipitado adiciona-se o indicador (substância orgânica com
tendência de adsorção, que permanece na superfície do precipitado), uma vez que
adicionado tal indicador observa-se uma mudança na coloração do meio, tanto no
precipitado quanto na solução em si, assim ocorre a adsorção. Um exemplo de
indicador de adsorção é a fluoresceína, denominado um indicador típico, ainda
falando do processo de adsorção faz-se importante destacar que a ocorrência está
ligada ao (PE) ,ou seja, ocorre próximo ao ponto de equivalência.
Quando escolhe-se um indicador de adsorção alguns critérios são levados
em conta, como o parágrafo abaixo explica:

(a) O precipitado deve se separar tanto quanto possível na condição


coloidal, (b) a solução não deve ser muito diluída, porque a quantidade de
precipitado formada será pequena e a mudança de cor não será nítida, (c) o
íon indicador deve ter carga oposta à do íon do agente precipitante, (d) o
íon indicador não deve ser adsorvido antes que o composto em questão
esteja completamente precipitado, mas deve ficar fortemente adsorvido
imediatamente após o ponto de equivalência e, (e) o íon indicador não deve
ser adsorvido fortemente demais ao precipitado. (PORTAL UFS, 2016, pág
114).

Assim a escolha do indicador ideal é feita, leva-se em consideração os quadrantes


citados anteriormente, conferindo um processo mais apurado.

3.8 Curvas de Titulação


As chamadas “curvas de titulação” tratam-se de ilustrações visuais do
processo qualitativo de determinada titulação, expressas em gráficos comumente.
Um exemplo das curvas de titulação segue abaixo:

Figura - Curvas de titulação

Fonte: https://encurtador.com.br/flmtQ
Com a ilustração acima, pode-se perceber claramente as curvas geradas no
gráfico, mas o que cada curva significa? Primeiramente é importante saber que a
curva possui duas variáveis, como variável independente tem-se o volume do
titulante e como variável dependente o pH (titulações ácido-base), além disso faz-se
importante citar que uma curva de titulação pode expressar-se em quatro diferentes
formas, denominadas: curva simétrica, assimétrica, segmentada e mínima/máxima.
Dessa forma um gráfico vai ilustrar muitas informações como por exemplo o ponto
de equivalência, lendo o volume gasto até o ponto, onde haverá uma variação em
evidência.

3.9 Fatores que afetam as curvas de titulação

Alguns fatores capazes de afetar as curvas de titulação são: a concentração


dos reagentes, a constante de equilíbrio, a escolha do indicador. Por isso faz-se
essencial ter cautela em todas as etapas dentro de uma titulação, com o objetivo de
obter resultados satisfatórios e confiáveis.
4. CONCLUSÃO

Conclui-se que a volumetria de precipitação é uma técnica de análise química


que baseia-se na formação de um precipitado para determinar a concentração de
um íon específico em uma solução, os resultados são obtidos através da titulação a
qual é um procedimento utilizado para determinar a concentração em quantidade de
matéria de uma solução que contém um ácido ou uma base. No procedimento de
volumetria de precipitação realiza-se uma titulação para determinar a concentração
do ânion em uma solução desconhecida, esse processo envolve a reação do ânion
com um reagente específico o que leva a formação de um precipitado. Após a
titulação é possível analisar o ponto final da titulação, o qual é indicado pelo súbito
aparecimento ou desaparecimento de uma característica visual, como a mudança
de coloração ou a formação de um precipitado sólido. Os resultados dependem
sempre da precisão das técnicas de medição, os métodos e procedimentos
utilizados.
As curvas de titulação são importantes na química analítica para observar a
mudança do pH de uma solução de acordo que uma solução titulante ácida ou
básica foi adicionada a ela e a partir desta curva pode-se observar o seu ponto de
equivalência, região de inclinação máxima, escolha do indicador de pH,
determinação da concentração específica e precisão.
REFERÊNCIAS

DE ANDRADE, João Carlos. Química analítica básica: volumetria de precipitação.


Revista Chemkeys, v. 4, p. e022002-e022002, 2022.

RIBEIRO, Rafael; DA SILVA FERNANDES, Dhion Meyg. VOLUMETRIA DE


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DE ANDRADE, João Carlos. Química analítica básica: volumetria de


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Gráficos de curva de titulação | Química. Disponível em:
<https://profes.com.br/tira-duvidas/quimica/graficos-de-curva-de-titulacao/>.

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