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SEÇÃO ARTIGOS DE REVISÕES/REVIEW PAPERS

INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE TIPO 5: CONCEITOS E USO TERAPÊUTICO

PHOSPHODIESTERASE INHIBITORS TYPE 5: CONCEPTS AND THERAPEUTIC USE

Vanessa Rodrigues Vilela1*, Jurandir Fernando Comar1, Rosane Marina Peralta1, Adelar
Brach1
1
Departamento de Bioquímica, Universidade Estadual de Maringá, Maringá – PR, Brasil.
*Endereço para correspondência: Departamento de Bioquímica, Universidade Estadual de Maringá, CEP 87020-900,
Maringá – PR, Brasil. E-mail: vilelarvanessa@hotmail.com

RESUMO
As fosfodiesterases (PDEs) compreendem mais de 50 diferentes isoenzimas distribuídas em 11 famílias,
algumas são específicas e outras inespecíficas em relação à hidrólise de AMPc e/ou GMPc. Inibidores de
PDE5 têm sido utilizados com muita eficácia para o tratamento da disfunção erétil, entre eles destacam-se a
® ® ®
sildenafila (Viagra ), a vardenafila (Levitra ) e a tadalafila (Cialis ), cujas estruturas químicas são
semelhantes à do GMPc, um segundo mensageiro que juntamente com o AMPc participa de muitas vias de
sinalização celular. Assim, esta revisão bibliográfica teve por objetivo descrever os inibidores de PDE5 para
o tratamento da disfunção erétil e outras possibilidades de uso terapêutico. Para tanto, foi realizada uma
pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter exploratório, utilizando-se, dissertações, teses e artigos
disponíveis em diferentes bases de dados. Os resultados obtidos mostraram que os inibidores de PDE5
podem ser uma nova opção para outros tratamentos além da disfunção erétil, porém, seus efeitos no fígado
necessitam ser melhor investigados.
Palavras-Chave: fosfodiesterase 5; disfunção erétil; AMPc; GMPc; fígado.

ABSTRACT
Phosphodiesterases (PDEs) comprise over 50 different isoenzymes divided into 11 families that are specific
and unspecific with regard to hydrolysis of cAMP and / or cGMP. PDE 5 inhibitors have been used very
effectively for the treatment of erectile dysfunction, and sildenafil (Viagra ®), vardenafil (Levitra ®) and
tadalafil (Cialis ®) stand out among them, presenting chemical structures similar to cGMP, a second
messenger that together with cAMP participate in many signaling pathways. Thus, this review aimed to
describe PDE5 inhibitors for the treatment of erectile dysfunction and other possibilities of therapeutic use. A
qualitative and exploratory research was conducted, using dissertations, theses and articles available in
different databases. The results showed that PDE5 inhibitors may be a new option for treatments other than
erectile dysfunction, however its effects on the liver need to be further investigated.
Key Words: phosphodiesterase type 5; erectile dysfunction; cAMP; cGMP; liver.

DISTRIBUIÇÃO DAS Porém, os conhecimentos acumulado


FOSFODIESTERASES nos últimos anos, embora não mudem essa
Há algumas décadas acreditava-se concepção, ampliam consideravelmente
que existia uma única enzima nossa visão em relação à fosfodiesterase
fosfodiesterase, comum a todas as células (PDE). A começar que hoje é mais
do organismo, cuja inibição pelas xantinas apropriado usarmos a expressão
(cafeína, teofilina e teobromina) promovia fosfodiestares (PDEs), uma vez que as PDEs
elevação do monofosfato de adenosina compreendem mais de 50 diferentes
cíclico (AMPc). isoenzimas distribuídas em onze famílias
(PDE1 a PDE11), sendo responsáveis pela

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degradação intracelular do monofosfato de A Tabela 1 nos mostra que a
guanosina cíclico (GMPc) e AMPc . distribuição das PDEs nos tecidos é bastante
As diferentes fosfodiesterases estão heterogênea e que uma determinada PDE
distribuídas em diversos tipos de células e pode estar presente em diferentes tecidos.
tecidos (Tabela 1). Algumas isoenzimas são Tomemos por exemplo a PDE5 que além dos
específicas para o substrato AMPc (PDE4, corpos cavernosos está presente em
PDE7 e PDE8) ou GMPc (PDE5, PDE6 e plaquetas, músculo esquelético, liso vascular
PDE9), enquanto outras são inespecíficas e e visceral.
atuam sobre ambos substratos (PDE1,
PDE2, PDE3, PDE10 e PDE11) (1).

Tabela 1. Distribuição tecidual e características das isoenzimas fosfodiesterases em humanos.


PDE: fosfodiesterase; GMPc: monofosfato de guanosina cíclico; AMPc: monofosfato de adenosina
cíclico. (2).

Família Características Substrato Localização


Cérebro, coração, rim, fígado, músculo
Estimulada por
PDE 1 GMPc e AMPc esquelético, músculo liso vascular e
Ca +2/Calmodulina
visceral.
Fïgado, coração, músculo liso visceral
PDE 2 Estimulada por GMPc AMPc > GMPc
e músculo esquelético
Corpo cavernoso, coração, plaquetas,
PDE 3 Inibida por GMPc AMPc músculo liso vascular e visceral, fígado
e rim.
Rim, pulmão, mastócitos, coração
PDE 4 Específica para AMPc AMPc músculo esquelético, músculo liso e
visceral e vascular.
Corpo cavernoso, plaquetas músculo
PDE 5 Específica para GMPc GMPc esquelético, músculo liso e visceral e
vascular.
Específica para GMPc,
PDE 6 GMPc Retina.
Fotoreceptor
Músculo esquelético, coração e
PDE 7 Específica para AMPc AMPc
linfóciots.
Testículo, ovário, intestino baixo e
PDE 8 Específica para AMPc AMPc
cólon.
PDE 9 Específica para GMPc GMPc Baço, intestino e cérebro.
Hidrolisa GMPc, inibida
PDE 10 AMPc < GMPc Cérebro, testículo e tireoide.
por AMPc
Células esqueléticas, próstata, bexiga,
Ligação com dois
PDE 11 AMPc e GMPc células secretoras, testículos, fígado e
GMPc
rim.

INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE inibidoras, cada um com diferentes


O crescimento do interesse pelos características clínicas que possam atender
inibidores das PDEs nos últimos anos se às necessidades individuais.O primeiro
deve à efetividade dessas substâncias, mais fármaco dessa classe, a sildenafila (Viagra®),
especificamente os inibidores da PDE5, no foi seguido pelo lançamento da vardenafila
tratamento de disfunção erétil (3-8). Os (Levitra®), e mais recentemente da tadalafila
pacientes com disfunção erétil agora têm a (Cialis®) (9,10) (Figura 1)
opção de via oral PDE-5 terapêuticas

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Figura 1. Estrutura molecular do monofosfato de guanosina cíclico e inibidores da fosfodiesterase tipo 5.


GMPc: monofosfato de guanosina cíclico.

Os inibidores da PDE5 são análogos disfunção erétil (12,14). Além da idade e


estruturais do GMPc que promovem inibição fatores psicológicos, o desenvolvimento de
competitiva das fosfodiesterases com alta disfunção erétil ocorre como efeito
seletividade para a PDE5 (11), acarretando secundário de muitas patologias,
vasodilatação nos corpos cavernosos via principalmente aquelas relacionadas com
aumento do GMPc/óxido nítrico com grande disfunção endotelial, destacando-se as
efetividade na correção da disfunção erétil doenças cardiovasculares, hipertensão e
(10, 12-14). diabetes (7). Álcool, fumo e efeitos
Apesar de apresentarem o mesmo secundários a alguns tipos de medicamentos
mecanismo de ação e alta especificidade também são causas potenciais para o seu
para a PDE5, a sildenafila, vardenafila e desenvolvimento. A aterosclerose é a causa
tadalafila possuem diferentes tempos de de aproximadamente 50% dos casos de
ação, potência farmacológica e efeitos disfunção erétil (4,7) e o diabetes mellitus
clínicos. Outra diferença está na está associado com alta prevalência da
especificidade. A sildenafila e a vardenafila disfunção em idade precoce (6). A disfunção
apresentam, respectivamente, 10 e 15 vezes erétil é ainda um dos principais efeitos
maior especificidade pela PDE5 do que pela colaterais de fármacos antidepressivos que
PDE6 ocular, enquanto a especificidade da inibem a reabsorção de serotonina (8).
tadalafila é 700 vezes maior pela PDE5 do Uma vez que as causas da disfunção
que pela PDE6 (15). Esse fator explica o erétil são bastante variáveis, diferentes
menor efeito colateral ocular com tadalafila procedimentos são utilizados para o
(16). Porém, enquanto sildenafila e tratamento, tais como fármacos por
vardenafila possuem baixa afinidade pela diferentes vias, próteses, terapia
PDE11, a tadalafila é somente 5 vezes mais psicossexual, cirurgias da artéria ou veia
específica para PDE5 do que pela PDE11 peniana, entre outros. Os fármacos inibidores
(Bischoff, 2004). Dessa forma, esses 3 da enzima PDE5, sildenafila, vardenafila e
fármacos podem exercer algum efeito tadalafila, surgiram como tratamento de
adicional sobre outras vias sinalizadoras primeira linha para a disfunção erétil, pois
celulares. apresentam efeito satisfatório, facilidade de
administração, segurança, entre outros
FISIOLOGIA DA EREÇÃO E DISFUNÇÃO benefícios (3). Entretanto, para escolher o
ERÉTIL tratamento adequado para a disfunção erétil
A disfunção erétil é caracterizada pela é fundamental diagnosticar a sua causa e
incapacidade de se obter e manter uma compreender a fisiologia da ereção peniana.
ereção peniana suficiente para uma relação O processo de ereção ocorre pela
sexual satisfatória. A patologia afeta cerca de entrada e retenção de sangue nos corpos
200 milhões de homens em todo o mundo e cavernosos do pênis por meio de
a idade é a variável mais fortemente relaxamento da musculatura lisa trabecular e
associada com o desenvolvimento de vasodilatação das artérias que irrigam os

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corpos cavernosos. O aumento no fluxo de acetilcolina, que por sua vez estimula a
sangue arterial preenche os espaços das liberação de NO pelas células endoteliais no
trabéculas cavernosas, os quais se corpo cavernoso. O NO hidrofóbico permeia
expandem e comprimem as veias laterais as células da musculatura lisa e estimula a
penianas impedindo a saída do sangue e enzima citosólica guanilato ciclase, que
resultando em ereção do pênis. Esse converte GTP em GMPc, o segundo
processo é coordenado por meio de fatores mensageiro. O GMPc estimula proteína
neuronais e vasculares e o mecanismo está cinase dependente de GMPc (PKG), que
ilustrado na figura 2 (10, 13). O estímulo modifica a atividade de enzimas e canais
sexual (tato, visão, olfato) é transmitido aos iônicos por fosforilação. Esse processo
corpos cavernosos por meio de impulsos resulta em abertura de canais de potássio,
nervosos que chegam ao pênis via neurônios sequestro de cálcio no retículo
NANC (não-adrenérgicos e não-colinérgicos) endoplasmático e bloqueio do influxo de
e neurônios colinérgicos. O estímulo via cálcio extracelular. O resultado final é a
neurônios NANC resulta em liberação do redução na concentração citosólica de cálcio
mensageiro óxido nítrico (NO) nos terminais e, consequentemente, relaxamento das
dos axônios cavernosos e o estímulo células musculares lisas do corpo cavernoso,
colinérgico resulta em liberação de vasodilatação das artérias e ereção.

Neurônios colinérgicos

Neurônios NANC Células endoteliais

NO

Célula do músculo liso

Guanilato
ciclase

GTP
GMPc PKG
GMP

PDE5 Ereção
Ca+2 Relax
peniana

TADALAFILA
Figura 2. Mecanismo farmacológico da ereção peniana e ação da tadalafila. NO: óxido nítrico; PKG:
proteína quinase dependente de GMPc; NANC: não-adrenérgico e não-colinérgico; PDE5: fosfodiesterase
tipo 5; Relax: relaxamento.

Na ausência do estímulo sexual, manter elevado os níveis de GMPc formados


caem os níveis de NO e diminui a formação pelo estímulo sexual. Entretanto, esses
de GMPc. Os níveis de GMPc são fármacos só estimulam a ereção na presença
adicionalmente reduzidos pela enzima do estímulo, ou seja, quando ocorrem
fosfodiesterase, que degrada o GMPc à aumentos nos níveis de NO e GMPc (10).
GMP. Dessa forma, a ereção só ocorre na
presença do estímulo sexual. A sildenafila, USO TERAPÊUTICO DOS INIBIDORES DE
vardenafila e tadalafila facilitam e prolongam FOSFODIESTERASE
a ereção por inibir as enzimas A presença da PDE5 em outros
fosfodiesterases e, consequentemente, tecidos e células, além dos corpos

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cavernosos, ajuda-nos a compreender não FOSFODIESTERASES E AMPC E/OU GMPC
apenas alguns efeitos colaterais, mas NO FÍGADO
também o fato de o uso terapêutico dos O fígado é um órgão metabólico por
inibidores de fosfodiesterase não ser restrito excelência e as vias sinalizadoras
ao tratamento da disfunção erétil. dependentes de AMPc e GMPc são
Uma vez que a enzima PDE5 também utilizadas para regular diversas vias do
é encontrada em outros tecidos, como o metabolismo energético hepático. A
músculo liso visceral e vascular, a ação glicogenólise e gliconeogênese são
dilatadora dos fármacos desse tipo tem sido estimuladas no fígado por aumentos na
utilizada para o tratamento da hiperplasia concentração de AMPc em resposta aos
prostática benigna e hipertensão arterial hormônios epinefrina e glucagon (27, 28).
pulmonar (17, 18). Estudos recentes vêm Experimentos com hepatócitos isolados de
demonstrando ainda que um dos inibidores ratos demonstraram que o NO inibe a síntese
de PDE5 como a tadalafila apresenta: a) e estimula a oxidação hepática de ácidos
efeito cardioprotetor ao reduzir o tamanho do graxos de forma dependente de GMPc e
infarto induzido em ratos por injúria de PKG (29). A participação do AMPc e GMPc
isquemia/reperfusão do miocárdio (19-21), b) nas vias sinalizadoras hepáticas é ainda
proteção contra perda auditiva (22), c) reforçada pela presença de diferentes
melhora da captação de glicose em isoenzimas da fosfodiesterase neste tecido:
pacientes diabéticos por aumentar tanto a PDE1, PDE2, PDE3 e PDE11 (Tabela 1).
secreção de insulina quanto a sensibilidade à Contudo, embora seja considerado um
insulina (23, 24). Em relação a pacientes inibidor específico da PDE5, a sildenafila
diabéticos e/ou portadores de síndrome apresenta efeitos sobre o metabolismo
metabólica, o uso de inibidores de PDEs hepático, o que sugere que esse fármaco
como a tadalafila tem apresentado resultados atue nas PDE1, PDE2, PDE3 e PDE11. Em
promissores (23, 25). Além disso, foi concordância, a sildenafila inibiu a
recentemente demonstrado que a inibição da gliconeogênese a partir de alanina em
PDE5 no cérebro melhora a consolidação da hepatócitos isolados de ratos (30) e a
memória rápida de informações sobre administração de sildenafila intraperitoneal
objetos (26). inibiu a glicogenólise hepática em ratos (31).
Ao mesmo tempo em que a ampla Considerando também que os
distribuição da PDE5 contribui para a fármacos inibidores da PDE5, por serem
ampliação dos efeitos biológicos dos administrados por via oral, atuam
fármacos, é importante enfatizar que a diretamente no fígado antes de apresentar
possibilidade deles inibirem outras PDEs efeitos sistêmicos, é importante destacar a
deve ser considerada. Por exemplo, a PDE6 relação fosfodiesterases/ segundos
está presente exclusivamente na retina dos mensageiros AMPc e GMPc e metabolismo
olhos e distúrbios visuais podem ocorrer hepático.
como efeito colateral do tratamento. Ainda, a
inibição das fosfodiesterases que são
inespecíficas em relação ao substrato podem AGRADECIMENTOS
também aumentar a concentração Agradecemos ao apoio financeiro do
intracelular de AMPc e afetar as vias de Conselho Nacional de Desenvolvimento
sinalização dependente de AMPc (11). Científico e Tecnológico (CNPq).

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