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2 – ASE09P04
Objetivos oxidativo, principalmente intensificando sua
atividade intracelular.
1. Descrever fatores antioxidantes endógenos e
exógenos que ajudam na homeostasia, saúde VITAMINA A
mental e retardo no processo de envelhe-
Seu uso, seja na forma pré-formada ou de
cimento (exercício físico e alimentação).
carotenoides ainda é duvidosa. Os resultados dos
estudos divergem, mas sabe-se que doses
Antioxidantes moderadas de vitamina A reduzem a densidade
mineral óssea e altas doses podem ser
hepatotóxicas ou teratogênicas. O questionamento
São substâncias que, em baixas concentrações em
de hoje é se fatores genéticos influenciariam o
relação a um substrato, atrasam ou impedem sua
benefício ou não da suplementação vitamínica, o
oxidação. Pode ocorrer por dois mecanismos:
que explicaria a variabilidade de resultados.
Interrupção das reações em cadeia dos VITAMINA C
radicais livres por meio da doação de um íon
hidrogênio a outras substâncias sem perder Seus estudos são inconclusivos, pois, ela
estabilidade; demonstrou, além de ação antioxidante, in vitro,
Reação direta com radicais livres, transpor- atividades pró-oxidantes. Os estudos feitos, de
tando posteriormente o resíduo da reação. forma geral, não encontraram relação entre
suplementação de vitamina C e eventos do
Existem dois sistemas interconectados de envelhecimento.
antioxidantes, são eles:
VITAMINA D
Sistema Não Enzimático de micronutrientes:
constituído de substâncias de baixo peso Foi encontrada uma associação de baixos níveis de
molecular como glutationa, ubiquinona, 25 (OH) vitamina D e risco de fraturas, doença
carnosina, ácido úrico, bilirrubina e vitaminas cardiovascular, câncer colorretal, diabetes melito
E, C, A e provitamina A. tipo 2, humor deprimido, declínio cognitivo e
Sistema Enzimático: formado pela glutationa mortalidade. Estudos clínicos randomizados não
peroxidase (GPx), catalase (CAT) e superóxido demonstraram que a suplementação de vitamina D
dismutase (SOD). melhoraria a condição de saúde, exceto em pessoas
com alto risco de quedas.
No envelhecimento, são observadas alterações
biológicas e funcionais que interferem na Os resultados das pesquisas são conflitantes: em
alimentação e nutrição do idoso. Ocorre um estudo duplo-cego controlado com 2256
comprometimento da mastigação e deglutição, mulheres com mais de 70 anos que receberam
aumento do tecido adiposo, redução da massa doses de vitamina D observou-se aumento de
muscular, da água corporal total, perda de olfato e quedas e fraturas.
paladar, diminuição da produção de pepsina e VITAMINA E
ácido clorídrico com redução da digestão de
alimentos e deficiência de absorção de diversos Em um dos estudos feitos, mulheres que
nutrientes. consumiram por mais de 2 anos suplementos de
vitamina E apresentaram menor risco de doença
Existem duas vias básicas para explicar o impacto coronária, feitos ajustes para idade, tabagismo,
das ERO no envelhecimento, são elas: outros fatores de risco cardiovasculares e
Via que afeta a quantidade de ERO em todo nutrientes com propriedades antioxidantes.
organismo ou tecidos estratégicos, podendo ser Porém, é importante observar que em alguns
a via de produção de ERO e a via de limpeza estudos ocorreram malefícios, incluindo aumento
de ERO. da morte por AVE, risco para câncer de pulmão em
Via que repara ou promove turnover de populações suscetíveis e risco de câncer de
estruturas que sofrem danos por ERO, como próstata em homens previamente saudáveis.
DNA, lipídios e proteínas.
OLIGOELEMENTOS
O foco das terapias antioxidantes é reduzir a
formação de espécies reativas de oxigênio ou de Atuam como cofatores e não antioxidantes em si.
aperfeiçoar o sistema de defesa contra o estresse Estudos utilizando zinco demonstraram redução dos
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marcadores de estresse oxidativo e inflamação nos No coração do idoso ocorre perda progressiva dos
indivíduos suplementados, além de apresentar miócitos, devido a um declínio progressivo da
relação inversa com o desenvolvimento de doenças habilidade de duplicação das células-tronco
cardiometabólicas. cardíacas. Entretanto, observa-se aumento de seu
volume celular. A diminuição da capacidade
Em relação ao selênio, a faixa terapêutica é muito
contrátil causa aumento do coração que esconde a
estreita, o que impõe cuidado na suplementação
atrofia das células contráteis. As câmaras
pelo risco de toxicidade, mas não foram observados
cardíacas dilatas e o coração senil são
efeitos cardiovasculares nem na mortalidade por
hipertróficos e há redução progressiva do número
todas as causas.
de células do nódulo sinusal, além de perdas de
AMINOÁCIDOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS fibras na bifurcação do feixe de His. Daí a maior
chance de arritmias.
A glutaiona peroxidase (maior antioxidante
endógeno) tem como substrato a glutationa (GSH) ESTRUTURAS CARDIOVASCULARES
e a síntese endógena de GSH depende dos estoques
ALTERADAS
de glutamina, cisteína, ornitina, prolina e
glutamato presentes em fígado, músculos, Contração prolongada; Diminuição do VO2 ;
pulmões, rins, células do sistema imunológico, Diminuição da resposta Diminuição dos
glóbulos vermelhos e do TGI. beta-adrenérgica; barorreflexos
arteriais;
A suplementação de glutamina na recuperação de Aumento da rigidez Aumento do fluxo
doenças pode ser decorrente do suporte à mucosa miocárdica e vascular; simpático;
intestinal, ao sistema imunológico, à biossíntese de Controle do Sistema Diminuição do fluxo
glutationa e a um possível efeito na resposta Nervoso Autônomo; vagal.
inflamatória endógena. MANTIDAS
Esses mecanismos devem-se provavelmente à Contratilidade Miocárdica;
atenuação da produção de mediadores pró- Fluxo Sanguíneo coronariano;
inflamatórios e/ou à regulação de fatores Vasoconstrição alfa-adrenérgica mediada;
inflamatórios e seu papel na liberação de insulina Controle do Sistema Nervoso Autônomo;
pelo pâncreas. Devido a essas razões, a glutamina Barorreflexos cardiopulmonares.
tem sido considerada um agente coadjuvante
importante no tratamento de enfermidades que ESTRUTURA CARDÍACA
levam a estados hipermetabólicos. Ademais, os
Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo;
efeitos da glutamina no sistema imune e na
Aumento da PA dependente da idade;
barreira intestinal são importantes para a
prevenção da septicemia. Aumento no Número e Na espessura das fibras
colágenas;
Na população idosa, poucos estudos foram Diminuição da massa ventricular esquerda (nos
realizados com suplementação oral de glutamina, muito velhos);
nos que foram feitos, não se observou melhora na Acúmulo de Proteína Amiloide;
capacidade antioxidante e ocorreu ainda discreta Endocárdio e Valvas: Aumento de Lipofuscina,
alteração da função renal com 14 dias de Fibrose, Lipídios e Calcificação;
suplementação. Miocárdio: Aumento de Lipofuscina, Fibrose,
Em relação ao ômega-3 os estudos não são Amiloidose, Apoptose, Miosina isoenzima beta,
conclusivos, pois apesar da sua atenuação na Mutações Genéticas e Redução de Tecido
prevenção de doenças cardiovasculares, eles Conjuntivo.
oxidam mais prontamente podendo aumentar o ESTRUTURA ARTERIAL
estresse oxidativo.
Aumento da rigidez da parede arterial,
2. Descrever as principais alterações fisiológicas principalmente na camada média, onde perde-
no envelhecimento dos sistemas respiratório se elasticidade (Diferente da aterosclerose,
e cardiovascular (arteriosclerose). onde compromete-se a túnica íntima);
Aumento de Diâmetro e Espessura da parede
Sistema Cardiovascular arterial.
Dilatação da aorta e grandes artérias;
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↑ do Nº de fibras ↑ da tensão da duração da sobrevivência da espécie em termos de
colágenas na parede parede arterial; disfunção imunológica programada.
arterial;
↓ do conteúdo de ↑ da resistência Teoria neuroendócrina: em combinação com a
glicoproteína; periférica; teoria ligada ao cruzamento, forneceria
↑ da mineralização ↑ da pressão explicações para muitas alterações cardíacas
da elastina; sistólica do pulso; próprias do envelhecimento.
↑ da rigidez arterial; ↑ da PA média; O sistema cardiovascular sofre significativa
redução de sua capacidade funcional com o
PARÂMETROS FUNCIONAIS envelhecimento. Em repouso, contudo, o idoso não
A sensibilidade ao Sistema Nervoso Autônomo não apresenta redução importante do débito cardíaco,
é uniforme, podendo estar preservada em um local mas em situações de maior demanda, tanto
e comprometida em outro. fisiológicas (exercício) como patológicas, os
mecanismos para a sua manutenção podem falhar,
Existe marcante diminuição na resposta do sistema resultando em processos isquêmicos.
cardiovascular a estimulação beta-adrenérgica com
consequente diminuição da frequência cardíaca Com o avanço da idade, o coração e os vasos
máxima. sanguíneos apresentam alterações morfológicas e
teciduais, mesmo na ausência de qualquer doença,
A fração de ejeção ventricular esquerda, em caracterizando o coração senil ou presbicárdia.
repouso, não está alterada no idoso saudável,
porém em resposta ao exercício ela está diminuída ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
em relação ao adulto jovem. PERICÁRDIO
Apesar de vários estudos terem demonstrado que Modificações discretas, decorrentes do desgaste
fatores genéticos, dislipidemias, diabetes e vida
progressivo, sob forma de espessamento difuso,
sedentária são os principais fatores de risco para
particularmente nas cavidades esquerdas do
doença coronária, hipertensão arterial,
coração, sendo comum o aumento da taxa de
insuficiência cardíaca e AVE, a idade se configura
gordura epicárdica.
como principal fator de risco cardiovascular.
ENDOCÁRDIO
Apesar de muitos idosos não apresentarem doenças
evidentes, frequentemente apresentam Espessamento e opacidade no coração esquerdo,
comorbidades, doenças subclínicas, alterações com proliferação das fibras colágenas e elásticas,
funcionais e anatômicas que agem modificando a fragmentação e desorganização destas com perda
estrutura cardiovascular, facilitando a atuação dos da disposição uniforme habitual, devido à
mecanismos fisiopatológicos das doenças. hiperplasia irritativa resultante da longa
turbulência sanguínea.
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
CARDIOVASCULAR MIOCÁRDIO
Observa-se progressiva redução dos espaços dos O desequilíbrio entre mediadores da resposta
discos intervertebrais com o desenvolvimento de imunológica atrasa sua ativação e prolonga reações
cifose. Essa alteração na curvatura do tórax reduz inflamatórias, provocando aumento de morbidade
espaços intercostais, interferindo na e de mortalidade nessa faixa etária notadamente
expansibilidade pulmonar e na capacidade após infecções, exposições ambientais e agressões
volumétrica torácica. sistêmicas.
TIPO III: Lesão vascular envolvendo dano a camada 3) Resposta Inflamatória Contínua.
média, que estimula importante trombose, A inflamação é desencadeada pelo acúmulo de
resultando em síndromes coronarianas instáveis ou cristais de colesterol e ácidos graxos livres em
outro evento aterosclerótico (dependendo da macrófagos e outras células. Essas células
localização). percebem a presença de materiais anormais,
Uma placa ateromatosa consiste em uma lesão produzem citocinas pró-inflamatórias (IL-1) para
elevada com centro mole e grumoso de lipídios recrutar leucócitos como linfócitos T que produzem
(colesterol e ésteres do colesterol), coberta por citocinas e quimiocinas recrutadoras e ativadoras
uma capa fibrosa. de mais células inflamatórias.
Eutanásia
Eutanásia Ativa: se caracteriza pelo ato de
provocar a morte por fins misericordiosos, sem
sofrimento do paciente.
Em 1605, Francis Bacon, definiu o termo como Eutanásia Passiva: não iniciação de ação
alívio do sofrimento de pacientes terminais. médica ou interrupção de uma medida
Origina-se do grego (eu, bem, thánatos, morte), extraordinária, objetivando abrandar o
podendo ser traduzida como “Boa morte”, ou seja, sofrimento, seguida de morte do paciente.
sem dor ou sofrimento desnecessário. A eutanásia é permitida na Holanda desde 2001,
A eutanásia ocorre quando há antecipação do fim porém não significa que está totalmente liberada.
da vida, geralmente por razões humanísticas, na Ao contrário, em 1º lugar, ela limita-se a um ato
tentativa de eximir o paciente de um sofrimento médico; em 2º lugar, o ato é submetido a 7
progressivo prolongado. condições como doença incurável que causa
sofrimento ao paciente; o pedido do candidato à
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eutanásia deve ser voluntário e refletido, no qual A filosofia dos cuidados paliativos deve:
cada caso deve ser analisado e preencher os
1. Afirmar a vida e encarar o morrer como um
requisitos da lei.
processo normal;
No Brasil, o ordenamento jurídico é contrário à 2. Não apressar nem adiar a morte;
prática da eutanásia, considerando-a crime pela 3. Procurar aliviar a dor e outros sintomas
legislação penal que afirma: “Se o autor do crime angustiantes;
agiu por compaixão, a pedido da vítima, para lhe 4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais
abreviar o sofrimento físico insuportável, em razão nos cuidados do paciente;
de doença grave: pena-reclusão, de 3 a 6 anos.” 5. Oferecer um sistema de apoio para ajudar os
pacientes a viver ativamente tanto quanto