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1 - Explique o que, de acordo com Popper, é requerido para que uma teoria seja
aceite pelos cientistas.
2 - Leia o texto.
Nenhum empreendimento de solução de enigmas pode existir a menos que os
seus praticantes partilhem critérios que, para esse grupo e para essa época,
determinem quando é que um enigma particular foi resolvido. Os mesmos
critérios determinam necessariamente o fracasso em obter uma solução, e quem
quer que tenha de escolher poderá ver nesse fracasso o fiasco de uma teoria
submetida à prova. [Mas] normalmente […] não se vê assim o assunto. Só o
praticante é censurado, não os seus instrumentos. Mas em circunstâncias
especiais que provocam uma crise na profissão (por exemplo, um grande
fracasso, ou fracassos repetidos dos profissionais mais brilhantes), a opinião do
grupo pode mudar. Um fiasco que anteriormente fora pessoal pode então acabar
por parecer o insucesso de uma teoria submetida a testes.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 331-332
De acordo com Kuhn, como se explica a passagem da ciência normal para
a ciência extraordinária?
Na sua resposta:
– esclareça as noções de ciência normal e de ciência extraordinária;
– integre adequadamente a informação do texto.
3. Leia o texto.
[Para uns,] a comunidade científica avança com base em argumentação sólida
sustentada por indícios empíricos sólidos. De acordo com eles, o estilo de
raciocínio promovido pela ciência, modelado pelo método científico, é o estilo
que melhor contribui para o conhecimento. [...]
[Outros, porém,] comparam [...] a substituição de uma teoria científica dominante
numa área de investigação a uma conversão religiosa. A comunidade científica
não é um agente racional coletivo que, de uma maneira objetiva, pesa razões a
favor e contra teorias concorrentes.
L. Bortolotti, Introdução à Filosofia da Ciência, Lisboa, Gradiva, 2008, pp. 210-
211 (adaptado)
Compare, a partir do texto, as perspetivas de Popper e de Kuhn acerca da
objetividade da ciência.