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2. Leia o texto seguinte.

O método da discussão crítica não estabelece coisa alguma. […] O mais que consegue fazer– e
que realmente faz – é chegar ao veredicto de que uma determinada teoria [científica] parece
ser a melhor que está disponível […], parece resolver grande parte do problema que pretende
resolver e sobreviveu a testes rigorosos.

K. Popper, O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70, 2009, p. 175 (adaptado)

Como é que Popper justifica que o método da discussão crítica não estabeleça coisa alguma?

Na sua resposta,

– explicite os aspetos relevantes da perspetiva falsificacionista de Popper;

– integre adequadamente a informação do texto.

3. Popper entende que todas as proposições científicas são falsificáveis.

E será que todas as proposições falsificáveis são científicas? Justifique a sua resposta, tendo em conta a

perspetiva de Popper.

3. Leia o texto.

[Para uns,] a comunidade científica avança com base em argumentação sólida sustentada por indícios
empíricos sólidos. De acordo com eles, o estilo de raciocínio promovido pela ciência, modelado pelo
método científico, é o estilo que melhor contribui para o conhecimento. [...] [Outros, porém,] comparam
[...] a substituição de uma teoria científica dominante numa área de investigação a uma conversão
religiosa. A comunidade científica não é um agente racional coletivo que, de uma maneira objetiva, pesa
razões a favor e contra teorias concorrentes.

L. Bortolotti, Introdução à Filosofia da Ciência, Lisboa, Gradiva, 2008, pp. 210-211 (adaptado)

Compare, a partir do texto, as perspetivas de Popper e de Kuhn acerca da objetividade da ciência.

2. Explique o que, de acordo com Popper, é requerido para que uma teoria seja aceite pelos
cientistas.

2. Leia o texto.

As repetidas observações e experiências funcionam como testes das nossas conjeturas ou hipóteses, isto
é, como tentativas de refutação.

K. Popper, Conjeturas e Refutações, Coimbra, Almedina, 2003, p. 82


Apresente uma crítica à tese de Popper enunciada no texto. Na sua resposta, comece por explicar essa

Tese.

2. Leia o texto seguinte.

A ciência começa com a observação, afirma Bacon […].

Proponho-me substituir esta fórmula baconiana por outra. A ciência […] começa por problemas,

problemas práticos ou problemas teóricos.

K. Popper, O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70, 2009, p. 161

Concorda com a perspetiva de Popper expressa no texto? Justifique a sua resposta.

Na sua resposta, deve:

− identificar o problema discutido;

− apresentar inequivocamente a sua posição;

− argumentar a favor da sua posição

9. Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da natureza das teorias
científicas.

1. As teorias científicas são refutáveis e conjeturais.

2. A função da experiência consiste em verificar ou em confirmar as teorias científicas.

3. As teorias científicas surgem, por indução, a partir de factos e de observações simples.

4. O critério de cientificidade de uma teoria é a sua falsificabilidade.

Deve afirmar-se que

(A) 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.

(B) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.

(C) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.

(D) 3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos.

3. Leia o texto seguinte.

Texto F
Aquilo em que nós acreditamos (bem ou mal) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein sejam
verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, [...] podendo ser superadas por outras melhores.

Karl Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1997

Concorda com a posição de Popper relativamente ao problema da evolução da ciência?

Justifique a resposta, fundamentando a sua posição em, pelo menos, duas razões.

3. Leia o texto seguinte.

Texto E

[…] Se dos dados da observação vulgar se conclui que «todos os corpos caem», a generalização indutiva
consistiu somente em considerar permanente uma relação ocasionalmente conhecida, o que levou,
consequentemente, a procurar a justificação causal dessa permanência e a falar de gravidade. Quando,
no mesmo domínio, se concluiu da experiência, por exemplo, que «todos os corpos caem no vácuo com
igual velocidade», e se determinou a velocidade da queda livre, a indução generalizou um dado
experimental, elevando-o à categoria de relação constante.

Vieira de Almeida, «A Crise Socrática», in Obra Filosófica II, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1987

3.1. Identifique as duas vantagens da indução a partir dos «dados da observação vulgar» a que o texto

faz referência.

3.2. Exponha uma crítica de Popper à conceção indutivista do método científico.

3. Compare a perspetiva de Popper com a perspetiva de Kuhn acerca do conhecimento científico.

Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:

− a questão da objetividade do conhecimento científico;

− a questão da verdade na ciência

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