Você está na página 1de 10

BOLETIM RELATIVO A ASSUNTOS MÉDICOS/CIENTÍFICOS

Procedimentos de teste de amostras alternativas


Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra

Exclusão de responsabilidade: Este documento, elaborado pelo Departamento de Assuntos Médicos/


Científicos da Cepheid, é fornecido aos clientes da Cepheid como cortesia para fornecer orientação
sobre questões relativas ao teste de tipos de amostras alternativos com o Xpert MTB/RIF e, quando
aplicável, com o teste Xpert MTB/RIF Ultra. A Cepheid não recomenda a realização de testes com tipos
de amostras alternativos (ou seja, tipos de amostras não incluídos na documentação do produto) com
ensaios autorizados pela FDA ou pela CE-IVD sem a devida validação, mas reconhece a necessidade
médica desse tipo de teste para alguns pacientes. As orientações seguintes referenciam procedimentos
e estudos publicados que foram validados independentemente pelos autores do estudo. Se optar por
usar o Xpert MTB/RIF com tipos de amostras alternativos, é responsabilidade do seu laboratório validar
o ensaio para cada tipo de amostra alternativo, de acordo com a legislação europeia, nacional e local.*

Contexto

Em seguida, é descrita a sinopse da utilização pretendida dos testes Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra (o
texto varia ligeiramente nas versões CE-IVD e US-IVD):

Os testes Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra executados no sistema GeneXpert® são testes de diagnóstico
in vitro qualitativos, de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real nested, destinados à deteção
do ADN do complexo Mycobacterium tuberculosis em expetoração em estado natural ou em sedimentos
concentrados de expetoração preparados a partir de expetoração induzida ou espontânea. Em amostras
onde o complexo M. tuberculosis (complexo MTB) é detetado, os testes Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra
também detetam as mutações do gene rpoB associadas à resistência à rifampicina.

Os testes Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra destinam-se a ser utilizados com amostras de pacientes com
suspeita clínica de tuberculose (TB) e que não tenham recebido terapêutica antituberculose ou com menos de
3 dias de terapêutica. Estes testes destinam-se a servir como um meio auxiliar no diagnóstico da tuberculose
pulmonar quando utilizados em conjunto com resultados clínicos e outros resultados laboratoriais.

Os testes Xpert MTB/RIF devem ser utilizados em conjunto com a cultura de micobactérias para lidar com o
risco de resultados falsos negativos e recuperar organismos quando o complexo de MTB estiver presente,
para posterior caracterização e teste de suscetibilidade a fármacos. Contudo, não é necessário aguardar os
resultados das culturas para tomar decisões relativas à remoção de pacientes do isolamento para infeções
transmitidas por via aérea. A amostra de expetoração espontânea deve ser representativa das secreções do
trato respiratório inferior e devem ter um aspeto purulento (não saliva). A colheita das amostras deve ocorrer sob
supervisão de profissionais de saúde e com participação ativa do paciente para facilitar a colheita de amostras
de qualidade, que são fundamentais para o diagnóstico de tuberculose pulmonar.

CE-IVD. Dispositivo médico para diagnóstico in vitro


US-IVD. Para utilização em diagnóstico in vitro
*Esta orientação aplica-se às versões US-IVD e CE-IVD do Xpert MTB/RIF e à versão CE-IVD do Xpert MTB/RIF Ultra

A better way.
Os testes Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra não fornecem confirmação da suscetibilidade à rifampicina,
pois podem existir mecanismos de resistência à rifampicina para além dos detetados por estes dispositivos, os
quais podem estar associados à falta de resposta clínica ao tratamento.

Os resultados de amostras que contenham ADN do complexo MTB e mutações do gene rpoB associadas à
resistência à rifampicina detetados pelos testes Xpert MTB/RIF devem ser confirmados por um laboratório de
referência e podem requerer testes de suscetibilidade a fármacos adicionais. Se for confirmada a presença de
mutações do gene rpoB associadas à resistência à rifampicina, as amostras devem ser igualmente testadas
relativamente à presença de mutações genéticas associadas à resistência a outros fármacos.

O teste Xpert MTB/RIF só deve ser executado em laboratórios que sigam as práticas de segurança de acordo
com as publicações “CDC Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories and Guidelines for Safe
Work Practices in Human and Animal Medical Diagnostic Laboratories”1 e os regulamentos nacionais ou
regionais aplicáveis ou os recomendados pela Organização Mundial de Saúde no “Tuberculosis laboratory
biosafety manual.”2

Orientações para os testes

Esta orientação está dividida em duas secções: a primeira fornece tabelas de resumo do desempenho dos
testes Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra utilizando vários tipos de amostras, conforme descrito na literatura,
e para tuberculose extrapulmonar. Para a maioria dos estudos, os dados de desempenho são fornecidos
utilizando a cultura como padrão de referência ou um padrão de referência clínica composto, quando aplicável
ou largamente aceite pela comunidade médica. Alguns estudos incluídos eram meta-análises e podem
incluir o padrão de referência clínica e os testes microbiológicos como padrão de referência. Os leitores são
incentivados a consultar as notas de rodapé e as referência bibliográficas para obter informações detalhadas
sobre os estudos incluídos.

A segunda secção fornece informações sobre o processamento de amostras que não são de expetoração
utilizando o ensaio Xpert MTB/RIF. Deve salientar-se novamente que os leitores são incentivados a consultar as
notas de rodapé e as referências bibliográficas relativas aos tipos de amostras e estudos específicos para obter
mais informações.

Nota: Todas as manipulações de amostras “não de expetoração” que contenham microrganismos viáveis
devem ser efetuadas numa câmara de segurança biológica.

Secção 1: Tabelas de resumo do desempenho do Xpert MTB/RIF e Xpert MTB/RIF Ultra


AVALIAÇÃO DO XPERT MTB/RIF EM AMOSTRAS “NÃO DE EXPETORAÇÃO”
Condição ou tipo de Sensibilidade/Especificidade
amostra* Comentários (com referências)
Causa mais comum de tuberculose extrapulmonar.3 Nos
estudos foram utilizados aspirados de tecidos e gânglios Sensibilidade: 84%-96%
Tuberculose ganglionar
linfáticos. A descontaminação rigorosa pode produzir Especificidade: 70%-99%3-12
resultados de culturas negativos.3
A segunda causa mais comum de tuberculose
extrapulmonar.3 É frequentemente utilizado um padrão de
referência composto. Nos estudos foram utilizados líquido Sensibilidade: 15%-63,6%
Tuberculose pleural
pleural e tecido pleural; a OMS recomenda amostras de Especificidade: 97%-100% 3, 4, 6, 13-21
biopsia/tecido; não se recomendam testes de rotina de
líquido pleural.4

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 2
Condição ou tipo de Sensibilidade/Especificidade
amostra* Comentários (com referências)
Doença paucibacilar devastadora. Maiores volumes Sensibilidade: 55%-88%
Meningite tuberculosa de LCR e amostras concentradas melhoram o Especificidade: 93%-99%3, 4, 6, 11, 16, 20,
desempenho.3 22-27

Sensibilidade: 48%-95% (menor


sensibilidade quando utilizado para
Pode utilizar-se urina para identificar a tuberculose
Tuberculose geniturinária/ identificar a tuberculose pulmonar
geniturinária ou ajudar no diagnóstico de tuberculose
Urina em pacientes VIH+ com contagens
pulmonar em casos de coinfeção pelo VIH.3
elevadas de CD4)
Especificidade: 86%-99%3, 16, 28-33
Fluido/aspirado
Pode ser utilizado em pacientes com pouca expetoração,
broncoalveolar (Nota: os Sensibilidade: 60%-93%
pacientes negativos para AFB ou cuja expetoração não
lavados brônquicos não são Especificidade: 73%-98% 6, 34-39
seja considerada uma amostra ideal.3, 34
uma amostra adequada)

Tuberculose Pode ser utilizado em amostras de osso, ou tecido ou Sensibilidade: 67%-97%


musculoesquelética líquido articular. Especificidade: 83%-100%3, 40, 41

Sensibilidade: 22%-100%
Utilizados para identificar a tuberculose pulmonar em (desempenho inferior em crianças
Aspirados gástricos
crianças. com menos de 4 anos)42
Especificidade: 70%-99%42-47
Utilizadas para identificar a tuberculose pulmonar
em crianças. Estão disponíveis muitos métodos de Sensibilidade: 81%-86%
Fezes
processamento, que, provavelmente, influenciam o Especificidade: 94%-100%48-51
desempenho.
Antes de testar, é necessário remover a parafina, o
Tecido fixado com formalina e Sensibilidade: 30%-35%
que pode ser tecnicamente difícil. Utilizado em várias
embebido em parafina Especificidade: 78%-94%52
condições.

AVALIAÇÃO DE XPERT MTB/RIF ULTRA EM AMOSTRAS “NÃO DE EXPETORAÇÃO”*


Sensibilidade/Especificidade
Condição ou tipo de amostra Comentários (com referências)
Adultos infetados pelo VIH; o Sensibilidade: 70% para meningite tuberculosa
LCR prospetivo volume de amostra preferido foi provável ou definitiva; Especificidade: 95% com um
6 ml. padrão de referência composto53
Amostras respiratórias (inclusive lavado
Todas as amostras foram negativas Melhoria global de 45,6% na sensibilidade utilizando
broncoalveolar) e não respiratórias
no Xpert MTB/RIF e positivas na Xpert MTB/RIF Ultra vs. Xpert MTB/RIF. Melhoria de
(gânglios linfáticos, biopsias, fluido
cultura. Amostras armazenadas 40,6% com Xpert MTB/RIF Ultra em amostras não
cavitário, aspirado gástrico e urina)
durante um período de 4 anos. respiratórias.54
congeladas sem identificação

Resultados de amostras com cultura positiva:


A sensibilidade do Xpert MTB/RIF Ultra vs. Xpert
Amostras frescas, “não de São fornecidos apenas os dados de
MTB/RIF foi de 83,7% e 67,4%, respetivamente. A
expetoração” amostras com cultura positiva.
especificidade do Xpert MTB/RIF Ultra e Xpert MTB/
RIF foi de 92,0% e 96,0%, respetivamente.55

Foram incluídas amostras com


cultura positiva. Para a análise
da especificidade foram incluídas
Amostras de tuberculose
amostras clínicas com cultura Sensibilidade de 75,9% e especificidade de 100%.56
extrapulmonar armazenadas
negativa (40) e amostras positivas
para micobactérias não causadoras
de tuberculose (20).

*Aquando da redação deste documento, os estudos que tinham utilizado o ensaio MTB/RIF Ultra eram limitados. São aqui fornecidos
os dados de estudos publicados e, quando relevante, comparações com o ensaio MTB/RIF.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 3
Secção 2. Protocolos de processamento de amostras revistos por pares

Esta secção fornece informações sobre o processamento de amostras “não de expetoração” utilizando
apenas o ensaio Xpert® MTB/RIF. Devido à literatura limitada sobre a utilização do ensaio Ultra com amostras
“não de expetoração”, não são fornecidos neste documento procedimentos específicos para o ensaio Ultra.

2.1 Protocolo para LCR57

O método ideal para o processamento de LCR utilizando o Xpert MTB/RIF depende do volume da amostra
disponível para teste. Amostras de LCR sanguinolentas e xantocrómicas podem produzir resultados
falsos negativos no Xpert MTB/RIF devido à inibição da PCR. Sempre que possível, as amostras devem
ser transportadas e armazenadas entre 2 °C e 8 °C antes do processamento. O tempo máximo para
armazenamento e processamento é de sete dias.

Se houver mais de 5 ml de LCR disponível para teste:


• Transfira a amostra de LCR para um tubo de centrífuga cónico e concentre a amostra a 3000x g durante
15 minutos.
• Verta cuidadosamente o sobrenadante através de um funil para um recipiente de eliminação que
contenha fenol a 5% ou outro desinfetante micobactericida. Certifique-se de que deixa aproximadamente
0,5 ml de sobrenadante no tubo para assegurar que o precipitado (“pellet”) se mantenha intacto.

Nota: O LCR concentrado deve ser decantado numa câmara de segurança biológica.

• Ressuspenda o precipitado até um volume final de 2 ml, adicionando o reagente de amostra Xpert
MTB/RIF. Misture a suspensão do precipitado no agitador de vórtex para garantir que nenhuma parte
da suspensão fica aderente aos lados ou ao fundo do tubo. Após sete a oito minutos de incubação à
temperatura ambiente, misture a amostra no vórtex uma segunda vez, conforme indicado no folheto
informativo do Xpert MTB/RIF. Incube durante mais sete a oito minutos (15 minutos de incubação total) à
temperatura ambiente.
• Identifique um cartucho Xpert MTB/RIF com o número de identificação da amostra.
• Utilize uma pipeta de transferência nova para transferir 2 ml da amostra de LCR ressuspendida para o
cartucho Xpert MTB/RIF.
• Coloque o cartucho no sistema GeneXpert®, seguindo as instruções do fabricante.

Se houver 1 ml–5 ml de LCR disponível:


• Adicione um volume igual de reagente de amostra ao LCR. Misture a amostra e o reagente de amostra no
agitador de vórtex, conforme descrito anteriormente. Após sete a oito minutos à temperatura ambiente,
misture a amostra no agitador de vórtex uma segunda vez. Incube durante mais sete a oito minutos
(15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da mistura da amostra diretamente ao cartucho Xpert MTB/RIF.
• Coloque o cartucho no sistema GeneXpert, seguindo as instruções do fabricante.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 4
Se houver 0,1 ml–1 ml de LCR disponível
• Adicione reagente de amostra suficiente à amostra de LCR para obter um volume final de 2 ml. Misture
a amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex, conforme descrito anteriormente. Após sete a
oito minutos à temperatura ambiente, misture a amostra no agitador de vórtex uma segunda vez. Incube
durante mais sete a oito minutos (15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione os 2 ml da mistura da amostra diretamente ao cartucho Xpert® MTB/RIF.
• Coloque o cartucho no sistema GeneXpert, seguindo as instruções do fabricante.

Se houver menos de 0,1 ml de LCR disponível


• Esse é um tamanho de amostra insuficiente para teste usando o Xpert MTB/RIF.

2.2 Protocolo para gânglios linfáticos e outros tecidos (colheita estéril)57

Nota: Todas as manipulações devem ser executadas numa câmara de segurança biológica.

• Corte a amostra de tecido em pequenos pedaços num almofariz, homogeneizador ou triturador de tecidos
estéril utilizando pinça e tesoura estéreis.
• Adicione aproximadamente 2 ml de solução salina tamponada com fosfato (PBS) estéril.
• Triture a solução de tecido e PBS com um almofariz e pilão (ou num homogeneizador ou triturador de
tecidos) até obter uma suspensão homogénea.
• Utilize uma pipeta de transferência para colocar aproximadamente 0,7 ml do tecido homogeneizado num
tubo cónico com tampa de rosca estéril.

Nota: Evite transferir quaisquer grumos de tecido que não tenham sido devidamente homogeneizados.

• Utilize uma pipeta de transferência para duplicar o volume da amostra com reagente de amostra Xpert
MTB/RIF (ou seja, adicione 1,4 ml do reagente de amostra a 0,7 ml de tecido homogeneizado).
• Agite o tubo vigorosamente 10 a 20 vezes ou leve ao agitador de vórtex durante pelo menos 10 segundos.
• Incube o reagente de amostra durante 10 minutos à temperatura ambiente e depois agite vigorosamente a
amostra mais 10 a 20 vezes ou misture-a no agitador de vórtex durante pelo menos 10 segundos.
• Incube a amostra à temperatura ambiente durante mais cinco minutos.
• Utilize uma pipeta de transferência nova para transferir 2 ml da amostra processada para o cartucho Xpert
MTB/RIF. Coloque o cartucho no sistema GeneXpert, seguindo as instruções do fabricante.

Nota: Para amostras não colhidas da forma estéril, o manual da OMS sugere um protocolo de
descontaminação com NaOH/concentração similar ao utilizado para expetoração.57

2.3 Amostras de osso e articulações40, 58


• Obtenha 1 ml de amostra purulenta e misture-a com 2 ml de reagente de amostra.
• Misture a amostra no agitador de vórtex durante pelo menos 10 segundos e, em seguida, incube à
temperatura ambiente durante 10 minutos. Misture por mais 10 segundos no agitador de vórtex e incube à
temperatura ambiente durante cinco minutos.
• Adicione 2 ml da mistura ao cartucho Xpert MTB/RIF e coloque o cartucho no instrumento de acordo com
as instruções do fabricante.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 5
2.4 Aspirados brônquicos obtidos com broncoscópio de fibra ótica ou lavados broncoalveolares36, 38
Com 5 ml-10 ml:
• Descontamine a amostra com N-acetil-cisteína-NaOH a 2% e concentre-a por centrifugação a 3000x g
durante 15-20 minutos. Elimine o sobrenadante, deixando apenas cerca de 0,5 ml, e ressuspenda
o precipitado em 0,5 ml-1 ml de líquido, como PBS.
• Adicione o reagente de amostra numa razão de 2:1 ao precipitado ressuspendido.
• Misture a amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex. Após sete a oito minutos à temperatura
ambiente, proceda a um segundo passo de mistura no agitador de vórtex. Incube durante mais sete a oito
minutos (15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da amostra tratada com reagente de amostra ao cartucho Xpert® MTB/RIF e coloque o
cartucho no instrumento de acordo com as instruções do fabricante.

2.5 Amostras de fezes


Por altura da redação deste documento, vários grupos estavam a avaliar o processamento de amostras de
fezes para diagnóstico de tuberculose pulmonar em crianças. Indicamos aqui um protocolo, mas poderão
existir outros eficazes.50

• Dilua aproximadamente 2 mm3 de fezes em 10 ml de água estéril, tape bem o tubo e misture vigorosamente
no agitador de vórtex para produzir uma suspensão uniforme.
• Deixe a suspensão repousar à temperatura ambiente durante 15 minutos para sedimentação das partículas.
• Aspire a totalidade do sobrenadante para um tubo de centrífuga cónico e centrifugue a 3000x g durante
20 minutos.
• Remova o sobrenadante e ressuspenda o sedimento em 1 ml-3 ml de solução salina tamponada com
fosfato, dependendo do número de testes adicionais a executar na amostra.
• Misture 1 ml do sedimento ressuspendido com 2 ml de reagente de amostra da Cepheid. Misture a
amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex. Após sete a oito minutos à temperatura ambiente,
proceda a um segundo passo de mistura no agitador de vórtex. Incube durante mais sete a oito minutos
(15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da amostra tratada com reagente de amostra ao cartucho Xpert MTB/RIF e coloque o
cartucho no instrumento de acordo com as instruções do fabricante.

2.6 Aspirados gástricos46


• Neutralize 5 ml de aspirado gástrico com um volume igual de bicarbonato de sódio a 1% estéril. Caso a
amostra não vá ser imediatamente testada, congele a uma temperatura ≤ -20 °C.
• Descongele a amostra (se tiver sido previamente congelada), homogeneíze e faça a respetiva digestão em
N-acetil-L-cisteína-NaOH-citrato de Na a 1,5% (concentração final de 1,5%); misture no agitador de vórtex
durante 30 segundos.
• Incube a amostra durante 15 minutos à temperatura ambiente, seguida pela neutralização com solução
salina tamponada com fosfato (PBS); em seguida, centrifugue a 4000x g durante 15 minutos.
• Elimine o sobrenadante e ressuspenda o sedimento em 2 ml de PBS.
• Para testes no Xpert MTB/RIF, adicione 1,5 ml de reagente de amostra a 0,5 ml do sedimento concentrado.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 6
• Misture a amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex. Após sete a oito minutos à temperatura
ambiente, misture a amostra no agitador de vórtex uma segunda vez. Incube durante mais sete a oito
minutos (15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da amostra tratada com reagente de amostra ao cartucho Xpert® MTB/RIF e coloque o
cartucho no instrumento de acordo com as instruções do fabricante.

2.7 Amostras de urina29, 30


• Obtenha 2 ml de urina não diluída e não processada. Centrifugue a urina a 3000x g durante 15 minutos,
remova o sobrenadante e ressuspenda o precipitado em 0,75 ml de solução salina tamponada com fosfato.
• Adicione o reagente de amostra numa razão de 2:1 ao precipitado de urina.
• Misture a amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex. Após sete a oito minutos à temperatura
ambiente, misture a amostra no agitador de vórtex uma segunda vez. Incube durante mais sete a oito
minutos (15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da amostra tratada com reagente de amostra ao cartucho Xpert MTB/RIF e coloque o
cartucho no instrumento de acordo com as instruções do fabricante.
• Para amostras de urina congeladas (30 ml-40 ml de volume), descongele e centrifugue a amostra a
3000x g durante 15 minutos.
• Retire cuidadosamente o sobrenadante, certificando-se de que retém o precipitado; guarde ~1 ml de
sobrenadante.
• Pegue no precipitado e ressuspenda-o em 0,75 ml do sobrenadante guardado.
• Adicione o reagente de amostra numa razão de 2:1 à urina ressuspendida.
• Misture a amostra e o reagente de amostra no agitador de vórtex. Após sete a oito minutos à temperatura
ambiente, misture a amostra no agitador de vórtex uma segunda vez. Incube durante mais sete a oito
minutos (15 minutos de incubação total) à temperatura ambiente.
• Adicione 2 ml da amostra tratada com reagente de amostra ao cartucho Xpert MTB/RIF e coloque o
cartucho no instrumento de acordo com as instruções do fabricante.

2.8 Amostras fixadas com formalina e embebidas em parafina59


• Adicione xileno, seguido por mistura no agitador de vórtice e incubação a 65 °C durante 20 min para
desparafinizar as amostras.
• Centrifugue as amostras a 13 000 rpm durante cinco minutos. Elimine o sobrenadante.
• Ressuspenda os precipitados em tampão de digestão (Tris-HCl 50 mM pH 7,5, EDTA 10 mM,
dodecilssulfato de sódio (SDS) a 0,5%, NaCl 50 mM, 300 mg/ml de proteinase K) e incube a 37 °C em
condições de oscilação durante 24 horas.
• Incube a amostra a 95 °C durante 10 minutos para inativar a proteinase K.
• Combine a amostra com 2 ml de reagente de amostra da Cepheid e incube à temperatura ambiente
durante 15 minutos. Agite duas vezes durante esse período.
• Transfira/pipete o sobrenadante para o cartucho e execute o teste.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 7
REFERÊNCIAS
1 Miller JM, et al. Guidelines for safe work practices in human and animal medical diagnostic laboratories. MMWR Surveill Summ, 2012. 6(61):1-102.

2 Tuberculosis Laboratory Biosafety Manual. 2012, Geneva: World Health Organization 2012.

3 Kohli M, et al. Xpert. Cochrane Database Syst Rev, 2018. 8:CD012768.

4 Automated Real-Time Nucleic Acid Amplification Technology for Rapid and Simultaneous Detection of Tuberculosis and Rifampicin Resistance:
Xpert MTB/RIF Assay for the Diagnosis of Pulmonary and Extrapulmonary TB in Adults and Children: Policy Update. 2013, Geneva: World Health
Organization 2013.

5 Tadesse M, et al, GeneXpert MTB/RIF Assay for the Diagnosis of Tuberculous Lymphadenitis on Concentrated Fine Needle Aspirates in High
Tuberculosis Burden Settings. PLoS One, 2015. 10(9):e0137471.

6 Tadesse M, et al. Xpert MTB/RIF assay for the diagnosis of extrapulmonary tuberculosis: a diagnostic evaluation study. Clin Microbiol Infect, 2018.

7 Coetzee L, et al. Rapid diagnosis of pediatric mycobacterial lymphadenitis using fine needle aspiration biopsy. Pediatr Infect Dis J, 2014.
33(9):893-6.

8 Biadglegne F, et al. Diagnostic performance of the Xpert MTB/RIF assay for tuberculous lymphadenitis on fine needle aspirates from Ethiopia.
Tuberculosis (Edinb), 2014. 94(5):502-5.

9 Ablanedo-Terrazas Y, et al. Xpert MTB/RIF for diagnosis of tuberculous cervical lymphadenitis in HIV-infected patients. Laryngoscope, 2014.
124(6):1382-5.

10 Ligthelm LJ, et al. Xpert MTB/RIF for rapid diagnosis of tuberculous lymphadenitis from fine-needle-aspiration biopsy specimens. J Clin Microbiol,
2011. 49(11):3967-70.

11 Denkinger CM, et al. Xpert MTB/RIF assay for the diagnosis of extrapulmonary tuberculosis: a systematic review and meta-analysis. Eur Respir J,
2014. 44(2):435-46.

12 Maynard-Smith L, et al. Diagnostic accuracy of the Xpert MTB/RIF assay for extrapulmonary and pulmonary tuberculosis when testing non-
respiratory samples: a systematic review. BMC Infect Dis, 2014. 14:709.

13 Christopher DJ, et al. Thoracoscopic pleural biopsy improves yield of Xpert MTB/RIF for diagnosis of pleural tuberculosis. Respirology, 2018.
23(7):714-717.

14 Tyagi S, et al. Challenges in pleural tuberculosis diagnosis: existing reference standards and nucleic acid tests. Future Microbiol, 2017.
12:1201-1218.

15 Christopher DJ, et al. Performance of Xpert MTB/RIF on pleural tissue for the diagnosis of pleural tuberculosis. Eur Respir J, 2013. 42(5):1427-9.

16 Li Y, et al. Rapid diagnosis of extrapulmonary tuberculosis with Xpert Mycobacterium tuberculosis/rifampicin assay. J Med Microbiol, 2017.
66(7):910-914.

17 Lusiba JK, et al. Evaluation of Cepheid’s Xpert MTB/Rif test on pleural fluid in the diagnosis of pleural tuberculosis in a high prevalence HIV/TB
setting. PLoS One, 2014. 9(7):e102702.

18 Meldau R, et al. Comparison of same day diagnostic tools including Gene Xpert and unstimulated IFN-γ for the evaluation of pleural tuberculosis: a
prospective cohort study. BMC Pulm Med, 2014. 14:58.

19 Porcel JM, et al. Xpert® MTB/RIF in pleural fluid for the diagnosis of tuberculosis. Int J Tuberc Lung Dis, 2013. 17(9):1217-9.

20 Rakotoarivelo R, et al. Evaluation of the Xpert MTB/RIF assay for the diagnosis of smear-negative pulmonary and extrapulmonary tuberculosis in
Madagascar. Int J Infect Dis, 2018. 69:20-25.

21 Rufai SB, et al. Performance of Xpert MTB/RIF Assay in Diagnosis of Pleural Tuberculosis by Use of Pleural Fluid Samples. J Clin Microbiol, 2015.
53(11):3636-8.

22 Chaidir L, et al. Microbiological diagnosis of adult tuberculous meningitis in a ten-year cohort in Indonesia. Diagn Microbiol Infect Dis, 2018.
91(1):42-46.

23 Heemskerk AD, et al. Improving the microbiological diagnosis of tuberculous meningitis: A prospective, international, multicentre comparison of
conventional and modified Ziehl-Neelsen stain, GeneXpert, and culture of cerebrospinal fluid. J Infect, 2018. 77(6):509-515.

24 Metcalf T, et al. Evaluation of the GeneXpert MTB/RIF in patients with presumptive tuberculous meningitis. PLoS One, 2018. 13(6):e0198695.

25 Nhu NT, et al. Evaluation of GeneXpert MTB/RIF for diagnosis of tuberculous meningitis. J Clin Microbiol, 2014. 52(1):226-33.

26 Patel VB, et al. Diagnostic accuracy of quantitative PCR (Xpert MTB/RIF) for tuberculous meningitis in a high burden setting: a prospective study.
PLoS Med, 2013. 10(10):e1001536.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 8
27 Rufai SB, et al. Diagnostic usefulness of Xpert MTB/RIF assay for detection of tuberculous meningitis using cerebrospinal fluid. J Infect, 2017.
75(2):125-131.

28 Altez-Fernandez C et al. Diagnostic accuracy of nucleic acid amplification tests (NAATs) in urine for genitourinary tuberculosis: a systematic review
and meta-analysis. BMC Infect Dis, 2017. 17(1):390.

29 Gupta-Wright A et al. Rapid urine-based screening for tuberculosis in HIV-positive patients admitted to hospital in Africa (STAMP): a pragmatic,
multicentre, parallel-group, double-blind, randomised controlled trial. Lancet, 2018. 392(10144):292-301.

30 Lawn SD et al. Rapid microbiological screening for tuberculosis in HIV-positive patients on the first day of acute hospital admission by systematic
testing of urine samples using Xpert MTB/RIF: a prospective cohort in South Africa. BMC Med, 2015. 13:192.

31 Pang Y et al. GeneXpert MTB/RIF assay in the diagnosis of urinary tuberculosis from urine specimens. Sci Rep, 2017. 7(1):6181.

32 Peter JG, et al. The diagnostic accuracy of urine-based Xpert MTB/RIF in HIV-infected hospitalized patients who are smear-negative or sputum
scarce. PLoS One, 2012. 7(7):e39966.

33 Samuel BP, et al. Efficacy and role of Xpert. Indian J Urol, 2018. 34(4):268-272.

34 Pan X, et al. A Comprehensive Evaluation of Xpert MTB/RIF Assay With Bronchoalveolar Lavage Fluid as a Single Test or Combined With
Conventional Assays for Diagnosis of Pulmonary Tuberculosis in China: A Two-Center Prospective Study. Front Microbiol, 2018. 9:444.

35 Gowda NC, et al. Evaluation of Xpert. Lung India, 2018. 35(4):295-300.

36 Le Palud P, et al. Retrospective observational study of diagnostic accuracy of the Xpert® MTB/RIF assay on fiberoptic bronchoscopy sampling for
early diagnosis of smear-negative or sputum-scarce patients with suspected tuberculosis. BMC Pulm Med, 2014. 14:137.

37 Mok Y, et al. Do we need transbronchial lung biopsy if we have bronchoalveolar lavage Xpert® MTB/RIF? Int J Tuberc Lung Dis, 2016. 20(5):619-24.

38 Theron G, et al. Accuracy and impact of Xpert MTB/RIF for the diagnosis of smear-negative or sputum-scarce tuberculosis using bronchoalveolar
lavage fluid. Thorax, 2013. 68(11):1043-51.

39 To KW, et al. Utility of GeneXpert in analysis of bronchoalveolar lavage samples from patients with suspected tuberculosis in an intermediate-
burden setting. J Infect, 2018. 77(4):296-301.

40 Li Y, et al. Diagnostic efficiency of Xpert MTB/RIF assay for osteoarticular tuberculosis in patients with inflammatory arthritis in China. PLoS One,
2018. 13(6):e0198600.

41 Wen H, et al. Diagnostic accuracy of Xpert MTB/RIF assay for musculoskeletal tuberculosis: a meta-analysis. Infect Drug Resist, 2017. 10:299-305.

42 Bunyasi EW, et al. Evaluation of Xpert® MTB/RIF Assay in Induced Sputum and Gastric Lavage Samples from Young Children with Suspected
Tuberculosis from the MVA85A TB Vaccine Trial. PLoS One, 2015. 10(11):e0141623.

43 Bates M, et al. Assessment of the Xpert MTB/RIF assay for diagnosis of tuberculosis with gastric lavage aspirates in children in sub-Saharan Africa:
a prospective descriptive study. Lancet Infect Dis, 2013. 13(1):36-42.

44 Das A, et al. Evaluation of Xpert MTB/RIF Assay for Diagnosis of Tuberculosis in Children. J Trop Pediatr, 2019. 65(1):14-20.

45 Myo K, et al. Evaluation of Xpert. Int J Tuberc Lung Dis, 2018. 22(9):1051-1055.

46 Pang Y, et al. Evaluation of the Xpert MTB/RIF assay in gastric lavage aspirates for diagnosis of smear-negative childhood pulmonary tuberculosis.
Pediatr Infect Dis J, 2014. 33(10):1047-51.

47 Singh M, et al. Xpert(®) MTB/RIF assay for the diagnosis of pulmonary tuberculosis in children. Int J Tuberc Lung Dis, 2016. 20(6):839-43.

48 Banada PP, et al. A Novel Sample Processing Method for Rapid Detection of Tuberculosis in the Stool of Pediatric Patients Using the Xpert MTB/
RIF Assay. PLoS One, 2016. 11(3):e0151980.

49 Hillemann D, et al. Rapid molecular detection of extrapulmonary tuberculosis by the automated GeneXpert MTB/RIF system. J Clin Microbiol, 2011.
49(4):1202-5.

50 Kokuto H, et al. Detection of Mycobacterium tuberculosis (MTB) in Fecal Specimens From Adults Diagnosed With Pulmonary Tuberculosis Using
the Xpert MTB/Rifampicin Test. Open Forum Infect Dis, 2015. 2(2):ofv074.

51 Moussa HSh, et al. Gene Xpert for Direct Detection of Mycobacterium Tuberculosis in Stool Specimens from Children with Presumptive Pulmonary
Tuberculosis. Ann Clin Lab Sci, 2016. 46(2):198-203.

52 Polepole P, et al. Performance of the Xpert MTB/RIF assay in the diagnosis of tuberculosis in formalin-fixed, paraffin-embedded tissues. Int J
Mycobacteriol, 2017. 6(1):87-93.

53 Bahr NC, et al. Diagnostic accuracy of Xpert MTB/RIF Ultra for tuberculous meningitis in HIV-infected adults: a prospective cohort study. Lancet
Infect Dis, 2018. 18(1):68-75.

Procedimentos de teste de amostras alternativas Xpert® MTB/RIF e Xpert® MTB/RIF Ultra | PÁGINA 9
54 Bisognin F, et al. Improvement of Mycobacterium tuberculosis detection by Xpert MTB/RIF Ultra: A head-to-head comparison on Xpert-
negative samples. PLoS One, 2018. 13(8):e0201934.

55 Wu X, et al. Assessment of the Xpert MTB/RIF Ultra assay on rapid diagnosis of extrapulmonary tuberculosis. Int J Infect Dis, 2019. 81:91-96.

56 Perez-Risco D, et al. Evaluation of the Xpert MTB/RIF Ultra Assay for Direct Detection of Mycobacterium tuberculosis Complex in Smear-
Negative Extrapulmonary Samples. J Clin Microbiol, 2018. 56(9).

57 Xpert MTB/RIF Implementation Manual: Technical and Operational ‘How-To’; Practical Considerations. 2014, Geneva: World Health
Organization 2014.

58 Gu Y, et al. Xpert MTB/RIF and GenoType MTBDRplus assays for the rapid diagnosis of bone and joint tuberculosis. Int J Infect Dis, 2015.
36:27-30.

59 Rindi L, et al. Detection of Mycobacterium tuberculosis from paraffin-embedded tissues by GeneXpert MTB/RIF. Tuberculosis (Edinb), 2017.
106:53-55.

SEDE DA EMPRESA SEDE EUROPEIA www.Cepheid.com


904 Caribbean Drive Vira Solelh
Sunnyvale, CA 94089 EUA 81470 Maurens-Scopont França
+1.888.336.2743
NÚMERO GRATUITO TELEFONE +33.563.82.53.00
TELEFONE+1.408.541.4191 FAX +33.563.82.53.01
FAX +1.408.541.4192

0568-02P

Você também pode gostar