Você está na página 1de 30

Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural

Prevenção de acidentes com máquinas


agrícolas NR-31.12
Como você está utilizando as máquinas agrícolas? Está atento
aos cuidados necessários ou age instintivamente? Neste curso,
será abordada a prevenção de acidentes com máquinas e
implementos agrícolas, e as maneiras mais adequadas e seguras
de agir. Você conhecerá a norma de segurança para máquinas
agrícolas e como identificar os riscos, símbolos universais e
adesivos de segurança. Receberá, ainda, noções de primeiros
socorros e verá a importância da utilização de EPIs e EPCs.

Este curso tem

20 horas
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural

Prevenção de acidentes com máquinas


agrícolas NR-31.12

SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO

Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua
87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62)
3412-2700 / 3412-8701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/

Gestão de Riscos em Saúde e


Segurança no Trabalho Rural
Presidente do Conselho Deliberativo
José Mário Schreiner

Titulares do conselho Administrativo


Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e
Tiago Freitas de Mendonça.

Suplentes do conselho Administrativo


Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva,
Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.

Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa

Gestora
Rosilene Jaber Alves

Coordenação
Fernando Couto de Araújo

Consultor Técnico
Arthur Eduardo Alves de Toledo

IEA - instituto de estudos avançados s/s


Conteudista – Andres Brito

Tratamento de linguagem e revisão


IEA – instituto de estudos avançados s/s

Diagramação e projeto gráfico


IEA – instituto de estudos avançados s/s
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Apresentação

Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-


31.12

Fonte: Shutterstock

Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.

Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.

Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.

Módulo 1 - Princípios gerais de segurança com máquinas e implementos agrícolas // 6


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.

Para atingir estes objetivos, o curso está dividido em seis módulos:


• Módulo 1: Princípios gerais de segurança com máquinas agrícolas.

• Módulo 2: Estudo da Norma NR-31.12 – Segurança no trabalho em máquinas e implemen-


tos agrícolas.

• Módulo 3: Conhecendo a simbologia em máquinas e implementos agrícolas.

• Módulo 4: Estudo da sinalização de segurança de máquinas e implementos agrícolas.

• Módulo 5: Segurança na operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas.

• Módulo 6: Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs.

Estudo de caso

Este é o Rodolfo, funcionário experiente de uma


grande fazenda. Ele já participou dos cursos 1 e 2
deste programa, mas se este for o seu primeiro cur-
so, não se preocupe, você também poderá usufruir
das dicas de Rodolfo. Ele é um grande conhecedor
de segurança do trabalho na agricultura, por isso,
foi convidado para contar algumas histórias sobre
prevenção de acidentes com agrotóxicos. Sempre
que ele aparecer, fique atento, pois estudaremos
um caso importante que requer a sua reflexão.

Agora, é só começar. Aproveite bem o conteúdo!

Módulo 1 - Princípios gerais de segurança com máquinas e implementos agrícolas // 7


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Módulo 6
Noções de primeiros socorros e a importância do uso
dos EPIs

Fonte: Shutterstock

Chegamos ao último módulo do curso 3. Durante todo o curso, você teve a oportunidade de saber mais
sobre a prevenção de acidentes com máquinas agrícolas e discutir sobre quais são as maneiras mais
adequadas e seguras de evitar acidentes com máquinas e implementos agrícolas. Além disso, você
aprendeu como identificar os riscos, e interpretar os símbolos universais e adesivos de segurança.

Agora, neste módulo, você obterá noções de primeiros socorros, informações acerca da importância da
utilização de EPIs e EPCs, e os princípios básicos de prevenção de incêndio. O conteúdo está dividido
da seguinte forma:
• Aula 1: Medidas indicadas em caso de acidentes.
• Aula 2: Equipamentos de proteção individual e coletiva.
• Aula 3: Princípios básicos de prevenção de incêndio.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 3


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Aula 1

Medidas indicadas em caso de acidentes


Quando acontece um acidente, a primeira medida a ser tomada é a realização dos primeiros so-
corros. Esses cuidados emergenciais são prestados imediatamente e provisoriamente por qual-
quer pessoa que tenha um pouco de conhecimento técnico. Por isso, é muito importante partici-
par de treinamentos de primeiros socorros e se manter sempre atualizado.

Para fazer o atendimento, o primeiro passo é ter iniciativa, pois tomar as providências neces-
sárias rapidamente pode salvar uma vida. A iniciativa pode ser avaliar o local e afastar novos
perigos, verificar as condições da vítima como o pulso, respiração, local e tipo de ferimento ou
até mesmo fazer uma ligação e avisar uma autoridade competente, principalmente se a pessoa
que está prestando o socorro não se sentir segura para resolver a situação. O importante é agir
dentro de suas capacidades físicas e mentais. Entrar em pânico pode piorar a situação e não irá
contribuir em nada para resolver a situação.

O socorrista também deve ter criatividade, pois nem sempre no campo poderá contar com todos
os utensílios para a prestação de primeiros socorros. Assim, é necessário que o socorrista seja
criativo e identifique possíveis materiais para serem utilizados em caso de o acidente ocorrer em
local distante ou de difícil acesso. Outro ponto importante para o socorrista é ter solidariedade
e estar disposto a fazer o atendimento, independentemente de quem tenha sofrido o acidente.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 4


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Veja agora o que fazer nestes três tipos de acidentes:

Cobras

O primeiro passo é acalmar a vítima e evitar que ela se movi-


mente, o ideal é mantê-la em repouso. Se for possível, colocar
o membro atingido em posição elevada. Essa posição, além de
manter a pessoa em repouso, também faz com que a força da
gravidade diminua a circulação do sangue. Deve-se lavar o lo-
cal da picada com água e sabão e transportar a vítima para uma
unidade de saúde.

O primeiro procedimento é não fazer torniquete ou garrote, essa prática não impede que o
veneno seja absorvido e ainda dificulta a circulação, podendo causar necrose e gangrena.
Também não é recomendado fazer incisões (cortes) no local, tentar extrair o veneno sugan-
do o local da picada, aplicar medicamentos que possam dificultar o diagnóstico da vítima e
ingerir bebidas alcoólicas.

Quando possível, identificar o animal causador do ataque, pois existem soros específicos
para cada tipo. No Brasil, são encontrados quatro gêneros de serpentes peçonhentas. Três
delas ocorrem em Goiás, são eles os gêneros Bothrops – jararacas e jararacuçu, Crotalus –
cascavel, e Micrurus – coral verdadeira. O outro gênero encontrado no Brasil é o Lachesis,
mas em Goiás não há a ocorrência.

A maior quantidade de acidentes ocorre com serpentes do gênero Bothrops, cerca de 85 a


90% dos casos. O gênero Crotalus é responsável por cerca de 10 a 15% e as serpentes do
gênero Micrurus são responsáveis por menos de 1% dos casos de acidentes.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 5


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Insetos

Podem representar um perigo para os operadores de máquinas agríco-


las, principalmente as abelhas. Em caso de picadas desses insetos, as
medidas indicadas são extrair os ferrões, colocar gelo ou água gelada,
lembrar de retirar alianças e joias, devido ao inchaço, e se forem muitas
picadas, procurar um médico.

Aranhas e escorpiões

As medidas são lavar o local com água e sabão. É recomendado procurar


um atendimento médico, pois a picada desses animais pode causar dor
intensa, sensação de ardência e, nos casos mais graves, taquicardia, suo-
res, enjoos, vômitos e queda de pressão.

As medidas em caso de ferimentos superficiais são lavar o ferimento com água e sabão, proteger
o ferimento com gaze ou pano limpo, não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do
ferimento e não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante, por exemplo, sal, açúcar ou pó
de café.

Se os ferimentos forem profundos, as medidas indicadas são cobrir o ferimento com pano limpo
e usar técnicas para cessar hemorragia (curativo compressivo), não lavar para não aumentar o
risco de hemorragia, não remover objetos fixados no ferimento para não agravar a situação e
providenciar transporte de emergência.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 6


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Aula 2

Equipamentos de proteção individual e coletiva

Fonte: Shutterstock

O equipamento de proteção individual é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado


pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saú-
de no trabalho. Devem ser usados quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente
comprovadas inviáveis, quando não oferecerem completa proteção contra os riscos decorrentes
do trabalho, ou enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para
atender a situações de emergência.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 7


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser pos-


to à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.

O Ministério do Trabalho e Emprego desenvolve ensaios de equipamento de proteção individual


em laboratórios credenciados, e somente depois de aprovados nesses ensaios são emitidos os
certificados de aprovação. Cabe ao trabalhador rural usar aqueles que forem indicados para as
finalidades a que se destinarem e zelar pela sua conservação.

Os EPIs devem ser usados de maneira correta e apropriada a cada fun-


ção. A não utilização dos EPIs pode resultar em incidentes ou acidentes
no trabalho. Entende-se como incidente aquele evento ocorrido durante o
trabalho ou em relação ao trabalho, em que a pessoa envolvida não sofre
EPIs
lesões corporais e/ou perdas materiais, e requer somente primeiros socor-
ros. E por acidente do trabalho, o evento ocorrido durante o trabalho ou
em relação ao trabalho, que causa uma lesão profissional mortal ou não
mortal (OIT, 2001).

As maiores reclamações quanto ao uso de EPIs são dos desconfortos por eles proporcionados.
Para tanto, devem ser fornecidos os EPIs de tamanho adequado a cada trabalhador, e concedi-
das também instruções quanto ao seu uso correto.

Para a utilização de alguns EPIs que causarem desconforto térmico e exigirem maior esforço físi-
co, os trabalhos podem ser organizados, quando possível, para serem desenvolvidos no período
da manhã ou no final da tarde.

É preciso controlar a entrega dos EPIs mediante registro formal. Nesse recibo, devem ser discri-
minados os EPIs entregues ao trabalhador.

Para cada trabalhador rural deve ser elaborada uma Ficha de Distribuição e Controle de EPIs.
Essa ficha visa atender aos controles administrativos e aos aspectos legais, pois além do termo

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 8


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

de responsabilidade, são nela discriminados os tipos de EPIs requisitados e as datas de entrega


e substituição.

O empregador é responsável por adquirir os equipamentos de proteção individual adequados aos


riscos enfrentados pelos trabalhadores, e mantê-los em perfeito estado de conservação e funcio-
namento. Ainda, o empregador deve fornecer ao trabalhador somente o equipamento com Cer-
tificado de Aprovação (CA); orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a
conservação dos EPIs; exigir e controlar o seu uso, nesse caso, o empregador fica responsável
por monitorar se o equipamento está ou não sendo utilizado, não bastando apenas entregá-lo e
confiar que o trabalhador irá utilizá-lo; e controlar a higienização e manutenção periódica dos EPIs
junto aos trabalhadores, substituindo-os imediatamente se forem danificados ou extraviados.

É de responsabilidade do empregador comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer


irregularidade observada nos equipamentos adquiridos. Se o empregador adquirir um equipa-
mento que apresenta má qualidade, ele deve se pronunciar junto ao Ministério do Trabalho e
Emprego para que haja uma análise e, se necessário, o cancelamento do CA.

O empregado também tem responsabilidades. Ele deve utilizar o EPI apenas para a finalidade
a que se destina, higienizar, guardar e conservar os equipamentos. Deve também comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso e cumprir as determinações do
empregador quanto ao uso adequado dos EPIs.

A definição de quais equipamentos serão necessários para realizar determinada tarefa depende-
rá de uma avaliação de riscos. Essa avaliação determinará os riscos ou perigos a que o trabalha-
dor está exposto e com base nisso serão definidas as medidas a serem tomadas, dentre elas, a
escolha dos EPIs. De uma maneira geral, os EPIs mais utilizados na proteção de operadores de
máquinas são botas de couro, com solado antiderrapante e com biqueira de aço; máscara semi-
facial de tecido tipo P-2 descartável, para as situações em que seja necessário evitar a inalação
de poeira, vapores e partículas tóxicas; protetor auricular tipo plug ou concha, camisa de mangas
compridas, óculos de segurança com proteção UV; óculos transparente para as situações de pou-
ca luminosidade, em barracões, oficinas e também durante as manutenções da máquina.

Muitos trabalhadores têm dificuldade e até mesmo resistência a usar os EPIs e essa situação só
pode ser mudada com a conscientização. Uma das resistências mais comuns é a utilização dos
protetores auriculares, que devem sempre ser utilizados quando o nível de ruído ultrapassar oi-

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 9


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

tenta e cinco decibéis (85 dBA). O protetor irá agir limitando o ruído. Os abafadores (tipo concha)
e protetores internos (tipo plug) mais comuns, utilizados para o trabalho com máquinas agríco-
las, reduzem entre vinte e um a trinta e um decibéis.

Vamos apresentar a importância da utilização desse equipamento. Para tanto, é necessário en-
tender um pouco sobre como nós conseguimos ouvir, e conhecer algumas estruturas do nosso
sistema auditivo.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 10


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Sistema auditivo humano


Como podemos ver, são diversas as estruturas que compõe o nosso sistema auditivo, mas uma
delas sofre danos cumulativos e irreversíveis, a saber, a cóclea. Vamos entender como isso
acontece.

Diagrama do ouvido médio e das divisões internas da cóclea, representando a direção da passagem do som.
Fonte: MIROL, 2002.

Neste diagrama, podemos perceber o caminho que o som faz dentro do nosso sistema auditivo.
Primeiro ele passa pelo tímpano, que é uma estrutura de proteção do sistema. Ao passar pelos
pequenos ossos martelo, bigorna e estribo, o som provoca uma vibração que é transmitida por

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 11


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

esse conjunto de pequenos ossos para o canal vestibular e para a cóclea. A vibração movimenta
o líquido dentro dessas estruturas que, por sua vez, movimentam os pequenos pelos, chamados
de cílios, que transmitem o som para o nosso cérebro. Resumidamente, é assim que ouvimos.
Não é fantástico?

Bem, mas o que acontece quando somos expostos a ruídos e não nos protegemos? Esses peque-
nos pelos são quebrados. Vamos analisar as duas imagens a seguir.

Essa é a representação interna de um ouvido sadio.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 12


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Agora, vamos comparar com um ouvido que sofreu exposição a ruídos.

Essa é a representação interna de um ouvido exposto a ruídos.

Consegue perceber a diferença na quantidade de cílios? Nessa situação, os cílios foram que-
brados. Esse dano é cumulativo e irreversível. A sensação para quem está nessas condições é a
de que ele acostumou com o barulho da máquina, mas na verdade ele perdeu a capacidade de
escutar, ou seja, ficou surdo. Para que isso não ocorra, basta seguir as instruções de segurança e
usar os equipamentos recomendados.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 13


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Aula 3

Princípios básicos de prevenção de incêndio.


O fogo é uma reação química que desprende calor e luz, alterando profundamente a substância
que se queima. Para que ele ocorra, são necessários três elementos, o combustível, o calor e
o comburente. O principal comburente encontrado na natureza é o oxigênio. Para acontecer o
incêndio é necessário mais um elemento, a reação em cadeia ou reação química em cadeia. Mas
por enquanto, queremos prevenir o incêndio e, para tanto, basta não permitir seu início.

Esse processo é fácil se realizado em seu início, por isso, é preciso conhecer as diferentes classes
de incêndio e os tipos de extintores utilizados em cada uma delas. Aqui estudaremos somente os
riscos envolvidos com máquinas agrícolas. Todos os extintores utilizados em máquinas agrícolas
são vermelhos e o que diferencia um do outro é uma informação de classificação no seu rótulo
de identificação.

Classe A: fogo em material combustível sólido: papel, madeira, te-


cidos, fibras.

A característica encontrada no rótulo do extintor classe A é um


triângulo com a letra A dentro e na cor verde.

Classe B: fogo em gases e líquidos inflamáveis: óleo, gasolina, gás


liquefeito de petróleo (GLP), tíner.

A característica encontrada no rótulo do extintor classe B é um qua-


drado com a letra B dentro e na cor vermelha.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 14


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, ou seja,


qualquer equipamento contendo fios elétricos, por exemplo, com-
putadores, rádios etc.

A característica encontrada no rótulo do extintor classe C é um cír-


culo com a letra C dentro e na cor azul.

Agora, vamos identificar esses conceitos. Que extintor é este apresentado na figura abaixo?

Esse é um extintor de classes B e C e serve tanto para fogo em


gases e líquidos inflamáveis quanto para equipamentos elétri-
cos energizados.

Vamos identificar mais um tipo de extintor. Qual é a indicação de uso desse extintor?

Esse é um extintor classe A. Notem que no rótulo existe uma


faixa preta escrito proibido nos tipos B e C, ou seja, esse extin-
tor não serve para controlar fogo em gases e líquidos inflamá-
veis e em equipamentos elétricos energizados. Esse extintor
só deve ser utilizado em material combustível sólido, como
papel, madeira, tecidos, fibras.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 15


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Algumas medidas básicas para evitar incêndio em máquinas são o armazenamento adequado de
material, a organização, a limpeza das máquinas, além da manutenção adequada de instalações
elétricas de máquinas e equipamentos.

Recapitulando
Nosso curso chegou ao fim. Parabéns! Nele, você conheceu os princípios gerais de segurança e
saúde no trabalho, acompanhou o estudo da NR-31.12, entendeu a importância da sinalização de
segurança, e aprimorou seus conhecimentos sobre o trânsito de máquinas agrícolas e os cuida-
dos na operação e manutenção. Conhecemos também quais são as medidas mais indicadas em
casos de acidentes, os princípios da prevenção de incêndio e a importância de se usar os equi-
pamentos de proteção, os EPIs. Esperamos que os conteúdos apresentados neste curso ajudem
a prevenir os acidentes com máquinas, implementos e equipamentos agrícolas.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 16


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Módulo 6 - Atividade de aprendizagem

1. O operador ao realizar uma tarefa no período noturno, sofre um acidente com uma cobra do
gênero Bothrops. Ele não conseguiu capturá-la, mas fez a identificação. De acordo com o que
você aprendeu no Módulo 6, qual dos procedimentos ele deve seguir?
a) O operador deve fazer um torniquete imediatamente e só liberar a circulação novamen-
te após conseguir atendimento médico.

b) O operador deve fazer uma caminhada longa a fim de espalhar o máximo possível o
veneno e assim evitar que no local da picada possa ocorrer necrose ou gangrena.

c) O operador deve manter-se calmo e evitar se movimentar, se for possível colocar o


membro atingido em posição elevada. Deve lavar o local da picada com água e sabão e
procurar transporte para uma unidade de saúde.

d) O operador deve colocar gelo ou água gelada, lembrar-se de retirar alianças e joias,
devido ao inchaço e, se forem muitas picadas, procurar um médico.

2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 6, em caso de acidentes devem ser pro-
videnciados os primeiros socorros. A pessoa que irá realizar esses procedimentos deve ter
algumas características. Assinale a alternativa que melhor identifica as características deseja-
das em um socorrista.
a) O socorrista deve ser um médico ou enfermeiro para poder realizar esses procedimen-
tos.

b) O socorrista pode ser qualquer pessoa com um pouco de conhecimento e técnica para
prestar os primeiros socorros em uma situação de emergência, desde que faça tudo o
mais rápido possível, sem se preocupar com as regras, afinal quanto mais tempo demo-
rar, pior a situação fica.

c) O socorrista deve ter a característica de tomar a iniciativa, fazer tudo com bastante pres-
sa e resolver o problema rapidamente.

d) O socorrista deve ter as seguintes características: iniciativa, calma, confiança, conheci-


mento, solidariedade e criatividade. Essas são as características desejadas em um so-
corrista.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 17


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

3. O operador percebe um princípio de incêndio na máquina em que está operando e ele precisa
fazer o controle antes que o fogo se espalhe e transformando-se em um incêndio. Do posto
de operação, ele percebe que tem duas opções de extintores, um extintor com o rótulo de
identificação com a indicação da classe de incêndio na cor verde e outro extintor com o rótulo
de identificação com a indicação de classe de incêndio com duas cores, uma vermelha e outra
azul. O fogo é na palha que ficou presa próximo a uma peça giratória e, devido ao próprio
movimento de fricção, deu início ao fogo. De acordo com o que você aprendeu no Módulo 6,
qual deve ser a atitude do operador frente a esse princípio de incêndio?
a) O operador deve descer da máquina, chamar ajuda e se afastar, pois ele não tem ne-
nhum conhecimento em combate de incêndio e não tem como saber qual extintor uti-
lizar.

b) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com as cores vermelha e azul para combater esse
princípio de incêndio.

c) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor que estiver mais próximo dele para
combater esse princípio de incêndio.

d) O operador deve manter a calma e utilizar o extintor com o rótulo de identificação com
a indicação de classe de incêndio com a cor verde para combater esse princípio de in-
cêndio.

Módulo 6 - Noções de primeiros socorros e a importância do uso dos EPIs// 18


Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Finalizando o curso
Ao longo deste curso, você conheceu as principais mudanças ocorridas na NR-31.12 e como o
conhecimento das sinalizações encontradas em máquinas agrícolas ajuda a evitar acidentes. Viu,
ainda, a importância da utilização de EPIs e EPCs e como prestar os primeiros socorros.

Agora, é hora de colocar esse conhecimento em prática no dia a dia e garantir uma atuação mais
segura e dentro da norma. Aproveite todo o conhecimento adquirido e bom trabalho.

Fonte: Shutterstock
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Bibliografia
ANDRADE, J. G.; PEREIRA, L. I. Manual Prático de Doenças Transmissíveis. Goiânia: IPTSP-UFG/
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS, 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Olwaldo
Cruz, 2003.

______. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 86, de 03 de março de 2005.


Aprova a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. Brasília, DF, 2005.

CORRÊA, I. M.; YAMASHITA, R. Y. Acidentes com tratores e a estrutura de proteção na capota-


gem. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_1/Tratores/index.htm>. Acesso
em: 29 jul. 2015.

DEBIASI, H.; SCHLOSSER, J. F.; WILLES, J. A. Acidentes de trabalho envolvendo conjuntos trato-
rizados em propriedades rurais do Rio Grande do Sul. In: Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, n. 3,
p. 779-784, mai-jun, 2004.

MONTEIRO, L. de A. Segurança e Operação de Tratores Agrícolas. Fortaleza: Universidade Fede-


ral do Ceará, 2013.

______. (Org.) Prevenção de Acidentes com Tratores Agrícolas e Florestais. Botucatu: Ed. Dia-
grama, 2010.

MAIA, P. A. Estimativa de exposições não contínuas a ruídos. Campinas, SP: Fundacentro, 2002.
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Gabarito – Atividades de aprendizagem


Módulo 1
1) C
2) D
3) B

Módulo 2
1) B
2) C
3) A

Módulo 3
1) D
2) B
3) B
4) B

Módulo 4
1) A
2) C
3) D

Módulo 5
1) D
2) B
3) C

Módulo 6
1) C
2) D
3) D
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Reflexão Estudo de Caso:


Se você acha que é possível estabelecer uma analogia entre a situação da criança e a dos em-
pregados, você raciocinou de maneira correta. Na relação entre empregador e empregado, a
responsabilidade de manter os sistemas de segurança em perfeito estado de conservação e
funcionamento é do empregador.
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Anexo - Quadro I, II e III

Quadro I - Máquinas a que se aplicam as exclusões de dispositivos referidos nos itens: 31.12.23, 31.12.30, 31.12.31.

Subitem Subitem Subitem 31.12.23 Subitem 31.12.30 Subitem


31.12.31 31.12.31 Proteção contra Sinal sonoro de ré 31.12.30
Estrutura de Cinto de projeção do material acoplados ao Faróis, buzina
proteção na segurança em processamento sistema de e lanter nas
Tipo de máquina
capotagem transmissão e traseiras de
EPC espelho retrovisor posição

Motocultivadores X X X X X
Outros microtratores e
cortadores de grama
X X X X X
autopropelidos (peso bruto total
abaixo de 600kg)
Pulverizadores autopropelidos X
Adubadoras autopropelidas e X
X
tracionadas

Colhedoras de grãos, cereais,


forragem, café, cana -de-açúcar, X X
algodão, laranja entre outras.

Escavadeiras Hidráulicas X

Plantadeiras tracionadas X X X X X

Plataforma porta -
implementos(acoplável ao X X X X X
motocultivador)

Quadro II - Exclusões à proteção em partes móveis (itens 31.12.11.1 e 31.12.20)

Máquina/ implemento Descrição da Exclusão

Motocultivadores Área da parte ativa do implemento acoplado de acordo com aplicação.


Outros microtratores e
cortadores de grama Área do cortador de grama, embaixo da máquina, protegido por proteções laterais.
autopropelidos (peso bruto

48
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

total abaixo de 600kg)

Adubadoras tracionadas e Área distribuidora - área do distribuidor (disco ou tubo);


autopropelidas Área de transporte e esteira helicoidal.
Área de corte e alimentação ou de captação (plataforma de corte/recolhimento);
Colhedora s de grãos ou
Área de expulsão e projeção de resíduos (espalhador de palha);
cereais
Área de descarregamento (tubo descarregador de grãos).
Área de corte ou recolhimento da cana -de-açúcar a ser processada (unidades de corte
Colhedoras de cana -de-
e recolhimento);
açúcar
Área de projeção/descarregamento do material (picador e transportador de material).
Área de recolhimento da fibra do algodão;
Colhedoras algodão
Área de descarre gamento do fardo de algodão.

Área de conjunto das hastes vibratórias, lâminas retráteis, transportadores e


Colhedoras café
descarregamento.
Área de conjunto das hastes vibratórias, lâminas retráteis, transportadores e
Colhedoras laranja
descarregamento.
Escavadeiras hidráulicas,
Área de corte, desgalhamento, processamento ou carregamento de toras.
feller bunchers e harvesters
Área de corte ou recolhimento da planta a ser processada (plataforma de corte ou
Forrageiras tracionadas e
recolhi mento);
autopropelidas
Área de descarregamento/projeção do material triturado.
Linhas de corte da palha e seus componentes;
Plantadeiras tracionadas Linhas de plantio e seus componentes;
Área de distribuição de sementes e adubos.

Quadro III - Tabela para consulta de disponibilidade técnica para implantação de EPC (item 31.12.32.)

EPC Cinto de segurança


Marca Modelo Subitem 31.12.32 Subitem 31.12.32
(a partir do mês / ano) (a partir do mês / ano)

Agrale 4100 Janeiro /2009 Janeiro /2009


Agrale 4100 gás Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 4118 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 4230 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 5075 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 5085 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 6110 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agrale 6150 Janeiro /2009 Janeiro /2 009
Agrale 6180 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1030 -h Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1030 -dt Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1045 -h Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1045 -dt Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1055 -dt Janeiro /20 09 Janeiro /2009
Agritech 1145 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1145.4 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1155.4 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech 1175.4 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Agritech ou yanmar 2060-xt Janeiro /2008 Janeiro /2008
Agri tech ou yanmar Ke -40 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Agritech ou yanmar F -28 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Agritech ou yanmar 1040 Janeiro /2008 Janeiro /2008


Case ih Maxxum 135 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Maxxum 150 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Maxxum 150 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Maxxum 180 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Magnum 220 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Magnum 240 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Magnum 270 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Case ih Magnum 305 J aneiro /2008 Janeiro /2008
John deere 5303 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 5403 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 5603 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 5605 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 5705 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Joh n deere 6405 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6415 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6605 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6615 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6415 classic Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6615 classic Ja neiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6110j Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6125j Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6145j Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 6165j Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 7505 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 7515 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 7715 Janeiro /2008 Janeiro /2008
John deere 7815 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Technofarm Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Globalfarm Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Rex Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Mistral Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Rex Janeiro /2008 Janeiro /2008
Landini Landpower Janeiro /2008 Janeiro /2008
Montana
Landini Janeiro /2008 Janeiro /2008
30/40/45/50/60
Maxion Maxion 750 Janeiro /2011 Janeiro /2011
Massey ferguson Mf250 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf255 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf250 f Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf255 f Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf265 f Janeiro /2008 Janeiro /2 008
Massey ferguson Mf275 f Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf283 f Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf4265 Março /2010 Março /2010
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

Massey ferguson Mf4275 Março /2010 Março /2010


Massey ferguson Mf4283 Março /2010 Março /2010
M assey ferguson Mf4290 Março /2010 Março /2010
Massey ferguson Mf4291 Março /2010 Março /2010
Massey ferguson Mf4292 Março /2010 Março /2010
Massey ferguson Mf4297 Março /2010 Março /2010
Massey ferguson Mf4299 Março /2010 Março /2010
Massey ferguson M f6350 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf6360 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf7140 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Massey ferguson Mf7150 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Massey ferguson Mf7170 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Massey fergus on Mf7180 Janeiro /2009 Janeiro /2009
Massey ferguson Mf7350 Janeiro /2010 Janeiro /2010
Massey ferguson Mf7370 Janeiro /2010 Janeiro /2010
Massey ferguson Mf7390 Janeiro /2010 Janeiro /2010
Massey ferguson Mf7415 Janeiro /2010 Janeiro /2010
Massey fe rguson Mf86 Janeiro /2011 Janeiro /2011
Massey ferguson Mf96 Janeiro /2011 Janeiro /2011
Massey ferguson Mf265 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf275 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf283 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey fergu son Mf290 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf291 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf292 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf297 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf298 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey fergus on Mf299 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf630 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf640 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf650 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguson Mf660 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Massey ferguso n Mf680 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tl 60e Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tl 75e Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tl 85e Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tl 95e Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tt 3840 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tt 4030 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Ts 6000 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Ts 6020 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Ts 6030 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Ts 6040 Janeiro /2008 Jane iro /2008
New holland Tm 7010 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12

New holland Tm 7020 Janeiro /2008 Janeiro /2008


New holland Tm 7030 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland Tm 7040 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland 7630 Janeiro /2008 Janeiro /2008
New holland 8030 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bf65 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bf75 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra A650 Março /2010 Março / 2010
Valtra A750 Julho /2009 Julho /2009
Valtra A850 Julho /2009 Julho /2009
Valtra A950 Agosto /2009 Agosto /2009
Valtra Bm100 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bm110 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bm125i Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bh145 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bh165 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bh180 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bh185i Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bh205i Agosto /2008 Agosto /2008
Valtra Bt150 Setembro /2010 Setembro /2010
Valtra Bt170 Setembro /2010 Setembro /2010
Valtra Bt190 Setembro /2010 Setembro /2010
Valtra Bt21 0 Setembro /2010 Setembro /2010
Valtra Bf65 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra Bf75 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra 585 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra 685ats Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra 685 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Valtra 785 Janeiro /2008 Janeiro /2008
Pá carregadeira -
Case Janeiro /2008 Janeiro /2008
521d toldo
Pá carregadeira -
Case Janeiro /2008 Janeiro /2008
621d toldo
Pá carregadeira -
Case Janeiro /2008 Janeiro /2008
w20e cabine
Motoniveladora
Caterpillar Janeir o /2008 Janeiro /2008
120h/ 120k
Motoniveladora
Caterpillar Janeiro /2008 Janeiro /2008
140h/ 140k
Motoniveladora
Caterpillar Janeiro /2008 Janeiro /2008
160h/ 160k
Motoniveladora
Caterpillar Janeiro /2008 Janeiro /2008
12h/12k
Motoniveladora
Caterpillar Jan eiro /2008 Janeiro /2008
135h
Rolo hamm
Ciber Janeiro /2008 Janeiro /2008
3410/11
Pá carregadeira -
New holland Janeiro /2008 Janeiro /2008
w130 toldo
New holland Trator de esteira - Janeiro /2008 Janeiro /2008
d170

Você também pode gostar