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em Portugal na
transição de século
António Cadeias
Unidade Curricular de Políticas Educativas
Licenciatura em Educação (3º ano)
Docente: Esmeraldina Veloso
Discentes:
Diana Ferreira (A98914)
Maria Alice Fernandes (A92447)
Conceitos basilares
Alfabelização Escolaridade
obrigatória
·Não ocorre num contexto
formal, é caracterizada por ser É Tutelada pelo Estado;
a procura de conhecimentos
escritos, de cálculo, noutros
contextos;
Logica alfabetizadora
Há uma motivação individual para aprender a ler e a
escrever, ou seja, as pessoas procuram
conhecimento fora da idade escolar, já na idade
adulta e fora do contexto formal. Regem-me por
interesses concretos.
Logica de escolarização
Realiza-se a partir dos 6/7 anos e existe
uma obrigação imposta pelo Estado, de
todos os alunos daquela idade
frequentarem a escola. Assim sendo, é a
Educação Estatal Obrigatória.
RELIGIÃO E CAPITALISMO NO
RELANÇAMENTO DA ESCRITA
(Candeias, 1998).
Reforma protestante e
Contra Reforma Católica
A Contra Reforma, por sua vez, também promoveu a alfabetização, mas com um
objetivo diferente:
As igrejas católicas criaram escolas e catecismos para instruir os fiéis nos princípios da fé
católica. Assim sendo, como refere Candeias (1998) a Contra Reforma também faz uso
das letras para a evangelização, sobretudo nas zonas onde se sente mais ameaçada, por
exemplo, em algumas regiões francesas e do Norte e Centro da Europa.
Aumento exponencial do
comércio europeu e mundial
Redimensionamento do poder:
Família
Estado
O caso português
Ora, entre escolas para raparigas e para rapazes existiam, em 1840, apenas 991,
o que revelava que tal lei não era, efetivamente, para cumprir (Candeias, 1998).
Além disso, estava legislado que aqueles que vivessem dentro do raio
geográfico que determinava a obrigatoriedade de frequentar uma escola e que
a ela não enviassem os seus “filhos ou outros subordinados desde os 7 aos 15
anos” estavam sujeitos a “primeiro a aviso, depois a intimidação (…) e por fim a
multa… “. Ainda, ficariam exemptos do cumprimento da lei aqueles que
“provassem que os meninos já possuíam os conhecimentos daquele grau de
ensino, ou que poderiam obtê-los de outra forma sem recorrer ao ensino
oficial, ou ainda que por sua excessiva pobreza não os pudessem enviar à
escola… “ (Carvalho, 1986, 578).
De facto, Portugal foi dos países pioneiros (1844) na determinação da
escolaridade obrigatória primária, mas entre a sua consagração em lei e a sua
concretização existiram vastos anos de processo (CNE, 2017).
Basta observarmos o Quadro I, Portugal em 1870, ou seja, 26 anos após a
elaboração da lei tomada pelo governo de Cabral, estava juntamente com
países como a Grécia e a Itália, no conjunto dos menos escolarizados
(Candeias, 1998).
Algumas das razões que levaram ao atraso de
Portugal em concretizar a escola obrigatória: