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“O luto é um processo lento e doloroso, que tem como características uma

tristeza profunda, afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja


ligada a pensamentos sobre o objeto perdido, a perda de interesse no mundo
externo e a incapacidade de substituição com a adoção de um novo objeto
de amor (FREUD, 1915)”

CONTEXTUALIZANDO LUTO PATOLÓGICO

• A morte é uma construção social resultado de um longo processo histórico,


apontado por diferentes sistemas econômicos, com rituais e costumes que
envolvem questões existências, subjetivas e espirituais.
• Na elaboração do luto, é permitido ao enlutado toda forma de expressão de dor,
sem limite de tempo ou apropriação.
• A experiência do luto não só se caracteriza pela condição de uma perda por morte,
podendo ser compreendido por perdas tais como: relacionamento, emprego,
saúde, mudança de residência, mudança de cidade ou até mesmo perda do ir e
vir.

REAÇÕES EMOCIONAIS E MECANISMO DE DEFESA

• Estágios do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.


• No estágio da negação, não se aceita a informação, podendo ser temporária ou
persistente.
• No estágio da raiva, emergem sentimentos de ira, revolta e ressentimento.
• No estágio da barganha, o enlutado negocia a sua dor, pensar nas possibilidades
de ter dias bons e ruins.
• No estágio da depressão, o enlutado experimenta sentimentos de apatia e tristeza
prolongada, não tendo mais vontade em fazer coisas que fazia antes.
• No estágio da aceitação, o enlutado entra com a situação da perda, ressignificando
a própria vida.
• Os estágios do luto são compreendidos como reações saudáveis perante a perda e
devem ser vivenciadas até o fim, pois a falta do processo natural do luto pode
indicar uma psicopatologia ou um luto complicado, em que o enlutado pode se fixar
em um dos estágios, como por exemplo a negação ou a depressão.

CONSEQUÊNCIAS DE UM LUTO NÃO ELABORADO

• Pensar sobre a morte pode gerar uma autorreflexão, sendo comuns pensamentos
sobre a própria finitude ou sobre a finitude de entes queridos, e tal característica
pode gerar angústia, que por sua vez pode conduzir a uma natural evitação de
pensamentos sobre o tema.
• É importante salientar que o fato de se evitar falar sobre os sentimentos e
pensamentos gerados pelo luto, não fortalece o enlutado, ao contrário, essa atitude
dificulta o processamento de forma saudável.
• É necessário fortalecer a expressão dos sentimentos, validar e encorajar o uso de
crenças e dos ritos perante a morte, facilitar a comunicação e reduzir sinais
patológicos futuros, bem como promover uma melhor qualidade de vida para o
enlutado.

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