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As dificuldades da população branca em entender que são ruins

Tudo no mundo é sobre poder. A discriminação nasce a partir do poder


que se exerce sobre o outro, principalmente quando você nunca experienciou
tais preconceitos. E mesmo quando não queremos, a ignorância pode nos
levar a atos de discriminação estrutural, afinal, temos como exemplo quem
está no poder.
Ao observar nossa sociedade centrada em homens ricos e brancos, já
podemos compreender quem detém o poder. São pessoas que provavelmente
nunca vivenciaram a discriminação pelo tom de pele, gênero ou classe social.
São essas pessoas que ditam as regras do mundo que vivemos e que apelam
para causas sociais para que as grandes massas continuem a apoiá-los.
Como comprovado por estudiosos e pelo documentário ‘Olhos
Azuis/Castanho’ de Jane Elliott, quando um grupo exerce poder sobre o
outro, pode utilizar esse poder para oprimir, discriminar e subjugar aqueles
tidos como ‘inferiores’. É isso que irá impedir que outros te defendam em uma
situação opressora e o que te manterá inferiorizado.
Uma famosa frase de Martin Luther King diz: “O que me preocupa não é
o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Situações como essa são recorrentes,
pois os oprimidos são coagidos a ficarem em silêncio. Outra situação ocorre
quando as vítimas acabam normalizando esse abuso de poder e começam a
se conformar com a ideia de inferioridade e até mesmo oprimem os
semelhantes achando ser o correto.
A falta de conhecimento e compreensão de culturas distintas pode
fazer com que cidadãos absorvam o preconceito enraizado no mundo sem
que percebam, e a educação é a chave para superarmos isso. Ao promover a
empatia e o entendimento das diferentes realidades vividas por grupos
diversos, podemos combater os estereótipos e preconceitos que se
desenvolvem a partir da ignorância.
É fundamental promovermos diálogos e questionamentos contra ações
preconceituosas que sejam coordenadas por aqueles que vivenciam todo dia
o desprezo da sociedade. Necessitamos de ambientes mais inclusivos e
seguros para todos, onde o respeito possa reinar, principalmente em
ambientes sociais como escolas e empresas.
Além disso, combater o preconceito também requer um esforço
individual de autoconhecimento e autorreflexão. Devemos reconhecer nossos
próprios preconceitos e privilégios e trabalhar para superá-los, buscando o
conhecimento necessário para melhorarmos todos os dias. Somente por meio
da união de esforços, da conscientização e da ação coletiva podemos
enfrentar os problemas de discriminação, rompendo as estruturas
opressoras de poder e construindo um futuro mais justo para todos. A
mudança começa com cada um de nós em nossas escolhas diárias, seguindo
no caminho da paz.

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