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PLANO DE AULA

Professor estagiário: Felipe C. Mauda, Guilherme Belak Schmitke


Escola/instituição: Colégio Estadual Polivalente – Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Disciplina: Química
Assunto: Funções orgânicas (Revisão) Local: Aula Gravada (Google meet)
Data: 20/11/2020 Série/Turma: 3ºs anos Turma: A, B e C
Duração: 2 aulas (1ª aula 22:16) (2ª aula 50:18)

1- Objetivos de aprendizagem:
 Conscientizar sobre a herança da cultura afro-Brasileira e o peso da escravidão
 Revisar o conteúdo de funções orgânicas
 Reconhecer e diferenciar as funções orgânicas a partir do contexto histórico da
influência da cultura afro-Brasileira.

2- Introdução:
Em reciprocidade com o dia da consciência negra, esta aula busca contextualizar um
conhecimento químico que os alunos aprendem em sala de aula com uma situação real,
ao mesmo tempo que busca conscientizar sobre a herança da cultura afro-Brasileira e o
peso da escravidão presentes até hoje em nossa sociedade. O cultivo da cana-de-açúcar
e a produção de açúcar e de cachaça tiveram início logo no começo da colonização do
Brasil, o que acabou levando a escravatura do povo Africano nessas terras. Como o
processo de fabricação do açúcar e da cachaça apresenta a produção de diversas
substâncias ao longo do processo, é possível usar essas substâncias para exemplificar
diversas funções orgânicas.

3- Desenvolvimento:
Devido a pandemia que vivemos, a aula será gravada e então disponibilizada aos alunos.
De início, será apresentado três ilustrações e perguntado, mas o que seriam essas
ilustrações? Em seguida será explicado que as ilustrações se remetem a imagens de dois
artistas e da bandeira do Brasil Império, os artistas são o Jean Baptiste Debret e Johann
Moritz Rugendas, os quais vieram ao Brasil na primeira metade do século XIX,
momento em que o país deixava de ser colônia para se tornar império. Estes dois
viajantes tinham como intuito: registrar com grafite, nanquim ou pincel aquilo que a
visão não pode perdurar, demonstrando o Novo Mundo. Logo após será explanado
como estes artistas foram inseridos neste momento histórico, a terceira ilustração é a
bandeira do Brasil Império que foi feita pelo Jean Baptiste Debret.
Após essas explanações será demonstrado duas pinturas dos artistas que retratam a vida
na época, a simples observação delas nos faz perceber o papel desempenhado pelos
negros na sociedade da época, visto que os escravos representaram a principal força de
trabalho no Brasil até 1888. E uma dessas forças de trabalho está demonstrada nas
ilustrações de Debret e Rugendas, percebe-se nitidamente a formação do engenho: A
moenda - o centro de toda produção; os negros no trabalho com a cana-de-açúcar; o
capataz orientando e dando ordens e os animais que participam do processo de moer a
cana, como os burros e os bois, a partir dessas ilustrações será feito uma construção da
história do início da escravidão no Brasil, do cultivo da cana-de-açúcar e da produção
da mesma e a origem da cachaça, destacando quais as funções orgânicas que estão
relacionadas ao açúcar e a cachaça.

4- Reconciliação Integradora:
Ao final da revisão, os diferentes produtos gerados durante o processo de fabricação do
açúcar e da cachaça serão mostrados aos alunos, dando um tempo para que eles tentem
identificar as funções orgânicas presentes nessas estruturas, sendo posteriormente
demonstrado as repostas corretas. No fim da gravação, comunicaremos aos alunos que
quaisquer dúvidas que surgirem sobre determinado assunto é só entrar em contato
conosco, via Classroom ou através da professora Alexsandra.

5- Metodologia/estratégia Empregada:
 Aula expositiva teórica;
 Vídeo – Google Meet;
 Assíncrona.

6- Recursos didáticos:
 Exposição de slides;
Utilização de mídia áudio/visual como recurso didático.
7- Avaliação da aula:
Conforme solicitado, o envio de atividades ficou a cargo somente da SEED – PR, para
não sobrecarregar os alunos.

8- Referências Bibliográficas:

CABRAL, M.B. Caracterização Físico-Química de aguardentes de cana-de-açúcar


produzidas na região do brejo paraibano. Monografia - Universidade Federal de
Campina Grande; Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido; Curso de
Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos, Sumé –PB,2019.

FONSECA, Martha Reis Marques da. Química. v. 3, ed. 2, São Paulo: Moderna, 2016.

FREITAS, I. B. de. Cores e olhares no Brasil oitocentista: os tipos negros de Rugendas


e Debret– 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto
de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2009.

GONZAGA, R.T.; SANTANDER.M.A.; REGIANI, A.M. A cultura afro-brasileira no


ensino de química: a Interdisciplinaridade da química e a história da cana-de açúcar.
XIX ENEQ Ano – 2018. Quím. nova esc. – São Paulo, BR. Vol. 41, N° 1, p. 25-32,
FEVEREIRO 2018.

NATALINO, R.; REIS, E. L.; REIS, C.; FIDÊNCIO, P. H.; MATIAS, A. A.


Caracterização de açúcar mascavo da zona da mata mineira aplicando análise das
componentes principais a dados espectrofotométricos. XLVI Congresso Brasileiro de
Química. Salvador-BA, 2006.

PERAZOLLI, L.A.; JUNIOR, R.N.; BERTOCHI.M.A. BENFATTI.A.C.;


ZAGATO.M.A. A história e química da cachaça. Anais...VII ENCONTRO PAULISTA
DE PESQUISA EM ENSINO DE QUÍMICA, Universidade Federal do ABC, 2013.

PINHEIRO, P.C.; LEAL, C.M.; ARAÚJO, D.A.de. Origem, Produção e Composição


Química da Cachaça. Química Nova na Escola nº18, novembro 2003.
SILVA, J.M. Cachaça: História, Gastronomia e Turismo. Editora Senac São Paulo,
2020.

TREVISAN, A.R. Velhas imagens, novos problemas: A redescoberta de Debret no


Brasil Modernista (1930-1945). Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo.
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de sociologia. São
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ZACARONI, L. M. et al. Caracterização e quantificação de contaminantes em


aguardentes de cana. Química Nova, v. 34, n. 2, 320-324, 2011.

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