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Exercícios CARBOIDRATOS

1 – Qual é a composição básica dos carboidratos à respeito da:


a) Composição elementar
R: Carboidratos são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que geram esses
compostos quando hidrolisadas. Muitos carboidratos têm a fórmula empírica (CH2O)n; alguns
também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Pag 243
b) Grupo funcionais
R: Apresentam grupos carbonila (C=O), as funções aldeído (CHO), geralmente na extremidade da
cadeia carbônica gerando as aldoses, e cetona (C=O) quando esta está em qualquer outra posição
da cadeia, ou seja, entre outros dois átomos de C, formando as cetoses. Com e dois ou mais grupos
hidroxilas (OH). Pag 243

2 – Cite as principais funções biológicas desempenhadas pelos carboidratos em


organismos vivos. Exemplifique.
 R: Carboidratos são o principal combustível celular. Sua oxidação é a principal via de
produção de energia
 Atuam como reserva energética (glicogênio e amido)
 Atuam como componentes estruturais e protetores celulares (Celulose, quitina,
peptídioglicano)
 Reconhecimento e adesão intercelular
 Lubrificação de articulações. Pag 243

3 – Descreva as principais classes de carboidratos quanto ao número de unidades


monoméricas. Cite exemplos.
R: Monossacarídeos – açúcares mais simples da natureza, constituídos por uma única unidade poli-
hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído. Apresentam estereoisômeros, com aldeídos ou cetonas com
duas ou mais hidroxilas. Ex.: glicose e frutose
Oligossacarídeos – consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos, unidas por
ligações específicas (glicosídicas). Ex.: dissacarídeos como sacarose (glicose + frutose);
Polissacarídeos – polímeros de açúcar com mais de 20 unidades de monossacarídeos. Ex.:
glicogênio, amido e celulose. Pag 243

4 – Qual a diferença entre um enantiômero e um diasteroisômero?


R: Enantiômeros: estereoisômeros (mesmas fórmulas molecular e estrutural, com arranjos espaciais
diferentes) que são a imagem especular um do outro no espelho, mas não sobreponíveis;
Diasteroisômeros: estereoisômeros que não são a imagem especular um do outro no espelho,
também não sobreponíveis.
5 – Cite as principais propriedades bioquímicas comum aos monossacarídeos.
R: Os esqueletos dos monossacarídeos comuns são compostos por cadeias de carbono não
ramificadas, nas quais todos os átomos de carbono estão unidos por ligações simples. Nessa forma
de cadeia aberta, um dos átomos de carbono está ligado duplamente a um átomo de oxigênio,
formando um grupo carbonil; os outros átomos de carbono estão ligados, cada um, a um grupo
hidroxila. Quando o grupo carbonil está na extremidade da cadeia de carbonos (isto é, em um grupo
aldeído), o monossacarídeo é uma aldose; quando o grupo carbonil está em qualquer outra posição
(em um grupo cetona), o monossacarídeo é uma cetose. Pag 244
6 – Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com o número de carbono ou
grupo carbonílico presente. Estabeleça a classificação citando exemplos.
R: Quanto ao número de carbonos – prefixo referente ao número de carbonos + OSE. Ex.: triose,
tetrose, pentose e hexose;
Quanto a função orgânica – carbonila e aldeído, ALDOSE, carbonila e cetona, CETOSE.
Classificação mais específica – número de carbono + função. Ex.: aldotriose, aldotetrose,
cetopentose, cetohexose.
7 – Numere os átomos de carbono corretamente nas projeções de Fischer para as
moléculas de carboidratos indicadas abaixo e identifique a configuração de cada molécula.
Qual o critério para determinar a configuração da molécula? Qual a configuração que
predomina na natureza?

8 – O que são epímeros? Quantos epímeros possíveis existem de D-glicose? Cite dois
exemplos.
R: São açucares que diferem na configuração de apenas 1 carbono. São possíveis 4 ??? epímeros
para a D-glicose, como a D-manose e a D-alose. Pag 245

9 – Sobre as estruturas dos monossacarídeos, responda:


a) Por que as moléculas de alguns carboidratos assumem uma estrutura cíclica em
solução?
R: A formação dessas estruturas é resultado de uma reação geral entre álcoois e aldeídos (ou
cetonas). Duas moléculas de álcool podem ser adicionadas ao carbono carbonil, o produto da
primeira adição é um hemiacetal (quando adicionado a uma aldose) ou um hemicetal (quando
adicionado e uma cetose). Se os grupo OH e carbonil vierem da mesma molécula, o resultado será
um com cinco ou seis membros. A adição de uma segunda molécula de álcool produz o acetal ou o
cetal completo Pag 245 – figura 7-5 pag 247.

b) Quais monossacarídeos são passíveis de ciclização?


R: As aldotretoses e todos os monossacarídeos com cinco ou mais átomos de carbono no esqueleto
ocorrem predominantemente em estruturas cíclicas, nas quais o grupo carbonil está formando uma
ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxila presente na cadeia. Pag 245

c) Que formas cíclicas existem para monossacarídeos? Por que estas são as mais
comuns para os açúcares?
R:
d) O que são anômeros?
R: São as formas isoméricas de monossacarídeos que diferem apenas na configuração do átomo de
carbono hemiacetal ou hemicetal (estrutura cíclica). Pag 246

e) Defina carbono anomérico.


R: É o carbono da carbonila de um anômero. Pag 246

f) Como você verifica se um anômero é α ou β?


R: Se um grupo hidroxila estiver à direita na projeção de Fisher, ele é colocado apontando para baixo
(ou seja, abaixo do plano da estrutura cíclica) na perspectiva de Haworth; se ele estiver à esquerda
na projeção de Fisher, é colocado apontando para cima (ou seja, acima do plano) na perspectiva de
Haworth. O grupo CH2OH terminal projeta-se para cima no enantiômero D-, e para baixo no
enantiômero L. A hidroxila no carbono anomérico pode apontar para cima ou para baixo. Quando a
hidroxila anomérica de uma D-hexose estiver no mesmo plano do anel que o CH2OH, a estrutura é,
por definição, β; quando estiver no plano oposto do CH2OH, a estrutura é α. Pag 247 (DITO NA
AULA: Um anômero é α quando o açúcar é do tipo D e o grupo OH do carbono 1 está voltado para
baixo e o grupo CH2OH está para cima. Um anômero é β quando o açúcar é do tipo D e o grupo OH
do carbono 1 está voltado para cima e o grupo CH2OH está voltado para cima)

g) O que é processo de mutarrotação?


R: É um processo no qual uma forma em anel (por exemplo, o anômero α) se abre brevemente na
forma linear, e então se fecha novamente produzindo o anômero β. Portanto, uma solução de α -D-
glicose e uma solução de β -D-glicose formarão, ao final, misturas de equilíbrio idênticas, as quais
têm propriedades ópticas idênticas. Pag 248 Figura 7-6 pag. 247.

10 – Quantos centros quirais existem para na forma de cadeia aberta glicose? E na forma
cíclica?
R:
11 – Dois açúcares são epímeros um do outro É possível converter um no outro sem
quebras as ligações covalentes?
R:
12 – Defina a ligação O-glicosídica.
R: Uma ligação O-glicosídica é formada quando um grupo hidroxila de uma molécula de açúcar
(normalmente cíclica) reage com o carbono anomérico de outra molécula de açúcar. Pag 251 -
Figura 7-10 pag. 252.

13 – O que são açúcares redutores e não redutores? Cite exemplos.


R: Os monossacarídeos podem ser oxidados por agentes oxidantes relativamente suaves, como o
íon cúprico. O carbono do carbonil é oxidado a um grupo carboxil. A glicose e outros açúcares
capazes de reduzir o íon cúprico são chamados de açúcares redutores. Como o carbono do carbonil
pode ser oxidado somente quando o açúcar estiver em sua forma linear, a formação de uma ligação
glicosídica gera um açúcar não redutor, como a sacarose. Porém, em dissacarídeos ou
polissacarídeos, em que a extremidade de uma cadeia tem um carbono anomérico livre (não
envolvido em ligação glicosídica) torna essa extremidade redutora. Pag 252

14 – Indique duas diferenças entre a sacarose e a lactose.


R: Na lactose, o carbono anomérico do resíduo de glicose está disponível para oxidação e, portanto,
a lactose é um dissacarídeo redutor. A sacarose não contém um átomo de carbono anomérico livre;
(os carbonos anoméricos de ambas as unidades monossacarídicas estão envolvidos na ligação
glicosídica) sendo assim, é um açúcar não redutor. Outra diferença é que a lactose dá ao leite o seu
sabor adocicado, e a sacarose ao o açúcar de mesa (sua estabilidade frente à oxidação a torna uma
molécula adequada para o armazenamento e o transporte de energia em plantas.). Pag 252-253
15 – O que são homopolissacarídeos e heteropolissacarídeos?
R: Os homopolissacarídeos apresentam uma repetição de uma única unidade de monossacarídeo;
os heteropolissacarídeos contêm dois ou mais tipos diferentes de monossacarídeos. Pag 253

16 – Aponte as semelhanças e diferenças estrutural e funcional entre o amido e o


glicogênio.
R: Ambos ocorrem intracelularmente em grandes agrupamentos, são extremamente hidratadas (pois
têm muitos grupos hidroxila expostos e disponíveis para formarem ligações de hidrogênio com a
água).
O amido é formado por polímeros de α-D-glicose (20% amilose (cadeias longas, não ramificadas, de
resíduos de D-glicose conectados por ligações (α1 - 4)) e 80% amilopectinas (ao contrário da
amilose, é altamente ramificada, com ligações glicosídicas que mantém os resíduos de glicose
unidos (α1 - 4), e nos pontos de ramificação (que ocorrem a cada 24 a 30 resíduos) são ligações (α1
- 6))). Tem como função a reserva de glicose nos vegetais.
O glicogênio, como a amilopectina, é um polímero de subunidades de glicose ligadas por ligações
(α1 - 4), com ligações (α1 - 6) nas ramificações; o glicogênio, porém, é mais ramificado (em média a
cada 8 a 12 resíduos) e mais compacto do que o amido. Tem como função a reserva glicose nas
células animais. Pag 255

17 – Como a quitina difere da celulose em estrutura e função?


R: A celulose é uma substância fibrosa, resistente e insolúvel em água. Como a amilose, a celulose
é um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído por 10.000 a 15.000 unidades de D-
glicose. Entretanto, existe uma importante diferença: na celulose, os resíduos de D-glicose têm a
configuração β (devido a isso forma uma estrutura fibrosa, resistente e insolúvel), enquanto na
amilose a glicose está em configuração α. Pag 256 (Figura 7-14) pag 257
A quitina também é um homopolissacarídeo linear, composto por resíduos de N-acetilglicosamina em
ligações (β1 - 4). A única diferença química em comparação com a celulose é a substituição de um
grupo de hidroxila em C-2 por um grupo de amina acetilado. A quitina forma fibras longas similares
às fibras da celulose e, como a celulose, não pode ser digerida por vertebrados. Pag 257 (Figura 7-
16) pag 258
Com relação a função, a celulose é encontrada na parede celular de plantas, particularmente em
caules, troncos e todas as porções amadeiradas do corpo da planta, e constitui grande parte da
massa da madeira e quase a totalidade da massa do algodão. Já a quitina é o principal componente
dos exoesqueletos duros de aproximadamente 1 milhão de espécies de artrópodes.

18 – Como o amido difere da celulosa em estrutura e função?


R: O amido é formado por polímeros de α-D-glicose (20% amilose (cadeias longas, não ramificadas,
de resíduos de D-glicose conectados por ligações (α1 - 4)) e 80% amilopectinas (ao contrário da
amilose, é altamente ramificada, com ligações glicosídicas que mantém os resíduos de glicose
unidos (α1 - 4), e nos pontos de ramificação (que ocorrem a cada 24 a 30 resíduos) são ligações (α1
- 6))). Tem como função a reserva de glicose nos vegetais. Pag 255
A celulose é uma substância fibrosa, resistente e insolúvel em água. Como a amilose, a celulose é
um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído por 10.000 a 15.000 unidades de D-
glicose. Entretanto, existe uma importante diferença: na celulose, os resíduos de D-glicose têm a
configuração β, enquanto na amilose a glicose está em configuração α. Os resíduos de glicose na
celulose estão ligados por ligações glicosídicas (β1 - 4), ao contrário das ligações (α1 - 4) da
amilose. Devido à essa diferença, a celulose forma uma estrutura fibrosa, resistente e insolúvel. Isso
também faz com que o nosso organismo consiga hidrolisar o amido por enzimas que clivam a
ligação (α1 - 4), no entanto não tem enzimas especializadas em clivar a ligação (β1 - 4) da celulose.
A celulose tem função estrutural da parede celular vegetal. Pag 256

19 – O glicogênio é altamente ramificado. Que vantagem, no caso haja alguma, isso


representa para um animal?
R: Como cada ramificação do glicogênio termina com uma unidade de açúcar não redutora, uma
molécula de glicogênio com n ramificações tem n + 1 extremidades não redutoras, mas apenas
uma extremidade redutora. Quando o glicogênio é utilizado como fonte de energia, as unidades de
glicose são removidas uma de cada vez a partir da extremidade não redutora. As enzimas de
degradação que atuam somente em extremidades não redutoras podem trabalhar
simultaneamente nas muitas ramificações, acelerando a conversão do polímero em
monossacarídeos. Pag 256
20 – Nenhum animal pode digerir celulosa. Combine essa afirmação com o fato de que
vários animais são herbívoros que dependem muito da celulosa como fonte de alimento.
R: Algumas microrganismo, como a Trichonympha, secreta celulase, uma enzima que hidrolisa as
ligações (β1 - 4). Os cupins digerem a celulose (e, portanto, a madeira) prontamente, somente
porque carregam no trato intestinal esse microrganismo simbiótico. Estudos de genética molecular
têm revelado que os genes que codificam as enzimas para a degradação da celulose estão
presentes nos genomas de uma ampla gama de animais invertebrados, incluindo artrópodes e
nematódeos. Existe uma exceção importante para a ausência da celulase nos vertebrados: os
animais ruminantes, tais como gado, ovelhas e cabras, carregam no rúmen (o primeiro dos quatro
compartimentos de seus estômagos) microrganismos simbióticos que conseguem hidrolisar a
celulose, permitindo que estes animais degradem a celulose das gramíneas macias de sua dieta.
A fermentação no rúmen gera acetato, propionato e b-hidroxibutirato, que o animal utiliza para
sintetizar os açúcares do leite. Pag 257.

Exercícios LIPÍDEOS

1 – Qual é a base química para o agrupamento de diversas substâncias como lipídeos?


R: São derivados de ácidos graxos. Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias
hidrocarbonadas de comprimento variando de 4 a 36 carbonos. Em alguns ácidos graxos, essa
cadeia é totalmente saturada (não contém ligações duplas) e não ramificada; em outros, a cadeia
contém uma ou mais ligações duplas. Alguns poucos contêm anéis de três carbonos, grupos
hidroxila ou ramificações de grupos metila. Pag 357

2 – Quais são as principais funções biológicas descritas para os lipídeos?


R: Tem como principais funções biológicas: Principais formas de armazenamento de energia,
principais elementos estruturais das membranas biológicas, agem como cofatores enzimáticos,
transportadores de elétrons, pigmentos fotossensíveis, agentes emulsificantes no trato digestivo,
hormônios e mensageiros intracelulares. Pag 357
3 – O que são ácidos graxos? Como os ácidos graxos podem ser classificados? Discuta as
propriedades físicas dos ácidos graxos de acordo com o comprimento e o grau de
instauração das cadeias hidrocarbonadas.
R:
4 – Descreva a estrutura geral e funções dos triacilgliceróis.
R: Os triacilgliceróis são compostos por três ácidos graxos, cada um em ligação éster com uma
molécula de glicerol (Figura 10-3) pag 360. Aqueles que contêm o mesmo tipo de ácido graxo em
todas as três posições são chamados de triacilgliceróis simples, porém, a maioria dos triacilgliceróis
de ocorrência natural é mista, pois contém dois ou três ácidos graxos diferentes.
Os triacilgliceróis armazenam energia e proporcionam isolamento térmico. Na maioria das células
eucarióticas, os triacilgliceróis formam uma fase separada de gotículas microscópicas de óleo no
citosol aquoso, servindo como depósitos de combustível metabólico. Em vertebrados, os adipócitos
(células especializadas) armazenam grandes quantidades de triacilgliceróis em gotículas de gordura
que quase preenchem a célula. Os triacilgliceróis também são armazenados como óleos nas
sementes de vários tipos de plantas, fornecendo energia e precursores biossintéticos durante a
germinação da semente.

5 – Descreva a estrutura e função das ceras. Cite algumas aplicações das ceras.
R: As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa (de 14
a 36 carbonos) com alcoóis de cadeia longa (de 16 a 30 carbonos). Figura 10-6 Pag 362. Servem
como reservas de energia e para uma diversidade de outras funções relacionadas às suas
propriedades impermeabilizantes e sua consistência firme. Certas glândulas da pele de vertebrados
secretam ceras para proteger os pelos e a pele e mantê-los flexíveis, lubrificados e impermeáveis.
As aves, particularmente as aquáticas, secretam ceras por suas glândulas uropigiais para manter
suas penas impermeáveis à água. As folhas lustrosas do azevinho, do rododendro, da hera
venenosa e de muitas outras plantas tropicais são cobertas por uma camada grossa de ceras, que
impede a evaporação excessiva de água e as protege contra parasitas.
Além disso, as ceras biológicas têm várias aplicações em indústrias como a farmacêutica e a
cosmética, entre outras.

6 – Qual é o mais hidrofílico, o colesterol ou os fosfolipídeos? Justifique sua resposta.


R:
7 – A margarina utilizada na culinária é composta de óleos vegetais, que normalmente são
líquidos. Por que ela é sólida? Que consequências a solidificação da margarina pode trazer
a saúde?
R: Isso porque ela passa por um processo de hidrogenação parcial. Esse processo converte muitas
das ligações duplas cis dos ácidos graxos em ligações simples e aumenta o ponto de fusão dos
óleos, de forma que eles ficam mais próximos do estado sólido à temperatura ambiente. A
hidrogenação parcial tem outro efeito indesejado: algumas ligações duplas cis são convertidas em
ligações duplas trans. Hoje existem fortes evidências de que o consumo de ácidos graxos trans pela
dieta leva a uma maior incidência de doenças cardiovasculares. Os ácidos graxos trans da dieta
aumentam o nível de triacilgliceróis e de colesterol LDL (o colesterol “ruim”) no sangue e diminuem o
nível de colesterol HDL (o colesterol “bom”). Pag 361

8 – Por que os ácidos graxos ω-3 ω-6 são ditos “ácidos graxos essenciais”? Cite os
principais papéis biológicos destes ácidos para os humanos.
R: Eles são ditos essenciais porque nosso organismo não consegue sintetizá-los, portanto devem
ser obtidos pela dieta. A partir do ômega 3, nosso organismo sintetiza o ácido eicosapentanóico e o
ácido decosahexanoico, ambos essenciais, pois evitam problemas cardiovasculares, pois, diminui o
LDL, aumenta o HDL e diminui o colesterol. Também são importantes para a síntese de
prostoglandinas, que mediam a inflamação (reduz a inflamação dos músculos e aceleram a
recuperação). São também constituintes das membranas de nervos do cérebro e retina dos olhos,
além de melhorar a concentração e desempenho cerebral. Pag 359

9 – O que são lipídeos de membrana? Qual a base química que caracteriza essa classe de
lipídeos?
R: São os principais componentes das membranas biológicas, funcionam como componentes
estruturais. A característica central na arquitetura das membranas biológicas é uma dupla camada
de lipídeos que atua como barreira à passagem de moléculas polares e íons. Os lipídeos de
membrana são anfipáticos: uma extremidade da molécula é hidrofóbica e a outra é hidrofílica. Suas
interações hidrofóbicas entre si e suas interações hidrofílicas com a água direcionam o seu
empacotamento em camadas, chamadas de bicamadas de membrana. Pag 362

10 – Diferencie quimicamente os fosfolipídeos dos glicolipídeos.


R: Nos glicerofosfolipídeos e alguns esfingolipídeos, o grupo cabeça polar está unido à porção
hidrofóbica por uma ligação fosfodiéster; esses são os fosfolipídeos.
Outros esfingolipídeos não apresentam fosfato, mas têm um açúcar simples ou um oligossacarídeo
complexo em suas extremidades polares; esses são os glicolipídeos Pag. 363

11 – Diferencie glicerofosfolipíedeos dos enfingofosfolipídeos de acordo com a estrutura


química.
R: Os glicerofosfolipídeos são lipídeos de membrana nos quais dois ácidos graxos estão unidos por
ligação éster ao primeiro e ao segundo carbono do glicerol e um grupo fortemente polar ou
carregado está unido por ligação fosfodiéster ao terceiro carbono. Pag 363
Os esfingolipídeos, ao contrário dos glicerofosfolipídeos (e galactolipídeos), não contêm glicerol. São
compostos por uma molécula de aminoálcool, a esfingosina, de cadeia longa (também chamada de
4-esfingenina) ou um de seus derivados, uma molécula de um ácido graxo de cadeia longa e um
grupo polar unido por uma ligação glicosídica, em alguns casos, e uma ligação fosfodiéster em
outros. Pag 366

12 – Destaque as diferenças entre os galactolipídeos/sulfolipídeos dos


glicoesfingolipídeos. O que eles têm em comum?
R: Os galactolipídeos predomina nas células vegetais: Lipídeos nos quais um ou dois resíduos de
galactose estão conectados por uma ligação glicosídica ao C-3 de um 1,2-diacilglicerol. As
membranas das plantas também contêm sulfolipídeos, nos quais um resíduo de glicose sulfonado
está unido a um diacilglicerol em ligação glicosídica. O grupo sulfonato apresenta uma carga
negativa como aquela do grupo fosfato em fosfolipídeos. Pag. 365
Os glicoesfingolipídeos, que ocorrem amplamente na face externa das membranas plasmáticas,
possuem grupos cabeça com um ou mais açúcares conectados diretamente ao –OH no C-1 da
porção ceramida (Quando um ácido graxo é unido em ligação amida ao –NH2 no C-2,
estruturalmente similar ao diacilglicerol). Pag 366.
O que eles tem em comum?????

13 – Classifique e caracterize os esfingolipídeos.


R: Os esfingolipídeos, a quarta grande classe de lipídeos de membrana, também têm um grupo
cabeça polar e duas caudas apolares; contudo, ao contrário dos glicerofosfolipídeos e
galactolipídeos, não contêm glicerol. Os esfingolipídeos são compostos por uma molécula de
aminoálcool, esfingosina, de cadeia longa ou um de seus derivados, uma molécula de um ácido
graxo de cadeia longa e um grupo polar unido por uma ligação glicosídica, em alguns casos, e uma
ligação fosfodiéster em outros.
Há três subclasses de esfingolipídeos, todos derivados da ceramida (Quando um ácido graxo é
unido em ligação amida ao –NH2 no C-2, estruturalmente similar ao diacilglicerol), mas diferindo em
seus grupos cabeça:
As esfingomielinas contêm fosfocolina ou fosfoetanolamina como grupo cabeça polar, sendo assim
classificadas junto com os glicerofosfolipídeos como fosfolipídeos.
Os glicolipídeos neutros (ou cerebrosídeos) têm um único açúcar ligado à ceramida.
Os gangliosídeos são os mais complexos, têm oligossacarídeos como grupo cabeça polar e um ou
mais resíduos do ácido N-acetilneuramínico, um ácido siálico nas terminações. Pag 366

14 – Detalhe a estrutura geral e a função dos principais representantes do grupo dos


esteróis.
R: Os esteróis são lipídeos estruturais presentes nas membranas da maioria das células
eucarióticas. A estrutura característica desse quinto grupo de lipídeos de membrana é o núcleo
esteroide, que consiste em quatro anéis fusionados, três com seis carbonos e um com cinco (Figura
10-17) Pag 368.
O colesterol, o principal esterol nos tecidos animais, é anfipático, com um grupo cabeça polar (o
grupo hidroxila em C-3) e um “corpo” hidrocarbonado apolar (o núcleo esteroide e a cadeia lateral
hidrocarbonada no C-17), tão longa quanto um ácido graxo de 16 carbonos em sua forma estendida

15 – Cite as vitaminas lipossolúveis e destaque a(s) funções fisiológicas para cada uma.
R: Vitamina D: É precursora do hormônio que regula a captação de Ca2+ no intestino e seus níveis
nos rins e nos ossos. A deficiência de vitamina D leva à formação defeituosa dos ossos e a uma
doença chamada raquitismo, para a qual a administração de vitamina D produz uma cura dramática
Vitamina A: É outro precursor de hormônios. Atuando por meio de proteínas receptoras no núcleo da
célula, o derivado da vitamina A, ácido retinoico, regula a expressão gênica no desenvolvimento do
tecido epitelial, incluindo a pele. O retinal, outro derivado da vitamina A, é o pigmento que inicia a
resposta dos bastonetes e dos cones da retina à luz, produzindo um sinal neuronal para o cérebro.
Pag 373. A deficiência dessa vitamina ocasiona vários sintomas em humanos, incluindo secura da
pele, dos olhos e das membranas mucosas; desenvolvimento e crescimento retardados; e cegueira
noturna, frequente sintoma inicial no diagnóstico de deficiência de vitamina A.
Vitamina E: é o nome coletivo para um grupo de lipídeos relacionados chamados tocoferóis. Os
tocoferóis são antioxidantes biológicos. O anel aromático reage com as formas mais reativas de
radicais de oxigênio e outros radicais livres e as destrói, protegendo os ácidos graxos insaturados da
oxidação e impedindo o dano oxidativo aos lipídeos de membrana, o que pode causar fragilidade
celular. Animais de laboratório alimentados com dietas deficientes em vitamina E desenvolvem pele
escamosa, fraqueza muscular e esterilidade. A deficiência de vitamina E em humanos é muito rara; o
principal sintoma é a fragilidade dos eritrócitos.
Vitamina K: É um cofator de coagulação do sangue. O anel aromático da vitamina K passa por um
ciclo de oxidação e redução durante a formação da protrombina ativa, proteína do plasma sanguíneo
essencial na coagulação. A protrombina é uma enzima proteolítica que quebra ligações peptídicas
na proteína sanguínea fibrinogênio para convertê-la em fibrina, a proteína fibrosa insolúvel que une
os coágulos sanguíneos. A deficiência de vitamina K retarda a coagulação sanguínea, o que pode
ser fatal. A deficiência dessa vitamina é muito incomum em humanos, com exceção de uma pequena
porcentagem de bebês que sofrem da doença hemorrágica do recém-nascido, condição
potencialmente fatal.

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