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Carboidratos

São as biomoléculas mais abundantes na face da Classificação e nomenclatura dos carboidratos-


terra. monossacarídeos:
Em 1 ano – fotossíntese pelas plantas e algas Os monossacarídeos (açúcar simples) podem ser
converte 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O classificados de acordo com o nº de átomos de
em celulose e outros carboidratos > fonte de carbono que eles contêm:
energia.
3 carbonos: trioses  Gliceraldeido
DEFINIÇÃO 4 carbonos: tetroses  Eritrose
São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou 5 carbonos: pentoses  Ribose
substâncias que liberam esses compostos por
hidrólise. 6 carbonos: hexoses  Glicose

Fórmula empírica: (CH2O)n alguns contém N, P 7 carbonos: heptoses  Sedoeptulose


ou S;
9 carbonos: nonoses  Ácido neuramínico

o Oligossacarídeos
Cadeias curtas (2-12 unidades) de
monossacarídeos unidos por ligação glicosídicas.
Mais abundantes são os dissacarídeos, formados
por 2 unidades de monossacarídeos.
Todos os mono e dissacarídeos comuns têm nomes
que terminam com sufixo “OSE”.
Ex. Dissacarídeos, tri, tetra, penta, etc.

Classificação dos carboidratos segundo o o Polissacarídeos


tamanho: 3 classes
Cadeias longas que contém mais de 20 unidades
o Monossacarídeos monossacarídicas. Por meio de ligações
glicosídicas.
Açúcar simples, com uma única unidade de
poliidroxialdeído ou cetona, solúveis em solventes Os polissacarídeos podem conter centenas ou
polares, maior parte tem sabor doce; milhares de unidades de monossacarídeos.

Mais abundante na natureza é o açúcar com 6C; Ex. Celulose = cadeias lineares. Glicogênio e
amido = cadeias ramificadas.
Ex. a D-glicose (dextrose)
Epímeros: quando 2 açucares diferem na
configuração ao redor de um único átomo de C
(com exceção do carbono carbonila) são definidos
epímeros uns dos outros.
Ex. D-glicose e a D-manose, diferem
estereoquimicamente apenas em C2 (posição do
OH), ou seja, são epímeros em C2.

Aldoses >
Se a carbonila está em uma
das extremidades da cadeia.
Ex: gliceraldeído.
São todos aldeídos.

MONOSSACARÍDEOS EM FORMAS
CÍCLICAS
Os monossacarídeos com 5 ou mais carbonos em
Cetoses >
soluções aquosas ocorrem em estruturas cíclicas
Se a carbonila está em qualquer outra posição, (em anel), formando hemiacetal ou hemicetal que
menos na extremidade. Ex: Diidroxicetona. apresenta um C* adicional, assim podem existir

Sempre tem cetona.

ISÔMEROS E EPÍMEROS
Isômeros: compostos que possuem a mesma

em 2 isômeros α e β da D-glicose (são compostos


diferentes)
Ex: Para a molécula da glicose, em solução
fórmula química. Ex. glicose, frutose, manose e aquosa, temos as seguintes proporções:
galactose são todos isômeros uns dos outros, tendo Beta - D - Glicopiranose: 62%;
a mesma fórmula C6H12O6;
Isomeria óptica: presença de carbono assimétrico
na estrutura de carboidratos. A grande maioria dos
açucares em seres humanos são açucares D.
Alfa - D - Glicopiranose: 38%;
Alfa - D - Glicofuranose: menos de 0,5%;
Beta - D - Glicofuranose: menos de 0,5%;
Forma aberta: menos de 0,02%.

CICLIZAÇÃO DOS

FURANOSES:
Anel com 5 átomos (4C + Oxig)
A D-frutose forma predominantemente um anel
furanosídico (β-D-frutofuranose)
β furanose= OH p/ cima
α furanose= OH p/ baixo
Essa forma cíclica resulta da reação intramolecular
entre o grupamento funcional (C2 nas cetoses) e
um dos carbonos hidroxilados do restante da
MONOSSACARÍDEOS molécula (C5 na furanose).

PIRANOSES:
Anel composto com 6 elementos (5C + Oxig)
Apenas aldoses com 5 ou mais C podem formar
anéis piranosídicas.
β piranoses= OH p/ cima
α piranoses= OH p/ baixo
Esta forma cíclica resulta da reação intramolecular
entre o grupamento funcional (C1 nas aldoses) e
um dos carbonos hidroxilados do restante da
molécula (C5 na piranose).
MONOSSACARÍDEOS SÃO DISSACARÍDEO
AGENTES REDUTORES Os dissacarídeos são constituídos por 2
Se o Oxigênio no carbono anômero (grupo monossacarídeos unidos covalentemente entre si
carbonila) de um açúcar não está aderido a por uma ligação O-glicosídica, a qual é formada
qualquer outra estrutura este é um açúcar redutor. quando OH de uma molécula de açúcar reage com
o C anomérico do outro açúcar.
Um açúcar redutor pode reagir com reagentes
químicos (ex. sol. de Benedict) e reduzir o LACTOSE
componente reativo. O carbono anômero em si SACAROSE
torna-se oxidado.
TREALOSE
Carbono anômero:
A formação de um anel hemiacetal resulta na
criação de um carbono anômero no C1 de uma
aldose, ou hemicetal no C2 de uma cetose.

VARIEDADE DE
DERIVADOS DAS HEXOSES
O grupo OH no composto original é trocado por
um outro grupo substituinte, ou um átomo de C é
oxidado a ácido carboxílico.
 LACTOSE
Dissacarídeo que ocorre naturalmente apenas no
leite, quando hidrolisado libera D-galactose e D-
glicose. Nome abreviado Gal ( β 1→4) Glc.
É um açúcar redutor.

O sabor doce é detectado por receptores


proteicos presentes na membr. plasmática das
células gustativas nas papilas gustativas da
superfície da língua.
Sucralose: 600 vezes mais doce que a sacarose
 SACAROSE Derivada da sacarose, no qual 3 átomos de cloro
substituem 3 grupos OH
Dissacarídeo de Glicose e Frutose (açúcar comum)
formada pelos vegetais, porém não pelos animais Alitame: é um adoçante dipeptídeo (Asp e Ala) e
superiores. 2000 vezes mais doce que a sacarose
Nomenclatura abreviada: Glc(α 1 <->2 β)Fru Neotame: adoçante sintético, derivado de Asp e
Phe, 8000 vezes mais doce que a sacarose.
Açúcar mais cariogênico!!!
Brazeína: pequena proteina de (54 aa) isolada de
Não é um açúcar redutor.
uma trepadeira, 17.000 vezes mais doce que a
sacarose.

 TREALOSE
Dissacarídeo formado com 2 moléculas de glicose,
é o principal constituinte da hemolinfa, o fluído
circulante dos insetos (composto de POLISSACARÍDEOS (Glicanos)
armazenamento de energia)
A síntese de polímero não há nenhum molde, o
Nomenclatura abreviada: Glc(α 1 <->1 α)Glc programa p/ síntese é intrínseco as enzimas que
catalisam a polimerização das unidades
Não é um açúcar redutor. monoméricas. Devido à diferença nos
mecanismos de montagem dos polímeros, os
polissacarídeos não têm massas moleculares Ponto de ramificação da amilopectina: entre 1 e 6
definidos.
 GLICOGÊNIO
Os polissacarídeos diferem entre si:
Principal polissacarídeo de armazenamento das
 Na identidade das suas subunidades células animais; conseguimos sintetizar e ele é
monossacarídicas; armazenado no fígado e nos músculos.
 Nos tipos de ligação que une nas cadeias;
 No grau de ramificação. Abundante no fígado em torno de 7% do peso
úmido do órgão e também no músculo esquelético
Polissacarídeos de Armazenamento: 1%;
Amido = células vegetais Polímero de subunidades de glicose unidas através
Glicogênio = células animais de ligações (α 1→4), com ligações (α 1→6) nas
ramificações;
Ocorrem intracelularmente como grandes
agregados ou grânulos. É mais extensamente ramificado (uma
ramificação a cada 8 a 12 unidades) e mais
São moléculas altamente hidratadas porque elas compacto que o amido;
têm muitas hidroxilas e formam pontes de H com
a H2O. Todas as pontas de ramificação (amido e
glicogênio) são açúcares não redutores;
 AMIDO
A remoção de glicose ocorre uma a uma a partir
Polissacarídeo de origem vegetal. das pontas não redutoras.
Abundante nos tubérculos, batatas, sementes. HOMOPOLISSACARÍDEOS
O amido contém 2 tipos de polímeros de glicose. ESTRUTURAIS
Amilose – estrutura linear  CELULOSE
Amilopectina – forma ramificada Encontrada na parede celular dos vegetais, (raízes,
troncos, galhos e em todas as partes lenhosas),
AMILOSE (maior parte da massa da madeira)
Cadeias longas, não-ramificadas de unidades de Ex. algodão (é celulose quase pura)
D-glicose conectadas por ligações (α 1→4).
Massa molecular de poucos milhares até 1 milhão. Não pode ser usada pela maioria dos animais
como fonte de energia, porque falta-lhes uma
AMILOPECTINA enzima que hidrolise as ligações (β 1→4);
Altamente ramificada e tem massa molecular até Os cupins digerem facilmente a celulose (a
100 milhões. As ligações glicosídicas unindo os madeira) porque no seu intestino abriga um
resíduos de glicose nas cadeias da amilopectina microrganismo simbiótico Trichonympha, que
são (α 1→4), mas os pontos de ramificação (α secreta a celulase;
1→6); uma ramificação a cada 24 a 30 unidades.
Os fungos e bactérias também produzem celulase;
Os ruminantes (ovelhas, cabras, camelos e girafas)
conseguem utilizar a celulose porque no rumem
destes animais contêm bactérias que secretam
celulase;
Parece muito com amilose mas há uma diferença, Função estrutural, fornece rigidez e resistência ao
os resíduos de glicose tem a configuração β na envoltório celular bacteriano e protege de lise
celulose, enquanto a amilose e amilopectina α. devido à entrada de H2O por osmose;
Os resíduos de glicose na celulose estão unidos
por ligação glicosídicas do tipo ( β 1→4);

Homopolissacarídeo linear, e não ramificado, de


10 a 15 mil unidades de D-glicose > linear.

 QUITINA
Heteropolissacarídeo constituído por unidades
Principal componente do exoesqueleto duro de alternantes, unidas por ligação (β 1→4) de N-
artrópodes insetos, lagostas e caranguejos. acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico;
A quitina forma fibras estendidas similares Estes polímeros lineares justapõem-se na parede
aquelas da celulose e, como a celulose, mas não é celular e são entrecruzados por peptídeos
digerível por animais vertebrados; pequenos;
Homopolissacarídeo composto por resíduo de N-  GLICOSAMINOGLICANOS
acetil-D-glicosamina em ligação β 1-4.

Homopolissacarídeo composto por resíduo de N-


acetil-D-glicosamina em ligação β1-4.
Diferença química com a celulose é a substituição
de um grupo hidroxila em C2 por um grupo
aminoacetilado.

HETEROPOLISSACARÍDEOS
 PEPTIDEOGLICANO São compostos polissacarídicos heterogêneos de
longas cadeias não ramificadas, e têm como base
O peptidoglicano entrecruzado é degradado pela unidades dissacarídicas repetidas.
lisozima que hidrolisa as ligações glicosídicas β1-
4 entre a N-acetilglicosamina e N-acetilmurâmico ÁCIDO HIALURÔNICO
matando as células bacterianas;
Contém unidades alternadas de ácido glucurônico
e N-acetilglucosamina;
Os hialuronatos têm massas moleculares acima de ESTRUTURA DE UM PROTEOGLICANO DE
1 milhão, tendo até 50.000 unidades repetitivas de UMA PROTEÍNA INTEGRAL DE
dissacarídeos; MEMBRANA:
Eles formam soluções altamente viscosas e claras, Um agregado de proteoglicano da matriz
as quais funcionam como lubrificantes nos fluidos extracelular:
das juntas e conferem ao humor vítreo dos olhos
dos vertebrados sua consistência semelhante à da Proteoglicanos: proteinas extracelulares ligadas
gelatina;
Hialuronato é também componente essencial da
matriz extracelular das cartilagens e dos tendões.

a glicosaminoglicanos (estruturas que possuem um


dos açucares aminados e normalmente sulfatados).
Esquema da parede celular de organismos Gram
negativos.
A face externa da membrana externa é rica em
lipopolissacarídeos (LPS). Denominados também
de endotoxina, e provocam febre e eventualmente
morte, quando injetados em animais.
O lipídeo A corresponde à porção mais interna da
molécula, ancorando o LPS à porção hidrofóbica
da membrana externa. Este componente
corresponde à porção tóxica do LPS e geralmente
é composto por ácido esteárico, palmítico,
mirístico, láurico ou capróico.

Funções dos oligossacarídeos no reconhecimento e


na adesão à superfície da célula:

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