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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS HUMANAS

Berger, P. L. (1985). O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da


religião (Introdução). Editora Paulinas.

Nome: Nathan Daniel Salles Barbosa


Disciplina: CRE035-2022.3-A - TEORIAS DA RELIGIÃO
Docente responsável: Prof.Dr EDSON FERNANDO DE ALMEIDA
N° da matrícula: 202072037A

Princípio da ideia de Berger

Dentro da teoria de Berger, o homem tanto quanto a sociedade é um produto


variante deles próprios. Isto é, a realidade tomada pelo o homem atinge por
conseguinte a sociedade por estar envolvida em sua esfera dialética, sendo assim
para o autor essa motivação do humano parte por interferir na sociedade, sendo
assim, conseguimos imaginar 3 motores que vão fazer essa ligação do processo
dialético do subproduto que é a religião.
Estes são: a priori a exteriorização que tem o sentido de proporcionar o
conhecimento das ações humanas referente ao mundo em que se está existindo; A
interiorização, da qual parte por transformar a ideia das estruturas do mundo em um
conceito subjetivo a ação do homem; Por fim então a objetivação da qual se trata do
percurso que se trava em busca de uma realidade da qual supra as atividades
mentais e físicas da sociedade e do produto humano.
“Toda sociedade humana é um empreendimento de
construção do mundo. A religião ocupa um lugar
destacado nesse empreendimento. Nosso principal
intuito é formular alguns enunciados sobre a
relação entre a religião humana e a construção
humana no mundo. [...] A sociedade humana é um
fenômeno dialético por ser um produto humano, e
nada mais que um produto humano, que no
entanto retroage continuamente sobre seu
produtor. A sociedade é um produto do homem.
Não tem outro ser exceto aquele que lhe é
conferido pela atividade e consciência humana,
não pode haver realidade social sem o homem.”
(Pág 15. Berger, Peter Ludwig. "O dossel sagrado:
elementos para uma teoria sociológica da religião
(Introdução)." Editora Paulinas, 1985.)

Sendo assim podemos caracterizar que para o autor, as sociedades são fundadas a
partir de estigmas dos homens, tais esses que formam a sociedade, neste sentido
confirmamos um conceito de existência mútua, ou seja, cria-se a ideia de que os
humanos não existiriam sem a sociedade assim como a sociedade não existiria sem
os humanos, capacitando o conceito de subsistência relacionada em suas raízes
mais ínfimas, o que isso quer dizer? Berger exprime com a sua fala que não é
possível, ou, é praticamente impossível pensar que um ser humano que estaria
isolado poderia de alguma forma materializar seus pensamentos sociais para um
campo coletivo, o próprio fato do ser humano estar no seu exterior já é fato que ele
está por si só então em um campo coletivo, e suas ideologias não fogem dessa
ramificação. Neste sentido, o filósofo parte por enfatizar que se a exteriorização do
mundo é capacitação para que o humano consiga pensar socialmente assim como,
faz com que a transcrição lógica de seus pensamentos sejam objetificados de
maneira verídica (seus objetos de conhecimento são constantemente re-analisados)
a cultura se torna então a segunda natureza do humano, isto é, a base que liga
todos no mesmo conceito é a linguagem.
Secularização

Neste momento, com a esfera da cultura (linguagem) predominante a esfera


sagrada podemos observar que na ideia do autor, a esfera sagrada assim como a
religião propriamente dita entra em um momento crítico que é a secularização. Isto
é, a secularização parte por infringir o desaparecimento da religião ao que condiz
com os conceitos científicos tomando conta do campo religioso. Deste modo
podemos então observamos que a relação da religião com a ciência nesse sentido
passa a ser uma narração de uma crença ou cultura, assim podemos pensar até
mesmo que o mito é a passagem de uma informação de mundo para uma outra
pessoa via oralmente (principalmente) no qual detém um grande valor
epistemológico diante um fenômeno ou acontecimento da história humana, deste
modo, cria-se as experiências como por exemplo a de um trovão, é uma experiência
tremenda e fascinante, tanto pela beleza que aquele fenômeno, tanto quanto
oferece uma forte luz e segmentos de energia tanto e seu alto poder destrutivo que
causa pavor naqueles que estão muito perto é isso passa a vislumbrar como uma
cratofania ( manifestação do poder sagrado ou do mundo sagrado perante a
natureza, ex. fogo, inundação, raio terremoto e etc). Nós podemos dizer com
alguma certeza que essa sensação está sempre vinculado ao nosso dia a dia, pois
nem tudo a ciência passa a desenvolver uma ideia para o que aquilo acontece ou
então sabe-se como ocorre mas não o porque daquilo acontecer, assim poderíamos
analisar os sentimentos das pessoas, pois irrompe com a realidade humana
(secularização, desencantamento do mundo) para vislumbrar um mundo mágico, do
qual o homem ganha sentido de sua existência e não fica como uma cápsula vazia
e sem sentido algum, além de muitas das vezes ganhar conforto para que possa
prosseguir em seus momentos árduos.

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