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ANAMNESE
Professora e Supervisora nos cursos de Especialização em Neuropsicologia do Hospital Israelita Albert Einstein e de formação
em Reabilitação Neuropsicológica pelo Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da FMUSP
Professora no curso de Especialização em Reabilitação Neuropsicológica do Hospital Israelita Albert Einstein
Especialista em Neuropsicologia e formação em Reabilitação Neuropsicológica pela Divisão de Psicologia do Instituto Central
do HC FMUSP
Formação em Reabilitação Multiprofissional de Adultos com Deficiência Física e Motora pela AACD
2022
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Ou seja, aplicar qualquer um aplicas mas interpretar o teste e saber o que faz com isso, é
outros 500
ANAMNESE (ENTREVISTA CLÍNICA)
Ø Envolve observação
ANAMNESE (ENTREVISTA CLÍNICA)
Ø É preciso “explorar” cada uma das esferas de modo detalhado pedir exemplos
Ø Podem existir outras perguntas, além daquelas que compõem o roteiro, desde
que sejam pertinentes à avaliação neuropsicológica
Ø É importante a empatia
ANAMNESE (ENTREVISTA CLÍNICA)
Ø Utilizar questionário por escrito durante a entrevista clínica e também solicitar que o
acompanhante responda um questionário por escrito (com data e assinatura) como
modo de defesa jurídica, se necessário
Paciente
+ Paciente Familiar
Familiar
Histórico Social
ü Queixas subjetivas x Anosognosia pcte nao tem noção do seu quadro. e há graus
Medicações Atuais
ü Etilismo (uso de álcool excessivo pode causar síndrome de Wernicke- Korsakoff, uso
moderado e crônico causa disfunções frontais, alterações leves de memória são
potencializadas com o uso de álcool)
ü Rotina Típica: solicitar ao paciente que descreva um dia típico (do acordar ao dormir),
além de atividades de laser e sociais.
ANAMNESE - PACIENTE FICTÍCIO
Paciente X, 32 anos, destro, compareceu em meu consultório acompanhado de sua esposa (Y, 28 anos)
para realização de avaliação neuropsicológica. Veio encaminhado pelo Dr. W, médico neurologista, a
fim de investigar o perfil cognitivo atual, devido queixas de memória e linguagem somadas à alterações
de comportamento após episódio de hemorragia cerebral.
Dados de história relevantes foram obtidos com o próprio paciente e sua esposa através de entrevista
e também através da aplicação de um questionário respondido por escrito pela mãe do paciente (Sra.
Z, 68 anos). Consta:
X está casado há 03 anos, não possui filhos, é natural e procedente de Vitória da Conquista (BA) onde
reside com Y. Cursou ensino Superior completo, com formação em Direito e possui pós-graduação em
Processo do Trabalho. Até a data da lesão, X estudava para concursos públicos voltados ao cargo de
Procurador Geral do Estado e suas atividades de lazer eram prática de musculação em academia,
realização de trilhas de bicicleta e jogos de futebol.
Histórico Clínico/Queixas Neuropsicológicas Atuais: Paciente foi vítima de acidente vascular encefálico
hemorrágico (AVEh) em 04 de novembro de 2010, quando andava de bicicleta com amigos, ficando
inconsciente por pouco mais de 24 horas. A partir deste fato, a mãe e a esposa de X observaram
mudanças em seu comportamento referindo que o mesmo está menos impaciente e com diminuição
da iniciativa. Atualmente, Sra. Z e Y também perceberam X bastante ansioso e preocupado com o
episódio do AVE. Paciente tem histórico de personalidade forte caracterizada por impulsividade,
intolerância, perfeccionismo e importante senso de responsabilidade. Ambas referiram que em
situações de interação pessoal X se mostra cordial e educado.
Sra. Z e Y observaram dificuldade de atenção e descreveram que X não consegue se concentrar em
diversas atividades, tais como: assistir TV ou ler, seguir uma conversa sem perder o fio da meada ou se
atentar a atividades que lhe sejam prazerosas. Relataram ainda que X não consegue retomar uma
atividade após ser interrompido/distraído.
Mãe e esposa referiram comprometimento de raciocínio lógico e alterações de memória para fatos
recentes. Disseram que X faz a mesma pergunta diversas vezes, sem recordar as respostas recebidas.
Também perceberam desorganização temporal, principalmente no que se refere ao dia do mês e
horário do dia.
X demonstra dificuldade de leitura e expressão verbal, com frequentes trocas de palavras. Em situações
de conversa, repete palavras que acabou de ler ou ouvir de alguém. O pensamento está tangencial com
perda de meta durante o discurso. Sra. Z e Y referiram que X inicia as conversas falando sobre
determinados assuntos e completa o pensamento falando de outros assuntos. A compreensão verbal
também lhes pareceu prejudicada e as mesmas justificaram isso dizendo que o paciente por vezes não
segue comandos verbais e inverte a realização de uma atividade que lhe foi solicitada pela realização de
outra que não lhe foi pedida. No entanto, mãe e esposa relataram que com o passar dos dias há gradual
evolução do quadro cognitivo geral.
Paciente está afastado de suas atividades profissionais e não pode dirigir por ordem médica. Não
manipula nem administra suas finanças, embora se interesse por acompanhar as próprias transações
bancárias realizadas através da Internet. Todavia, consegue controlar o uso de suas medicações.
Atualmente, X está fora de sua cidade de origem e não possui uma rotina fixa. Suas atividades estão
centradas em consultas com a neuropsicóloga para a realização deste exame e em consultas médicas
visando a realização de outros exames complementares.
Sra. Z e Y não trouxeram queixas quanto ao apetite e/ou ciclo sono-vigília do paciente. Entretanto,
relataram que X referiu cansaço físico com frequência. O mesmo percebeu seu hemicorpo esquerdo com
diminuição de força. Paciente faz uso de lentes corretivas com oclusor no olho esquerdo devido Diplopia
(visão dupla).
X nega hábitos tabagista e etilista, assim como uso de substâncias psicoativas.
Medicações de uso regular: Seroquel®
Antecedentes clínicos pessoais: nada consta.
Antecedentes familiares: AVE (avô paterno), câncer (avós materna e paterna), Hipertensão Arterial
Sistêmica - HAS (mãe), doença psiquiátrica não especificada (primo paterno).
Exames de neuroimagem: