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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2
UNIDADE 1 – A ANVISA E A FARMACOVIGILÂNCIA ............................................. 6
1.1 DEFINIÇÕES E OBJETIVOS ...................................................................................... 6
1.2 INSPEÇÕES EM FARMACOVIGILÂNCIA ...................................................................... 7
UNIDADE 2 – POLÍTICAS PARA MEDICAMENTOS .............................................. 12
2.1 REGULAMENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO BRASIL ................................................ 14
2.2 POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS (PNM) ................................................... 16
2.3 RDC Nº 04, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2009, E AFINS .............................................. 18
2.4 A RDC Nº 04/2009 E AS EXIGÊNCIAS AOS DRM ................................................... 20
2.5 OS DRM E O RELATÓRIO PERIÓDICO DE FARMACOVIGILÂNCIA (RPF)..................... 22
UNIDADE 3 – MEDICAMENTOS: VENDA LIVRE, USO RACIONAL, OFF LABEL,
FISCALIZAÇÃO ........................................................................................................ 25
3.1 MEDICAMENTOS DE VENDA LIVRE ......................................................................... 25
3.2 O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS .................................................................. 26
3.3 USO OFF-LABEL DE MEDICAMENTOS ..................................................................... 29
3.4 FISCALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ....................................................................... 31
UNIDADE 4 – VIGILÂNCIA DE FRONTEIRAS E AS DROGAS SINTÉTICAS ........ 34
UNIDADE 5 – FARMACOECONOMIA ..................................................................... 38
5.1 O PAPEL DA ANVISA NO CONTEXTO DA FARMACOECONOMIA ................................. 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
ANEXOS – LEGISLAÇÃO CORRELATA ................................................................ 51
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INTRODUÇÃO
Figura 1: Farmacovigilância.
Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br
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Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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O SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA é constituído pelo Ministério da Saúde,
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Centros de Vigilância Sanitária Estaduais, do
Distrito Federal e Municipais (Visas), os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENS), o
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), em relação às ações de vigilância
sanitária.
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2BFarmac%25C3%25AAutica_Aspectos%2BGer....pdf/89baef4f-5f30-40e4-b85a-
cad7a67c0685
3) Roteiro de Auditoria. Link:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/355966/Roteiro%2Bde%2BAuditoria%2
Bde%2BEstudos%2Bde%2BEquival%25C3%25AAncia%2BFarmac%25C3%25AAuti
ca%2Be%2Bde%2BPerfil%2Bde%2BDissolu%25C3%25A7%25C3%25A3o%2BCom
parativo_junho%2B2012.pdf/365e40f5-2f52-4768-84db-759ba7db41ca
Pois bem, quando pensamos em efetivação dos direitos para uma parcela
da população que está marginalizada, podemos pensar em idosos, em negros.
Podemos também afunilar a política para a educação e pensar em pessoas com
necessidades especiais, e ainda se pensarmos na saúde, podemos focar em grupos
vulneráveis como crianças desnutridas, áreas de doenças endêmicas. Enfim, são
muitos os vieses que podem seguir uma política pública.
Guarde...
As políticas públicas têm sua importância, entretanto não podem ser
consideradas como a solidariedade ou dádivas de um estado bom em prol do bem-
estar de toda população, por meio de um discurso caridoso e evasivo. Estas
políticas não podem ser estruturadas apenas como meios de promoção política e
discurso eleitoreiro. Devem ser formuladas e implementadas segundo as
necessidades reais da população.
Não cabe dizer que as políticas públicas são boas ou ruins, mas é preciso
apontar limitações e que estas irão se efetivar garantindo direitos para toda
população a partir do momento em que haja movimentos sociais em prol da garantia
da cidadania, além de melhores condições de vida e sobrevivência.
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Lei nº 6360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 24 set. 1976. Seção 1, p. 12647.
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Portaria nº 577, de 20 de dezembro de 1978. Recomenda à Câmara Técnica de Medicamentos do
Conselho Nacional de Saúde que, para cumprimento ao disposto no inciso XIV do artigo 23 do
Regimento aprovado pela Portaria Ministerial nº 204, Bsb, de 04 de maio de 1978, adote as
providências necessárias à viabilização de um sistema nacional de vigilância farmacológica, que terá
por finalidade a notificação, registro e avaliação das reações adversas dos medicamentos registrados
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pelo Ministério da Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 27 dez. 1978. Disponível em:
<http://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-9-29-1978-12-20-577>.
5
Portaria nº 3916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário
Oficial da União, Brasília, 10 nov. 1998. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/portaria_3916_98.pdf>.
6
Lei nº 9782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
27 jan. 1999. Seção 1, p. 1.
7
Portaria nº 696/MS/GM, de 7 de maio de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, 8 mai. 2001.
Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2001/GM/GM-696.htm>.
8
Portaria nº 1.660, de 22 de julho de 2009. Institui o Sistema de Notificação e Investigação em
Vigilância Sanitária – VIGIPÓS –, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como parte
integrante do Sistema Único de Saúde – SUS. Diário Oficial da União, Brasília, 24 jul. 2009.
Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/74c5db80474583268e71de3fbc4c6735/PORTARIA+No
1660+22+07+09.pdf?MOD=AJPERES>.
Também vale a pena conferir a nota técnica 44/2011 com as diretrizes para implantação da Rename,
Renases e Coap (decreto nº 7.508/11) disponível em: http://www.conass.org.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2011/02/NT-44-2011-Implantac%CC%A7a%CC%83o-do-
Decreto_Renases_Rename_COAP.pdf
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Instrução Normativa nº 14, de 27 de outubro de 2009. Aprova os Guias de Farmacovigilância para
a execução da RDC nº4, de 10.02.2009. Diário Oficial da União, Brasília, 28 out. 2009. Disponível em:
<http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/instrucao-normativa/101047-14.html>
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Guarde...
A RDC nº 04/09 dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os Detentores
de Registro de Medicamentos (DRM) de uso humano.
exigidos das indústrias em âmbito internacional desde 1996, como o Periodic Safety
Update Report (PSUR), um documento único que permite a avaliação periódica e
abrangente dos dados de segurança de medicamentos comercializados, passaram a
ser exigidos também no Brasil (CARVALHO, 2011).
Apesar de a notificação espontânea permanecer como pedra fundamental
da farmacovigilância brasileira (OMS, 2005), a Resolução e seus Guias trouxeram
outro grande avanço ao instituírem o “Plano de Farmacovigilância”, que traduz o
entendimento internacional de uma vigilância mais ativa dos medicamentos.
Este é o mesmo entendimento de Tsintis e La Mache (2004 apud
CARVALHO, 2011), de que as informações são estabelecidas durante todo o
desenvolvimento do produto, desde os estudos não clínicos em animais, in vitro e
ensaios clínicos em humanos. Assim, não existe justificativa para que o processo de
farmacovigilância se inicie apenas após lançamento do produto no mercado.
No entanto, estas normas expõem algumas discrepâncias entre as diversas
indústrias situadas em território nacional. Isto porque a maioria das indústrias
farmacêuticas multinacionais já possui sistemas rapidamente adaptáveis aos
requisitos publicados em 2009 por exigência de suas matrizes, que obedeciam aos
critérios internacionais. As indústrias nacionais, no entanto, dispunham de
dispositivos legais muito vagos, como o artigo 79 da Lei nº 6.360/76, que trata da
notificação dos acidentes ou reações nocivas causados por medicamentos ao órgão
de vigilância sanitária competente (DIAS et al., 2005).
Dessa forma, o cumprimento da Resolução e seus Guias são ao mesmo
tempo um grande avanço e um grande desafio para as indústrias farmacêuticas, em
especial as nacionais. Ultrapassar esse desafio exige a implementação de
programas de treinamento específicos e a facilitação de acesso a fontes de
informação qualificadas, como providências imprescindíveis para a necessária
adequação do parque industrial farmacêutico e modificação do histórico de
insipiência em farmacovigilância no país (CARVALHO, 2011).
2.4 A RDC nº 04/2009 e as exigências aos DRM
A RDC nº 04/09 determina a realização de ações de farmacovigilância no
Brasil por parte dos DRM. Para isso, as empresas devem ter uma estrutura mínima
que contemple os seguintes aspectos:
II- nos três anos seguintes ao período do item anterior, anualmente, até a
primeira renovação.
Os detentores de registro de medicamentos novos também devem
encaminhar para a Anvisa o RPF ao final do primeiro e do segundo ano do registro
do produto, respeitado o limite de até 60 dias após o término do prazo previsto. Na
ocasião das renovações, o sumário executivo referente ao período de cinco anos do
Relatório do mesmo período deve ser encaminhado para as respectivas áreas de
registro da Anvisa.
A RDC nº 04/09 ainda estabelece que o RPF poderá ser solicitado aos
detentores de registro de medicamentos para períodos e prazos diferentes daqueles
citados na norma, se necessário.
A Anvisa pode solicitar, por ocasião do registro ou a qualquer momento, o
Plano de Farmacovigilância para as empresas farmacêuticas, com a descrição das
ações da rotina e com a descrição de ações adicionais propostas para a vigilância
dos medicamentos. A verificação dessa necessidade é feita, principalmente, com
base nas especificações de segurança do produto, em que são apresentados os
dados clínicos e não clínicos do medicamento, além dos riscos potenciais e
identificados pelo DRM e possíveis informações anteriormente desconhecidas.
Poderá ser solicitado um Plano de Minimização de Risco (PMR), para os
casos em que as situações de segurança necessitem de ações específicas para o
medicamento, principalmente quando este não tiver sido estudado de forma
adequada antes do registro. Portanto, o PMR tem por finalidade o gerenciamento de
novos riscos no período pós-registro ou mesmo o acompanhamento de riscos
conhecidos em populações já estudadas. Esse Plano deve englobar tanto as ações
descritas no Plano de Farmacovigilância, como as ações específicas para o
medicamento.
No documento, a empresa deve apresentar uma proposta baseada em
métodos farmacoepidemiológicos para a avaliação dos pontos críticos relacionados
à segurança do medicamento. Também deve ser incluída a maneira como a
efetividade das ações propostas será avaliada para minimizar os riscos do produto
em questão (ANVISA, 2012).
por entidades representantes da sociedade civil organizada, entre outras, por via
postal ou eletrônica (sistema anvis@tende, ouvidoria@anvisa.gov.br e
ggpro@anvisa.gov.br).
A Gerência também se utiliza do Projeto de Monitorização de Propaganda.
Esse projeto tem como objetivo expandir a todas as regiões brasileiras a
monitoração e a fiscalização da propaganda de produtos sujeitos à vigilância
sanitária, através de uma parceria que teve início no ano de 2002 entre a ANVISA e
instituições brasileiras de ensino superior que monitoram em suas cidades, jornais e
revistas de circulação local, emissoras de rádio e de TV, além de realizarem a
captação de propagandas em hospitais, clínicas médicas, odontológicas, de
fisioterapia e de nutrição, congressos e eventos da área de saúde, supermercados,
farmácias e drogarias. Essas instituições também pré-analisam e encaminham
propagandas para a ANVISA, auxiliando desta forma a Agência nas atividades de
monitoramento e fiscalização do setor (ANVISA, 2012).
A partir da configuração de propaganda irregular, a Gerência toma as
medidas necessárias para obtenção de provas processuais e instauração de
processos administrativos (ANVISA, 2012).
Embora saibamos que o medicamento tenha forte influência e presença na
vida das pessoas, sendo um instrumento de recuperação ou manutenção da saúde,
é preciso muito cuidado em sua prescrição e utilização.
Os medicamentos são essenciais quando receitados com coerência e
usados adequadamente para diagnosticar, prevenir e curar doenças. Entretanto,
quando utilizados de maneira incorreta ou consumidos sem orientação médica e
farmacêutica, podem causar efeitos indesejáveis, mascarar doenças graves e
oferecer sérios riscos à saúde, pois todo medicamento possui um risco sanitário
intrínseco, e mesmo os de venda sem prescrição médica, devem ser consumidos
com parcimônia, consciência e responsabilidade (AMORIM; BRANDÃO, 2014).
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Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes. O documento na língua original pode ser
encontrado em http://www.unodc.org/documents/scientific/NPS_2013_SMART.pdf sob o título: “O
desafio de novas substâncias psicoativas”.
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
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Essas drogas de abuso vêm sendo vendidas pela Internet como LSD “legal”
ou como substância química experimental com diferentes denominações, tais como
“Boom”, “Pandora”, “Filme Holandês” e “N-bomb” (BERSANI et al., 2014 apud
WAYHS et al., 2016).
Agem como agonistas parciais de receptores serotoninérgicos 5-HT2A,
sendo utilizado majoritariamente por via oral/sublingual e esporadicamente por via
intravenosa, nasal, vaginal e retal, sendo também relatado seu uso fumado
(BERSANI et al., 2014 apud WAYHS et al., 2016).
O conhecimento toxicológico acerca desse grupo de substâncias é tão
recente quanto sua proibição: Europa e EUA, em 2013; Brasil, em 2014. Os efeitos
descritos pelos usuários incluem entorpecimento sublingual, estimulação, “body
high”, alucinações, dissociação e ansiedade, apresentando elevado risco de
overdose, uma vez que existem relatos de toxicidade aguda e mortes pelo uso
dessas substâncias (BERSANI et al., 2014, WOOD et al., 2015 apud WAYHS et al.,
2016).
UNIDADE 5 – FARMACOECONOMIA
Dentre vários fatores que vem contribuindo para o aumento dos custos no
atendimento de pacientes nas instituições hospitalares e outros serviços de saúde,
podemos citar o aumento da expectativa de vida da população e o crescente
desenvolvimento de tecnologias na área médica, bem como a alta especialização e
REFERÊNCIAS
BÁSICAS
COMPLEMENTARES
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/74c5db80474583268e71de3fbc4c6735
/PORTARIA+No1660+22+07+09.pdf?MOD=AJPERES>
BULCÃO, R. et al. Designer drugs: aspectos analíticos e biológicos. Quím. Nova, 35,
149, 2012.
MARIN, Nelly. et al. (Org.) Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio
de Janeiro: OPAS/OMS, 2003.
Decretos
Instrução Normativa
Resoluções
Portarias
Notas técnicas