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Trabalho apresentado
como conclusão da
Especialização Lato-sensu em
Psicologia Biodinâmica, sob a
supervisão da professora
Glória Cintra.
1. Introdução
*¹ O autor Ashlei Montagu (Um dos precursores da pesquisa e estudo sobre a pele e a sua
importância) considera a pele como um “órgão”, e não apenas um tecido que nos protege das
intempérie - principal, aparato sensorial. Não apenas porque os nossos órgãos dos sentidos sejam, na
verdade, tecido cutâneo que se diferenciou (como acontece com as mucosas da boca, na percepção do
paladar); Mas principalmente porque cada milímetro de nossa pele é provido de numerosos “receptores
nervosos”, ou seja, minúsculas estruturas neurológicas capazes de captar e conduzir os variados tipos
de estímulos: calor, frio, pressão, etc. Como se fossem minúsculos radares, nos mantêm informados
sobre a infinidade de estímulos à que somos submetidos à cada instante.
“... o sistema nervoso é uma parte escondida da pele, ou ao contrário, a pele pode ser
considerada como a porção exposta do sistema nervoso”. Uma vez que as células que lhe dão origem
provêm da mesma camada embrionária da qual se forma nosso sistema nervoso central, ou seja, a
ectoderme. (ASHLEY MONTAGU, Tocar: o Significado Humano da Pele , Editora: Summus, 1988, p.23)
2. Metodologia
3. Desenvolvimento
3.1.2. Massagem
Toque Básico
Escoamento
Massagem Colônica
Massagem Orgonômica
Massagem Hipotônica
Massagem de Distribuição
Massagem de Extremidades (Exit massage)
Espirais
Massagem no Periósteo
3.1.4. Auto-regulação
Neste contexto quando você relaxa, o coração bate mais devagar, pode-
se descarregar o excesso de energia e tensão, o diafragma relaxa e a
respiração se aprofunda, o intestino relaxa, as couraças se afrouxam, você
pode voltar sua atenção para dentro e começar a se auto-perceber melhor,
perceber a sua a respiração, barriga, o seu quadril, seu coração.
E são estes dois sistemas que ajudam a controlar a digestão. Com fibras
que chegam aos órgãos digestivos da parte não consciente do cérebro ou da
medula espinhal. Liberando acetilcolina ou adrenalina. A acetilcolina faz com
que os músculos dos órgãos digestivos se contraiam com maior intensidade,
empurrando o bolo alimentar e sucos digestivos através do trato digestivo. A
acetilcolina também estimula o estômago e pâncreas a produzirem mais suco
digestivo. A adrenalina relaxa os músculos do estômago e intestino e diminui o
fluxo sangüíneo nestes órgãos. As fibras intrínsicas (de dentro), formam uma
rede, cobrindo a parede do esôfago, estômago, intestino delgado e cólon e são
estimuladas pela distensão da parede dos órgãos pelo alimento. Liberam
inúmeras substâncias que aceleram ou retardam o movimento da comida ou da
produção de sucos digestivos. Sendo este um dos aspectos fascinantes do
sistema digestivo: a sua capacidade de auto-regulação.
3.2.2. Música
Como diz Maria Fux (1983, p.51), bailarina argentina criadora do método
de dançaterapia, “não é possível compreender a música sem a experiência da
³O som são ondas sonoras, é um fenômeno físico e as ondas sonoras são energia e, portanto,
podem ser captadas, canalizadas e reconstruídas.
3.2.4. Relaxamento:
4 - Segundo Benenzon (1988), um sistema de percepção interna, um conjunto de receptores que detectam tudo
quando ocorre no interior do corpo (reações sejam ao toque, a posição corporal ou a música).
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“Lei da Transferência: Devido a esta lei física, conforme descrita por Itzhah Bentov em Stalking the Wild Pendulum
(Dutton, 1977), um ritmo externo irá automaticamente sobressair sobre seu ritmo interno (do seu coração ou da sua respiração,
por exemplo). Isto significa que músicas com uma batida rápida inevitavelmente fazem com que seu coração bata mais rápido.
Músicas com uma batida, ao contrário, podem levar o corpo a relaxar. Lei da Ressonância: É o fenômeno pelo qual uma entidade
vibracional (diapasão, corda de violão, sino), faz com que uma outra entidade suscetível de vibrar (como o corpo humano) ao
receber a ação periódica, adote o período desta, ou seja, vibrando quando suas respectivas freqüências se igualem.
“ é usada não somente por suas propriedades curativas, mas também para
intensificar os efeitos da relação cliente-terapeuta ou de outras modalidades
de tratamento (por exemplo, a argumentação verbal,[ a massagem]). Aqui a
música não é o agente primário de mudança e sua utilização depende do
terapeuta. Nesta perspectiva o principal objetivo do terapeuta é atingir as
necessidades do cliente através de qualquer meio que pareça mais
relevante ou adequado, seja a música, a relação ou outras modalidades
terapêuticas.”
E foi exatamente por pensar assim o que levou a autora escrever sobre esta
integração. Depois de percorrer alguns fundamentos teóricos de ambas as
ciências, suas especificidades, aplicações e resultados e fazer breves
interligações; neste capítulo a autora pretende expor outros aspectos da teoria
para que haja um entendimento ainda mais amplo desta possibilidade de
integração, apresentando para exemplificar na prática esta possibilidade um
estudo de caso.
(Lya Luft,2003)
Sim seu corpo estava colapsado. O corpo de uma pessoa com lesão
medular no decorrer do tempo vai perdendo a forma vai ficando hipotônico e
adquirindo a aparência de um corpo colapsado, além de apresentar uma cisão
real, um bloqueio cervical, o único “controle” físico é da cabeça-pescoço e
parcialmente dos braços, dissociado das sensações físicas para baixo da
lesão, caracterizando também traços esquizóides adquiridos e característica
essa que justifica também seu sintoma de insônia.
4.2. As técnicas
A autora acredita que este processo terapêutico se deu pela pelo vínculo
estabelecido entre terapeuta-paciente e pela integração das intervenções das
massagens, do toque, da música e do relaxamento que derretendo as tensões
musculares que encapsulam os conteúdos e a energia emocional,
enfraqueceram a couraça muscular o que possibilitou o surgimento do material
reprimido possibilitando a auto-regulaçao de L.H..
5. Considerações Finais
Não podendo deixar de lembrar ainda que estas duas ciências trabalham
com o prazer, este que é uma força naturalmente expansiva, infinitamente
curativa e essencial a existência, portanto auto-reguladora.
ANEXOS
Referências Bibliográficas
FREGTMAN, Carlos Daniel. Corpo, Música e Terapia. São paulo : Cultrix, 1989.
FUX, Maria. Dança experiência da vida. 3 ed..São Paulo: Summus Editorial, 1983.
GUYTON, A.C., HALL, J.E. Tratado De Fisiologia Médica. 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 4.
ed. SP: Atlas, 1996.
Material da Internet
BAKALAR, N. A emoção em um toque. Folha de São Paulo, São Paulo, 31 de agosto, 2009.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/ny3108200915.htm>
Acesso em: 22 de julho de 2011