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É imprescindível que haja mecanismos que permitam controlar a tramitação dos documentos
de forma que seja possível acompanhar seus andamentos evitando possíveis perdas de
documentos durante sua resolução. Essa atividade de controle é o que chamamos de
PROTOCOLO, e deve ser implementada na idade CORRENTE do ciclo de vida dos documentos.
1) Recebimento: Essa tarefa consiste basicamente em receber toda a documentação que irá
circular no órgão. Não é à toa que o protocolo é normalmente instalado na entrada do órgão,
onde geralmente há um balcão onde o usuário dá entrada em suas solicitações.
Em regra, os documentos devem ser lidos pelo protocolo quando de sua entrada, a fim de
identificar seus assuntos. Isso implica a abertura dos envelopes que chegam lacrados. O Setor
de Protocolo pode, portanto, abrir a correspondência e identificar os dados dos documentos
para efetuar o registro. Isto não ocorre, entretanto, com documentos particulares e sigilosos,
que não podem ser abertos pelo setor. Para esses documentos é feito simplesmente o controle
de recebimento e, em seguida, eles são entregues aos usuários (não utilizamos o termo
registro para essas duas etapas).
3) Autuação: Uma vez cadastrado, o documento será analisado e, na maioria das vezes, no que
se refere à esfera pública, transformado em processo. Essa transformação é chamada de
autuação (no dia a dia é comum chamarmos de abertura ou formação de processo). O nome
autuação está vinculado ao fato de que, tecnicamente, os populares processos são chamados
de autos ou autos de processo, ou seja, autuação é o ato de transformar a correspondência
(documento comum) em auto de processo. Essa é uma atividade EXCLUSIVA do protocolo,
dentro do órgão público
Documentos particulares e sigilosos não serão registrados no protocolo. Não significa que não
haverá controle. O termo registro é bem específico, e se refere ao cadastro dos dados após a
leitura dos documentos. O protocolo terá controle de recebimento e entrega, mas neste caso
não usamos tecnicamente o nome registro para este controle. Os demais documentos (não
particulares ou sigilosos) são considerados ostensivos e devem passar por todas as etapas de
controle. Em resumo, documentos ostensivos serão abertos, registrados e controlados em
todas as etapas de protocolo. Documentos particulares e sigilosos serão apenas recebidos,
separados e encaminhados aos destinatários.
CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS
É preciso ter um controle para identificar o que tem valor e o que não tem mais valor, a fim de
definir o que já pode ser descartado. Para isso, teremos que trabalhar com os dois tipos de
valor que os documentos arquivísticos podem ter: valor primário e valor secundário.
VALOR PRIMÁRIO: Documentos com valor primário são aqueles que ainda estão sendo
resolvidos (documentos de primeira idade, ou correntes) ou aqueles que já foram resolvidos,
mas que ainda podem ser questionados administrativa ou juridicamente (documentos de
segunda idade, ou intermediários). Também é chamado, na bibliografia, de valor
administrativo, pela sua característica. Na prática, todo documento nasce com este valor e,
depois de algum tempo, o perde. Portanto, é um valor prescritível, que acaba com o tempo.
VALOR SECUNDÁRIO: O valor secundário (assim chamado por ser o segundo valor que o
documento pode ter) é aquele em que o documento deve ser guardado pelo potencial
histórico que apresenta para a instituição e para a sociedade em que está inserido. São
documentos que, uma vez perdido o interesse administrativo, devem ser conservados para que
os fatos neles narrados sejam preservados para a posteridade. Nem todo documento
apresentará esse valor, mas, uma vez identificados como históricos, os documentos jamais
prescreverão, ou seja, os documentos deverão ser guardados de forma permanente. É na
terceira idade que estarão preservados tais documentos (não é à toa que essa idade é
chamada de permanente).
Todo documento nasce com valor primário ou administrativo, mas nem todo documento
atingirá o valor secundário ou histórico.
4) Por serem documentos mais novos e mais utilizados, devem estar localizados junto às áreas
onde estão sendo resolvidos, ou seja, nos próprios setores, ou em locais próximos e de fácil
acesso.
TABELA DE TEMPORALIDADE
Os prazos previstos na tabela de temporalidade não são apenas para documentos em papel.
Documentos em meio digital ou qualquer outro suporte também obedecem aos prazos
estabelecidos na tabela; afinal, informação também ocupa espaço em sistemas digitais e deve
ser avaliada e descartada, como qualquer outro material. Os prazos previstos na tabela de
temporalidade geralmente são expressos em anos. Isso facilita o controle e permite que, no fim
de cada ano, sejam identificados os documentos que já podem ser eliminados, transferidos ao
arquivo intermediário ou recolhidos ao arquivo permanente.
O que ganha uma instituição ao desenvolver sua tabela de temporalidade e passar a eliminar
documentos prescritos e separar o que se torna histórico? Você já deve ter imaginado as
diversas vantagens que isso traz. São elas: 1) Ganho de espaço físico nos arquivos; 2) Maior
facilidade na organização dos documentos nos arquivos, uma vez que o volume de documentos
a organizar diminui; 3) Maior agilidade na localização das informações, que agora são mais
facilmente organizadas; 4)Economia de recursos na guarda dos documentos (pessoas, espaço,
pastas, estantes, caixas...); 5) Preservação da história da instituição e da sociedade, a partir da
identificação dos documentos permanentes.
Recolhimento é, por sua vez, a entrada de documentos no arquivo permanente (desta vez, os
documentos podem estar vindo tanto dos arquivos correntes como do arquivo intermediário).
Um documento recolhido é, portanto, um documento que já está no arquivo permanente e,
portanto, possui valor histórico.
Minuta ou rascunho, original e cópia são exemplos de formas do documento, ou seja, o estágio
de preparação ou transmissão do documento.
Formato é a configuração física de um suporte, de acordo com a natureza e o modo como foi
confeccionado.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TÉCNICA DE REGISTRO
A técnica de registro do documento seria, como o próprio nome diz, a técnica de registro
utilizada para gravar a informação no suporte utilizado. Como assim? Seguem alguns exemplos:
você pode gravar a informação no papel de várias formas, ou usando várias técnicas de
registro: temos os documentos manuscritos (escritos à mão), impressos (utilizando
impressora), mimeografados (utilizando o mimeógrafo: lembra-se das provas da sua escola
primária?), esculpido (se for em pedra). Enfim, temos aí exemplos de técnicas de registro no
que diz respeito aos documentos (eles podem ser, então, impressos, manuscritos, esculpidos
etc.)
Tipologia documental é a configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a
atividade que a gerou.
Para transformarmos espécies em tipologias, basta acrescentar a cada uma sua atividade ou
função. Para os exemplos citados acima, poderíamos ter:
• certidão de nascimento;
• contrato de trabalho;
• boletim escolar;
• atestado médico;
• ata de reunião;
• alvará de construção.
De acordo com essa legislação, o grau ultrassecreto poderá, a critério do governo, ser
renovado, apenas uma vez, por qualquer prazo não superior a 25 anos.
PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
FATORES FÍSICOS
Os fatores físicos que, de alguma forma, prejudicam a conservação dos documentos no arquivo
estão relacionados às condições do local em que são guardados ou ao clima do ambiente.
FATORES QUÍMICOS
Os fatores químicos estão relacionados a coisas que não devem entrar em contato com os
documentos, pois tendem a envelhecê-lo e diminuir sua vida útil. Com relação a isso, podemos
começar com o mais básico: poeira, sujeira ou fumaça.
FATORES BIOLÓGICOS
Referem-se aos seres vivos que, de alguma forma, podem comprometer a qualidade dos
documentos arquivados. Podemos destacar vários tipos de insetos (baratas, traças ou cupins,
por exemplo), microrganismos (fungos e bactérias), ácaros, ratos, e, principalmente, o ser
humano (sim, o ser humano é responsável pelos maiores estragos nos documentos de
arquivo).
ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO
O termo desinfestação se refere ao combate a insetos, sendo que a fumigação é a técnica mais
eficiente (não se preocupe com as outras existentes, que nem sequer são citadas no livro da
Marilena). Basicamente, a fumigação consiste em colocar os documentos em uma sala especial
(chamada câmara de fumigação), onde são submetidos a produtos químicos específicos por 48
a 72 horas, que, agindo sobre os documentos, matarão os insetos que porventura estejam
neles, como baratas, traças e cupins.
LIMPEZA
A limpeza é, portanto, a operação pela qual é feita a higienização dos documentos após a
fumigação. Basicamente, pode ser realizada com um pano macio, escova (especial para
documentos, com cerdas macias) e um aspirador de pó (espanador não é adequado, pois
acaba por espalhar a poeira no ambiente e contamina os documentos ali depositados).
ALISAMENTO
RESTAURAÇÃO OU REPARO
São técnicas utilizadas para tentar recuperar documentos que já foram danificados com o
tempo. Em geral, o papel, ao envelhecer, se torna frágil e quebradiço, e as técnicas de
restauração tentarão recuperar sua resistência e flexibilidade.
Banho de Gelatina
Tecido
Processo de reparação em que são usadas folhas de tecido muito fino, aplicadas com pasta de
amido. A durabilidade do papel é aumentada consideravelmente, mas o emprego do amido
propicia o ataque de insetos e fungos, impede o exame pelos raios ultravioletas e
infravermelhos, além de reduzir a legibilidade e a flexibilidade.
Silking
A técnica de silking é a mesma técnica de tecido vista anteriormente, só que com material de
alta durabilidade e melhor qualidade. Traz como vantagem não prejudicar a legibilidade e a
flexibilidade, mas a desvantagem é que utiliza um material mais caro, além de ser uma técnica
de difícil execução.
Laminação
“Processo em que se envolve o documento, nas duas faces, com uma folha de papel de seda e
outra de acetato de celulose, colocando-o numa prensa hidráulica, sob pressão média de 7 a 8
kg/cm e temperatura entre 145 a 155°C. O acetato de celulose, por ser termoplástico, adere ao
documento juntamente com o papel de seda e dispensa adesivo. A durabilidade e as
qualidades permanentes do papel são asseguradas sem perda da legibilidade e da flexibilidade,
tornando-o imune à ação de fungos e pragas. Qualquer mancha resultante do uso pode ser
removida com água e sabão. O volume do documento é reduzido, mas o peso duplica. A
aplicação, por ser mecanizada, é rápida e a matéria-prima, de fácil obtenção. A fotografia é
simplificada e o material empregado na restauração não impede a passagem dos raios
ultravioletas e infravermelhos. Assim, as características da laminação são as que mais se
aproximam do método ideal.
Laminação Manual
Encapsulação
• 090 – vaga
4- Implantação e Acompanhamento.
•UM ARQUIVO CLASSIFICADO COMO ESPECIAL É AQUELE QUE MANTÉM SOB SUA
GUARDA DOCUMENTOS DE FORMAS FÍSICAS DIFERENCIADAS, QUE, POR ISSO,
REQUEREM MEDIDAS ESPECIAIS QUANTO AO SEU ARMAZENAMENTO, À
SUA GUARDA E À SUA CONSERVAÇÃO.
•ESPECIALIZADO