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PROTOCOLO

TRAMITAÇÃO: Podemos concluir que tramitação é o caminho, o curso, a trajetória que o


documento percorre desde a sua produção ou entrada na instituição até ser efetivamente
resolvido. Cada documento terá sua tramitação definida a partir do assunto de que ele trata.

É imprescindível que haja mecanismos que permitam controlar a tramitação dos documentos
de forma que seja possível acompanhar seus andamentos evitando possíveis perdas de
documentos durante sua resolução. Essa atividade de controle é o que chamamos de
PROTOCOLO, e deve ser implementada na idade CORRENTE do ciclo de vida dos documentos.

Etapas de controle realizadas pelo protocolo, que são:

1) Recebimento: Essa tarefa consiste basicamente em receber toda a documentação que irá
circular no órgão. Não é à toa que o protocolo é normalmente instalado na entrada do órgão,
onde geralmente há um balcão onde o usuário dá entrada em suas solicitações.

2) Registro: o Setor de Protocolo tem a missão de ler, identificar os dados básicos do


documento e cadastrar em um sistema. Esse cadastro dos dados é chamado de registro.
Portanto, os documentos devem ser registrados pelo protocolo no momento em que dão
entrada no órgão. Esse registro (cadastro) é que vai permitir a localização dos documentos,
quando necessária, uma vez que os dados básicos que o usuário informará para a busca dos
documentos foram cadastrados em um sistema de controle e de busca.

Em regra, os documentos devem ser lidos pelo protocolo quando de sua entrada, a fim de
identificar seus assuntos. Isso implica a abertura dos envelopes que chegam lacrados. O Setor
de Protocolo pode, portanto, abrir a correspondência e identificar os dados dos documentos
para efetuar o registro. Isto não ocorre, entretanto, com documentos particulares e sigilosos,
que não podem ser abertos pelo setor. Para esses documentos é feito simplesmente o controle
de recebimento e, em seguida, eles são entregues aos usuários (não utilizamos o termo
registro para essas duas etapas).

3) Autuação: Uma vez cadastrado, o documento será analisado e, na maioria das vezes, no que
se refere à esfera pública, transformado em processo. Essa transformação é chamada de
autuação (no dia a dia é comum chamarmos de abertura ou formação de processo). O nome
autuação está vinculado ao fato de que, tecnicamente, os populares processos são chamados
de autos ou autos de processo, ou seja, autuação é o ato de transformar a correspondência
(documento comum) em auto de processo. Essa é uma atividade EXCLUSIVA do protocolo,
dentro do órgão público

4) Classificação: A classificação consiste em separar os documentos de acordo com o


destinatário. Uma vez que os documentos foram registrados e, se necessário, autuados, já foi
feita a identificação da área responsável por aquele assunto, a quem deverá ser entregue. No
caso dos documentos particulares e sigilosos do envelope já consta o destinatário. Essa
separação por área ou assunto configura a atividade de classificação.
5) Expedição/Distribuição: Uma vez separada a documentação aos destinatários, procede-se a
entrega. Quando o destinatário é externo à instituição, a entrega é chamada de expedição. O
documento é, portanto, expedido para aquela instituição.

A distribuição é a mesma entrega de documentos aos destinatários – internos do órgão, ou


seja, neste caso, o documento não sai da instituição.

6) Controle/Movimentação: Uma vez entregues nos setores destinatários, os documentos


tramitarão até serem resolvidos. A partir de então, é importante criar mecanismos que
permitam controlar essa tramitação. É o chamado controle ou movimentação dos documentos.

Documentos particulares e sigilosos não serão registrados no protocolo. Não significa que não
haverá controle. O termo registro é bem específico, e se refere ao cadastro dos dados após a
leitura dos documentos. O protocolo terá controle de recebimento e entrega, mas neste caso
não usamos tecnicamente o nome registro para este controle. Os demais documentos (não
particulares ou sigilosos) são considerados ostensivos e devem passar por todas as etapas de
controle. Em resumo, documentos ostensivos serão abertos, registrados e controlados em
todas as etapas de protocolo. Documentos particulares e sigilosos serão apenas recebidos,
separados e encaminhados aos destinatários.
CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

É preciso ter um controle para identificar o que tem valor e o que não tem mais valor, a fim de
definir o que já pode ser descartado. Para isso, teremos que trabalhar com os dois tipos de
valor que os documentos arquivísticos podem ter: valor primário e valor secundário.

VALOR PRIMÁRIO: Documentos com valor primário são aqueles que ainda estão sendo
resolvidos (documentos de primeira idade, ou correntes) ou aqueles que já foram resolvidos,
mas que ainda podem ser questionados administrativa ou juridicamente (documentos de
segunda idade, ou intermediários). Também é chamado, na bibliografia, de valor
administrativo, pela sua característica. Na prática, todo documento nasce com este valor e,
depois de algum tempo, o perde. Portanto, é um valor prescritível, que acaba com o tempo.

VALOR SECUNDÁRIO: O valor secundário (assim chamado por ser o segundo valor que o
documento pode ter) é aquele em que o documento deve ser guardado pelo potencial
histórico que apresenta para a instituição e para a sociedade em que está inserido. São
documentos que, uma vez perdido o interesse administrativo, devem ser conservados para que
os fatos neles narrados sejam preservados para a posteridade. Nem todo documento
apresentará esse valor, mas, uma vez identificados como históricos, os documentos jamais
prescreverão, ou seja, os documentos deverão ser guardados de forma permanente. É na
terceira idade que estarão preservados tais documentos (não é à toa que essa idade é
chamada de permanente).

Todo documento nasce com valor primário ou administrativo, mas nem todo documento
atingirá o valor secundário ou histórico.

Arquivo de Primeira Idade ou Corrente: Consideram-se documentos correntes aqueles em


curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes.

A fase ou idade corrente é aquela que apresenta as seguintes características:

1)É formada pelos documentos mais novos da instituição;

2)Seus documentos estão em curso ou em andamento, ou seja, estão sendo resolvidos;

3)Seus documentos têm uma frequência de uso elevada;

4) Por serem documentos mais novos e mais utilizados, devem estar localizados junto às áreas
onde estão sendo resolvidos, ou seja, nos próprios setores, ou em locais próximos e de fácil
acesso.

Arquivo de Segunda Idade ou Intermediário: Arquivo de segunda idade, ou intermediário, é


aquele constituído de documentos que deixaram de ser frequentemente consultados, mas
cujos órgãos que os receberam e os produziram podem ainda solicitá-los, para tratarem de
assuntos idênticos ou retomarem um problema novamente focalizado. Não há necessidade de
serem conservados próximos aos escritórios. A permanência nesses arquivos é transitória. Por
isso, são também chamados de ‘limbo’ ou ‘purgatório’.
Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos
produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.

Arquivo de Terceira Idade ou Permanente: “Consideram-se permanentes os conjuntos de


documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente
preservados.

TABELA DE TEMPORALIDADE

Tabela de temporalidade é o instrumento de destinação que determina os prazos por que os


documentos devem ser mantidos nos arquivos correntes e/ou intermediários, ou recolhidos
aos arquivos permanentes, estabelecendo critérios para microfilmagem e eliminação. A tabela
de temporalidade é, portanto, o instrumento que vai relacionar todos os tipos de documento
da instituição, estabelecendo, para cada um, seus prazos de guarda nas idades corrente e
intermediária e sua destinação final (eliminação ou guarda permanente).

Cada instituição deverá, portanto, constituir uma Comissão Permanente de Avaliação de


Documentos e desenvolver sua tabela de temporalidade, a partir da análise de seus
documentos.

Os prazos previstos na tabela de temporalidade não são apenas para documentos em papel.
Documentos em meio digital ou qualquer outro suporte também obedecem aos prazos
estabelecidos na tabela; afinal, informação também ocupa espaço em sistemas digitais e deve
ser avaliada e descartada, como qualquer outro material. Os prazos previstos na tabela de
temporalidade geralmente são expressos em anos. Isso facilita o controle e permite que, no fim
de cada ano, sejam identificados os documentos que já podem ser eliminados, transferidos ao
arquivo intermediário ou recolhidos ao arquivo permanente.

O que ganha uma instituição ao desenvolver sua tabela de temporalidade e passar a eliminar
documentos prescritos e separar o que se torna histórico? Você já deve ter imaginado as
diversas vantagens que isso traz. São elas: 1) Ganho de espaço físico nos arquivos; 2) Maior
facilidade na organização dos documentos nos arquivos, uma vez que o volume de documentos
a organizar diminui; 3) Maior agilidade na localização das informações, que agora são mais
facilmente organizadas; 4)Economia de recursos na guarda dos documentos (pessoas, espaço,
pastas, estantes, caixas...); 5) Preservação da história da instituição e da sociedade, a partir da
identificação dos documentos permanentes.

CUMPRIMENTO DO CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

Denomina-se transferência a entrada de documentos no arquivo intermediário (naturalmente


o ponto de partida destes documentos é o arquivo corrente). Ao encaminhar documentos para
o arquivo intermediário, devemos preparar uma listagem dessa documentação, que receberá o
nome de “Termo de transferência”. Portanto, um documento transferido é aquele que foi
encaminhado ao arquivo intermediário.

Recolhimento é, por sua vez, a entrada de documentos no arquivo permanente (desta vez, os
documentos podem estar vindo tanto dos arquivos correntes como do arquivo intermediário).
Um documento recolhido é, portanto, um documento que já está no arquivo permanente e,
portanto, possui valor histórico.

CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GÊNERO

Quanto ao gênero, os documentos podem ser:

• escritos ou textuais: documentos manuscritos, datilografados ou impressos;

• cartográficos: documentos em formatos e dimensões variáveis, contendo representações


geográficas, arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas, perfis);

• iconográficos: documentos em suportes sintéticos, em papel emulsionado ou não, contendo


imagens estáticas (fotografias, diapositivos, desenhos, gravuras);

• filmográficos: documentos em películas cinematográficas e fitas magnéticas de imagem


(tapes), conjugados ou não a trilhas sonoras, com bitolas e dimensões variáveis, contendo
imagens em movimento (filmes e fitas videomagnéticas);

• sonoros ou fonográficos: documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo


registros fonográficos (discos e fitas audiomagnéticas);

• micrográficos: documentos em suporte fílmico, resultante da microrreprodução de imagens,


mediante utilização de técnicas específicas (rolo, microficha, jaqueta, cartão-janela);

• informáticos: documentos produzidos, tratados ou armazenados em computador (disquete,


disco rígido – Winchester –, disco óptico).”.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA

Minuta ou rascunho, original e cópia são exemplos de formas do documento, ou seja, o estágio
de preparação ou transmissão do documento.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO FORMATO

Formato é a configuração física de um suporte, de acordo com a natureza e o modo como foi
confeccionado.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TÉCNICA DE REGISTRO

A técnica de registro do documento seria, como o próprio nome diz, a técnica de registro
utilizada para gravar a informação no suporte utilizado. Como assim? Seguem alguns exemplos:
você pode gravar a informação no papel de várias formas, ou usando várias técnicas de
registro: temos os documentos manuscritos (escritos à mão), impressos (utilizando
impressora), mimeografados (utilizando o mimeógrafo: lembra-se das provas da sua escola
primária?), esculpido (se for em pedra). Enfim, temos aí exemplos de técnicas de registro no
que diz respeito aos documentos (eles podem ser, então, impressos, manuscritos, esculpidos
etc.)

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESPÉCIE

Espécie é a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza


das informações nele contidas.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TIPOLOGIA

Tipologia documental é a configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a
atividade que a gerou.

Para transformarmos espécies em tipologias, basta acrescentar a cada uma sua atividade ou
função. Para os exemplos citados acima, poderíamos ter:

• certidão de nascimento;

• contrato de trabalho;

• boletim escolar;

• atestado médico;

• ata de reunião;

• alvará de construção.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA DO ASSUNTO

Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser ostensivos ou sigilosos. A


classificação de ostensivo é dada aos documentos cuja divulgação não prejudica a
administração. Consideram-se sigilosos os documentos que, por sua natureza, devam ser de
conhecimento restrito e, portanto, requeiram medidas especiais de salvaguarda para sua
custódia e divulgação. Pela sua importância, é objeto de legislação própria.

• ultrassecreto (máximo de 25 anos);

• secreto (máximo de 15 anos);


• reservado (máximo de 5 anos).

De acordo com essa legislação, o grau ultrassecreto poderá, a critério do governo, ser
renovado, apenas uma vez, por qualquer prazo não superior a 25 anos.

“São assuntos normalmente classificados como ultrassecretos aqueles da política


governamental de alto nível e segredos de Estado. Consideram-se secretos os assuntos que
requeiram alto grau de segurança e cujo teor ou características podem ser do conhecimento de
pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas
a deles tomar conhecimento, funcionalmente. Reservados são os assuntos que não devam ser
do conhecimento do público, em geral”.

PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

FATORES FÍSICOS

Os fatores físicos que, de alguma forma, prejudicam a conservação dos documentos no arquivo
estão relacionados às condições do local em que são guardados ou ao clima do ambiente.

Podemos destacar nesse grupo de fatores a umidade, a temperatura e a luminosidade.

FATORES QUÍMICOS

Os fatores químicos estão relacionados a coisas que não devem entrar em contato com os
documentos, pois tendem a envelhecê-lo e diminuir sua vida útil. Com relação a isso, podemos
começar com o mais básico: poeira, sujeira ou fumaça.

FATORES BIOLÓGICOS

Referem-se aos seres vivos que, de alguma forma, podem comprometer a qualidade dos
documentos arquivados. Podemos destacar vários tipos de insetos (baratas, traças ou cupins,
por exemplo), microrganismos (fungos e bactérias), ácaros, ratos, e, principalmente, o ser
humano (sim, o ser humano é responsável pelos maiores estragos nos documentos de
arquivo).

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO

Na conservação dos documentos, devemos ter especial atenção em como guardá-los no


momento do arquivamento. A atividade de arquivamento envolve operações de
acondicionamento e armazenamento. O acondicionamento está relacionado às embalagens
utilizadas para proteger o documento durante o período em que estará arquivado – como
pastas, envelopes ou caixas. Já o armazenamento se refere ao local ou mobiliário em que o
documento é guardado – um armário, gaveta, estante ou prateleira, por exemplo.
DESINFESTAÇÃO

O termo desinfestação se refere ao combate a insetos, sendo que a fumigação é a técnica mais
eficiente (não se preocupe com as outras existentes, que nem sequer são citadas no livro da
Marilena). Basicamente, a fumigação consiste em colocar os documentos em uma sala especial
(chamada câmara de fumigação), onde são submetidos a produtos químicos específicos por 48
a 72 horas, que, agindo sobre os documentos, matarão os insetos que porventura estejam
neles, como baratas, traças e cupins.

LIMPEZA

A limpeza é, portanto, a operação pela qual é feita a higienização dos documentos após a
fumigação. Basicamente, pode ser realizada com um pano macio, escova (especial para
documentos, com cerdas macias) e um aspirador de pó (espanador não é adequado, pois
acaba por espalhar a poeira no ambiente e contamina os documentos ali depositados).

ALISAMENTO

A técnica de alisamento é utilizada, portanto, para desamassar documentos danificados pelo


tempo. Na prática, os documentos são submetidos à umidade durante uma hora e, em
seguida, são passados a ferro, para desamassá-los.

RESTAURAÇÃO OU REPARO

São técnicas utilizadas para tentar recuperar documentos que já foram danificados com o
tempo. Em geral, o papel, ao envelhecer, se torna frágil e quebradiço, e as técnicas de
restauração tentarão recuperar sua resistência e flexibilidade.

Banho de Gelatina

A técnica conhecida como banho de gelatina consiste em mergulhar o documento em uma


mistura de gelatina ou cola, que, ao impregnar no papel, acaba por reforçá-lo. Tem como
vantagens aumentar a resistência e manter a flexibilidade do papel (não o torna duro com a
aplicação). A desvantagem, segundo a autora, é que, por se tratar de material comestível,
acaba por atrair insetos e microrganismos, e não é uma técnica fácil de aplicar, exigindo
bastante de quem a executa.

Tecido

Processo de reparação em que são usadas folhas de tecido muito fino, aplicadas com pasta de
amido. A durabilidade do papel é aumentada consideravelmente, mas o emprego do amido
propicia o ataque de insetos e fungos, impede o exame pelos raios ultravioletas e
infravermelhos, além de reduzir a legibilidade e a flexibilidade.

Silking
A técnica de silking é a mesma técnica de tecido vista anteriormente, só que com material de
alta durabilidade e melhor qualidade. Traz como vantagem não prejudicar a legibilidade e a
flexibilidade, mas a desvantagem é que utiliza um material mais caro, além de ser uma técnica
de difícil execução.

Laminação

“Processo em que se envolve o documento, nas duas faces, com uma folha de papel de seda e
outra de acetato de celulose, colocando-o numa prensa hidráulica, sob pressão média de 7 a 8
kg/cm e temperatura entre 145 a 155°C. O acetato de celulose, por ser termoplástico, adere ao
documento juntamente com o papel de seda e dispensa adesivo. A durabilidade e as
qualidades permanentes do papel são asseguradas sem perda da legibilidade e da flexibilidade,
tornando-o imune à ação de fungos e pragas. Qualquer mancha resultante do uso pode ser
removida com água e sabão. O volume do documento é reduzido, mas o peso duplica. A
aplicação, por ser mecanizada, é rápida e a matéria-prima, de fácil obtenção. A fotografia é
simplificada e o material empregado na restauração não impede a passagem dos raios
ultravioletas e infravermelhos. Assim, as características da laminação são as que mais se
aproximam do método ideal.

Laminação Manual

“Este processo, desenvolvido na Índia, utiliza a matéria-prima básica da laminação mecanizada,


embora não empregue calor nem pressão, que são substituídos pela acetona. Esta, ao entrar
em contato com o acetato, transforma-o em camada semiplástica que, ao secar, adere ao
documento, juntamente com o papel de seda. A laminação manual, também chamada de
laminação com solvente, oferece grande vantagem àqueles que não dispõem de recursos para
instalar equipamentos mecanizados.

Encapsulação

Utiliza basicamente películas de poliéster e fita adesiva de duplo revestimento. O documento é


colocado entre duas lâminas de poliéster fixadas nas margens externas por fita adesiva nas
duas faces; entre o documento e a fita deve haver um espaço de 3 mm, deixando o documento
solto dentro das duas lâminas.
A Classe 000 – Administração Geral contempla documentos referentes às atividades
relacionadas à administração interna do órgão e entidade, que viabilizam o seu
funcionamento e o alcance dos objetivos para os quais foram criados.

A classe 000 – Administração Geral tem como subclasses:

• 010 – Organização e Funcionamento

• 020 – Gestão de Pessoas

• 030 – Gestão de Materiais

• 040 – Gestão de Bens Patrimoniais e de Serviços

• 050 – Gestão Orçamentária e Financeira

• 060 – Gestão da Documentação e da Informação

• 070 – Gestão dos Serviços Postais e de Telecomunicações

• 080 – Pessoal Militar

• 090 – vaga

São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e,


portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso
irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território


nacional;

II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações


internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por
outros Estados e organismos internacionais;

III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;

V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;


VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional;

VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou


estrangeiras e seus familiares; ou

VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou


fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

Gestão Eletrônica de Documentos:

Conjunto de tecnologias que suportam e facilitam o controle, o armazenamento, o


compartilhamento, a busca e a recuperação de documentos e informações a eles
agregadas em meio digital. Esses documentos podem ser das mais diversas origens, tais
como papel, microfilme, imagem, som, planilhas eletrônicas, arquivos de texto etc.

SÃO PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS:

 PROVENIÊNCIA OU DE RESPEITO AOS FUNDOS: os documentos de uma


instituição não devem se misturar com os de outra instituição;
 ORGANICIDADE: os documentos devem refletir a estrutura, as funções e
as atividades da entidade produtora em suas relações internas e
externas;
 INDIVISIBILIDADE OU INTEGRIDADE: não se deve dividir, mutilar ou
separar os documentos;
 UNICIDADE: cada documento é único no contexto em que foi produzido;
 CUMULATIVIDADE OU NATURALIDADE: os documentos de arquivo são uma
formação progressiva, orgânica e natural;
 TERRITORIALIDADE: os arquivos, em regra, devem ser arquivados no
lugar onde foram criados;
 PERTINÊNCIA: leva em consideração apenas o assunto, desconsiderando a
providência (está em desuso);
 REVERSIBILIDADE: as ações nos arquivos podem ser revertidas, caso
necessário;
 ORDEM ORIGINAL /ORDEM PRIMITIVA: os documentos devem ser
mantidos segundo a ordem original/ sequência rigorosa dada
pelo produtor;
 PRINCÍPIO DA VERACIDADE: É qualidade de um documento representar a
verdade dos fatos.

PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA OU DE RESPEITO AOS FUNDOS

 É considerado o princípio basilar da organização dos fundos de


arquivo. Consiste em deixar os documentos de determinada instituição
ou pessoa agrupados sem misturá-los aos arquivos provenientes de
outras administrações, instituições ou pessoas (físicas ou jurídicas).
 Por esse princípio, os gestores da documentação devem levar em conta a
origem administrativa dos documentos, ou seja, sua proveniência, não
misturando seus documentos com documentos de origem distinta. Este
princípio fixa a identidade e origem do fundo, define-se como o princípio
fundamental segundo o qual os arquivos de uma mesma proveniência
não devem ser misturados com os de outra proveniência.

O objeto de estudo da Arquivologia é a informação arquivística, isto é, uma informação


de natureza orgânica e funcional, pública ou privada, coletiva ou pessoal, produzida,
recebida e acumulada por pessoa física ou jurídica em razão de seus objetivos.

As etapas por ordem são:

1- Levantamento de dados; ex: espaço, o que tem

2- Análise dos dados coletados; organização, análise

3- Planejamento; estratégia, decisão

4- Implantação e Acompanhamento.

A avaliação ou triagem é uma fase crucial no ciclo de vida dos documentos na


Arquivologia. Refere-se ao processo de análise e seleção de documentos para
determinar seu valor, relevância e destino final. Esse procedimento é fundamental
para garantir que apenas os documentos mais significativos e necessários sejam
mantidos, enquanto outros podem ser descartados ou transferidos para arquivos de
longo prazo.

•ARQUIVO ESPECIAL (VARIADOS SUPORTES)

•UM ARQUIVO CLASSIFICADO COMO ESPECIAL É AQUELE QUE MANTÉM SOB SUA
GUARDA DOCUMENTOS DE FORMAS FÍSICAS DIFERENCIADAS, QUE, POR ISSO,
REQUEREM MEDIDAS ESPECIAIS QUANTO AO SEU ARMAZENAMENTO, À
SUA GUARDA E À SUA CONSERVAÇÃO.

•ESPECIALIZADO

•RELACIONADOS A UMA ÁREA ESPECIFICA DO CONHECIMENTO (ARQUIVOS


MÉDICOS, DE ENGENHARIA, CONTÁBIL).

GÊNERO DOCUMENTAL – Reunião de espécies documentais que se assemelham por


seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e o formato, e que exigem
processamento técnico específico e, por vezes, mediação técnica para acesso.

Juntada por anexação - Caráter Definitivo;

Juntada por apensação - Caráter Temporário;

Desapensação - Ocorre com documentos anteriormente juntados por apensação:

Desentranhamento: retirada de folhas/documentos do processo de forma definitiva,


mediante justificativa, que ocorrerá quando houver interesse do órgão ou entidade ou
a pedido do interessado.

Desmembramento: retirada de folhas/documentos do processo de forma definitiva,


mediante justificativa, que ocorrerá quando houver interesse do órgão ou entidade ou
a pedido do interessado, para a formação de um novo processo.

Desapensação – Separação de processo(s) anteriormente juntado(s) a outro processo


por apensação.

Desentranhamento – Retirada de folhas/documentos de um processo de forma


definitiva, mediante justificativa.

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