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Sumário

Apresentação do curso ............................................................................................................................ 4


Módulo 1 – Materiais de EaD para profissionais da área de segurança pública ................................ 7
Apresentação do módulo ........................................................................................................................ 7
Objetivos do módulo ............................................................................................................................... 8
Estrutura do módulo ............................................................................................................................... 8
Aula 1 – Aspectos de qualidade em cursos em EaD................................................................................ 9
1.1 Aspectos de um material de EaD de qualidade ................................................................... 10
Aula 2 – Materiais da Rede EaD-Segen ................................................................................................. 15
2.1 Contribuições teóricas para EaD ................................................................................................ 15
2.2 A Matriz Curricular Nacional e os materiais da Rede EaD-Segen ............................................. 16
2.3 Aspectos a serem observados no desenho pedagógico dos cursos da Rede EaD-Segen ......... 18
Módulo 2 – Planejamento e estruturação do texto ........................................................................ 23
Apresentação do módulo ...................................................................................................................... 23
Objetivos do módulo ............................................................................................................................. 24
Estrutura do módulo ............................................................................................................................. 24
Aula 1 – Processo de planejamento de curso ....................................................................................... 25
1.1 Planejamento do Programa do Curso ........................................................................................ 26
1.2 Planejamento dos módulos........................................................................................................ 32
1.3 Planejamento das aulas ............................................................................................................. 34
Aula 2 – Estruturação do texto.............................................................................................................. 35
2.1 Características e Tarefas da Informação .................................................................................... 35
2.2 Escolhendo o estilo apropriado e a linguagem adequada ........................................................ 38
Módulo 3 – Recursos gráficos e digitais ....................................................................................... 42
Apresentação do módulo ...................................................................................................................... 42
Objetivos do módulo ............................................................................................................................. 43
Estrutura do módulo ............................................................................................................................. 43
Aula 1 – Elementos gráficos .................................................................................................................. 44
1.1 O que são elementos gráficos? .................................................................................................. 44
1.2 Características de um bom elemento gráfico ...................................................................... 45
1.3 Pensando nos elementos gráficos ao elaborar materiais para EaD ......................................... 45
1.4 Tipos de elementos gráficos usados em materiais para EaD .................................................... 46
Aula 2 – Recursos digitais ...................................................................................................................... 53
2.1 O que são recursos digitais?....................................................................................................... 53

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Módulo 4 – Elaboração de exercícios e avaliação ......................................................................... 61
Apresentação do módulo ...................................................................................................................... 61
Objetivos do módulo ............................................................................................................................. 62
Estrutura do módulo ............................................................................................................................. 62
Aula 1 – Assimilação ativa e a elaboração de itens............................................................................... 63
1.1 Aspectos importantes para elaboração dos itens para exercícios e avaliação ........................ 64
1.2 Itens dissertativos....................................................................................................................... 65
1.3 Itens objetivos ............................................................................................................................ 65
Aula 2 - Elaboração das chaves de respostas ........................................................................................ 74
Módulo 5- Ferramentas e aplicativos para produção e distribuição dos materiais .......................... 78
Apresentação do módulo ...................................................................................................................... 78
Objetivos do módulo ............................................................................................................................. 79
Estrutura do módulo ............................................................................................................................. 79
Aula 1 – Moodle: um ambiente de aprendizagem à disposição ........................................................... 80
1.1 Ambiente virtual de aprendizagem ........................................................................................... 80
1.2 MOODLE...................................................................................................................................... 83
1.2.1 As principais ferramentas do Moodle .................................................................................. 83
Aula 2 – Criando materiais didáticos utilizando os recursos do Google ............................................... 86
2.1 Aplicativos Google aplicados às atividades de ensino e aprendizagem ................................... 88
2.2 Drive ............................................................................................................................................ 90
2.3 Google Docs ................................................................................................................................ 92
2.4 Google Forms .............................................................................................................................. 94

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Apresentação do curso
Caro (a) participante,

Sejam bem-vindos ao Curso de Elaboração de Materiais para Ensino a


Distância (EaD), produzido com base em uma metodologia de estudo autônomo para
auxiliá-lo na construção de um saber pessoal sobre a temática.

A possibilidade de levar as atividades de formação, inicial ou continuada, onde


quer que o participante esteja, tem tornado a Educação a Distância (EaD) uma
ferramenta indispensável para o desenvolvimento estratégico das organizações e de
seus colaboradores.

Uma visão sistêmica e crítica sobre o processo de elaboração de materiais para


EaD possibilitará a você não somente identificar demandas e oportunidades de
utilização dessa modalidade para o desenvolvimento de ações formativas destinadas
aos profissionais da área de segurança pública. Poderá também contribuir
diretamente para a elaboração de materiais coerentes com as exigências e
especificidades dessa modalidade, que tem apresentado amplo crescimento no Brasil
e no mundo nos últimos anos.

Um dos exemplos da utilização do EaD, no âmbito educacional, tem sido a


Rede EaD-Senasp, atual Rede EaD-Segen. Criada em 2005, a Rede é referência na
área de segurança pública, contribuindo, principalmente, com as academias, os
centros de formação e com o desempenho dos próprios profissionais.

Dentre os aspectos que contribuem para o sucesso da Rede, destacam-se os


materiais dos cursos, bem como o seu processo de elaboração, que envolve os
seguintes aspectos pedagógicos:

• Planejamento;
• Estruturação do texto;
• Aspectos visuais; e
• Exercícios.

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É justamente o processo utilizado pela Segen que este curso irá abordar,
criando condições para que você possa elaborar materiais que sirvam de base para
cursos a distância que sejam desenvolvidos de forma impressa, ou, por meio de
tecnologias mais interativas.

Leia o conteúdo com atenção, navegue nos links indicados, realize os


exercícios e reflita sobre as possibilidades de aplicação.

Preparado?

Então, vamos lá! Conheça os objetivos do curso.

Objetivos do curso

Este curso criará condições, para que você possa:

• compreender os aspectos que devem ser considerados na produção de


materiais de EaD voltada para as demandas dos profissionais da área de
segurança pública;

• analisar o processo de planejamento de produção de materiais para EaD,


considerando suas características, estruturas, etapas e exigências;

• identificar ferramentas e recursos visuais (caixa de textos, links, hints,


infográficos, imagens etc.) utilizados na produção de materiais para EaD;

• elaborar itens para verificar a aprendizagem do participante no curso, tanto


para exercícios como para avaliação final;

• utilizar os aplicativos alternativos como Google para exercitar a produção e as


possibilidades de distribuição de materiais;

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• reconhecer que os materiais para educação a distância ampliam as
possibilidades de aprendizagem.

Estrutura do curso

Este curso compreende os seguintes módulos:

• Módulo 1 - Produção de materiais de EaD para profissionais da área de


segurança pública.

• Módulo 2 - Planejamento e estruturação do texto.

• Módulo 3 - Recursos gráficos e digitais.

• Módulo 4 - Elaboração de exercícios e avaliação.

• Módulo 5 - Ferramentas e aplicativos para produção e distribuição dos


materiais.

Você conhece alguns desses temas?

Se sim, poderá ampliar seus conhecimentos.

Caso todos sejam uma novidade para você, poderá construir novas
possibilidades de aprendizagem.

Bons estudos!

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Módulo 1 – Materiais de EaD para profissionais
da área de segurança pública

Apresentação do módulo

Antes de iniciar a leitura do módulo, leia os textos a seguir e reflita sobre a


questão colocada.

“Um texto cientificamente correto pode não ser um bom texto


para o ensino a distância, igual a um professor que, “sabendo
muito”, transmite mal a seus alunos os conteúdos ao empregar
uma didática pouco adequada”.
Fonte: UNIVERSIDAD NACIONAL DE EDUCACIÓN A DISTÂNCIA,
1997, p.10.

Figura 1 - Recursos Digitais


Fonte: SDC/EaD/Segen

Considerando o que você leu acima e a evolução dos recursos digitais, o que
seria hoje, para você, um bom material de Educação a Distância?

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Os materiais impressos são o ponto de partida para a elaboração dos cursos
ou soluções educacionais em EaD. Muitas das características destes materiais podem
ser transferidas à outras possibilidades de mídias.

É assim que são elaborados os cursos da Rede EaD-Segen.

Veja mais sobre o tema, estudando este módulo.

Objetivos do módulo

Este módulo criará condições, para que você possa:

• Identificar os diversos tipos de mídias;

• Enumerar as características de um bom material de EaD;

• Compreender as contribuições dos teóricos para educação a distância;

• Listar as orientações da Rede EaD-Segen para elaboração de cursos a


distância.

Estrutura do módulo

Este módulo compreende as seguintes aulas:

• Aula 1 – Aspectos de qualidade em cursos em EaD

• Aula 2 – Materiais da Rede EAD-Segen

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Aula 1 – Aspectos de qualidade em cursos em EaD

Muitos sistemas de EaD utilizam materiais de estudo autônomo, como


apoiadores, estimuladores e mediadores do processo de construção de conhecimento
pelos próprios sujeitos.

Os materiais de estudo autônomo se propõem a estimular e apoiar


a construção de conhecimento pelo próprio participante.

Estes materiais podem ter como suporte uma diversidade de mídias. Mas
independente da mídia utilizada, há um conjunto de aspectos que deve ser observado
para que se garanta a qualidade.

Mídias representam um conjunto de vários meios de comunicação cujo objetivo


é transferir informações e conteúdos variados. Veja os exemplos de mídias que temos
disponíveis:

Figura 2 - Tipos de Mídia


Fonte: Elaborado pelo Conteudista

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1.1 Aspectos de um material de EaD de qualidade

De acordo com Almeida (2000) um bom material de EaD deve observar os


seguintes aspectos:

Sequência

Ordenar o conteúdo de forma extremamente cuidadosa, numa progressão clara e


lógica;

Abordagem passo a passo

Tratar cada tópico passo a passo, de forma que o aluno possa compreender
inteiramente cada novo ponto, antes de passar para o próximo;

Simplicidade

Planejar cada “página” de forma muito clara, com seções e parágrafos relativamente
curtos;

Exemplificação

Fornecer muitos exemplos que ajudem a ilustrar ideias, conceitos, métodos e técnicas;

Revisão

Incluir atividades de revisão, que permitam ao aluno testar sua compreensão, assim
como estender e aplicar seu conhecimento;

Feedback

Fornecer, de imediato, oportunidade para o aluno verificar se está correta sua resposta
a perguntas, exercícios etc.

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Atividades de Autoavaliação

Incluir oportunidades para o aluno testar seu progresso, através de exercícios, no final
de cada módulo ou aula.

É importante destacar que a elaboração de materiais envolve o


trabalho de uma equipe multiprofissional para promover a
melhoria da qualidade das soluções educacionais.

Além desses aspectos, considerando as características dos cursos,


especificamente virtuais, é possível destacar, de acordo com Christopher Pappas
(2016) (https://elearningindustry.com/instructional-design-elements-include-every-
elearning-course), os seguintes itens relacionados à qualidade (tradução livre):

• Objetivos compreensíveis

Apresentar objetivos bem definidos que assegurem que os conteúdos, as


atividades e os elementos multimídias promovam a aprendizagem.

• Navegação intuitiva

Possuir ícones de navegação de fácil visualização e acesso que orientem o


aluno do início ao fim do curso.

• Estímulos visuais

Conter imagens, vídeos, gráficos, infográficos, dentre outros. O ideal é que se


construa uma identidade visual para o curso, com uma cartela de cores
alinhada ao conteúdo apresentado.

• Multimídia relevante

Disponibilizar vídeos, apresentações online, slides, podcasts (mídia digital de


áudio/vídeo, com conteúdo elaborado sob demanda), quizzes (jogos de perguntas

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(questionário) para testar conhecimentos), áudios etc. Esses elementos
possibilitam o engajamento e a motivação dos alunos.

• Atividades do mundo real

Promover simulações de situações cotidianas, por meio de elementos


interativos, multimídias e jogos.

• Links suplementares

Oferecer ao aluno a oportunidade de explorar o conteúdo por conta própria por


meio de links externos: notícias, artigos, vídeos informativos etc.

• Fragmentação do conteúdo

Melhorar a retenção de conhecimento e evitar a sobrecarga cognitiva. Isso


envolve agrupar o conteúdo por tópico ou objetivo.

• Demonstrações práticas

Promover exemplos práticos e que se aplicam na realidade do aluno, para


aplicar o conhecimento e fixar o conteúdo.

NA PRÁTICA

Com base nos aspectos que devem estar presentes nos cursos EaD
para a garantia de qualidade, pesquise na internet alguns cursos ofertados
gratuitamente, e procure observá-los.

A segui, são indicados alguns caminhos possíveis para a sua


pesquisa. Mas não pare por aqui!

Pesquise também em outras fontes, afinal a sua autonomia é


essencial para a gestão de sua aprendizagem.

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COURSERA - https://pt.coursera.org/

INAED - https://www.inead.com.br/

SEBRAE -
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Busca?q=Cursos%20Gratuitos

Figura 3 - Para Refletir


Fonte: SCD/EaD/Segen

As características do público-alvo são os pontos de partida e chegada de


um material em EaD, pois são elas que irão orientar o planejamento do curso, a
estruturação do texto, a seleção dos aspectos visuais, fatores pedagógicos que
você estudará ao longo deste curso.

Quanto mais adequada for a interação dos fatores


pedagógicos (planejamento do curso, estruturação do
curso e aspectos visuais, maiores serão as oportunidades
para que a aprendizagem possa ocorrer.

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A Rede EaD-Segen tem como público-alvo os profissionais do Sistema
Único de Segurança Pública (SUSP). São para estes profissionais que os cursos
são desenvolvidos, por isto, na próxima aula, você estudará as características
do material para EaD, tendo por base a Matriz Curricular Nacional.

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Aula 2 – Materiais da Rede EaD-Segen

Caro aluno,

Nesta aula você estudará os aspectos que devem ser observados no processo
de elaboração de cursos para os profissionais da área de segurança pública.

Bons Estudos!

2.1 Contribuições teóricas para EaD

Autonomia e organização são atitudes indispensáveis para quem deseja


realizar um curso a distância, por isto, os materiais para EaD necessitam possuir
elementos que orientem a aprendizagem (aulas, seções, ícones etc.), estimulem e
apoiem a construção do saber pelo próprio indivíduo.

É importante lembrar que a elaboração de materiais é apenas uma das etapas


do processo de ensino, não podendo acontecer de forma isolada, mas relacionada
com as bases conceituais, técnicas e metodológicas que orientam a concepção de
educação e os processos de ensino e de aprendizagem dos currículos das academias
e centros de ensino.

Muitos teóricos contribuíram com suas abordagens para o desenvolvimento dos


materiais de EaD. Veja um quadro resumo dos teóricos da EaD (disponível no
material complementar), com as principais contribuições dos teóricos educacionais de
maior relevância para EAD.

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Figura 4 - Para Refletir
Fonte: SCD/EaD/Segen

2.2 A Matriz Curricular Nacional e os materiais da Rede EaD-Segen

Os cursos da Rede seguem a mesma fundamentação teórica da Matriz


Curricular Nacional (disponível no material complementar), ou seja, se orientam pelo
modelo de desenvolvimento de competências – traduzidas em objetivos - entendidas
como a:

“capacidade de mobilizar saberes (conhecimentos, habilidades


e atitudes) para agir em diferentes situações da prática
profissional, em que as reflexões antes, durante e após a ação
estimulem a autonomia intelectual” (BRASIL, 2014, p.18).

As competências orientam a seleção dos conteúdos e o desenho pedagógico


(conjunto de aspectos pedagógicos que visam criar as condições de aprendizagem
em um curso) dos cursos que compõe a Rede. Assim temos, de acordo com as
competências selecionadas para cada curso:

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Figura 5 - Conteúdos dos Cursos3
Fonte: SCD/EaD/Segen

Alinhada ao desenvolvimento de competências, o desenho pedagógico dos


cursos da Rede está pautado nos princípios da abordagem construtivista que
consideram, principalmente, as ideias de Piaget, Vigostky e Bruner e se expressam
nos aspectos a seguir:

• Consideração das características dos diversos profissionais da Rede;

• Utilização de uma linguagem clara, atraente e adequada, reforçada por


elementos que possibilitem a reflexão sobre questões e ações relacionadas à
área de segurança pública, exemplos e o aprofundamento dos conteúdos por
meio de links para sites, materiais complementares, glossário e referências
bibliográficas;

• Seleção de atividades relevantes e contextualizadas que possibilitem a


observação da realidade, a verificação dos conteúdos estudados e a aplicação
em situações problemas, seguidas de feedback ou orientação para a resposta.

• Utilização de ferramentas que possibilitem interação de forma passiva (cursos


auto instrucionais) e ativa (orientadas por tutores).

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2.3 Aspectos a serem observados no desenho pedagógico dos cursos
da Rede EaD-Segen

Ao pensar em elaborar um curso para ensino a distância é importante observar


os seguintes itens:

Figura 6 - Aspectos no desenho pedagógico


Fonte: SCD/EaD/Segen

Vamos estudar cada aspectos que devem ser observados no desenho


pedagógicos dos cursos da Rede, confira!

2.3.1 Aspectos Institucionais


• Abordagem conceitual, técnica e atitudinal dos Direitos Humanos como tema
transversal e interdisciplinar;
• Coerência normativa e adequação jurídica; e
• Aplicabilidade no âmbito nacional, evitando regionalismos (institucional ou
geográfico).

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2.3.2 Aspectos pedagógicos
• Concepção de aprendizagem pautada na construção do conhecimento pelo
sujeito;
• Mapeamento das competências que serão abordadas no curso, traduzidas em
objetivos;
• Planejamento do curso;
• Estruturação do texto;
• Utilização de estímulos à autoaprendizagem por meio de elementos que
favoreçam à pesquisa de novos conhecimentos, à reflexão e o feedback sobre
os exercícios.

2.3.3 Aspectos didáticos-organizativos


• Abertura do curso, contendo o nome do curso, uma breve apresentação com
contextualização e uma justificativa sobre a temática a ser estudada, os
objetivos do curso e a sua estrutura;
• Divisão do conteúdo em módulos e aulas;
• Elaboração de cada módulo seguindo a seguinte estrutura:
• Abertura do módulo com um breve texto sobre o que será estudado, os
objetivos e a estrutura;
• Conteúdo dividido em aulas, organizados por itens;
• Glossário de termos técnicos utilizados no texto do módulo e que
necessitam de explicação, acessados a partir de hints, ou seja, ao
passar o mouse;
• Conclusão do módulo com a apresentação dos principais pontos
estudados, enumerados e chamada para o próximo bloco; e
• Exercícios de fixação e chaves de resposta ao final de cada módulo,
apresentando um conjunto de três a cinco questões objetivas pertinentes
ao conteúdo desenvolvido no módulo.

2.3.4 Aspectos gráficos e digitais


• Criação de uma identidade visual para cada curso, por meio de cores e
elementos relacionados com a temática do curso;
• Elaboração da tela inicial com os dados do curso (nome, carga horária,
créditos da equipe e notas explicativas, caso seja necessário;

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• Desenvolvimento de ícones e caixas de texto que indiquem as questões
para reflexão, os pontos importantes e sugestões de conteúdos para
ampliação de conhecimento (Saiba mais);
• Chamadas de conteúdos hifenizados com utilização de hiperlink (efeito
cascata);
• Seleção de vídeos e elaboração de imagens, ilustrações, infográficos e
animações relacionadas ao texto, com as devidas fontes quando
retirados da internet.

2.3.5 Aspectos técnicos


• Navegação
• Elaboração da página e ícones de navegação;
• Navegação a partir do índice, página a página e diretamente à página
desejada; e
• Elaboração de indicadores de localização dentro do módulo e da aula.
• Recursos hipertextuais
• Links para informações que ilustrem, complementem ou surgiram
ampliação do conhecimento, distribuídos ao longo das aulas; e
• Hints para palavras ou informações curtas. Ex: significado de palavras,
expressões e /ou explicações.

Na Prática

Que tal você verificar o que está estudando?


Pare e observe a tela do seu curso.
Procure identificar os aspectos utilizados no curso da Segen. Procure
identificar a organização dos itens, as caixas de texto, os aspectos de
identificação do módulo e da aula, bem como os elementos de navegação.

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Antes de finalizar o estudo desse módulo leia o texto
“Desafios que as tecnologias digitais nos trazem”
(http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduaca
cao/desaf_int.pdf), do professor, José Moran. O texto tem
como foco maior a escola, mas auxilia a pensar nas
mudanças necessárias em relação à tecnologia e à
informação, principalmente no âmbito da docência, seja ela
presencial ou virtual.

Leia o livro “Educação a distância: Fundamentos e


práticas” (https://www.nied.unicamp.br/biblioteca/educacao-
distancia-fundamentos-e-praticas/), organizado por Maria
Cândida Moraes, que concentra contribuições
significativas de diferentes autores sobre o tema.

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Finalizando...

Neste módulo, você estudou que:

• Os materiais impressos são o ponto de partida para a elaboração dos


cursos ou soluções educacionais em EaD.

• Independente da mídia utilizada, há um conjunto de aspectos que deve


observado para que se garanta a qualidade dos materiais de EaD.

• De acordo com Almeida (2000) um bom material de EaD deve observar


os seguintes aspectos: sequência, abordagem passo a passo,
simplicidade, exemplificação, revisão, Feedback, atividade de auto
avaliação.

• Além desses aspectos, considerando as características dos cursos,


especificamente virtuais, é possível destacar os seguintes itens
relacionados à qualidade: objetivos compreensíveis, navegação
intuitiva, estímulos visuais, mídias relevantes, atividades do mundo real
e links suplementares. (https://elearningindustry.com/).

• As características do público-alvo são os pontos de partida e chegada


de um material em EaD, pois são elas que irão orientar o planejamento
do curso, a estruturação do texto, a seleção dos aspectos visuais,
fatores pedagógicos que você estudará ao longo deste curso.

• Autonomia e organização são atitudes indispensáveis para quem deseja


realizar um curso a distância, por isto os materiais para EaD necessitam
possuir elementos que orientem a aprendizagem (módulos, aulas,
seções, ícones etc.), estimulem e apoiem a construção do saber pelo
próprio indivíduo.

• Os materiais utilizados na Rede EaD-Segen devem estar alinhados aos


princípios e as orientações metodológicas da Matriz Curricular Nacional,
reunindo os seguintes aspectos a serem observados: institucionais,
pedagógicos, didáticos-organizativos, gráficos, digitais e técnicos.

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Módulo 2 – Planejamento e estruturação do
texto

Apresentação do módulo

Antes de iniciar o estudo deste módulo, pegue uma folha em branco e um lápis.
Siga passo a passo, na ordem. Não questione a ordem apenas execute-a!

Vamos lá!

1 – No centro da folha desenhe um animal;


2 – Coloque um bico no animal;
3 – Desenhe garras no animal;
4 – Ponha asas no animal;
5 – Para finalizar, ponha chifres.

Agora que terminou, olhe seu animal.

Você consegue reconhecer um animal assim na realidade? O que faltou?

Você deve estar pensando no que faltou e, provavelmente, elencou alguns


itens, como por exemplo: diálogo, feedback, dentre outros. Também pensou em
planejamento?

Se conhecesse as partes que deveria desenhar, ajudaria a idealizar melhor o


animal a ser desenhado?

O planejamento de um curso EaD, diferente da modalidade presencial, exigirá


que você pense em cada uma das partes que o compõem, detalhadamente, antes da
execução.

Assim, neste módulo, você estudará o planejamento de um curso em EaD –


Programa, módulos, aulas e a estruturação do texto, no qual o diálogo é uma das
características.

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Objetivos do módulo

Este módulo criará condições, para que você possa:

• Identificar as etapas do processo de planejamento de um curso em EaD;


• Apontar conhecimentos, habilidades e atitudes que serão desenvolvidas
durante o curso, com o auxílio do mapa de competências;
• Formular objetivos gerais e específicos que expressem as competências que
serão desenvolvidas;
• Elaborar a ficha de preenchimento do curso relacionando: módulo, objetivos
específicos e aulas;
• Identificar componentes que devem ser observados na elaboração dos textos
dos materiais de EaD.

Estrutura do módulo

Este módulo compreende as seguintes aulas:

Aula 1 – Processo de planejamento de curso


Aula 2 – Estruturação do texto

O processo de planejamento dos cursos da Rede EaD-Segen gera o


Projeto Pedagógico do Curso (PPC), documento que orienta sua
elaboração e execução. Acesse o documento, disponível no material
complementar e vá exercitando o preenchimento de acordo com o
conteúdo das aulas.

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Aula 1 – Processo de planejamento de curso

O processo de planejamento de material didático para EaD envolve,


basicamente, três grandes etapas:

Figura 7 – Etapas no Processo de Planejamento


Fonte: SCD/EaD/Segen

SAIBA MAIS
Qualquer material didático a ser produzido para as atividades de
ensino dos profissionais da área de segurança pública deverá considerar,
segundo Balestreri (1998), três eixos de abordagem. São eles:
• Ético;
• Técnico; e
• Legal.

Observe que isso tem uma correspondência direta com o


desenvolvimento de competências: conhecimentos, habilidades e
atitudes.

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Na figura a seguir, você poderá visualizar melhor o esquema do processo de
planejamento.

Figura 8 - Esquema de planejamento de um curso do EaD


Fonte: Adaptado de LAASER (1997)

Cada etapa do processo de planejamento do material exige que sejam


observados aspectos específicos, como você estudará a seguir, confira!

1.1 Planejamento do Programa do Curso

Esta fase pode parecer trabalhosa, no início, mas facilitará, enormemente, a


elaboração do curso. Ela é a “planta” do curso e servirá como guia para todas as
outras fases da elaboração do curso.

Nesta fase você deverá:

Identificar a demanda educacional e decidir como ela pode ser satisfeita.


• Será necessário um curso?
• Existem outras ações de treinamento que seriam mais eficazes?
• Quais são os resultados esperados?

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• Qual será o impacto para os participantes e a organização?

Identificar as características e as necessidades do público-alvo.


• Quem são os participantes?
• Qual é a formação que possuem?
• Onde trabalham ou irão trabalhar?
• Já possuem conhecimento prévio do assunto?

Listar as competências a serem desenvolvidas, ou seja, que conjunto de:


• conhecimentos (doutrinas, conceitos, princípios e leis);
• habilidades (métodos, técnicas e procedimentos); e
• atitudes (crenças, valores e atitudes) será desenvolvido com o auxílio
desse material?

A tabela, a seguir, é denominada “Mapa de Competências” e tem por objetivo


registrar as competências que serão desenvolvidas pelos participantes durante a
leitura e os exercícios do módulo. O mapa de competências servirá como uma espécie
de bússola para as outras etapas de planejamento do curso, principalmente para a
elaboração dos objetivos e seleção dos conteúdos.

Quadro 1 - Mapa de Competências


Curso de (nome da disciplina)

Conhecimentos Habilidades Atitudes

Quais conceitos, princípios e Quais habilidades serão Quais atitudes (valores e crenças)
leis os participantes exercitadas? Ou seja, o que serão fortalecidas? Ou seja, o que eles
necessitarão aprender? Ou eles deverão saber fazer? deverão saber ser?
seja, o que eles deverão
saber?

O exemplo a seguir irá auxiliá-lo na construção do mapa de competências.

27
Quadro 2 – Mapa de Competências (exemplo)
Curso: Uso diferenciado da força
Público-Alvo: Policiais Civis e Militares
Carga horária: 60 horas
Uso diferenciado da força
Conhecimentos Habilidades Atitudes
 Definição do que é uso da  Habilidades requeridas no  Orientação pela escala de
força. escalonamento do uso da segurança (público, policial e
 Identificação da legislação força. infrator).
pertinente ao uso da força  Correlação dos tipos de  Respeito aos aspectos legais.
e da arma de fogo. abordagem com as  Uso dos equipamentos de
 Descrição de modelos habilidades necessárias. proteção individual.
existentes que explicam a
gradação do uso da força.

Obs.: Os conhecimentos, as habilidades e atitudes descritas acima foram utilizadas a


título de exemplo, não tendo sido exploradas todas as possibilidades.

NA PRÁTICA

Vamos exercitar a elaboração de um mapa de competências?

Pense em um curso que gostaria de desenvolver. Pensou?

Agora, utilizando o mapa de competências e liste, pelo menos, três


competências a serem desenvolvidas

Orientação para resposta

a) Resposta pessoal. No preenchimento do mapa de competências, você


deverá descrever os conhecimentos, as habilidades e atitudes que serão
desenvolvidas durante o curso, isso o ajudará na elaboração das outras
etapas do planejamento.

28
Ao elaborar o Quadro de Competências, você realizou um importante exercício
de identificação dos conhecimentos, habilidades e atitudes a serem desenvolvidos
pelos participantes de determinado curso.

Para ampliar suas reflexões sobre o conceito de competência,


assista ao vídeo com o prof. Leonardo Soares, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZEWoc2bbNFw)

Definir os objetivos, geral e específicos, do programa do curso


Com a oportunidade de criar condições para o desenvolvimento das
competências citadas no item anterior, deve-se definir qual é o objetivo que os
participantes terão de alcançar ao final curso. Em outras palavras, o que se espera
que os participantes sejam capazes de realizar ao final do curso.
Os objetivos são classificados em:

• Geral: Conjunto de desempenhos que os participantes deverão alcançar ao final


do curso.
Ex.: Ao final do curso “Uso diferenciado da Força” o participante será capaz de:
 Utilizar a força, observando os princípios éticos, técnicos e legais.

• Específico: Desempenho que se espera que os participantes alcancem ao final


do estudo do módulo ou aula.
Ex.: Ao final do curso “Uso diferenciado da Força” o participante será capaz de:
 Identificar os princípios que orientam a utilização da força.
 Descrever a ação policial adequada à reação do suspeito.

Ao definir objetivos, utilize verbos que descrevam ações observáveis e


mensuráveis. Exemplos: identificar, enumerar, aplicar, selecionar, demonstrar etc. Os
objetivos devem sempre descrever desempenho para:

29
Figura 9 – Objetivos
Fonte: SCD/EaD/Segen

Listar os conteúdos a serem abordados

Utilizando o mapa de competências, verifique quais conteúdos deverão ser


abordados. Selecione aqueles que estão relacionados com o objetivo.

De acordo com o mapa de competências, teremos:

 Conteúdos conceituais (relacionados a conceitos, leis, princípios, doutrinas);


 Conteúdos procedimentais (métodos, técnicas e procedimentos); e
 Conteúdos atitudinais (valores e crenças).

Os conteúdos deverão ser divididos em módulos e aulas.

Identificar os recursos tecnológicos serão utilizadas no curso

Qual será a mídia de publicação mais adequada para o conteúdo do curso?


Qual é a forma dos materiais (cadernos, CDs, vídeos, etc.)? Todos os participantes
poderão ter acesso ao meio selecionado? Serão elaboradas versões em mais de uma
mídia? Haverá algum momento presencial?

Planejar a forma de avaliação


De acordo com os objetivos, qual é a melhor forma de avaliação? Quais
instrumentos serão utilizados? Quando serão utilizados?

30
O planejamento do programa deverá gerar um plano, ou seja, um documento
que contenha as informações estudadas até aqui.

A lista a seguir, o ajudará a verificar os itens que o plano deverá


conter. Confira!

Figura 10 - Lista de Itens do Programa do Curso


Fonte: SCD/EaD/Segen

31
1.2 Planejamento dos módulos

Uma vez elaborado o programa do curso, ele deve ser subdividido em módulos,
e os módulos em aulas.

Os módulos e as aulas devem ser agrupados por assuntos que sejam inter-
relacionados.

Recomenda-se que sejam consideradas as observações a seguir.

Figura 11 - Ficha de Planejamento do Curso


Fonte: SCD/EaD/Segen

Cada módulo deve ter:

 Uma abertura que instigue e oriente o participante;


 Um texto principal que apresente o conteúdo que será estudado, divido em
aulas;
 Um tópico ou seção ao final que relembre os principais conteúdos estudados;
 Exercícios;
 Sugestões de leituras e materiais complementares. Exemplos: artigos de
periódicos, pesquisas, vídeos etc.

32
Ao planejar você deverá levar em consideração:

 O título e o número dos módulos e aulas;


 O número de tópicos que uma aula terá.

Geralmente, um curso apresenta de quatro a seis módulos e cada módulo é


composto de três a cinco aulas.

A introdução do módulo deverá incluir:

 Um texto de abertura ou uma situação problematizadora que instigue os


participantes e os informe sobre o que será estudado;
 As competências que os participantes terão que desenvolver, descritas em
objetivos;
 A estrutura do módulo contendo as aulas que o compõe;
 Os pontos a serem revisados pelos participantes, caso seja necessário;
 Os equipamentos/meios de que irão precisar, caso seja necessário.

O corpo do módulo conter:

 Uma clara divisão em aulas, por tópicos e subtópicos numerados;


 Conteúdos pertinentes ao módulo;
 Ícones que orientem o estudo e que seja de fácil identificação.

No final do módulo deverá haver:

 Um tópico ou seção ao final que relembre os principais conteúdos estudados.


Na Rede EaD-Segen utilizamos o nome de “Finalizando” e reúne os principais
pontos do texto da aula;
 Exercícios, com o objetivo de verificar o que foi aprendido.

Ao finalizar o planejamento do módulo, você estará pronto para pensar no


planejamento das aulas.

33
1.3 Planejamento das aulas

As etapas de planejamento das aulas são similares às do módulo. O elaborador


deve fazer com que cada aula:

- Atenda aos objetivos previamente elaborados;


- Apresente o conteúdo em tópicos;
- Configure tópicos interdependentes.

Até agora, você aprendeu a planejar a estrutura do material didático; irá, a


seguir, conhecer outros aspectos que serão necessários no processo de
elaboração do material, entre eles, a estruturação do texto e os aspectos
visuais.

34
Aula 2 – Estruturação do texto

Nesta aula, você estudará a estruturação do texto para EaD.

Lembra da necessidade de diálogo, apontada no exercício inicial do módulo?

Você verá como ele é um elemento essencial nos cursos a distância.

2.1 Características e Tarefas da Informação

Antes de iniciar o estudo deste item, leia e reflita sobre o texto a seguir:

“Existe uma coisa chamada talento para escrever. Talento é


importante, mas técnicas de redação são igualmente
importantes. Esse tipo de habilidade pode ser adquirido com
treino... Como elaborador de materiais educacionais, você deve
aprender a escrever tendo em vista objetivos. Escrever para
gente de verdade, que vive em lugares reais e têm necessidades
reais de informação”. (LAASER, 1997, p.32)

Mesmo que lhe falte técnica ou talento para escrever, essa discussão deverá
agora ficar de lado, pois o mais importante nesta sociedade denominada, no momento
atual, de sociedade do conhecimento, é que você possua o domínio de uma
determinada área e, portanto, socializar os seus conhecimentos é tarefa primordial
para o capital intelectual da organização em que está inserido.

A redação utilizada nos materiais didáticos para os cursos a distância deverá


alcançar dois objetivos fundamentais:

35
Função Social Informativa

Criar condições para que o participante tenha acesso a novas informações e


técnicas que favoreçam o desenvolvimento de novas atitudes e comportamentos;

Comunicação Criativa

Estabelecer um diálogo com os participantes mediante os textos, os símbolos


e os exercícios utilizados, possibilitando o seu envolvimento e sua efetiva
aprendizagem.

Vejam que um dos objetivos se refere ao acesso às informações, mais


propriamente a que tipo de informações, e o outro se relaciona com a comunicação
que será estabelecida com os participantes, visando facilitar o processo de
aprendizagem mediante a mobilização das estruturas mentais.

Portanto, em relação às informações, os materiais para estudo autônomo


deverão considerar as características da informação e as tarefas que estão presentes
no processo informacional, como mostra o quadro a seguir:

Quadro 3 – Características e Tarefas da Informação

Características da Informação Tarefas do Processo Informacional


A informação deve ser: A informação deve estar:

Exata Condensada

Oportuna Contextualizada

Acessível Apresentável

Envolvente Adequada ao recurso utilizado

Aplicável Útil
Fonte: Adaptado de DAVENPORT (1998).

36
A aplicação das características e tarefas da informação no processo de
elaboração do texto para materiais para EaD se dá mediante a observação de alguns
aspectos, veja suas fundamentações e os pontos a serem observador, confira:

Formulação dos objetivos

Oferecem a possibilidade de direcionarem a aprendizagem e estabelecerem


uma sequência apropriada de conteúdo.

Pontos a serem observados:

 Formular, na etapa de planejamento, os objetivos gerais e específicos;


 Utilizar para orientar os aspectos seguintes.

Divisão do conteúdo

A aprendizagem ocorre melhor quando a informação é apresentada em


pequenas quantidades.

Pontos a serem observados:

 Dividir o conteúdo em aulas e as aulas em tópicos;


 Apresentar apenas uma ou duas ideias relacionadas por parágrafo;
 Usar subtítulos numerados para que os participantes possam observar que
você está apresentando uma ideia nova;
 Construir pontes, ou seja, elabore elementos de transição entre um assunto e
outro;
 Recapitular as ideias principais ao final de cada módulo.

Contextualização e integridade do conteúdo


Conteúdos envolvidos num contexto são mais significativos.
Pontos a serem observados:
 Dividir cada ponto principal em subpontos que pertençam a ele;

 Certificar de que todos os pontos principais sejam aproximadamente da mesma


importância;

 Ordenar os pontos selecionados;

37
 Manter fidelidade ao objeto de estudo;
 Pensar nas possíveis dúvidas que podem ocorrer.

Agora que você já é capaz de identificar características e tarefas da informação


no processo de elaboração de materiais, deve estar se perguntando: como
escolher o estilo apropriado e a linguagem adequada?

Esse é o assunto que estudará a seguir.

2.2 Escolhendo o estilo apropriado e a linguagem adequada

Você já deve possuir um estilo próprio para escrever. Aquele que você utiliza
nas suas cartas, e-mail, memorandos, relatórios etc. Não é mesmo?

Mas ao elaborar materiais didáticos, você deverá ter em mente que está
ocupando o papel de professor mediador e que deve incorporar ao seu texto
características estilísticas utilizadas em EaD. Portanto, ao redigir o material didático,
procure:

Utilizar um estilo conversacional

 Utilize o pronome de tratamento “você”;


 Utilize a voz ativa;
 Verbos no imperativo: Reflita! Veja! Observe!
 Escreva, envolvendo o leitor num diálogo;
 Inclua perguntas, pois elas estimulam o participante a ser mais ativo;
 Oriente o participante para que busque aprofundamento dos estudos;
 Use exemplos e analogias para a elucidação dos conceitos;
 Ligue as novas informações às antigas;
 Construa “pontes” entre os parágrafos e entre as aulas;
 Evite estereótipos culturais;
 Evite termos vagos e inconsistentes e repetições desnecessárias.

38
Combinar o seu estilo com o assunto

 Utilize abordagens diferentes para assuntos diferentes (uma aula sobre


legislação será escrita de forma diferente de uma aula sobre abordagem
policial);
 Inclua listas, tabelas, ilustrações de acordo com o assunto em questão;
 Adapte os tipos de questões ao assunto abordado;
 Contextualize as informações tendo como foco a missão, a visão da
organização e, principalmente, as questões nacionais no âmbito da segurança
pública.

Utilizar uma linguagem apropriada

 Use parágrafos com apenas uma ideia principal ou, talvez, duas relacionadas;
 Utilize frases curtas, contendo não mais do que vinte palavras cada uma;
 Evite negações;
 Use palavras familiares ao participante;
 Explique termos técnicos;
 Certifique-se de que todas as palavras estão sendo corretamente utilizadas.

Para finalizarmos esta aula, veja a lista a seguir e verifique os itens


relacionados ao texto do curso.

Principais itens relacionados a estruturação do texto do curso:

I. Organize o conteúdo de acordo com os objetivos estabelecidos;


II. Organize as aulas e os tópicos de maneira lógica;
III. Estruture o material, partindo dos conteúdos mais simples para os mais
complexos;
IV. Relacione as novas informações com as antigas;
V. Use uma abordagem que seja adequada ao assunto;
VI. Evite termos vagos, inconsistentes e repetições desnecessárias;

39
VII. Redija no nível apropriado para os participantes;
VIII. Explique termos técnicos e expressões difíceis e desconhecidas (Glossário);
IX. Apresente apenas uma ou duas ideias relacionadas em um parágrafo;
X. Use subtítulos para guiar os participantes;
XI. Elabore os conteúdos dos módulos e suas respectivas aulas de forma que
sejam autossuficientes no próprio módulo e interdependentes entre os módulos;
XII. Construa “pontes” entre os parágrafos das aulas;
XIII. Use um estilo amigável, pessoal e conversacional;
XIV. Use exemplos.

O processo de elaboração de textos para EaD precisa observar as orientações


tratadas neste módulo para que os materiais produzidos estimulem a aprendizagem
efetiva.

Antes de finalizar o estudo deste módulo, leia os artigos:

“A importância do material didático no Ensino a Distância”.


O artigo discute a importância do material didático para a EaD –
impresso ou virtual – para o processo de aprendizagem do
aluno. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10453

“Design Instrucional Contextualizado”. De Andrea Filatro.


http://www.abed.org.br/congresso2004/por/pdf/049-TC-B2.pdf

40
Finalizando...

Neste módulo, você estudou que:

• O processo de planejamento de materiais didáticos para EaD, envolve três


grandes etapas: planejamento do programa do curso, planejamento dos
módulos e planejamento das aulas.
• Cada etapa do processo de planejamento do material exige que sejam
observados aspectos específicos.
• A redação utilizada nos materiais didáticos para os cursos a distância deverá
alcançar dois objetivos fundamentais: função social informativa e comunicação
criativa.
• Os materiais para estudo autônomo deverão considerar as características da
informação e as tarefas que estão presentes no processo informacional.

• A aplicação das características e tarefas da informação no processo de


elaboração de materiais de estudo autônomo se dá mediante a observação de
alguns aspectos. São eles: formulação dos objetivos; divisão do conteúdo e
contextualização e integridade do conteúdo.

• Ao elaborar materiais didáticos, você deverá ter em mente que está ocupando
o papel de professor e que deve incorporar ao seu texto características
estilísticas utilizadas em EaD. Portanto, ao redigir o material didático, procure:
utilizar um estilo conversacional, combinar o seu estilo com o assunto e utilizar
uma linguagem apropriada.

41
Módulo 3 – Recursos gráficos e digitais

Apresentação do módulo

Observe as imagens a seguir:

Figura 12 - As imagens transmitem mensagens


Fonte: SCD/EaD/Segen

O que elas comunicam?

Nem sempre utilizamos palavras para nos comunicar.

Ao longo do curso você deve ter observado que, além de texto, este material
apresenta outros recursos que tem por objetivo não só orientar, mas também de
efetivar a sua aprendizagem.

Neste módulo, você estudará sobre eles.

42
Objetivos do módulo

Este módulo criará condições, para que você possa:

• Definir elemento gráfico;


• Identificar os tipos de elementos gráficos usados nos materiais didáticos;
• Apontar as características de um bom elemento gráfico;
• Definir recursos digitais;
• Verificar alguns recursos digitais utilizados nos cursos da Rede EaD-Segen.

Estrutura do módulo

Este módulo compreende as seguintes aulas:

Aula 1 – Elementos gráficos

Aula 2 – Recursos digitais

43
Aula 1 – Elementos gráficos

1.1 O que são elementos gráficos?

Os elementos gráficos são recursos que você pode utilizar para melhorar a
comunicação do conteúdo, como por exemplo:

Figura 13 - Elementos Gráficos


Fonte: SCD/EaD/Segen

Assim como palavras, textos e ideias, os elementos gráficos também são


importantes informações contidas nos materiais didáticos para EaD. Eles auxiliam a
transmitir ideias, reforçam a mensagem, motivam os participantes, aumentam a
atenção, ilustram o texto e exemplificam, enriquecendo o material e tornando a
aprendizagem mais significativa.

44
1.2 Características de um bom elemento gráfico

Um bom elemento gráfico deve:

Figura 14 - Características do Elementos Gráficos


Fonte: SCD/EaD/Segen

IMPORTANTE!
Imagens que representem o contexto do público-alvo e objetos
familiares são mais facilmente compreendidos.

1.3 Pensando nos elementos gráficos ao elaborar materiais para EaD

A utilização de elementos gráficos nos materiais para EaD deve ser planejada
previamente.

Ao planejar o uso dos elementos gráficos nos materiais didáticos é necessário:

• Conhecer os objetivos do material;


• Definir/identificar a clientela que fará uso do material;
• Criar/sugerir/selecionar os elementos gráficos que farão parte do material;

45
• Relacionar os elementos gráficos criados/sugeridos/selecionados com o
conteúdo textual do material;
• Colocar, no material, elementos gráficos que: atraiam e mantenham a
atenção, transmitam a mensagem, promovam o envolvimento e gerem
ação.

IMPORTANTE!

Os cursos da Rede EaD-Segen destinam-se a profissionais da


área de segurança pública. Os elementos gráficos devem fazer
parte desse universo.

1.4 Tipos de elementos gráficos usados em materiais para EaD

Imagens
São desenhos que retratam situações, objetos ou pessoas.

Ao utilizarmos uma imagem, devemos optar pelas mais simples, sem muitos
detalhes.

46
Figura 15 - Cálculo da jornada do ofensor - método euclidiano
Fonte: Curso de Análise Criminal 2 – Rede EaD/Segen

IMPORTANTE!

Evite imagens com cenas de sangue, uso de armamento de


forma ostensiva, e de menores. Opte sempre por imagens que
representam os profissionais da área de segurança pública do
Brasil, a menos que o curso aborde exemplos de polícias de
outros países.

Atenção! Lembre-se sempre de indicar a fonte da imagem!

47
Fotografias
São uma cópia exata da realidade. Podem ser utilizadas em preto e branco ou
coloridas, lembrando, apenas, que as coloridas encarecem a reprodução do material,
caso este venha a ser impresso.

Figura 16 – Abordagem Policial


Fonte: Fotógrafo Wagner Varela (Policial Militar da Paraíba)

SAIBA MAIS

Lembre-se de verificar a questão de Direitos Autorais


(https://direitosbrasil.com/direitos-autorais-na-fotografia-como-
funcionam/ ) relacionada às imagens, especialmente ao inserir
fotografias de pessoas e/ou objetos de propriedade privada.

48
Mapas
Segundo LAASER (1997),

“um mapa é uma descrição gráfica de uma realidade geográfica


em menor escala. Sua elaboração requer um certo nível de
conhecimento e compreensão, mas é de grande auxílio na
representação de lugares e distâncias e traz informações
diversas sobre limites geográficos e políticos”.

Veja o exemplo a seguir:

Figura 17 - Mapa Registro de Homicídios Dolosos no Brasil


Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2013

49
Diagramas, Gráficos e Tabelas
São comparações gráficas de dados. Eles possibilitam a visualização de dados
e números por meio das linhas. Esses recursos nos ajudam a interpretar e comparar
fatos.

Figura 18 - Porcentagem de Guardas Municipais que utilizam armas de fogo Brasil 2009-2012
Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2013

SAIBA MAIS

A ABNT estabelece uma diferença entre quadro e tabela.


Acesse https://bibliotecafea.com/2012/09/21/tabela-e-quadro-
diferencas/ e veja a diferença.

50
Símbolos ou Ícones
São sinais gráficos que representam ou caracterizam um objeto, uma ideia ou
um processo.

Os símbolos e ícones devem estar relacionados a cultura do participante e com a


identidade do curso.

Exemplos:

Figura 19 - Ícones utilizados na plataforma Moodle EaD/Segen


Fonte: SCD/EaD/Segen

Além da utilização desses meios, outras orientações devem ser observadas no


processo de elaboração de materiais para EaD, pois ajudam a efetivar as situações
de aprendizagem. São elas:

Fontes de letras
• Tamanhos, formatos, cor e tipos;
• Efeitos de títulos e subtítulos;
• Fontes em caixas de texto.

Formatação do texto
• Espaços;
• Parágrafos;
• Marcadores e hifens;
• Numeração dos tópicos.

51
Padrões de texto
Defina e mantenha sempre o mesmo padrão no texto do curso, por exemplo:
• Espaços (4 500) ou pontos (4.500) para indicar milhares;
• As datas separadas por pontos, barras, hifens ou por extenso;
• Abreviaturas. Explique o que elas significam na primeira vez que elas
aparecerem no texto.

SAIBA MAIS

Ao selecionar elementos gráficos para compor o conteúdo


de cursos a distância, é muito importante estar atento às
questões relacionadas aos direitos autorais. Para ampliar os
conhecimentos sobre o tema, leia o artigo “Direitos Autorais
nos Cursos a Distância via Internet”
(http://www.abed.org.br/congresso2002/trabalhos/texto53.htm), de
Pericles Gomes e Siomara Mendes.

52
Aula 2 – Recursos digitais

2.1 O que são recursos digitais?

De acordo com Torrezzan e Behar (2009), recursos digitais são elementos


informatizados que permitem a interatividade entre o participante e determinada
atividade ou ação.

Exemplos:

Figura 20 - Recursos DIGITAIS


Fonte: SCD/EaD/Segen

Como a tecnologia pela tecnologia não basta, o uso desses recursos também
exigirá que se tenha em mente, além do público-alvo, a intencionalidade e
possibilidade trazida por eles de muitas vezes irem além do material, criando
condições para que os usuários explorem outras possibilidades de aprendizagem.

53
IMPORTANTE!

Planejar o uso de recursos digitais é fundamental para a


qualidade do material e a efetividade da aprendizagem.

Com o objetivo de que você conheça mais de perto alguns recursos digitais,
você estudará seguir três desses recursos: vídeos, hipertextos e infográficos.

Vídeos

Os vídeos são excelentes recursos, pois atendem a vários objetivos. Podem


ser utilizados para:

Figura 21 - Objetivos da utilização de vídeos


Fonte: SCD/EaD/Segen

54
O vídeo mexe com o corpo, com a pele, nos toca e tocamos os
outros, estão a nosso alcance através dos recortes visuais, do
close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos,
experimentamos sensorialmente o outro, o mundo e nós
mesmos [...] O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em
outras realidades (no imaginário) em outros tempos e
realidades. Ele combina a comunicação sensorial sinestésica,
com a audiovisual, a intuição com a lógica, o emocional com a
razão. Combina, mas começa pelo sensorial, pelo emocional e
pelo intuitivo, para atingir posteriormente o racional. (MORAN,
1995, p.27)

Com o advento do YouTube e outros aplicativos específicos em vídeos ficou


mais fácil pesquisar vídeos sobre determinados assuntos, mas em compensação ficou
mais difícil selecionar.

Veja, a seguir, alguns critérios que podem ajudá-lo nessa tarefa:

Figura 22 - Critérios a serem considerados na escolha do vídeo


Fonte: SCD/EaD/Segen

55
IMPORTANTE!

Filmes cinematográficos que abordem situações


relacionadas aos problemas e desafios da segurança pública
também podem ser utilizados, seja como uma sugestão para que
o participante amplie seus conhecimentos, ou, para a análise de
uma cena. Nesse último caso indique os minutos aos quais a
cena se refere, ou recorte, mas lembre-se de indicar a fonte.

Infográficos
Infográficos referem-se a possibilidades de representações visuais gráficas que
auxiliam a apresentação de dados e informações, muitas vezes complexas,
contribuindo para uma melhor compreensão da comunicação.
Exemplos:

Figura 23 – Infográfico Moodle Face Curso Uso Diferenciado da Força


Fonte: SCD/EaD/Segen

56
Figura 24 - Infográfico sobre à atribuições das polícias no mundo
Fonte: Polícia Comunitária II

SAIBA MAIS
Há muitos aplicativos gratuitos para criação de infográficos. A
seguir, são apresentados alguns exemplos, mas há muitos
outros!

Reserve um tempo para conhecer os aplicativos e construir


infográficos sobre temas de seu interesse.

Piktochart: https://piktochart.com

Canva: https://www.canva.com/pt_br/

Easel.ly: https://www.easel.ly/

57
Hipertextos
Atualmente você já deve ter ouvido ou mesmo utilizado o termo “linkar” ou a
expressão “vou fazer um link”. Apesar de serem utilizados no contexto atual e até
mesmo se tornarem conhecido após a internet, estas expressões, que representam o
conceito de hipertexto, surgiram em 1960, criadas por TED NELSON
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Nelson), com base no pensamento do
sociólogo francês Roland Bhrates.

Mas o que significa hipertexto?

Utilizando a definição da Wikipédia, a enciclopédia livre, que utiliza o modelo


hipertextual para apresentação as informações, encontra-se:

Hipertexto é o termo que remete a um texto ao qual se agregam


outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos,
palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de
referências específicas, no meio digital
denominadas hiperligacões. Estas hiperligações ocorrem na
forma de termos destacados no corpo de texto
principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de
interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo
acesso sob demanda às informações que estendem ou
complementam o texto principal (WIKIPÉDIA).

Os hipertextos podem servir para esclarecer, ilustrar, exemplificar, aprofundar


ou até mesmo conduzir para uma informação.

58
Veja a seguir, alguns exemplos de hipertextos utilizados no curso da Segen,
clique nas imagens:

Figura 25 - EaD Segen Figura 26 - Portal Sinesp

Leia o artigo “Hipertexto: uma ferramenta para


construção da aprendizagem na educação a
distância”, e amplie seu conhecimento. Disponível em
http://www.nehte.com.br/simposio/anais/Anais-Hipertexto-
2010/Aline-Renee-Benigno&Reginaldo-Amorim&Roziane-
Keila-Grando&Sebastiao-Sales.pdf

O uso de recursos gráficos e digitais devem ser planejados para evitar tanto a
falta, como o excesso.
No próximo módulo você estudará sobre elaboração de questões.

59
Finalizando

Neste módulo, você estudou que:

• Os elementos gráficos são recursos que você pode utilizar para melhorar a
comunicação do conteúdo, como por exemplo: fotografias, desenhos, pinturas,
quadrinhos, tabelas, sinais, figuras, modelos, gráficos, mapas, diagramas,
símbolos, ícones etc.;
• De acordo com Torrezzan e Behar (2009), recursos digitais são elementos
informatizados que permitem a interatividade entre o participante e
determinada atividade ou ação. Exemplo: infográfico, vídeo, animações etc.;
• O uso dos recursos gráficos e digitais precisa ser planejado.

60
Módulo 4 – Elaboração de exercícios e avaliação

Apresentação do módulo

Comece o estudo do módulo respondendo à questão a seguir:

Figura 27 – Reflita
Fonte: SCD/EaD/Segen

Percebe como é importante uma pausa para refletir sobre os assuntos


estudados e verificar se os compreendeu bem?
Os exercícios e avaliação também possuem um papel relevante na
aprendizagem, pois, por meio deles, criamos condições para que ocorra a assimilação
ativa.
O estudo desse módulo irá auxiliá-lo no processo de elaboração de itens para
exercícios e avaliações.

61
Objetivos do módulo

Este módulo criará condições, para que você possa:

• Definir assimilação ativa;


• Verificar, a partir de exemplos, diferentes tipos de itens para exercícios e
avaliação baseados no conceito de assimilação ativa;
• Reconhecer a importância dos os exercícios e da avaliação nos materiais de
EaD.

Estrutura do módulo

Este módulo compreende as seguintes aulas:

Aula 1 – Assimilação ativa e a elaboração de itens

Aula 2 – Elaboração de chaves de respostas

62
Aula 1 – Assimilação ativa e a elaboração de itens

De acordo com Libâneo (1994), assimilação ativa é:

“o processo de percepção, compreensão, reflexão e aplicação


desenvolvidos mediante ações intelectuais, motivacionais e
atitudinais do aluno, sob a ação e orientação intencional do
professor” LIBÂNEO (1994, p. 64).

Segundo Cordeiro (1999), o conceito de assimilação ativa deve ser


incorporado ao material didático para:

• Ajudar os participantes a aprenderem, fazendo-os aplicar a informação


encontrada;
• Possibilitar um diálogo entre o elaborador e o estudante;
• Motivar os participantes a continuar a aprendizagem;
• Auxiliar os participantes a fazer pausas para que tomem nota, mentalmente, de
informações importantes;
• Criar condições para que o estudante desenvolva uma postura;
Interativa - que seja capaz de interagir com o material, ampliando a construção
de seu conhecimento;
Informatizada - que seja capaz de gerar, buscar e gerenciar as informações
recebidas;
Itinerante - que consiga utilizar as informações que possui como ponte para a
busca de outras informações e, consequentemente, novas aprendizagens.

IMPORTANTE!

A aprendizagem baseada na definição de assimilação ativa


estimula o participante a desenvolver a autonomia.

63
1.1 Aspectos importantes para elaboração dos itens para exercícios e
avaliação

Segundo VIEIRA (2002), os itens deverão ser elaborados ou selecionados,


considerando-se os seguintes aspectos:

a) Organização lógica

• Relação entre o objetivo (ações observáveis) e complexidade do item;


• Significado do conteúdo abordado no item;
• Coerência entre conteúdo e tópicos abordados no item.

Figura 28 - Níveis de complexidade - Domínio Cognitivo


Fonte: Bloom apud Cordeiro (2017)

b) Linguagem adequada

• Linguagem ao nível do participante;


• Clareza e objetividade.

64
c) Elaboração dos itens de acordo com o texto de apoio

• Relacionar texto de apoio (o texto de apoio da questão pode ser uma breve
contextualização ou a citação do conteúdo que deve ser considerado pelo
aluno) e comando dos itens;
• Solicitar apenas um comportamento, por item, a ser realizado pelo participante;
• Evitar dicas e pistas no comando e nas alternativas apresentadas;
• Eliminar itens de exclusão mútua;
• Observar a extensão dos itens para que tenham mais ou menos o mesmo
tamanho;
• Evitar apresentar novo conteúdo no comando do item.

Os aspectos estudados até aqui devem ser observados tanto na elaboração de


itens dissertativos, como em itens objetivos.

Mas qual a diferença entre eles?

Veja a seguir!

1.2 Itens dissertativos


São itens que devem ser respondidos pelos participantes com suas próprias
palavras.

Esse tipo não deve ser utilizado apenas para verificar o conteúdo em si, mas a
utilização de habilidades mentais para explicá-lo ou aplicá-lo, como por exemplo,
raciocínio lógico, organização das ideias, clareza de expressão, criatividade,
correlação de fatos etc. (LIBÂNEO, 1994, p. 205)

1.3 Itens objetivos


São itens elaborados para que o participante possa escolher, dentre as
alternativas, a resposta correta.

Itens objetivos avaliam o domínio do conhecimento, requerendo respostas


mais precisas.

65
VAMOS VER ALGUNS EXEMPLOS DE QUESTÕES DISSERTATIVAS PARA
EXERCÍCIOS E AVALIAÇÕES

a) Itens voltados para aplicação

• Elabore o planejamento de uma ação policial para localização e detenção do


Sr. José dos Anzóis, observando os limites legais.

O texto a seguir descreve uma região onde o plantio da maconha é


constantemente observado. Após a leitura, elabore um planejamento tático
operacional para identificar, reprimir e inutilizar os pontos de plantio da maconha, bem
como efetuar prisões ou apreensões que se fizerem necessárias, observando as
restrições legais e as técnicas necessárias. Lembre-se de considerar que você agirá
em equipe.

b) Itens de reflexão
• Após a leitura do caso “Herói ou Vilão?” (http://ibsp.org.br/pensamento-
socionormativo-da-seguranca-publica/heroi-ou-vilao-vitimas-ou-algozes-quem-sao-os-
profissionais-de-seguranca-brasileiros/), descreva a sua opinião, fundamentando-a
nos pontos contidos no texto.

Em sua opinião, qual é o papel da interceptação de dados na ação policial?

Nota – Itens que envolvem a reflexão expressa na opinião do participante devem ser
evitados em avaliações, pois dificultam a atribuição de valor: certo ou errado.

66
c) Itens de conhecimento

“No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará


sujeita apenas às limitações determinadas pela lei,
exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e
de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e
do bem-estar de uma sociedade democrática.” (DUDH, Art. 29-
II)

• O trecho acima reforça a importância do respeito aos cinco princípios que


regem o uso da força: legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação
e conveniência. Escolha um (1) desses princípios e o explique.
• Conceitue, de acordo com o Código Penal, offedinculas ou defesas
predispostas.

d) Outros itens:
• Elaboração de cartas;
• Estudo de Casos;
• Preenchimento de quadros;
• Elaboração de relatórios;
• Elaboração de projetos.

67
AGORA VEJA EXEMPLOS DE ATIVIDADES OBJETIVOS PARA EXERCÍCIOS
E AVALIAÇÕES

a) Item de certo ou errado

Neste tipo de item o participante escolhe entre duas alternativas. Cada sentença
é uma afirmação que pode estar certa (C) ou errada (E).

Exemplo:

Figura 29 - Exemplo Questão Certo/Errado


Fonte: SCD/EaD/Segen

ATENÇÃO!!

As alternativas devem apresentar apenas uma afirmação e esta


deve conter uma ideia clara. Mesmo a afirmação errada deve ser
redigida de forma afirmativa (LIBÂNEO, 1994).

68
b) Item para completar (Lacunas)

Esses itens são formados por frases incompletas, com lacunas para ser
preenchido com uma única resposta certa.

Exemplo:

Figura 30 - Exemplo Questão com Lacunas


Fonte: SCD/EaD/Segen

Não inicie a frase com lacuna. Utilize apenas substantivos para preencher
a lacunas, exceto em provas de Língua Portuguesa ou língua estrangeira,
onde palavras como adjetivos, conjunções e preposições podem ser
cobradas.

c) Item de correspondência

Esses itens são elaborados com base em duas listas. Na coluna da esquerda
(1ª) coloca-se conceitos, termos etc., numerados. Na coluna da direita (2ª) colocam-

69
se sentenças que explicam tais conceitos ou estão relacionados aos termos foram de
ordem. O participante deverá estabelecer a correspondência.

Exemplo:

Figura 31 - Exemplo de Item de Correspondência


Fonte: SCD/EaD/Segen

d) Item de múltipla escolha

São itens compostos por um comando de uma pergunta, seguido de várias


alternativas de respostas. Há três tipos: apenas uma alternativa é correta; a resposta
correta é a mais completa (nesse caso, algumas alternativas são parcialmente
corretas); há mais de uma alternativa correta (LIBÂNEO, 1994).

Exemplos:

70
Figura 32 – Exemplo 1 de Questão de Múltipla Escolha 1
Fonte: SCD/EaD/Segen

Figura 33 - Exemplo 2 de Questão Múltipla Escolha


Fonte: SCD/EaD/Segen

71
FIQUE ATENTO

Itens de múltipla escolha exigem alguns cuidados na


elaboração. Veja o que deve ser evitado:

 Possibilidade de mais de uma resposta correta;

 Inclusão de expressão de opinião;

 Favorecimento do acerto por exclusão;

 Utilização de elementos que denunciem a resposta certa;

 Indução ao erro;

 Elaboração de enunciado em formato negativo;

 Formulação negativa. Caso seja imprescindível, destacar o


termo negativo: NÃO, EXCETO etc.;

 Inclusão de dados ou informações meramente ilustrativos.

72
e) Item de ordenação

Esse item apresenta dados ou informações que foram uma sequência, fora de
ordem, e o participante deverá ordená-los na sequência correta.

Exemplo:

Figura 34 - Exemplo de Questão de Ordenação


Fonte: SCD/EaD/Segen

Elaborar itens é uma tarefa complexa, mas de suma importância para a


aprendizagem.

Agora que já estudou sobre o processo de elaboração, veja como elaborar


chaves de respostas ou feedback.

73
Aula 2 - Elaboração das chaves de respostas

Tão importante quanto a construção dos exercícios é a elaboração das chaves


de respostas. Elas permitem que o estudante possa ter um feedback (retorno
imediato) do seu desempenho, reforçando as respostas corretas e corrigindo as
informações quando necessário.

Exemplos:

Exemplo 1

Atividade

1. Você leu, nesta unidade, sobre os procedimentos básicos para a preservação do


local de crime.

a. Cite dois procedimentos.


b. Explique por que esses procedimentos são necessários.

Chave de Resposta

a. Resposta pessoal. Dentre os cuidados básicos, destacamos o isolamento


do local do crime e a preservação até a liberação do local pela perícia.
b. Resposta pessoal. Preservar um local de crime é tarefa indispensável
para a elucidação do ilícito penal e a aplicação da pena, assim é garantida
a produção de provas pela perícia, a lisura do processo e a punição do
verdadeiro culpado.

74
Exemplo 2

Atividade

2. Coloque (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas:

Os princípios de necessidade e proporcionalidade devem ser observados na


utilização da força e da arma de fogo. Aplicando esses princípios, responda (V)
para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas:

( ) A escala de proporcionalidade do uso da força e da arma de fogo mostra que


há diferentes condutas policiais que deverão ser utilizadas de acordo com o
comportamento ou a reação do suspeito.

( ) Justifica-se o uso da arma de fogo pelo policial na resistência ativa por parte
do suspeito.

( ) Havendo resistência verbal do suspeito, o policial deverá utilizar-se de


orientações verbais.

Chave de Resposta

(V) A escala de proporcionalidade orienta as intervenções policiais a serem feitas


de acordo com os níveis de resistência do suspeito.

(F) O uso intencional da força e da arma de fogo é permitido somente quando


for absolutamente inevitável e necessário para proteger vidas.
(V) No caso de resistência verbal, as orientações ao suspeito deverão ser
verbais.

75
Caso queira estudar mais sobre este tema, acesse o Guia de
elaboração e revisão de questões e itens de múltipla
escolha, disponível no material complementar.

Leia também o artigo da Revista Educação: 10 dicas de


como elaborar bons itens de múltipla escolha, disponível
em: https://revistaeducacao.com.br/2014/12/19/10-dicas-de-
como-elaborar-bons-itens-de-multipla-escolha/

Com esta aula finalizamos parte pedagógica da elaboração de materiais


didáticos para EaD.

Na próxima aula, você terá acesso há ferramentas digitais e aplicativos que


poderão ajudá-los a publicar os materiais utilizados por você.

76
Finalizando...

Neste módulo, você estudou que:

• Os exercícios também têm um papel relevante na aprendizagem, pois, por


meio deles, criamos condições para que ocorra a “assimilação ativa”.

• Assimilação ativa é “o processo de percepção, compreensão, reflexão e


aplicação desenvolvidos mediante ações intelectuais, motivacionais e
atitudinais do aluno, sob a ação e orientação intencional do professor”
LIBÂNEO (1994, p. 64).

• Segundo VIEIRA (2002), os exercícios deverão ser elaborados ou


selecionados considerando-se os seguintes aspectos: organização lógica,
linguagem adequada e elaboração dos exercícios de acordo com um texto
de apoio.

• Os aspectos ressaltados por Vieira (2002) devem ser observados tanto na


elaboração de itens dissertativos, como em itens objetivos.

• Itens dissertativos são itens que devem ser respondidos pelos


participantes com suas próprias palavras.

• Itens objetivos são itens são itens elaborados para que o participante possa
escolher, dentre as alternativas, a resposta correta.

• Tão importante quanto a construção dos exercícios é a elaboração das


“chaves de respostas”. Elas permitem que o estudante possa ter um
feedback (retorno imediato) do seu desempenho, reforçando as respostas
corretas e corrigindo as informações quando necessário.

77
Módulo 5- Ferramentas e aplicativos para
produção e distribuição dos materiais

Apresentação do módulo

As tecnologias digitais possibilitaram que o mundo coubesse em nossas mãos,


na verdade em uma mão, e pudesse ser acessado com o simples toque de um dedo.

Vamos ao banco, fazemos compras, resolvemos problemas, cuidamos dos


filhos, dentre outras atividades tudo por meio da Internet, aplicativos e outras
ferramentas tecnológicas disponíveis, ou seja, atualmente consumimos e
produzimos informações o tempo inteiro.

Considerando este cenário, é que este módulo traz algumas possibilidades que
podem ser utilizadas tanto para elaboração, como para a distribuição dos materiais
educacionais criados por você.

Detalhe! Todas disponíveis na Internet e de uso gratuito.

A ideia é que aproveite essas ferramentas disponíveis, para criar condições que
a aprendizagem possa acontecer, encurtando cada vez mais a distância entre o
aprendiz e a fonte de informação.

Cabe destacar, que de modo algum a temática tratada neste módulo será
esgotada aqui, até porque para a revolução digital o futuro apenas começou.

Antes de prosseguir, assista ao vídeo Quarta Revoluç@o,


disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xvEFjZ1EQeg

78
Objetivos do módulo

Este módulo criará condições, para que você possa:

• Conhecer ferramentas digitais gratuitas utilizadas para produção e distribuição


de materiais para EaD;

• Refletir sobre a possibilidade de uso das ferramentas digitais.

Estrutura do módulo

Este módulo compreende as seguintes aulas:

Aula 1 – Moodle: um ambiente virtual de aprendizagem à disposição

Aula 2 – Criando materiais didáticos utilizando os recursos do Google

79
Aula 1 – Moodle: um ambiente de aprendizagem à disposição

1.1 Ambiente virtual de aprendizagem

Ambientes virtuais de aprendizagem, popularmente conhecidos como AVA,


são sistemas informatizados ou software voltados para auxiliar professores e tutores
na:

• criação e distribuição de conteúdo, recursos digitais ou cursos completos a


distância;
• gestão do processo de aprendizagem, por meio de ferramentas que
possibilitem o controle e o registro das informações; e
• comunicação entre todos participantes, por meio de ferramentas de interação
síncronas, o qual requer a participação simultânea de todos os participantes
em tempo real, e assíncronas, que não requerem a participação simultânea
de todos em tempo real, possibilitando que os participantes gerenciem o seu
tempo.

Existem duas categorias de sistema de distribuição de EaD. São elas:

Assíncrona

Não requer a participação simultânea de todos os participantes e professores.


Tem como vantagem o respeito ao ritmo de aprendizagem do estudante. Como
exemplo, temos os materiais impressos, cursos via WEB, fórum e as instruções
assistidas por computador.

Síncrona

Requer a participação simultânea de professores e participantes. Porém, tem a


vantagem de poder ser realizada em tempo real. Entre elas, destacam-se a tele e a
videoconferência, bem como os chats.

80
Você poderá encontrar, ainda, sistemas mistos, ou seja, com duas formas de
distribuição. Ex: materiais escritos e chats; TV interativa e materiais na WEB.

SAIBA MAIS
Devido abrigarem inúmeros recursos e possibilidades os
AVAs também são conhecidos tecnicamente como plataformas
educacionais.

O AVA se apresenta como um contexto


de aprendizagem diferenciado do
contexto tradicional, no qual temos um
espaço físico estabelecido e um tempo
estipulado que determinam as
interações e caracterizam uma sala de
aula (WAQUIL e BEAR, 2009, p. 146).

Figura 35 - Componentes do AVA


Fonte: http://www.sempretops.com

81
IMPORTANTE!!

A Rede EaD-Segen atualmente utiliza a plataforma Moodle, uma


plataforma educacional criada especialmente para as atividades
de ensino e aprendizagem voltadas para os profissionais da área
de segurança pública. O Moodle permite que novos cursos
sejam desenvolvidos com identidade visual própria, por ser mais
interativo, ele possibilitar uma fácil leitura do conteúdo,
aumentando o grau de aprendizagem do aluno.

Veja agora quais as vantagens de se utilizar a plataforma Moodle na Rede EaD-


Segen, confira:

I. Acesso por meio de login único, através do Sinesp;

II. Administração de turmas, tutores e participantes;

III. Ambiente para tutores inserir (plano de ensino, registro de notas, espaço para
registro de observações e sugestões);

IV. Acompanhamento dos participantes (matrícula, registro de notas, certificação


e pesquisa de satisfação para aprimoramento da plataforma e conteúdo);

V. Acompanhamento dos participantes pelo tutor;

VI. Ambientes de interação (e-mail, fórum, chat e painel de avisos);

VII. Acesso aos conteúdos e materiais complementares;

VIII. Avaliação de aprendizagens;

IX. Emissão de relatórios dinâmicos com dados precisos; e

X. Auditoria das informações e logs de acesso.

82
Existem muitas opções de AVA no mercado, mas vamos explorar um AVA
gratuito: o MOODLE.

1.2 MOODLE

O Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) é um


software livre, criado para apoio a aprendizagem.

Por ser um software livre ele é gratuito e pode ser instalado em várias
plataformas que utilizem a linguagem php, tais como Unix, Linux, Windows, MAC
OSO. O AVA gratuito permite que seu código fonte seja alterado para atender as
necessidades dos projetos de aprendizagem.

O Moodle é um ambiente de aprendizagem com inúmeros recursos que


possibilitam a criação e a gestão de cursos “on-line”, bem como o apoio a cursos
presenciais. Foi criado com base na teoria sócio construtivista, por isto o ambiente
estimula a aprendizagem colaborativa (fóruns, Wikis, chats etc.) tanto no âmbito de
uma sala de aula “on-line”, como a comunidade virtual que participa ativamente do
seu desenvolvimento.

1.2.1 As principais ferramentas do Moodle

As ferramentas disponíveis no Moodle estão divididas nas categorias


apresentadas a seguir.

RECURSOS

Ferramentas que permitem disponibilizar materiais para que o participante


realize seu aprendizado.

Exemplos:

• Livro – permite o professor elaborar temas em forma de livro, com diversas


páginas, capítulo e subcapítulos;

83
• Página da WEB – Permite a criação de uma página na WEB;

• Arquivos – Possibilita anexar documentos com diferentes extensões (PPT,


DOC, PDF) para consulta dos alunos;

• URL – Permite inserir endereço de sites e outros recursos disponíveis na


REDE;

• SCORM/AICC – São coleções de especificações que habilitam


interoperabilidade, acessibilidade e reusabilidade de conteúdo baseado na
WEB. O módulo SCORM/AICC permite que pacotes SCORM/AICC sejam
incluídos no curso.

ATIVIDADES

Ferramentas que possibilitam gerar instrumentos de avaliação e trocas de


informação.

Exemplos:

• Fóruns – Ferramenta assíncrona que permite a troca de informações entre o


professor e os participantes, com o objetivo de discutir sobre os temas
estudados e tirar dúvidas;

• Chat – Ferramenta síncrona que permite uma conversa em tempo rela entre
professores e alunos;

• Lição – Permite incluir conteúdos e elaborar questões para serem respondidas;

• Tarefas – Permite o envio e recebimento de tarefas por meio de arquivos;

• Laboratório de Avaliação - Permite a coleta, revisão e avaliação por pares do


trabalho dos estudantes.

84
Os vídeos a seguir possibilitaram conhecer mais sobre o Moodle.

Assista ao vídeo “O que é o Moodle?” e aprenda mais sobre


essa incrível plataforma educacional, o vídeo está disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=lptxP6v-RjA

O “Moodle como plataforma de Educação a Distância”


explora as possibilidades do curso como plataforma
educacional, confira! Está disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Q6Zjr8gXAP8

DICAS!

Os vídeos disponíveis aqui foram selecionados para introduzir o


tema trabalhado, mas existem outros, inclusive com cursos
completos sobre o Moodle. Pesquise!

Caso tenha interesse em implantar o Moodle na sua instituição,


após ver os vídeos e pesquisar mais sobre ele, elabore um
projeto junto com a equipe de Tecnologia e coloque a mão na
massa.

85
Aula 2 – Criando materiais didáticos utilizando os recursos do Google

“Pesquisa no Google!”

Tenho quase certeza que você já ouviu ou usou esta frase diante de algo que
você ou outra pessoa desconhecia. Não é mesmo?

Mas antes de continuar seus estudos, cabe pensar numa questão:

Por que destinar uma aula do curso à abordagem sobre os recursos Google?

Tal opção foi feita pelo fato de serem ferramentas totalmente gratuitas e
amplamente utilizadas, não somente no Brasil, mas em todo o mundo.

IMPORTANTE!!

Pode-se afirmar com segurança que não há outra empresa que


apresentou crescimento tão expressivo no campo das
tecnologias aplicadas à educação. Atualmente, a Google não
tem concorrente capaz de oferecer soluções similares com os
mesmos níveis de usabilidade e popularidade, de forma
gratuita.

Por essas e outras razões, desde a educação básica, até a educação superior
e corporativa, as ferramentas Google têm sido amplamente utilizadas, com os mais
diversos objetivos.

Realmente o Google é um dos maiores sites de busca, e penso que isto você
também já saiba. Mas o que talvez desconheça é que na última década, com base no
conceito de nuvem (veja o conceito de nuvem no link:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem) e no
desenvolvimento de competências colaborativas (a colaboração é um dos
princípios que orientam a construção dos aplicativos do Google, por isto que eles

86
possuem a função compartilhar), o Google lançou um conjunto de ferramentas
gratuitas voltadas para professores e estudantes utilizarem nos processos de ensino
e aprendizagem.

Essas ferramentas podem ser


encontradas numa solução educacional
completa chamada Google Education,
que é um ambiente voltado para as
escolas, ou, em forma de aplicativos
disponíveis para qualquer pessoa que
utilize uma conta Google.
Figura 36 - Logo Google
Fonte: Google/search
Lei mais sobre o Google Education em:
https://edu.google.com/intl/pt-BR/

SAIBA MAIS

Criando um Gmail você terá acesso a um número


aplicativos maior e será mais fácil gerenciar o uso.

Antes de prosseguir, assista ao vídeo sobre computação na


nuvem, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FDFejm-ovtI, do Canaltech.

87
2.1 Aplicativos Google aplicados às atividades de ensino e
aprendizagem

Como acessar em três passos os aplicativos Google

Figura 37 - 3 Passos para Acessar aplicativos Google


Fonte: SCD/EaD/Segen

88
Figura 38 - APPs Google
Fonte: Elaborado pelo Conteudista

Nesta aula, você estudará apenas três aplicativos que foram selecionados, pois
podem auxiliá-lo na produção e distribuição de materiais para suas aulas, presencial
ou a distância. São eles:

89
Figura 39 - APPs Goole que serão estudados
Fonte: Elaborado pelo Conteudista, modificado por SCD/EaD/Segen

Veja a seguir, sobre cada um dos aplicativos selecionados!

2.2 Drive
O que é?

O Drive, também chamado Google Drive,


é um serviço de armazenamento, sincronização,
compartilhamento de arquivos e outras
aplicações de produtividade: Google docs
(documentos), Google sheets (planilhas) e
Google slide (apresentações).

90
“O Google Drive baseia-se no conceito de computação
em nuvem, pois o internauta poderá armazenar arquivos através
deste serviço e acedê-los a partir de qualquer computador ou
outros dispositivos compatíveis, desde que ligados à internet”
(WIKIPÉDIA).

Como usar?

Os links a seguir dão acesso a tutoriais que explicam passo a passo sobre
como usar o Google Drive.

Acesse o link abaixo sobre o Tutorial do Suporte da


Google, disponível em:
https://support.google.com/drive/answer/2424384?co=GE
NIE.Platform%3DDesktop&hl=pt-BR

Acesse ao Vídeo: Como usar o Google Drive, disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=JnMfkYpEdrg)

DICAS

• Invista pelo menos 2h para compreender o funcionamento do Google Drive. Ele


é uma ferramenta bem intuitiva e aprender a utilizá-lo irá auxiliá-lo muito no dia
a dia.

91
• Utilize o tutorial e explore as opções de compartilhamento, principalmente a
opção “qualquer pessoa com link.”

SAIBA MAIS

Na internet você encontra outras ferramentas similares ao


Google Drive, como por exemplo o Dropbox.

Acesse: https://www.dropbox.com/pt_BR/

2.3 Google Docs

O que é?

Um serviço da Google que possibilita


criar, editar e visualizar documentos de texto e
compartilhá-los. Com ele você também pode
transformar arquivos em PDF e com outras
extensões (.doc, .txt, .html) em documentos do
Google.
O Google Docs possibilita criar
documentos de forma colaborativa, ou seja,
cada participante poderá acrescentar ideias,
cabendo a você definir o nível de interação que
elas terão na elaboração do documento, podendo permitir que eles visualizem,
comentem e até mesmo editem o texto. Interessante, não! Você poderá criar um WIKI.

WIKI - é um website no qual utilizadores modificam colaborativamente conteúdo e


estrutura diretamente do web browser. Num wiki típico, texto é escrito com uma
linguagem de marcação e frequentemente editado com a ajuda de um editor de texto
enriquecido. (Wikipédia)

92
Como usa?

Os links a seguir dão acesso a tutoriais que explicam como usar o Google Docs.

Veja ao Tutorial do Suporte da Google, disponível em :


https://support.google.com/docs/?hl=pt-BR#topic=2811805

Assista ao Vídeo: O que é Google Drive? O que é Google


Docs? Como usar o Google Drive?, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=t6lp2VqilpA&t=23s
Fique atento, pois o vídeo apresenta ainda outros app
disponíveis no Google Drive.

Assista ao Vídeo: Google docs avançado/documentos


avançados, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=OSX51h_KvjE

DICAS

• Invista pelo menos 3h para compreender o funcionamento do Google Docs. Há


muitos detalhes para serem explorados. Crie um documento, compartilhe com
pelo menos duas pessoas. Se elas tiverem conta no Gmail será mais fácil, pois
fica registrado quem fez a alteração, caso contrário, ele registra a contribuição,
mas aparecerá como sendo “anônimo”.

93
• Com o Google docs. você poderá dar permissão para que seus alunos
comentem o texto da aula, assim, você poderá acompanhar quem está
participando. Todas as contribuições além de ficarem registradas no
documento, são enviadas por e-mail para você.

• Quando for criar seus materiais para EaD, lembre-se do que estudou nos
módulos 2 e 3.

2.4 Google Forms

O que é?

Uma ferramenta do Google que


permite elaborar formulários para coletar,
armazenar e analisar informações.

Esta ferramenta vem sendo muito


utilizada em pesquisas tanto educacionais ou
mercadológicas.

Nesta aula, você a estudará com o objetivo de elaborar exercícios e avaliações.

94
Como usa?

Os links a seguir dão acesso a tutoriais que explicam como usar o Google Forms.

Veja ao Tutorial do Suporte da Google, disponível em :


https://www.techtudo.com.br/dicas-e-
tutoriais/noticia/2012/01/como-criar-formularios-no-google-
docs.html

Assista ao Vídeo: Pesquisa e Coleta de


Dados/Formulário Google/ App Show Brasil, disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=DRYIbPEvljU

DICAS

• Invista pelo menos 1h para compreender o funcionamento do Google Forms.

• Uma forma de otimizar o uso dos formulários é planejá-los antes de criá-los.

• Quando for elaborar questões para exercícios e avaliações, lembre-se de aplicar


o que estudou no módulo 4.

95
Relembrando...

Figura 40 - Fluxo Proposto para elaboração e distribuição de materiais


Fonte: Elaborado pela conteudista

Foram vistos nesta aula, aplicativos voltados para elaboração e distribuição de


materiais. É interessante que continue seus estudos sobre os outros aplicativos, pois
poderá incluir ferramentas de interação, como por exemplo, Hangout.

Google Hangout é uma plataforma de comunicação, desenvolvida pela Google, que


inclui mensagens instantâneas, chat de vídeo, SMS e VOIP.

96
SAIBA MAIS

Na plataforma Coursera é oferecido, gratuitamente, o curso


“Fundamentos do Google para o Ensino”
(https://pt.coursera.org/learn/fundamentosgoogle), em parceria
com a Fundação Lemann e a Foreducation.

O objetivo é apresentar possibilidades de uso das


tecnologias do Google para aumentar a eficiência, a inovação e
a personalização do ensino. O conteúdo está organizado em 5
módulos. Confira!

97
Finalizando...

Neste módulo, você estudou que:

• Ambientes de virtuais de aprendizagem, popularmente conhecidos como AVA,


são sistemas informatizados ou software voltados para auxiliar professores e
tutores na: criação e distribuição de conteúdo, recursos digitais ou cursos
completos a distância; gestão do processo de aprendizagem, por meio de
ferramentas que possibilitem o controle e o registro das informações e
comunicação com os participantes, por meio de ferramentas de interação
síncronas e assíncronas.

• O Moodle é um ambiente de aprendizagem com inúmeros recursos que


possibilitam a criação e a gestão de cursos “on-line”, bem como o apoio a
cursos presenciais.

• O Google lançou um conjunto de ferramentas gratuitas voltadas para


professores e estudantes utilizarem nos processos de ensino e aprendizagem.
Essas ferramentas podem ser encontradas numa solução educacional
completa chamada Google Education, que é um ambiente voltado para as
escolas, ou, em forma de aplicativos disponíveis para qualquer pessoa que
utilize uma conta Google.

• O Drive, também chamado Google Drive, é um serviço de armazenamento,


sincronização, compartilhamento de arquivos e outras aplicações de
produtividade: Google docs (documentos), Google sheets (planilhas) e Goolgle
slide (apresentações).

• O Google docs é um serviço da Google que possibilita criar, editar e visualizar


documentos de texto e compartilhá-los. Com ele você também pode
transformar arquivos em PDF e com outras extensões (.doc, .txt, .html) em
documentos do Google.

• O Google Forms é uma ferramenta do Google que permite elaborar formulários


para coletar, armazenar e analisar informações.

98
Você chegou ao final do módulo e com ele ao final do curso. Parabéns!

A partir de agora é hora de aproveitar os conhecimentos que construiu durante


o curso para colocá-los em prática.

Mãos à obra!

99
Referências

- ALMEIDA, Alaciel Franklin. Manual do Tutor. 2000 (mimeo).

- BRASIL. Matriz curricular nacional para ações formativas dos profissionais da


área de segurança pública. Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública,
2014.

- BRASIL. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA(SENASP). Rede de Educação a Distância


para Segurança Pública. Curso Elaboração de materiais para EAD. 1ª ed.
Disponível em: https://ead.senasp.gov.br/. Acesso em: 10 mar 2017. Acesso ao
conteúdo com login e senha.

- CORDEIRO, Bernadete M. P. & BOTAFOGO, André G. Manual de elaboração de


materiais de estudo autônomo para educação a distância. Brasília. Academia
Nacional de Polícia. DPF, 2003. (mimeo).

- DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da Informação: porque só a tecnologia não


basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.

- LAASER, Wolfram [org.] Manual de Criação e Elaboração de Materiais para


Educação a Distância. Brasília: CEAD - UnB, 1997.

- LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

- MORAN, José M. et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21ª ed. Ver.
atual. Campinas, SP: Papirus, 2013 – (Coleção Papirus Educação).

- MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. São Paulo, ECA-Ed. Moderna,
1995.

- PAPPAS, Christopher. 10 instructional design elements to include in every


eLearning course. (2016). Disponível em<
https://elearningindustry.com/instructional-design-elements-include-every-
elearning-course . > Acesso em: 27 mar 2017.

- TORREZZAN, Cristina A.W. & BEHAR, Patrícia, Alejandra. Parâmetros para a


construção de materiais educacionais digitais do ponto de vista do design
pedagógico. In: BEHAR, Patrícia A. (orgs.). Modelos pedagógicos em educação
a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.

100
- VIEIRA, José. Considerações sobre formulação de questões de verificação de
aprendizagem. 2001. (Mimeo)

- WIM VEEN & BEM VRAKKING. Homo zappiens: educando na era digital. Porto
Alegre: Artmed, 2009.

101

Você também pode gostar