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20/11/2019

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

Departamento de Arquitetura

ARQUITETURA DA ANTIGUIDADE E DA IDADE MÉDIA

MARIA DO CÉU SIMÕES TERENO


ARQUITETURA BIZANTINA

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

IMPÉRIO BIZANTINO

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

Mapa do Imperio Bizantino em 550. As conquistas de


http://horahistoria.blogspot.pt/2010/10/roma- Justiniano aparecem a vermelho.
o-imperio-bizantino.html

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Constantinopla (em latim:
Constantinopolis; em grego:
Κωνσταντινούπολη) é o antigo nome da
cidade de Istambul, na Turquia. O nome
original era Bizâncio (do grego Bυζαντιον,
transliterado em Bizâncio).
O nome da cidade é uma referência ao
imperador romano Constantino I, que
tornou esta cidade a capital do Império
Romano em 11 de Maio do ano 330.
Constantino chamou-a "Nova Roma", mas
o nome não vingou.
Constantinopla foi a capital do Império
Romano do Oriente, também conhecido
como o Império Bizantino. Foi capturada e
saqueada pela Quarta Cruzada em 1204 e
depois recapturada pelas forças de
Império Bizantino – Constantinopla/Istambul
Niceia, sob o comando de Miguel VIII
www.gsbrazil.net Paleólogo em 1261.

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Planta da Cidade de Constantinopla

http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/

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Império criado por Teodósio (346-395) em 395, com a divisão do Império Romano em
dois – o do Ocidente e o do Oriente (Império Bizantino). A capital, Constantinopla O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565),
(hoje Istambul), é fundada em 330, onde existira Bizâncio. Enquanto o Império que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente.
Romano do Ocidente, com capital em Roma, é extinto em 476, o domínio bizantino Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas, retomou o norte
estende-se por vários séculos, abrangendo a península Balcânica, a Ásia Menor, a da África, a Itália e a Espanha. Durante seu governo, Justiniano recuperou grande
Síria, a Palestina, o norte da Mesopotâmia e o nordeste da África. Termina apenas em parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente. Governo de Justiniano – O
1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos. apogeu do Império ocorre no governo de Justiniano (483-565), que, a partir de 527,
estabelece a paz com os persas e concentra suas forças na reconquista dos territórios
No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no dos bárbaros no Ocidente. Justiniano constrói fortalezas e castelos para firmar as
ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) fronteiras e também obras monumentais, como a Catedral de Santa Sofia. Ocupa o
através de suas fronteiras. Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital norte da África, derrota os vândalos e toma posse da Itália.
do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada
de Constantinopla. Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do No sul da Espanha submete os lombardos e os visigodos. Estimula a arte bizantina na
poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, produção de mosaicos e o desenvolvimento da arquitetura de igrejas, que combina
entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que elementos orientais e romanos. Ravena, no norte da Itália, torna-se a segunda sede do
favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Império e um núcleo artístico de prestígio.
Roma.

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Como legislador, ele elabora o Código de Justiniano, que revisa e atualiza o direito
romano para fortalecer juridicamente as bases do poder imperial. Em 532 instaura
uma Monarquia despótica e teocrática. Nessa época, em virtude da elevação dos
impostos, explode a revolta popular de Nica, abafada com violência. Mas o
Império começa a decair com o final de seu governo. Em 568, os lombardos
ocupam o norte da Itália. Bizâncio cria governos provinciais para reforçar a defesa
e divide o território da Ásia Menor em distritos militares. A partir de 610, com a forte
influência oriental, o latim é substituído pela língua grega.
Cisma do Oriente – Em 717, diante das tentativas árabes de tomar Constantinopla, o
imperador sírio Leão III, o Isauro (675?-741?) reorganiza a administração.
Influenciado pelas seitas iconoclastas orientais, pelo judaísmo e pelo islamismo,
proíbe, em 726, a adoração de imagens nas igrejas, provocando uma guerra
religiosa com o papado. Em 867, a desobediência da Igreja Bizantina a Roma
coincide com nova tentativa de expansão de Bizâncio, com a reconquista de Síria,
Jerusalém, Creta, Balcãs e norte da Itália. O Império Bizantino consolida a influência Xilografía da cidade de Constantinopla
grega e intensifica a difusão do misticismo, em contraposição às determinações Domínio turco-otomano – Em 1204, Constantinopla torna-se motivo de cobiça dos cruzados, que a
católicas. A Igreja oriental rompe finalmente com a ocidental, denominando-se conquistam. O restante do território é repartido entre príncipes feudais. A partir de 1422, o Império
Igreja Ortodoxa, em 1054, no episódio conhecido como Cisma do Oriente. luta contra o assédio constante dos turcos. Finalmente, em 1453, Constantinopla é submetida pelos
turcos e transforma-se na capital do Império Turco-Otomano.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Aula 02

CRISTIANISMO OFICIALIZADO
Imperador Teodósio (391 d.C.)

•o Imperador Teodósio declarou o Cristianismo a religião oficial do


Império
•outros cultos foram considerados pagãos e passaram a ser proibidos

A CISÃO DO IMPÉRIO 395 d.C.


Imperador Teodósio

•o Imperador Teodósio dividiu o Império

CONTEXTO - SÍNTESE
Romano entre seus dois filhos:
→ Honório – Ocidente (Roma)
→ Arcádio – Oriente (Bizâncio)

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
fim do séc III ( 395) CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
IMPÉRIO ROMANO Império Romano
Imperador Teodósio FÉ CRISTÃ
unificada

…divisão da igreja…
I. R. do ORIENTE I. R. do OCIDENTE
IMPÉRIO ROMANO DO IMPÉRIO ROMANO DO (Bizâncio / Constantinopla) (Roma)
ORIENTE OCIDENTE • Igreja Ortodoxa • Igreja CatólicaApostólica
(Bizâncio / Constantinopla) (Roma) •patriarca da igreja e Imperador Romana
governavam juntos •a igreja é autónoma e é
•tinham poder absoluto governada pelo Papa
•sofreu muitas invasões bárbaras •após sucessivas invasões
•pestes bárbaras, foi totalmente dominado
•dificuldades econômicas em 476
•prevaleceu até 1453 Devido ao rápido declínio do I.R. do Ocidente, a nova arte e arquitetura
(muçulmanos)
cristãs (agora livres de expressão) se manifestam principalmente no
Oriente. Por ser Bizâncio a capital, esta produção levou seu nome.

O ESTILO BIZANTINO
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Império Romano
FÉ CRISTÃ GRECO-ROMANO CRISTÃO BIZANTINO
unificada

…divisão da igreja…
I. R. do ORIENTE I. R. do OCIDENTE → surgem os primeiros tempos Cristãos – as Basílicas
(Bizâncio / Constantinopla) (Roma)
• Igreja CatólicaApostólica
→ as basílicas mantêm externamente características das
• Igreja Ortodoxa
construções gregas e romanas
•patriarca da igreja e Imperador Romana
governavam juntos •a igreja é autônoma e é → internamente, apresentam amplo espaço para acolher o
•tinham poder absoluto governada pelo Papa grande número de adeptos da nova religião
Devido ao rápido declínio do I.R. do Ocidente, a nova arte e arquitetura cristãs → paredes internas eram ornamentadas com mosaicos e
(agora livres de expressão) se manifestam principalmente no Oriente. Por ser pinturas, que tinham finalidade de educar seus novos
Bizâncio a capital, esta produção levou seu nome.
seguidores segundo seus preceitos da fé cristã

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No interior, havia os extensos latifúndios, que pertenciam aos dínatas (recebiam a
O império bizantino caracterizou-se por um intenso desenvolvimento do propriedade por herança), aos altos funcionários do governo (recebiam a propriedade
comércio marítimo e terrestre. Grande parte desse comércio estava nas como retribuição aos serviços prestados ao imperador) ou aos mosteiros. O trabalho
mãos do Estado ou da corte de Constantinopla. Também a actividade nesses latifúndios era realizado por camponeses dependentes e alguns escravos.
manufatureira, bastante desenvolvida, era regulamentada em seus
processos de fabricação e comercialização pelas corporações e grémios Existiam ainda pequenas aldeias de camponeses livres, que foram perdendo sua
municipais. independência pressionadas tanto pelos grandes proprietários como pelo Estado, que
as onerava com pesados impostos e tributos.
O Estado adquiriu o monopólio da fabricação de vários artigos de luxo e
da operação de algumas rotas de comércio particularmente lucrativas. O poder no império bizantino era fortemente centralizado. Riqueza e poder andavam
Dessa forma, o sucesso dos empreendimentos comerciais e manufatureiros juntos: os grandes proprietários lutavam para conseguir um título de funcionário oficial,
estava em estreita dependência dos favores do Estado, através de enquanto os altos funcionários empenhavam-se para obter alguma propriedade nas
regulamentações favoráveis, investimentos diretos ou isenção de impostos. províncias. Essa situação aumentava o poder do Estado e do imperador, que, apoiado
pela extensa máquina administrativa, fazia valer sua autoridade nas mais distantes
A vida urbana no império bizantino era fundamentada no províncias do império. O imperador detinha também o poder militar e religioso.
desenvolvimento comercial, manufatureiro e na máquina administrativa do
Estado, que empregava grande parte da população das grandes cidades.
A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas
dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo
ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive,
nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantinos
estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo.

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A arquitectura bizantina aquela que foi desenvolvida pelo Império Bizantino (assim
Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também chamado como referência a Bizâncio a capital do império romano no oriente) durante
tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com a Idade Média (atualmente será mais correto denominar este período Antiguidade
este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, Tardia ( a dita decadência romana) e não Idade Média) como desenvolvimento da
e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra arquitetura romana.
as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclasta. O estilo caracteriza-se pelos mosaicos vitrificados e pelos ícones, pinturas sacras
normalmente feitas sobre madeira, com disposição tríptica.
A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade A arquitectura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas
encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada recebidas pelo Império Bizantino. Também destacou-se no desenvolvimento da
pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por engenharia e de técnicas construtivas arrojadas, tendo sido responsável pela difusão
ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. de novas formas e tipologias de cúpulas.
Os bizantinos destacaram-se especialmente na arquitetura religiosa, tendo na
Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, Catedral de Santa Sofia (Hagia Sofia - sagrada sabedoria) em Istambul, atual Turquia,
trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. sua realização mais paradigmática. Construída pelo imperador Constantino em 360
d.C., mas com a ideia encomendada por Justiniano, que contratou dois matemáticos
Grande parte da população era formada por pobres camponeses que para realizarem o projecto, Antémio de Trales e Isidoro de Mileto. Os dois
trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos. surpreenderam a todos construindo uma obra que representa um ícone da
arquitectura bizantina.

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média arte & arquitetura


PALEOCRISTÃ
O edifício é uma mistura das grandes construções romanas, como as termas de
Caracalla, com o clima místico das construções orientais. A estrutura se assemelha a
uma basílica romana, com uma forma retangular, que abriga até três campos de 1ª etapa 2ª etapa
futebol. Além da dimensão, o seu grandioso domo central, diferente do Partenon CATACUMBAS BASÍLICAS
que tinha paredes circulares, e que é aqui pela primeira vez utilizado, torna-se num
dos mais impressionantes pontos de interesse. Quatro arcos formam um quadrado
que sustenta pendentes de abóbadas esféricas, que, por sua vez, apoiam o imenso
domo. A base deste domo á vazada por quarenta janelas em arco que permitem a
entrada da luz, dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial.
SEPULCRO EDIFICAÇÃO RELIGIOSA
Durante quatrocentos anos esta cidade foi a maior do mundo e, da Rússia a Veneza, Congregação Concebida para a liturgia
as catedrais se basearam na Hagia Sofia, uma das mais belas igrejas do
cristianismo. O tempo não foi obstáculo para que ela ainda hoje permaneça bela,
clandestina
mesmo tendo sido várias vezes danificada e reconstruída após incêndios, terramotos
e vandalismo. E finalmente convertida em mesquita, em 1453, onde hoje, dos seus
quatro minaretes, se anuncia um exemplo de persistência, talvez pela fé, talvez pela Direcionadas aos
inconsciente vontade de preservar a beleza. RITUAIS RELIGIOSOS
Lila Donato

CATACUMBAS

VESTÍBULOS
GALERIAS SEPULCROS (ambulacre)

Ambulacrum: átrio circundado


LOCUS porcolunas earcos.
(nichos) SEPULCROS

Arcosolium: nicho arqueado


rebaixado usado como local 1 ambulacrum
de sepultamento(latim). ARCOSOLIUM

ARCUS SOLIUM
5 ambulacre
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(arco) (parapeito) LOCUS
(nichos)

Lila Donato

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CARACTERÍSTICAS:

CONSTRUÇÃO DE IGREJAS
UTILiZAÇÃO DE CÚPULAS, SOBRE UM QUADRADO
ARCOS
CAPITÉIS TRABALHADOS
MONOGRAMAS

Acervo MCT

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Hagia Sophia foi convertida em uma Mesquita na Queda de
Constantinopla pelos Turcos Otomanos sob o Sultão Mehmed II
em 1453. Seus ricos mosaicos figurativos foram cobertos com
emplastro. Foi por quase 500 anos a principal mesquita de
Istambul. Hagia Sophia serviu como modelo para muitas das
grandes mesquitas otomanas de Constantinopla tais como
Mesquita Shehzade, Mesquita Suleiman, e Mesquita Rustem
Pasha.
Após continuar como uma mesquita durante os anos da
república da Turquia, em 1934 sob Kemal Atatürk foi
Santa Sofia de Constantinopla – Vistas do exterior e interior. secularizada e voltou para o Ayasofya Museu. Não obstante, os
mosaicos coloridos remanesceram emplastrados na maior
parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da UNESCO em
1993 à Turquia notou queda do emplastro, revestimentos de
mármore sujos, as janelas quebradas, pinturas decorativas
danificadas pela humidade, e falta de manutenção na ligação
das telhas. Desde então a limpeza, a telhas e a restauração têm
sido empreendidas. Os mosaicos excecionais do assoalho e da
parede que cimentados desde 1453 agora são escavados
gradualmente.
Basílica de Santa Sofia

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A Arte expressou-se particularmente na edificação de igrejas, mosteiros e palácios,


refletindo a sua subordinação à religião e ao Estado. Das construções civis. (palácios,
aquedutos etc.) quase nada restou, mas não ocorreu o mesmo com os templos, muitos
dos quais sobreviveram até hoje. As igrejas bizantinas apresentavam construções de
abóbadas múltiplas e formas variadas (planos quadrados, octogonais, em cruz grega
etc.), mas sua originalidade estava no emprego de cúpulas e na singeleza do exterior,
contrastando com a sumptuosidade da decoração interior, onde sobressaíam os
mosaicos dos vitrais, paredes e tetos. O templo mais famoso é a Basílica de Santa Sofia,
em Constantinopla, com monumental cúpula sobreposta a uma construção quadrada.

en.wikipedia.org

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A Basílica de Santa Sofia, Hagia Sophia (Grego: Άγια Σοφία, Hagia Sophia, significando "Sagrada Sabedoria";
escrito Ayasofya em Turco) foi a catedral de Constantinopla (actual Istambul, Turquia). A primeira grande
igreja no local foi construída por Constantius, o filho do Constantino o Grande, mas foi destruída durante o
Revolta de Nika de 532. O edifício foi reconstruído em sua forma atual em 532 - 537 sob a supervisão pessoal
do imperador Justiniano I. É um exemplo principal de arquitectura bizantina. De grande importância artística,
seu interior foi decorado com mosaicos e colunas e esculturas de mármore. O próprio templo foi assim
ricamente e artisticamente decorado que Justiniano teria dito Νενίκηκά σε Σολομών (Salomão, Eu superei
você!).

Seus arquitetos foram Isidoro de Mileto e Antemio de Tralles, professores de geometria da Universidade de
Constantinopla. A grande basílica de Justiniano foi uma vez culminar na realização. Hagia Sophia é coberta
por uma abóbada central 102 pés (31 m).
De fato, "sua primeira abóbada caiu após um terramoto 7 de Maio de 558; sua recolocação em 563, teve um
perfil mais elevado do que o original. Também teve que ser reparada após colapsos parciais adicionais..."
Acervo MCT em 989 e em 1346 .
Santa Sofia de Constantinopla – Vista do exterior. (veja Marvin Trachtenberg e Isabelle Hyman. Architecture: from Prehistory to Post-Modernism p, 171).

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Inspirada e guiada pela religião, a arquitectura alcançou sua expressão mais perfeita na construção de
CÚPULA igrejas. E foi precisamente nas edificações religiosas que se manifestaram as diversas influências absorvidas
pela arte bizantina. Houve um afastamento da tradição greco-romana, sendo criadas, sob influência da
Uma cúpula (ou domo) é uma abóbada hemisférica ou esferóide. Se a base é obtida arquitectura persa, novas formas de templos, diferentes dos ocidentais. Foi nessa época que se iniciou a
paralelamente ao menor diâmetro da elipse, resulta-se em uma cúpula alta, dando a sensação de construção das igrejas de planta de cruz grega, coberta por cúpulas em forma de pendentes,
um alcance maior da estrutura. Se a secção é feita pelo maior diâmetro o resultado é uma cúpula conseguindo-se assim fechar espaços quadrados com teto de base circular. As características
baixa. predominantes seriam a cúpula (parte superior e côncava dos edifícios) e a planta de eixo central, também
Uma inovação espetacular, base do estilo barroco, é a cúpula oval. Apesar de ser identificada em chamada de planta de cruz grega (quatro braços iguais). A cúpula procurava reproduzir a abóbada
catedrais de Bernini e Borromini, sua primeira versão foi construída por Vignola para uma pequena celeste. Esse sistema, que parece já ter sido utilizado na Jordânia em séculos anteriores e inclusive na Roma
Antiga, se transformou no símbolo do poderio bizantino.
capela chamada Sant'Andrea, encomendada em 1552 pelo Papa Júlio III.
A cúpula é originária da Ásia Menor, cujos povos, que sempre se distinguiam como arquitetos, recorreram
ao expediente de suspendê-la sobre uma construção quadrada ou pousaram-na diretamente em
construções circulares. Os persas imaginaram outra alternativa, colocando sobre a base quadrada uma
cúpula octogonal. A solução encontrada pelos persas para a colocação de cúpula sobre uma construção
quadrada foi o abandono da forma circular para base e a adopção da forma octogonal, sobre a qual se
erguia a cúpula, já não totalmente redonda, mas facetada em oito "triângulos" curvos.
Os arquitetos bizantinos mantiveram o formato arredondado não colocando o tambor (grande arco circular
sobre o qual se assenta a cúpula) diretamente sobre a base quadrada: em cada um de seus lados
ergueram um arco, sobre os quatro arcos colocaram um tambor e, sobre este, com simplicidade e
segurança, a cúpula. Os arquitetos bizantinos conseguiram apor a uma construção quadrada uma cúpula
arredondada, com o uso do sistema de pendentes, "triângulos" curvilíneos formados dos intervalos entre os
arcos e que constituíam a base sobre a qual era colocado o tambor.

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Três cúpulas que tiveram muita influência em arquitectura posteriores foram as de Santa Sofia
em Constantinopla, o Domo da Rocha em Jerusalém e o Panteão de Roma. Na arquitectura
ocidental, as cúpulas de maior influência desde o período renascentista foram a Basílica de
São Pedro no Vaticano e a de Jules Hardouin-Mansart em Paris. A cúpula da Catedral de São
Paulo, em Londres, foi uma inspiração do Capitólio em Washington.

Um domo pode ser considerado um arco que foi rotacionado em torno de seu eixo vertical.
Como tais, domos têm uma grande força estrutural. Um domo pequeno pode ser construído
de materiais de marcenaria comuns, unidos por fricção e forças de compressão. Domos
maiores construídos após o domo de Brunelleschi que triunfantemente cobre o cruzamento
de Santa Maria del Fiore, o duomo de Florença, têm todos sido construídos como domos
duplos, com conchas internas e externas.

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A cúpula não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste.

Entretanto seria errôneo estudá-la em separado, pois devemos considerá-la enquanto relacionada ao resto do
edifício, com o fim de compreender o simbolismo cosmológico dessa arquitetura em toda a sua extensão. A cúpula
representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo representa uma imagem do cosmos.

Cúpula Persa Abóbada Bizantina Abóbada semiesférica

Os edifícios cobertos com cúpulas bizantinos podem ser divididos em


três tipos:

1. Cúpula sobre plano circular, forma similar ao Panteão de Agripa


Assim como os romanos, os bizantinos utilizaram a arquitetura como uma ferramenta
2. Cúpula sobre plano octogonal, como San Vitale en Ravenna, que é um
política.
desenvolvimento do terceiro tipo.
Basicamente desenvolvida em edificações religiosas.
3. Cúpula sobre plano quadrado, solução que se pode encontrar já no
século VI e que permanece até os nossos dias. A este último gênero Essas edificações, mesmo que inspiradas nas construções reproduzidas
pertence, por exemplo, a Catedral de Edessa. anteriormente, mostram uma mudança significativa devido ao surgimento do
cristianismo e o fim do politeísmo.

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Acervo MCT Acervo MCT


Acervo MCT
Santa Sofia de Constantinopla – Vistas do interior. Santa Sofia de Constantinopla – Vista do interior.

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Acervo MCT Acervo MCT

Santa Sofia de Constantinopla – Vistas do interior.

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Acervo MCT Acervo MCT

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Santa Sofia de Constantinopla – Vistas do interior. Planta e cortes da basílica de Santa Sofía de Constantinopla

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Hagia Sophia – Desenhos de Zekeriyya Gungor Asal – Istambul.


Hagia Sophia – Desenhos de Zekeriyya Gungor Asal – Istambul.

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


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Plantas e corte transversal da Igreja de S. Sofia

Hagia Sophia – Desenhos de Zekeriyya Gungor Asal – Istambul.

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Acervo MCT
Hagia Sofia – Istambul, perspetiva, maqueta e vistas. Vistas do interior de Santa Sofia

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Basílica Paleocristã
Edificações de planta centralizada
A basílica paleocristã compõe-se, então, por uma nave central com clerestório de janelas
altas, ladeada de arcadas com ligação a outras duas naves laterais (colaterais) de menor Ainda contemporâneo das edificações de Constantino surge o edifício religioso de planta
altura. Todo o espaço segue um eixo longitudinal e converge a oriente na ábside, onde se centralizada (circular, poligonal ou em cruz) baseado no balneário romano, adaptado
situa o altar, e que é emoldurada por um arco triunfal. Este arco pode estar assente numa agora como basílica (como a Basílica de Santa Constanza) e que servirá de base ao tipo
área elevada denominada bema, correspondente ao cruzeiro, zona onde se cruzam as alas de panteão construído a partir do Renascimento. O interior desenvolve-se à volta do
principal com a transversal (o transepto). O teto é em travejamento de madeira e na núcleo com deambulatório concêntrico de cobertura em abóbada de berço, clerestório e
existência de um cruzeiro (menos comum) este é coroado por uma cúpula. coroação em cúpula. A esta estrutura podem surgir também anexados capelas funerárias
O exterior, pouco ornamentado, oferece a entrada do recinto a ocidente através de um e Baptistérios. Embora se tenha observado também a ocidente, esta edificação vai
atrium, um pátio rodeado de arcadas, que estabelece a sua ligação à igreja através de um sobretudo ter maior aderência na arte bizantina.
nártex .

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Igreja de S. Jorge em Tessalónica, inicialmente construída como mausoléu do Imperador


Galénius, cerca de 300 D.C..
www.proprofs.com

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hernanaldunate.wo
rdpress.com

Igreja de S. Jorge em Tessalónica, Igreja de S. Jorge em Tessalónica,

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Basílica de Santa Constanza, Roma. Foi Idealizada
como mausoléu de Constância, filha de Constantino,
depois tornou-se batistério e somente em 1256,
Igreja Cristã.

Igreja de S. Constança, inicialmente construído como mausoléu da filha do Imperador Constantino, cerca
de 350 D.C. Roma. http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/ xaxor.com

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Igreja de S. Constança

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

Mausoléu de S. Constança e as catacumbas de Santa Inês. www.utexas.edu

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Sto. Stefano Rotondo, 468-83, Roma.
Outros Baptistérios, Mausoléus e relicários.

Baptistério de Marselha

Baptistério de S. João de Latrão - Roma

Baptistério de Mariana Córsica

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Sto. Stefano Rotondo, 468-83, Roma.
Hagia Eirene, iniciada em 532.

roma.andreapollett.com

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Hagia Eirene, iniciada em 532.

www.byzantium1200.com

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Igreja dos Santos Apóstolos, Constantino, para seu mausoléu. Cerca de 536-550. Igreja dos Santos Apóstolos, Constantino, para seu mausoléu. Cerca de 536-550.

São também, entre outras, exemplos do esplendor


da arquitetura bizantina, construídas por Antêmio
de Trales e Isidoro de Mileto: as igrejas de São
Sérgio e São Baco e a dos Santos Apóstolos, bem
como a Igreja de Santa Irene. Hoje nada resta da famosa Igreja de Constantinopla.
www.ecclesia.net.br

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Igreja de S. Sérgio e Baco – Justiniano, c.527-536, Constantinopla. Ravena – Baptistério e outras estruturas arquitetónicas

Mausoléu de Teodorico, Ravena, Itália.


Construído pelo rei ariano Teodorico, entre 500 e 525. É hoje a Igreja de
Santa Maria de Cosmedin.
Vistas, planta, corte e axonometria.

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

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Igreja de S. Vital em Ravena, Itália. Igreja de S. Vital em Ravena, Itália.

Planta e vistas do interior.

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Igreja de S. Vital em Ravena, Itália. Igreja de S. Vital em Ravena, Itália.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/Emilia_Ravenna5_tango7174.jpg

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Igreja de S. Vital em Ravena, Itália.

Duomo, Torre e Battistero Neoniano.


Acima, mosaico com Cristo, São Vital recebendo uma
http://www.viajarpelomundo.com/2012/10/os-mosaicos-bizantinos-de-ravena.html coroa de mártir, dois anjos e o bispo Eclesius que começou
a construir a igreja. Nas laterais. mosaico com Justiniano I
(à esquerda) e com a Imperatriz Teodora (à direita).

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Baptistério do Bispo Neon, cerca de 450 d.c., Ravena.

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Mosaico do Batismo de Cristo, no Battistero A cena central representa João Batista batizando
Neononiano. As figuras dos 12 apóstolos ao Jesus Cristo que está em pé com água do rio Jordão
redor da cena central. até a cintura. Do lado direito, há um deus pagão.

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Baptistério do Bispo Neon, cerca de 450 d.c., Ravena. Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média
Baptistério do Bispo Neon, cerca de 450 d.c., Ravena.

www.snpcultura.org

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Mausoléu de Galla Placidia.
BASÍLICA
A basílica romana foi adotada pelo Cristianismo porque aliava um interior espaçoso, exigido
pelo culto cristão à grandiosidade que convinha à nova religião. Por outro lado tratando-se
de um edifício oficial não seria conotado com o paganismo. Na abside onde antes se
situava o tribunal (lugar de poder) situam-se agora os assentos concêntricos do clero e o
altar. Esta abside é quase sempre orientada a Este. A entrada que antes era feita
lateralmente, passa a fazer-se a eixo com o altar: uma reminiscência dos templos egípcios.
O seu interior dividia-se longitudinalmente numa nave central flanqueada por duas ou
quatro naves Ao corpo principal da igreja foi acrescentado um transversal: o transepto que
dividia a igreja em dois espaços - para os fieis e para o clero, e acrescentava o simbolismo
da planta em cruz latina. À fachada simples foram acrescentadas duas torres e, por vezes,
um nártex.
O termo também se aplica a igrejas, tal como as igrejas paleocristãs concebidas como
mundos interiores que representam o civitas dei.

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Basílicas pré-cristãs em Roma.
Basilica Ulpia Basílica de Maxentius/Constantino c. 310. Basílica Ulpiana de Trajano, c. 120

As novas igrejas, desenvolvidas a partir da basílica romana, vão revelar a base do que será a arquitectura religiosa da Europa
ocidental ao longo dos séculos. A basílica clássica, um espaço amplo onde se possibilita o agrupamento de um avultado
número de pessoas, pode satisfazer várias necessidades (tribunal, mercado, audiências etc.), mas nunca serve o propósito de
local de culto. Com a nova necessidade arquitetónica do cristianismo este espaço vai-se revelar como o indicado à nova
procura de grandiosidade da nova religião e ao acolhimento dos fiéis, sem entrar em conflito com possíveis significados
religiosos anteriormente atribuídos ao espaço. Observa-se o nascimento de um espaço que sintetiza em si elementos da
basílica romana, da casa particular e originais.
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BASÍLICA DE S. PEDRO - ROMA

A Basílica de São Pedro (em italiano: San Pietro in


Vaticano) é uma grande basílica na Cidade do Vaticano,
em Roma. É a maior de todas as igrejas católicas, a Igreja
Mãe da comunidade dos católicos, a mais famosa e mais
visitada das igrejas do mundo inteiro.

O edifício atual, com estrutura renascentista e barroca, foi


erguido sobre outro edifício levantado por ordem do
imperador Constantino em (319)sobre o túmulo do apóstolo
São Pedro, como memorial. A escolha do sítio e a inclusão
do túmulo não só exigiu que o edifício fosse orientado para
oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada,
sendo construídas muralhas de suporte para criar uma
enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma,
construiu-se então a basílica, com nave central e quatro
naves laterais, ricamente adornada com frescos e
mosaicos e um grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas
vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino,
conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até
o início do século XVI.
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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Planta da antiga Basílica de San Pedro

Nada sobrou da igreja de Constantino, que pode entretanto ser quase totalmente reconstruída por
descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos, desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da
antiguidade, seguiu-se o modelo da basílica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e
naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis. As cerimónias no altar eram
realizadas na abside ao final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma abside na
extremidade ocidental, um grande átrio.
Um fresco do século XVI na igreja de San Martino ai Monti nos dá uma ideia aproximada da aparência
interior, com seu teto em madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas. A tradição diz que foi
construída no mesmo lugar onde foi crucificado São Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, o primeiro Papa. A
igreja, diz-se, guarda o túmulo de São Pedro em baixo do altar principal. Diversos outros papas também estão
ali enterrados. infocatolica.com commons.wikimedia.org743 × 1199

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Da esquerda para a direita: planta padrão de templo periptero grego. Planta da basílica de
Sant’Apollinare in Classe (533 a 549 d.C.) Ravena. Planta da basílica de São Pedro (319 a 322 d.C.)
Roma.

Ilustração de 1891 do traçado original


da Basílica de S. Pedro em Roma.

Fresco da Basílica Paleocristã de São Pedro,


Vaticano. Séc. IV d.C. (Anterior a atual).

http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Esquema do interior de uma basílica paleocristã padrão. Esquerda: Basílica
paleocristã de planta
longitudinal. Sant’
Apolinare in Classe,
535 a 549 d.C. Modelo
adotado no Ocidente.
Direita: Basílica
paleocristã de planta
centralizada. San
Vitale, Ravena. Séc.
526 a 547 d.C. Modelo
adotado no Oriente.

http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/ http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/

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Antiga Basílica de São Pedro, Vaticano. Uma típica
Basílica paleocristã de planta longitudinal.

Projeto de Donato Bramante. Planta da Basílica


de São Pedro, Vaticano. Projeto de Michelangelo. Planta da Basílica de São
http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/ http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/
Pedro, Vaticano.

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média

A Entrega das Chaves de São Pedro. Pietro Perugino, 1481-82. Capela Sistina, Vaticano. THESSALONICA, Hagios Demetrios,final séculoV.
http://www.arquiteturaclassica.com.br/arquitetura-paleocrista/

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Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


A arquitectura, tal como na
Igreja de S. Marcos em Veneza. Séc. XI. arte Paleocristã, teve um
Vistas do exterior, interior e planta. lugar de destaque.

Foi herdeira do arco, da


abóbada e da cúpula, do
plano centrado, de forma
quadrada ou em cruz
grega, com cúpula central
e absides laterais; misturou
assim estes elementos
construtivos da arte romana
com o clima místico das
construções orientais.

Basílica de S. Vital - Itália


http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.pt/2010/11/arte-medieval-arte-bizantina.html

Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média Arquitetura da Antiguidade e da Idade Média


Síntese sobre arquitetura
- As construções, exteriormente, possuíam volumes irregulares que conferiam aos
edifícios uma maior originalidade, e, interiormente, eram decoradas com mosaicos,
pinturas a fresco, azulejos e colunas de inspiração grega e romana, embora um
pouco modificadas.

- Foi no reinado de Justiniano, no séc. VI, que se definiu com grande clareza o estilo
bizantino.

- Após um período conturbado (invasões, lutas internas), Bizâncio voltou a adquirir


nova fase de magnificência, sob a dinastia macedónia. A arquitectura tornou-se mais
complexa e abandonou a construção de cúpulas sobre pendentes, passando a
edificá-las sobre um tambor cilíndrico. Devido aos problemas técnicos resultantes
desta alteração, reduziram-se as suas dimensões, cobrindo-se as restantes áreas com
abóbada de berço. A cúpula continuou mesmo assim a ser o sistema de cobertura
preferido, sendo empregue em igrejas de planta em cruz grega.
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SIMBOLOS– ÍCONOGRAFIACRISTÃ

Cor deir o Bom Pastor

A arte bizantina era uma arte cristã, de caráter eminentemente cerimonial e


decorativo, em que a harmonia das formas – fundamental na arte grega – foi
substituída pela imponência e riqueza dos materiais e dos detalhes.

Desconhecia perspetiva, volume ou profundidade do espaço e empregava em


profusão as superfícies planas, onde sobressaíam melhor os ornamentos
luxuosos e complicados que acompanhavam as figuras. Bom Pastor

SIMBOLOS – ÍCONOGRAFIA
CRISTÃ
A arte de maior
expressão e
Daniel na fornalha
significado do
Império Bizantino foi:
Adão e Eva
Jesus curando a mulher que sangrava
O MOSAICO.

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Ícones

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